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EDUCAÇÃO EM DIREITOS

HUMANOS E EDUCAÇÃO DAS


RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS

UNIDADE 1
Trilha 4
EDUCAÇÃO EM DIREITOS
HUMANOS E EDUCAÇÃO DAS
RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS

REITOR
PROF. DR. RODRIGO CUTRI

PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO


PROF. DR. VANDER FERREIRA DE ANDRADE

PRÓ-REITOR DE GRADUAÇÃO
PROF. DR. ROBERTO CARLOS SALLAI

PRÓ-REITOR DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E EXTENSÃO


PROF. DR. JOSÉ TURÍBIO DE OLIVEIRA

COORDENAÇÃO EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA


PROF. ESP. DIOGO VERI
DESAFIOS DA EDUCAÇÃO
Diante do exposto sobre as origens culturais da sociedade
contemporânea fica clara a necessidade premente de mudança
cultural de parcela expressiva da população brasileira.

Mas como operar essa mudança?

Em primeiro lugar é preciso saber que todo processo de mudança se


inicia com a resistência dos envolvidos e, diante dessa resistência, é
necessário ouvir esses envolvidos para identificar o que eles ainda não
sabem e precisarão aprender.

Figura 1: Ambiente educacional


Fonte: https://pxhere.com/pt/photo/74935

Educação em Direitos Humanos e Educação das Relações Étnico-racial


Em seguida, os envolvidos passarão da resistência para a rejeição do
novo e é aí que se faz necessário informar, persuadir e convencer as
pessoas sobre as vantagens que a mudança trará para a vida delas e para
a vida de outras pessoas.

Apesar de esse processo ser muito complexo, ele é exequível,


principalmente se ele for realizado em ambientes educacionais e de
forma adequada.

Mas qual seria essa forma?

Como já foi preconizado por Skinner (1998) é papel da educação tornar


certos comportamentos mais prováveis no futuro e para tanto, a escola
também deve mudar para atingir certos objetivos complexos como o da
mudança cultural. A escola deve esquecer o ensino tradicional e adotar
novas metodologias, nas quais, o protagonismo do ensino seja
transferido do professor para o aluno.

EDUCAÇÃO NA SOCIEDADE
CONTEMPORÂNEA
Silva e Kayser (2015) produziram um trabalho cuja a finalidade foi a de
provocar uma reflexão sobre a prática pedagógica, relacionando teoria e
prática de educadores críticos e progressistas.

Esses autores procuraram demonstrar o papel da educação


contemporânea e o papel do educador, na visão de Paulo Freire, que por
sua vez, preconiza que o educador deve dinamizar o ensino de tal forma
que o aluno possua consciência do seu protagonismo e se sinta
envolvido no processo de ensino aprendizado, , fazendo-o se sentir
responsável por intervir na sua própria realidade e consequentemente
agir para a sua transformação social.

Educação em Direitos Humanos e Educação das Relações Étnico-racial


Esse trabalho apontou que a educação não pode ser mecanicista e que o
educador deve associar a realidade da vida do (a) estudante com os
conteúdos a serem trabalhados em sala de aula, favorecendo assim uma
reflexão concreta da realidade presente na sua vida real, sempre por
meio do diálogo e da troca de experiência mútua entre educador e
educando, deixando assim de ser um processo de apenas transmitir
conhecimentos e passando a contextualizar o senso comum com a
prática e com a teoria.

Na escola tradicional o estudante é passivo e o professor está no centro


das atenções, porém, esse modelo já se mostrou ultrapassado e
inadequado, pois a sociedade moderna exige repensar essa estrutura
tradicional. A nova proposta passa, necessariamente, pela inversão desse
protagonismo (os estudantes devem estar no centro das atenções) e pelo
aspecto do fortalecimento do elo entre professores, familiares e
estudantes.

Figura 2: A educação modela comportamentos e tem o poder de mudar o mundo


Fonte: https://pxhere.com/pt/photo/1585491

Educação em Direitos Humanos e Educação das Relações Étnico-racial


Essa é justamente a proposta da educação contemporânea, tornar o
estudante o protagonista do processo ensino aprendizagem, adotar
metodologias ativas (que instigue e permita a participação) e ainda
considerar os aspectos sociais dos estudantes, com a finalidade de
superar os desafios de mudança e aprimorar o aprendizado deles.

Para tanto, é preciso romper com a tradição conteudista e rígida,


partindo para um modelo mais flexível, ativo e participativo, no qual o
estudante possa conversar, seja instigado a fazer descobertas e
desafiado a encontrar as suas próprias respostas frente aos problemas do
mundo real em vez de lhe dar respostas prontas sem possibilidade de
questionamento ou debate.

Ampliando a aprendizagem
Para ampliar nossa aprendizagem vamos assistir a um documentário
onde retrata toda a história da civilização.

VOCÊ CONHECE PAULO FREIRE?


Disponível em: https://youtu.be/fDL8uKumnMo

Educação em Direitos Humanos e Educação das Relações Étnico-racial


Finalmente, a educação contemporânea deve ser vista como um processo
cooperativo, abrangente e em construção permanente.

Em termos de práticas pedagógicas que rompem com as práticas


tradicionais surgiu um termo denominado de metodologias ativas de
ensino. Essas metodologias vão ao encontro da proposta da educação na
sociedade contemporânea, principalmente por colocar o estudante no
centro do processo de ensino aprendizagem.

Skinner (1972) foi o precursor dessas metodologias ao criar, testar e


implementar tecnologias de ensino como a máquina de ensino, o conceito
de programação de ensino e o método de ensino instrução programada.

Figura 3: Participação ativa dos (as) estudantes


Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/sala-de-aula-estudante-estudantes-488375/

As metodologias evoluíram e passaram a fazer parte do ambiente escolar,


inicialmente de forma tímida, para recentemente ganharem notoriedade,
enfrentando a resistência das metodologias tradicionais e tomando o lugar
delas nas escolas.

Educação em Direitos Humanos e Educação das Relações Étnico-racial


Nas metodologias ativas os objetivos de aprendizagem são definidos de
forma concreta e observável, alterando inclusive o status aversivo das
avaliações (provas) pois os estudantes passam a ser avaliados pelo que
aprenderam a fazer e pela demonstração da sua compreensão sobre o
conteúdo ensinado, tornando-os sujeitos ativos, participativos e
responsáveis pelo seu próprio aprendizado.

Saiba mais
Burrhus Frederic Skinner (1904-1990) foi
um psicólogo norte-americano, seguidor
do Behaviorismo de J. B. Watson, mas na
década de 40, criou o Behaviorismo
Radical com uma proposta filosófica sobre
o comportamento humano.

Você ainda pode conhecer mais sobre so


comportamento humano acessando este
artigo: https://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1414-
98932005000300004 Figura 4: Skinner
Fonte: https://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0102-
37722004000100014

Educação em Direitos Humanos e Educação das Relações Étnico-racial


Ampliando a aprendizagem

Educação em Direitos Humanos: de que se trata?


Autora: Maria Victoria Benevides.
URL: https://drive.google.com/file/d/1ad7da23ceo0-sfbx7hnfdnnwxtq-
y7nc/preview

Educação em Direitos Humanos e Educação das Relações Étnico-racial


Referências

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Indignação: cartas pedagógicas e outros


escritos. São Paulo: Ed. Unesp, 2000.

DA MATTA, Roberto. O que faz o brasil, brasil? Rio de Janeiro, Rocco,


1989

PINI, Francisca R. de O.; MORAES, Célio V. Educação, participação


política e direitos humanos. São Paulo: Editora e Livraria Instituto
Paulo Freire, 2011. Disponível em:
http://www.acervo.paulofreire.org:8080/jspui/bitstream/7891/3087/1/
FPF_PTPF_12_083.pdf acesso em 28 jun. 2020.

PORFíRIO, Francisco. "Direitos Humanos"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/direitos-humanos.htm Acesso
em 26 de junho de 2020.

SILVA, Marco A. da; KAYSER, Aristéia M. O papel da educação


contemporânea, uma reflexão a partir da pedagogia da autonomia de
Paulo Freire. Revista Dynamis. FURB, Blumenau, v. 21, n. 2, p.3-15,
2015.

SKINNER, Burrhus F. Ciência e Comportamento Humano. São Paulo:


Editora Martins Fontes. 1998.

SKINNER, Burrhus F. (1972) Tecnologia do Ensino. Editora Pedagógica


Universitária (EPU) São Paulo. SP

Educação em Direitos Humanos e Educação das Relações Étnico-racial


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Referência do livro

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