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INTRODUÇÃO
Isso contrasta com o que pode ser verificado desde o surgimento da Igreja Cristã. Desde
os dias dos apóstolos, o estudo da teologia foi um elemento essencial na vida da igreja.
Paulo, João e os demais autores do Novo Testamento foram os primeiros teólogos
cristãos. Os pais da igreja seguiram os seus passos, expondo e ensinando as doutrinas
bíblicas para solidificar o entendimento dos seus membros e evangelizar o mundo não-
cristão. Ontem foi observado que as heresias se constituíram numa espécie de desafio
inicial, que exigiu por parte dos principais pensadores da igreja profunda reflexão e
desenvolvimento dos dogmas do cristianismo. Os teólogos batistas Franklin Ferreira e
Alan Myatt afirmam que: “Muitas vezes novas perguntas surgiam, conduzindo o
desenvolvimento doutrinário além dos enunciados simples do Novo Testamento”.3 O
que pôde ser verificado na palestra de ontem, é que o crescimento da fé e da cristandade
necessitava do contínuo crescimento e desenvolvimento da teologia.
Para fazer a teologia, os pais da igreja, em muitas ocasiões, tomaram por empréstimo, a
linguagem da cultura ao seu redor. A filosofia grega foi empregada por muitos para
desenvolver categorias que poderiam ajudar a entender os conceitos teológicos
implícitos na Bíblia. Às vezes isso foi útil, mas sempre havia o risco de introduzir ideias
1
O autor é ministro presbiteriano, atualmente servindo como pastor-auxiliar na Igreja
Presbiteriana de Tucuruí-PA. É bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico do Nordeste,
em Teresina-PI (2005), bacharel em Teologia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, em
São Paulo-SP (Co-validação, 2010), cursando atualmente o Sacrae Theologiae Magister
(S.T.M.), com área de concentração em Estudos Históricos e Teológicos e linha de pesquisa
em Teologia Sistemática, pelo Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper, em
São Paulo-SP.
2
Gordon Clark. Em Defesa da Teologia. Brasília: Monergismo, 2010. p. 107.
3
Franklin Ferreira e Alan Myatt. Teologia Sistemática: Uma Análise Histórica, Bíblica e
Apologética para o Contexto Atual. São Paulo: Vida Nova, 2007. p. 1.
não-cristãs na teologia cristã. E, como resultado, muitas controvérsias surgiram. E
sempre no cerne do problema estava a questão de como os teólogos chegaram às suas
conclusões.
Do que pôde ser apreendido ontem, através da análise dos concílios ecumênicos, aceitos
por católicos, protestantes e cristãos orientais, como formadores da dogmática cristã, é
que aqueles que se inseriam nos embates, nas controvérsias, na produção do conteúdo
doutrinário e do dogma acreditavam de forma veemente que a verdade podia ser
descoberta e definida de modo objetivo. Conhecimento e verdade, epistemologia e
axiologia eram categorias razoáveis no entendimento dos filósofos e teólogos do
passado. Isso ficou exemplificado, por exemplo, durante o período do escolasticismo e
durante o Renascimento e o Iluminismo: “Nos séculos passados, os filósofos seculares
criam de modo geral que o conhecimento era possível ao homem. Em razão disso,
despenderam sua capacidade intelectual e esforço tentando justificar o conhecimento”.4
E à semelhança das suas contrapartes seculares, “os grandes teólogos e doutores da
igreja achavam que o conhecimento era possível ao homem”.5 Francis Schaeffer, outro
filósofo e teólogo protestante norte-americano, afirmou que até por volta de 1890 na
Europa, e pouco antes de 1935 nos Estados Unidos, ninguém precisaria perder tanto
tempo, na prática, refletindo sobre os seus próprios pressupostos. Com isso ele está
asseverando que, “o pressuposto básico diz que há de fato coisas como absolutos. Eles
aceitavam a possibilidade de um absoluto no campo do Ser (ou conhecimento), e no
campo da moral”.6 A aceitação da existência de absolutos, de acordo com Schaeffer,
possibilitava que, não obstante a discordância acerca do que seriam esses absolutos, os
indivíduos pudessem raciocinar juntos a partir do que ele chamava de a “base clássica
da antítese”7, isto é, “elas tinham por certo que, se há uma coisa verdadeira, o oposto
tem de ser falso. Quando se trata de moral, se algo é verdade, o oposto tem de ser
falso”.8
4
Gordon Clark. Em Defesa da Teologia. p. 107.
5
Ibid.
6
Francis Schaeffer. O Deus que Intervém. São Paulo: Cultura Cristã, 2002. p. 23.
7
Ibid.
8
Ibid.
9
Hermisten Maia Pereira da Costa. Introdução à Metodologia das Ciências Teológicas. Vol.
7. São Paulo: Mackenzie, 2009. p. 3.
concernente à realidade total; é a propriedade intelectual dessa Verdade total, e então
vive segundo essa Verdade”.10 Wolfhart Pannenberg, discorrendo sobre a Dogmática
como Teologia Sistemática, pontua que, estabelecida a devida diferença entre dogma,
proclamação doutrinária da igreja e dogmática,
1. se ela trata de sua matéria de modo abrangente, o que significa que ela deve
considerar tudo o que é necessário para a salvação;
A Pós-Modernidade
10
Apud in Nancy Pearcey. Verdade Absoluta: Libertando o Cristianismo de seu Cativeiro
Cultural. Rio de Janeiro, 2006. p. 5.
11
Wolfhart Pannenberg. Teologia Sistemática. Vol. 1. São Paulo: Academia Cristã e Paulus,
2009. pp. 45-46.
12
Ibid. p. 46.
13
Gordon Clark. Em Defesa da Teologia. p. 107.
14
Ibid.
A designação “pós-modernidade” e seus cognatos possivelmente foram cunhados nos
idos da década de 1930, para se referir a uma transição histórica que já estava em
andamento. O pós-modernismo não ganhou atenção generalizada até a década de 1970.
“Primeiramente, denotava um novo estilo de arquitetura. Em seguida, invadiu os
círculos acadêmicos, primeiramente como um rótulo para as teorias expostas nos
departamentos de Inglês e de Filosofia das universidades. Por fim, tornou-se de uso
público para designar um fenômeno cultural mais amplo”.15 Basicamente, a principal
disposição do pós-modernismo é a rejeição da atitude mental da Idade Moderna.
A modernidade começou a ser atacada pelo menos desde que Friedrich Nietzsche
(1844-1900), desferiu o primeiro golpe contra ela no fim do século 19, num ensaio
intitulado O Louco, no qual ele anunciou a morte de Deus. O estudioso das
cosmovisões, James Sire assevera que, “o reconhecimento da morte de Deus é o começo
da sabedoria pós-moderna”.16
A pós-modernidade possui como um dos seus pilares o que é chamado de “fim das
metanarrativas”, que propõe o desapego ao que os teóricos pós-modernos chamam de
“mitos da modernidade”: “A perspectiva pós-moderna”, diz Grenz, “implica o fim do
apelo a qualquer mito legitimador dominante, seja ele qual for. As principais narrativas
predominantes não somente perderam sua credibilidade, como também a ideia de uma
narrativa grandiosa já não desfruta de crédito algum”.17 Jean-François Lyotard, tido
como o propulsor do pós-modernismo, por ocasião do lançamento da sua obra A
Condição Pós-Moderna, traduzido para o português, numa edição de 1988, como O
Pós-Moderno, afirmou o seguinte: “Simplificando ao extremo, considera-se ‘pós-
moderna’ a incredulidade em relação aos metarrelatos”.18 A perspectiva pós-moderna
requer uma investida contra tudo o que reivindica para si a universalidade – ela requer,
nas palavras do próprio Lyotard, uma “guerra contra a totalidade”.19 Alhures Lyotard
assevera: “O pós-moderno, enquanto condição da cultura nesta era, caracteriza-se
exatamente pela incredulidade perante o metadiscurso filosófico-metafísico, com suas
pretensões atemporais e universalizantes”.20
Isso contrasta com o que pode ser percebido nos grandes sistemas intelectuais do
passado, como por exemplo, o platonismo, o Cristianismo, o marxismo, e outros, que
15
Stanley J. Grenz. Pós-Modernismo: Um Guia para Entender a Filosofia de nosso Tempo.
São Paulo: Vida Nova, 2008. p. 13.
16
James W. Sire. O Universo ao Lado: Um Catálogo de Cosmovisões. São Paulo: Hagnos,
2009. p. 264.
17
Stanley J. Grenz. Pós-Modernismo: Um Guia para Entender a Filosofia de nosso Tempo.
p. 72.
18
Jean-François Lyotard. O Pós-Moderno. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1988. p. xvi
19
Stanley J. Grenz. Pós-Modernismo: Um Guia para Entender a Filosofia de nosso Tempo.
p. 73.
20
Jean-François Lyotard. O Pós-Moderno. p. viii.
sempre tiveram fundamentos específicos. Dizer isso é entender o pós-modernismo não
apenas como sendo contrário às metanarrativas, mas também como sendo contrário a
todo e qualquer fundamento. Toda e qualquer reivindicação à verdade é definida em
termos de ficção. A pós-modernidade é uma visão de mundo que, ao mesmo tempo em
que nega todas as visões de mundo 21, acaba legitimando a todas as visões de mundo.
Nesse contexto, a Teologia Dogmática acaba sendo alvo de desconfiança geral, visto
que, como já foi observado, sua função é expor de modo coerente o conteúdo
doutrinário cristão, além de reivindicar conhecer a verdade. É importante recordar,
todavia, que, “Deus já era suprimido do quadro no Iluminismo, uma omissão que sem
dúvida foi responsável pela vulnerabilidade do modernismo”22 aos ataques do pós-
modernismo. Verifica-se, então, um entrelaçamento entre a pós-modernidade e o
pluralismo que, apesar de se constituírem em movimentos distintos, acabam se
confundindo e se sobrepondo em muitos pontos.
De acordo com Schaeffer, “a teologia passou pelo mesmo processo que a filosofia,
ainda que algumas décadas mais tarde”.23 Isso porque os antigos teólogos liberais da
Alemanha, ainda que influenciados pelo naturalismo a ponto de só aceitarem como
explicação válida aquilo que pudesse passar pelo crivo da razão, aceitando apenas os
pressupostos da uniformidade das causas naturais inseridas num sistema fechado,
falharam na sua busca por um Jesus histórico. Após esse fracasso, de acordo com
Schaeffer, “eles poderiam ter feito duas coisas, caso quisessem continuar mantendo-se
numa estrutura racional e lógica. Poderiam abandonar o racionalismo, retornando para a
teologia bíblica da Reforma [...] ou então poderiam ter se tornado niilistas em relação ao
pensamento e à vida”. 24 Mas, em vez disso, eles acabaram optando pelo caminho da
21
Gene Edward Veith Jr. Tempos Pós-Modernos: Uma Avaliação Cristã do Pensamento e
da Cultura da nossa Época. São Paulo: Cultura Cristã, 1999. p. 43.
22
Ibid. p. 44.
23
Francis Schaeffer. O Deus que Intervém. p. 84.
24
Ibid. p. 85.
fragmentação da verdade. A nova teologia abdicou da esperança de encontrar um campo
unificado do conhecimento. De certa forma influenciados por Kierkegaard, a neo-
ortodoxia acabou propondo uma fé que não pode ser conferida e não possui conteúdo
comunicável, constituindo-se num sistema fechado à investigação. Schaeffer vaticina,
dizendo que “a questão real na nova teologia não é só sua visão das Escrituras, mas
fragmentária perspectiva da verdade”.25
Fazendo o mesmo link que fizemos há pouco, Brunner afirma que o ano de 1900 marca
a data aproximada quando a dogmática cristã começa a afundar-se num mar de
ceticismo relativista.
O fato é que tal ceticismo relativista, por sua vez, tem conduzido a dogmática cristã a
um comprometimento acrítico com o pluralismo teológico, de modo que vários
pressupostos teológicos foram modificados no cristianismo pluralista pós-moderno,
principalmente nos campos da cristologia e da soteriologia.
25
Ibid. p. 88.
26
Emil Brunner. Teologia da Crise. São Paulo: Fonte Editorial, 2004. pp. 27-28.
27
Ibid. p. 28.
ser Jesus Cristo o único caminho para a vida”.28 Schleiermacher argumentava que Deus
“está salvificamente disponível, em algum grau, a todas as religiões, mas o evangelho
de Jesus Cristo é o cumprimento e a mais alta manifestação da consciência religiosa
universal”. 29 A teologia liberal do século 19 começou a sustentar que o Deus imanente
do cristianismo não pertencia somente ao cristianismo, mas pertencia a todas as culturas
religiosas do mundo. Jesus Cristo era o paradigma máximo desse Deus imanente, mas
não era a única forma dele se expressar. Mais próximo do final do século 19, Ernst
Troeltsch aderiu de forma explícita ao pluralismo. “Mesmo confessando que o
cristianismo possui ‘uma verdade e poder espiritual’ e até a ‘manifestação da vida
divina em si mesma’, Troeltsch concluiu que esse julgamento tem ‘validade somente
para nós’. Outras civilizações também possuem seu próprio acesso salvífico à vida
eterna”.30
As perguntas que os pluralistas fazem são: Se a salvação está disponível apenas através
de um conhecimento de Jesus Cristo, isso implica que alguns povos possuem mais
privilégios que outros? Não deveríamos nós ser mais otimistas a respeito da graça
salvífica de Deus, mesmo fora da proclamação da igreja?
Com tais asserções, o grande axioma do pai da igreja Cipriano de Cartago, extra
ecclesiam nulla salus (“fora da Igreja não há salvação”), defendido historicamente por
católicos e protestantes, fica destituído de significado, e a fé em Cristo deixa de ser o
único meio para o homem ser salvo.
No pluralismo pós-moderno Jesus não pode ser a revelação especial de Deus no sentido
de a salvação depender exclusivamente dele. Há outras revelações de Deus que são
igualmente soteriológicas. Há outras formas de salvação que não são concentradas e
encerradas em Jesus Cristo, segundo o ensinamento da dogmática pós-moderna.
Esta segunda ideia está enraizada na primeira, pois um Deus de amor não poderia deixar
de fora outras nações não evangelizadas nem indivíduos que tentam de religar a Deus
por outros caminhos.
28
Heber Carlos de Campos. “O Pluralismo do Pós-Modernismo”. In: Fides Reformata. Vol. 2.
Nº 1 (1997). p. 1.
29
Dennis L. Okholm (Ed.). Four Views on Salvation in a Pluralistic World. Grand Rapíds, MI:
Zondervan, 1996. p. 8.
30
Heber Carlos de Campos. “O Pluralismo do Pós-Modernismo”. p. 2.
Aproveito para exemplificar o que estou dizendo, com um trecho de um livro lançado
no ano de 2007 nos Estados Unidos e em 2008 aqui no Brasil, o best-seller A Cabana,
de William P. Young. O livro tem sido aclamado ainda hoje como referencial de
espiritualidade. Não obstante, é extremamente danoso à Escritura e a uma teologia
dogmática saudável, exatamente porque é um reflexo da influência nefasta do pós-
modernismo sobre o cristianismo. William Young ensina que não apenas a Igreja cristã
é a beneficiária dos méritos da morte de Jesus Cristo. De acordo com ele, Jesus salva o
indivíduo sem, necessariamente, trazê-lo para o seio da Igreja. Mais uma vez, é
pertinente citar suas próprias palavras. A citação é longa, porém, necessária para se
entender o contexto:
- Mack, eu as amo. E você comete um erro julgando-as.
Devemos encontrar modos de amar e servir os que estão
dentro do sistema, não acha? Lembre-se, as pessoas que me
conhecem são aquelas que estão livres para viver e amar sem
qualquer compromisso.
- É isso que significa ser cristão? – Achou-se meio idiota ao
dizer isso, mas era como se estivesse tentando resumir tudo
na cabeça.
- Quem disse alguma coisa sobre ser cristão? Eu não sou
cristão.
A idéia pareceu estranha e inesperada para Mack e ele não
pôde evitar uma risada.
- Não, acho que não é.
Chegaram à porta da carpintaria. De novo Jesus parou.
- Os que me amam estão em todos os sistemas que existem. São
budistas ou mórmons, batistas ou muçulmanos, democratas,
republicanos e muitos que não votam nem fazem parte de qualquer
instituição religiosa. Tenho seguidores que foram assassinos e muitos
que eram hipócritas. Há banqueiros, jogadores, americanos e
iraquianos, judeus e palestinos. Não tenho desejo de torná-los cristãos,
mas quero me juntar a eles em seu processo para se transformarem em
filhos e filhas do Papai, em irmãos e irmãs, em meus amados. 31
Algo positivo que pode ser mencionado com respeito ao pluralismo do Pós-Modernismo
é a sua abertura para o diálogo interdisciplinar. Por entender que a verdade, caso exista,
não é cognoscível, o pluralismo preconiza a tolerância e a disposição para o diálogo.
Com isso em mente, a Teologia Dogmática tem diante de si uma grande oportunidade
para, através de uma reflexão que parte de um referencial definido, o Sola Scriptura,
apresentar uma proposta teológica relevante, uma cosmovisão aplicável a todas as
esferas de vida. E isso começa pela reafirmação da existência e cognoscibilidade da
verdade objetiva e absoluta.
31
William P. Young, A Cabana. Rio de Janeiro: Sextante, 2008. p. 168-169.
Wolfhart Pannenberg, já citado algumas vezes, sempre postulou que a necessidade de
resistir “à tendência contemporânea do pensamento teológico americano de desistir da
busca clássica da verdade suprema”.32 Por essa razão, é que na sua Teologia Sistemática
ele afirma de maneira muito clara que a verdade da doutrina cristã é o tema da teologia
sistemática. Contra o relativismo pós-modernista, Pannenberg fez uma afirmação
extraordinária:
Podemos ter uma ideia daquilo que precisamos reafirmar em nossos dias, fazendo uma
comparação com as ênfases da religiosidade pós-moderna35:
O pós-modernismo nega a queda universal. Não somos culpados pelo pecado de Adão,
exceto na medida em que seguimos o seu mau exemplo moral. O pecado é um ato. O
pós-modernismo também destaca a imanência de Deus, que é dinâmico, capaz de
alteração, e está em parceria com sua criação. Porém, o Cristianismo bíblico frisa a
transcendência de Deus e sua imutabilidade, onipotência e onisciência. Para o
Cristianismo bíblico toda a raça humana está implicada na Queda de Adão. Sendo
assim, toda a raça humana é corrompida pelo pecado e em Adão está sob condenação.
32
Ed. L. Miller e Stanley J. Grenz. Teologias Contemporâneas. São Paulo: Vida Nova, 2011.
p. 162.
33
Wolfhart Pannenberg. Teologia Sistemática. Vol. 1. p. 85.
34
Gene Edward Veith Jr. Tempos Pós-Modernos: Uma Avaliação Cristã do Pensamento e
da Cultura da nossa Época. p. 204.
35
Adaptado a partir de uma análise feita por Michael Horton, “Theology at a Glance”. In:
Modern Reformation. Janeiro/fevereiro de 1993. p. 33.
O pós-modernismo ensina que o problema do ser humano é essencialmente a
ignorância, ou seja, o ser humano não sabe o quanto Deus o ama. Porém, o Cristianismo
bíblico afirma que o problema do homem é o pecado e a condenação, que todos se
encontram debaixo da ira de Deus.
O pós-modernismo ensina que muitos são salvos à parte da fé em Cristo, que o Espírito
Santo pode trazer salvação mesmo a pessoas que não conhecem Cristo, que é
apresentado menos como sacrifício pelos pecados e mais como exemplo a ser seguido.
Já o Cristianismo bíblico assevera que não há salvação à parte da fé na obra expiatória
de Jesus Cristo.
O pós-modernismo ensina que os perversos são aniquilados, mas que a não ser isso, o
céu estará aberto para todos, afinal de contas, Deus é amoroso demais para condenar
alguém. Por sua vez, o Cristianismo bíblico ensina que o estado eterno é a imortalidade
ou no céu ou no inferno.
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36
Gene Edward Veith Jr. Tempos Pós-Modernos: Uma Avaliação Cristã do Pensamento e
da Cultura da nossa Época. p. 213.