Você está na página 1de 11

HISTÓRIA DO CRISTIANISMO I

AULA 8: A IGREJA NO INÍCIO DA MODERNIDADE:


MOVIMENTO PIETISTA E A ERA DA RAZÃO

APRESENTAÇÃO
Nesta aula você compreenderá em que consiste o movimento pietista, quando e por que ele
surgiu, bem como os aspectos que marcaram a Era da Razão e sua relação com a história da
igreja.

OBJETIVOS
Ao final desta aula, você deverá ser capaz de:
• Compreender os objetivos do movimento pietista frente aos problemas enxergados por
seus precursores na teologia luterana
• Compreender como o pensamento iluminista, denominado era da razão, interfere na
igreja do início da Modernidade.

META
Apresentar os aspectos do movimento pietista e da era da razão na história do cristianismo.
HISTÓRIA DO CRISTIANISMO I 2

1 MOVIMENTO PIESTISTA

Neste tópico estudaremos o movimento pietista. Surgido na Alemanha, o pietismo


acreditava que a teologia luterana estava racionalizada demais e, por conta disso, haveria a
necessidade de dar maior ênfase nas práticas devocionais.

1.1 PIETISMO

O pietismo foi um movimento que surgiu na Alemanha no século XVII. O termo pietismo
é derivado da palavra latina pietas, cuja tradução é “piedade”, “devoção”. Com efeito, os
pietistas desejavam uma renovação dos princípios da Reforma Luterana. Os membros do
pietismo acreditavam que a teologia luterana estava muito racional e lógica, ao passo que
enfatizavam uma doutrina cristã prática, em que o estudo bíblico e a devoção deveriam
caminhar juntos.
Os pietistas aceitavam todos os princípios fundamentais da Reforma como o
sacerdócio universal de todos os crentes e a autoridade suprema das Escrituras em relação à
tradição. Contudo, para eles a Reforma Luterana estaria incompleta, pois era necessária
também uma reforma na vida interior. A necessidade de uma experiência com Deus era uma
das ênfases desse movimento.
Com o passar dos anos, a teologia luterana passou a ser elaborada de forma bastante
racional e lógica. As doutrinas possuíam forte influência escolástica e racionalista. Por essa
razão, os pietistas acreditavam que o cristianismo na Alemanha havia entrado em um estado
de apatia teológica e espiritual. Para muitos pietistas a doutrina estava morta e precisava ser
renovada. Eles afirmavam que o cristianismo verdadeiro precisava ter três elementos:
ortopatia (os sentimentos certos); ortopraxia (uma prática de vida correta) e a ortodoxia
(doutrina correta), de modo que os três devem estar sempre juntos para que se viva o
cristianismo de maneira autêntica. Também,

O pietismo é importante para a teologia em três aspectos. Tentou reformar a


teologia, a igreja e a moral. Segundo o pietismo, a teologia é disciplina prática.
Para se conhecer é preciso, antes, acreditar. Antes que o teólogo possa edificar
os outros, deve ter sido capaz de se edificar a si mesmo (TILLICH, 1968, p.
258).

INSTITUTO WESLEYANO DE EDUCAÇÃO - CURSO MINISTERIAL TEOLÓGICO


HISTÓRIA DO CRISTIANISMO I 3

O fundador do Pietismo foi o alemão Filipe Jacó Spener (1635- 1705), o qual era
originário de uma família luterana. Quando se tornou pastor na cidade alemã de Frankfurt,
Spener organizou grupos em sua casa a fim de realizar cultos devocionais. Nessa cidade
publicou o livro Pia desideria, cujo significado é “desejos piedosos”, o qual está em circulação
até os dias de hoje.
O primeiro desejo era de que os cristãos se reunissem com mais frequência em cultos
familiares com o intuito de aprofundar no estudo das Escrituras. No segundo, Spener deseja
ver o princípio do sacerdócio universal de todos os crentes em prática, pois segundo ele, os
leigos devem participar ativamente das funções sacerdotais, principalmente nos encontros de
estudos bíblicos nos lares. O terceiro apontava para a necessidade de uma vida cristã
baseada não apenas nas formulações doutrinárias, mas também na experiência de fé.
Spener aceitava e enfatizava a importância da igreja conhecer sua doutrina, entretanto
de igual modo a prática cristã autêntica é necessária. Era preciso demonstrar não apenas
conhecimento das formulações teológicas, porém, sobretudo um viver cristão baseado nas
Escrituras e nos ensinos de Cristo.
No quarto desejo, Spener esperava que as muitas controvérsias teológicas fossem
discutidas em um ambiente de paz e espírito cristão, onde prevalecesse o amor o qual é a
essência do cristianismo e ensino de Jesus. Spener prossegue e deseja que os pastores não
recebam apenas um treinamento baseado somente na teoria teológica, como também na
prática; uma vida de devoção e experiência com Deus é fundamental.
Destarte, a vocação ministerial é desenvolvida a partir da teoria e também pela prática
em atividades pastorais. Conforme Spener, após receber o treinamento, o ministro devia usar
o púlpito não para trazer doutrinas obscuras aos ouvintes, não obstante a pregação e o ensino
devem ser marcados pela clareza com objetivo de alimentar o rebanho de Cristo.
O amigo e seguidor de Spener chamado Augusto Hermann deu prosseguimento ao
movimento, fundando escolas e creches visando atender famílias pobres. Assim sendo, as
principais características do pietismo sob a ótica de Spener foram:
1- Ênfase na piedade pessoal
2- Prática em realização de pequenos grupos
3- Ênfase na leitura devocional da Bíblia
4- Uma vida cristã marcada pela simplicidade

INSTITUTO WESLEYANO DE EDUCAÇÃO - CURSO MINISTERIAL TEOLÓGICO


HISTÓRIA DO CRISTIANISMO I 4

5- Participação dos leigos 6 – Santificação individual

Outra diferença dos pietistas em relação ao protestantismo luterano ortodoxo foi em


relação à missiologia. Os principais líderes do protestantismo no século XVI esforçaram-se na
realização de missões. Todavia, um personagem do movimento pietista chamado Ludwig von
Zinzedorf (1700-1760) foi o responsável pelo avivamento da prática missionária. O conde
Zinzedorf era luterano com profundas convicções religiosas; ele recebera em sua casa um
grupo de irmãos da Boêmia, os quais estavam fugindo de perseguição religiosa. Zinzedorf
ofereceu uma de suas propriedades para que ali o grupo se estabelecesse. Aquela
comunidade cristã foi organizada, de modo que, devido à sinceridade e à convicção religiosa
de Zinzedorf fizeram dele o líder da comunidade. Eles ficariam conhecidos como os “irmãos
morávios.”
Zinzedorf considerava que a teologia de sua época estava marcada pelo racionalismo,
o que a tornou árida demais. Por isso, ele enfatizou a importância de uma religião do coração,
baseada em um relacionamento íntimo e sincero com Deus. Ele deu ênfase ao sentimento, à
experiência pessoal de cada cristão. Não que Zinzedorf menosprezasse o conhecimento
teológico, mas a vida devocional, assim como uma conduta moral cristã, desempenha um
importante papel na vida dos crentes em Cristo Jesus. O cristão precisa passar por uma
verdadeira conversão; uma autêntica mudança de vida. Faziam cultos noturnos, os quais
chamaram de “cultos de vigília”.
Um dos legados deixado por esse grupo para a posteridade seria a ênfase na emoção
e nos sentimentos espirituais. Os irmãos morávios também fundaram comunidades por todo o
continente europeu e nas colônias da América do Norte, de modo que aquele pequeno grupo
se tornou uma poderosa força missionária. Esse grupo também exerceu influência de um dos
mais destacados pregadores desse período – John Wesley (1703-1791).
Wesley enfatizava a necessidade de se ter uma fé viva e uma experiência real com
Cristo. No relato de sua conversão, em 1738, John Wesley fala que sentiu seu coração
“estranhamente aquecido”. Por esse motivo, o movimento pietista ficou caracterizado por
enfatizar a necessidade da experiência na fé cristã.

INSTITUTO WESLEYANO DE EDUCAÇÃO - CURSO MINISTERIAL TEOLÓGICO


HISTÓRIA DO CRISTIANISMO I 5

2 A EMERGÊNCIA DA RAZÃO

Neste tópico estudaremos o Iluminismo. Veremos que no século XVII ocorreu uma série
de movimentos no campo da ciência, arte e cultura na Europa acarretando uma virada
antropológica. A razão ganhou primazia no que diz respeito às interpretações da vida e da
realidade.

2.1 ILUMINISMO

A palavra “iluminismo” provém da tradução da palavra alemã “aufklärung”, que significa


“aclaração, esclarecimento, iluminação”. Caracteriza-se por uma ilimitada confiança na razão
humana, considerada capaz de dissipar as névoas da falta de conhecimento e do mistério que
obstruem e obscurecem o espírito humano, e de tornar os homens melhores e felizes,
iluminando-os e instruindo-os. Entre as suas principais características ressaltamos:
a) Antitradicionalismo - Pelo fato de o Iluminismo defender a supremacia da razão, ele
se posiciona contrariamente a qualquer tipo de tradição. Esta aversão pela tradição se
revela em todos os campos, mas principalmente no religioso, político e no do direito;
b) Otimismo Utópico - O Iluminismo julga a razão capaz de eliminar todas as causas de
infelicidade e de miséria em qualquer setor: Jurídico, pedagógico, ético e econômico.
Sendo assim, segundo os princípios iluministas, a religião passou a ser algo
descartável, isso teve como consequência o “rompimento da tradição cristã e a procura
de caminhos espirituais totalmente humanos e racionais, independentes de qualquer
autoridade religiosa ou política”.

O Movimento Iluminista durou cerca de dois séculos apenas; entretanto, durante esse
período relativamente curto de tempo, uma nova cosmovisão logrou destronar aquela que
havia reinado na civilização ocidental desde os dias de Agostinho, ou seja, a cosmovisão
cristã. Embora o iluminismo tenha muitas de suas raízes no racionalismo do século XVII, as
ideias que o caracterizavam foram muito além do racionalismo de Descartes, Spinoza e os
demais pensadores contemporâneos. Emanuel Kant, assim escreve sobre o iluminismo:
O Iluminismo é a saída do homem do estado de minoridade de que ele deve
imputar a si mesmo. Minoridade é a incapacidade de valer-se de seu próprio
intelecto sem a guia de outro. Essa minoridade é imputável a si mesmo se sua
causa não depende de falta de inteligência, mas sim de falta de decisão e

INSTITUTO WESLEYANO DE EDUCAÇÃO - CURSO MINISTERIAL TEOLÓGICO


HISTÓRIA DO CRISTIANISMO I 6

coragem de fazer uso de seu próprio intelecto sem ser guiado por outro.
Sapere aude! Tem a coragem de servir-te de tua própria inteligência! Esse é o
lema do iluminismo (KANT, 1990, p. 308).

Esse modo de pensar e de agir difundiu-se em muitos países da Europa, no século


XVII, prejudicando a Igreja, pois para muitas pessoas os valores evangélicos passaram a ser
relativizados e consequentemente houve um processo de secularização nas terras europeias.
Suas primeiras manifestações ocorreram na Inglaterra e na Holanda, com a contribuição do
pensamento de Descartes, Newton, Spinoza e Locke. Mas o Iluminismo tornou-se um
movimento especialmente forte na França. Os iluministas franceses questionavam a divisão
da sociedade em “estados” ou “ordens”, que privilegiava a aristocracia, em detrimento da
burguesia e do povo em geral. Também questionavam as estruturas de poder da sociedade da
época, inclusive a Igreja Romana que dispunha de muito poder e controle sobre as
consciências dos homens.
Muitos foram os acontecimentos políticos e culturais que contribuíram para o
aparecimento do iluminismo. Em primeiro lugar a Renascença, que lutara contra tudo o que,
de algum modo, pudesse opor-se à autonomia do homem, principalmente contra o princípio
da autoridade. Em segundo lugar a Reforma, que estendera ao campo religioso a luta contra o
princípio da autoridade. Também o iluminismo obteve o apoio de homens do “calibre” de John
Locke, David Hume e Jean-Jacques Rousseau que contribuíram para o seu estabelecimento
no Ocidente.
Apesar dos aspectos negativos já destacados, não podemos desconsiderar que o
Iluminismo foi o precursor da ciência moderna e, portanto, preparou os fundamentos de várias
descobertas científicas que têm proporcionado segurança e conforto para a nossa vida.
Portanto, devemos ter o cuidado para não “demonizarmos” esse período histórico, assim
como a ciência atual, desdobramento desse tempo. Evidentemente que devemos ser críticos
em relação aos seus excessos e investidas contra a fé cristã, sem, contudo, desconsiderar
seus aspectos positivos.

2.2 PENSADORES ILUMINISTAS

2.2.1 Montesquieu e a Divisão de Poderes

INSTITUTO WESLEYANO DE EDUCAÇÃO - CURSO MINISTERIAL TEOLÓGICO


HISTÓRIA DO CRISTIANISMO I 7

Charles de Montesquieu (1689/1755) foi um dos mais influentes iluministas franceses


do século XVIII. Em 1721 publicou “Cartas Persas”, onde satirizava a sociedade francesa,
suas leis e seus costumes, através do diálogo entre dois turistas persas. V i v e u um período
na Inglaterra, passando a admirar suas instituições.
Em 1748 escreveu sua principal obra - “O Espírito das Leis” - na qual procurava
explicar as leis que regem os costumes e as relações entre os homens a partir da análise dos
fatos sociais, excluindo qualquer perspectiva religiosa ou moral. Segundo Montesquieu, as leis
revelam a racionalidade de um governo, devendo estar submetido a elas, inclusive a liberdade
que afirmava ser “o direito de fazer tudo quanto as leis permitem”.
Para se evitar o despotismo e o arbítrio, e manter a liberdade política, é necessário
separar as funções principais do governo: Legislar; Executar; Julgar. Montesquieu mostrava
que na Inglaterra a divisão dos poderes impedia que o rei se tornasse um déspota. Segundo o
pensador tudo estaria perdido se o mesmo homem ou a mesma corporação dos príncipes,
dos nobres ou do povo exercesse três poderes: O de fazer as leis, e de executar as
resoluções públicas e o de julgar os crimes ou as desavenças particulares.

2.2.2 Voltaire: Contra o Absolutismo e a Igreja

O escritor e filósofo francês François Marie Arouet (1694-1778), conhecido como


Voltaire, foi mais um defensor das liberdades civis do que um reformador político. Viveu
isolado por três anos na Inglaterra, onde foi influenciado pelas ideias de John Locke e de
Newton. Ao regressar à França, publicou Cartas Filosóficas (1734), onde louvava os costumes
e as instituições inglesas e atacava o despotismo da monarquia francesa, sendo perseguido
por isso. Voltaire criticava as prisões arbitrárias, a tortura, a pena de morte e defendia a
liberdade de expressão de pensamento.
Era defensor da religião natural, igual para todos os homens, sem doutrinas e os
dogmas da religião cristã. Sobre Voltaire, Reale e Antiseri asseveram: “Ele pretende eliminar o
sobrenatural dos acontecimentos humanos e sustenta que a história judaico-cristã tem um
papel modesto na história universal da humanidade” (REALE, 1990, p. 732).
Expulso de Paris viveu na região da Lorraine, em Berlim e em Genebra, na Suíça. Em
1755 instalou-se em sua propriedade de Fernay, junto à fronteira da Suíça, onde morou até

INSTITUTO WESLEYANO DE EDUCAÇÃO - CURSO MINISTERIAL TEOLÓGICO


HISTÓRIA DO CRISTIANISMO I 8

morrer, produzindo numerosos livros, peças teatrais, panfletos e cartas. Sua obra mais
conhecida é “Candide”, fábula filosófica sobre a natureza do bem e do mal.

2.2.3 Rousseau e o Contrato Social

Jean Jacques Rousseau (1712-1778) era natural de Genebra, na Suíça. Filho de


artesões, lutou muito contra a miséria. Browm (1999, p. 56) o descreveu como: “(...) homens
de muitas capacidades (...)” que “Foi, sucessivamente, um protestante, um católico e um
deísta”. Exímio escritor na época do iluminismo francês, suas teorias provocaram grande
impacto na educação, na literatura e na política.
Em relação à religião, Rousseau afirmava que os dogmas da Igreja são parte da
corrupção que tem marcado as realizações humanas. As principais obras de Jean Jacques
Rousseau foram: “Discurso sobre as ciências e as artes” e “discurso sobre a origem da
desigualdade entre os homens” (1755); “A Nova Heloísa” (1761); “Emílio” (1761); “O Contrato
Social” (1762). (ROUSSEAU, 1988, p. 68).

2.2.4 René Descartes

Descartes foi uma das grandes e primeiras expressões do Iluminismot. Viveu na


França, na Holanda e na Suécia. Descartes lançou os fundamentos de um novo sistema
filosófico baseado no Racionalismo. É autor da célebre frase “Penso, logo existo”.

2.2.5 Francis Bacon

Começou a desenvolver o Empirismo na Inglaterra. Para ele o conhecimento racional


sozinho não era suficiente para se chegar à verdade. Em sua época a física encontrava-se
misturada à filosofia.

2.2.6 Thomas Hobbes

Via o poder absoluto derivando de necessidades sociais. Afirmou a existência de um


universo guiado por leis mecânicas e tornou-se um dos maiores precursores do materialismo
moderno.

INSTITUTO WESLEYANO DE EDUCAÇÃO - CURSO MINISTERIAL TEOLÓGICO


HISTÓRIA DO CRISTIANISMO I 9

2.2.7 Isaac Newton

Um dos primeiros pensadores a formular as chamadas leis naturais; Newton foi um


físico de muito sucesso, sendo por diversas vezes condecorado por sua contribuição à
ciência. Descobriu a lei da inércia, desenvolveu a lei da gravitação universal, estudou a
natureza da luz e também descobriu o cálculo diferencial e integral. Depois dele o
conhecimento científico nunca mais foi o mesmo.

2.2.8 John Locke

Locke afirmava que o homem, ao nascer, é um quadro em branco a ser preenchido


pelas sensações. Diversos pensadores passaram a afirmar que para melhorar o homem era
necessário mudar a sociedade. Tal ideia foi fundamental na luta pela independência dos EUA
e na Revolução Francesa. Sua obra mais importante foi “Ataque as Ideias Inatas” e esta foi
pedra fundamental no liberalismo político. Com isso tornou-se um inspirador dos movimentos
revolucionários.

INSTITUTO WESLEYANO DE EDUCAÇÃO - CURSO MINISTERIAL TEOLÓGICO


HISTÓRIA DO CRISTIANISMO I 10

ATIVIDADES

Foi uma longa trajetória até aqui, desde a era da igreja primitiva, passando pelas
perseguições, pelo domínio da igreja romana e do cléro, até as reformas e influências das
transformações culturais e filosóficas. Para sintetizar tantas informações e consolidar o
aprendizado, desenvolva um quadro como o exemplo abaixo com os principais aspectos de
cada período e os impactos no cristianismo:

INSTITUTO WESLEYANO DE EDUCAÇÃO - CURSO MINISTERIAL TEOLÓGICO


HISTÓRIA DO CRISTIANISMO I 11

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesta aula você pôde compreender as críticas do movimento pietista à teologia luterana, vista
como uma teologia racionalista e vazia de sentimento e espiritualidade. O movimento pietista
foi fundamental na base da nossa igreja atual, pois influenciou inclusive John Wesley, que
preconizava o valor da experiência de fé em Cristo e do coração aquecido pelo Espírito.
Vimos como as bases filosóficas do Iluminismo marcaram a história do cristianismo, através
da valorização da razão e do conhecimento humano e desvalorização da fé.

REFERÊNCIAS

KANT, Immanuel. Resposta à pergunta: o que é o iluminismo. In: A paz perpétua e outros
opúsculos, Lisboa, Edições 70, 1990.

ROUSSEAU, J-J. Considerações Sobre o Governo da Polônia e sua Reforma Projetada.


São Paulo: Brasiliense, 1988.

TILLICH, Paul. História do pensamento cristão. São Paulo: ASTE, 1968.

INSTITUTO WESLEYANO DE EDUCAÇÃO - CURSO MINISTERIAL TEOLÓGICO

Você também pode gostar