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POLIANO CEZAR SANTOS BEZERRA

8200586

PORTFÓLIO

Trabalho apresentado ao Centro


Universitário Claretiano para a disciplina
Filosofia da Religião e Teodicéia, ministrada
pelo Tutor Marlon Junior Pellenz.

CARUARU
2024
1- O que é Filosofia da Religião?

Em uma primeira análise, a disciplina filosofia da religião tem caráter exploratório e


explicativo referente a espiritualidade e ao tema da fé, a palavra religião significa religar, ou
seja, ela tem um papel fundamental em conectar o ser com aquilo que ele crê ou acredita.
Dessa forma, essa corrente filosófica tem uma atribuição imprescindível para a nítida
compreensão da fé, abrindo os olhos dos homens para enxergarem a ação do Divino no
mundo, trazendo solidez a está cognição. Nesse sentido, Santo Agostinho e Santo Tomás de
Aquino, Doutores da Igreja Católica, ressaltam a importância da filosofia para a compreensão
do fenômeno religioso. A presente disciplina contribui para um debate coerente entre a
filosofia e a religião que estar fundamentada nos dogmas da fé.
Podemos entender a religião, amplamente falando, como um sistema de crenças.
Culturalmente falando, podemos dizer que existe em quase todas as culturas, pelo menos, uma
expressão religiosa. Essas expressões diferem entre si, quanto a conceitos e origens, mas
sempre partem da tentativa do homem de querer encontrar repostas a problemas para quais a
razão humana não seria capaz ou suficiente.
Na esfera da religião, não é necessária uma demonstração racional para aquilo que se
professa, mas a fé necessariamente não é oposta à razão. A partir do século XIX é que parece
o termo “filosofia da religião”, parte da filosofia que se ocupa de examinar racionalmente as
explicações religiosas.
A inquietação sobre Deus sempre foi uma questão que movimentou o pensamento
desde a antiguidade, como Tomás de Aquino e Agostinho.
Segundo a doutrina da Igreja, a fé cristã era a verdade mais elevada. Considerando a
doutrina, qualquer movimento contrário era considerado como heresia. Na época, o único
movimento possível à ciência e a filosofia era a comprovação racional da fé. A partir da
filosofia grega ou contra ela, muitos pensadores cristãos lançaram-se nessa tarefa e tentaram
cativar os descrentes.
Os padres apologistas, aqueles que mostravam a superioridade da fé cristã, rejeitavam
o recurso às filosofias gregas. As obras de maior destaque são as de Santo Agostinho e Santo
Tomás - Agostinho, que pertencia à Patrística e Tomás de Aquino, que pertencia à Escolástica.
Santo Agostinho, principal expoente da Patrística, estabelece que a principal diferença
entre fé e a razão é que, pela fé, conseguimos compreender coisas inalcançáveis por meio da
razão. Pare ele, a fé revela verdades de forma intuitiva, verdades que são confirmadas pelo
exercício racional.
Santo Tomás já pertence a segunda fase. Fase essa que pretendia recorrer aos
pensamentos aristotélicos para explicar os pontos principais da fé cristã. Com este movimento
criou-se um sistema próprio, do qual conseguiu elaborar provas racionais da existência de
Deus, com isso, Santo Tomás torna-se Doutor da Igreja.
Para Nietzsche, o cristianismo reforçou uma moral dotada de submissão, pecado e
culpa. Para o filósofo alemão, a própria moral é o instrumento para o enfraquecimento dos
fortes.
Embora na Idade média tenham surgido inúmeras teorias que se pretendem capazes de
provar a existência de Deus, a partir do século XVII houve uma guinada na mentalidade
humana, e muitos argumentos defendidos na era medieval perderam sua validade.
Muitos filósofos religiosos têm suas próprias prevenções contra a cultura religiosa
popularesca, como Kant e Feuerbach, o qual estimulou o estudo das religiões do ângulo social
e antropológico destas convicções espirituais, caminho seguido até hoje por grande parte dos
filósofos desta disciplina.

2- Apresente uma síntese da relação entre Filosofia e Religião na história do cristianismo


ocidental e, como se deu o embate entre fé e razão nesses dois mil anos de cristianismo.

Primordialmente, para o cristianismo em seus primórdios somente crê era necessário,


no entanto com o avanço racional os cristãos perceberam a necessidade de procurar respostas
pela razão. Logo, o embate entre fé e razão teve seu início no império Romano.
Naquele tempo existia duas correntes de pensamentos a dos greco-romanos e dos
cristãos, os greco-romanos em tese defendiam que o mundo natural é a fonte de todos as
coisas, no entanto, na Suma Teológica Santo Tomás de Aquino diz que tudo tem que ter uma
causa, nada é causa própria, contudo, essa era a corrente de pensamento que os cristãos
defendiam. Seguramente, e para os cristãos, o que trazia solidez a estas verdades de fé eram
as Sagradas Escrituras e a Patrística.
Entretanto, Santo Agostinho Padre da Igreja cita que a fé e a razão enriquecem a
“filosofia cristã”. Portanto, atualmente tendo todo o histórico e magistério, o cristianismo
defende que a fé é ajudada pela razão para a sua consistência.
Assim, no século atual é notório que as pessoas estão repletas de dúvidas e no que diz
o quesito da fé não é diferente. Atualmente as pessoas se perguntam onde está Deus em meio
a um mundo repleto de maldades e catástrofes, logo, estamos vivendo em um mundo onde
existe tantas perguntas e questionamento acerca da fé e da razão.
Contudo, profissionalmente devemos ter fundamentos sólidos para explicar e debater
estas questões. Questões tão relevantes e profundas.

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