A Patrística (século II – VIII) foi o período da História da
Filosofia que correspondeu ao pensamento elaborado pelos padres da Igreja. De início, a patrística foi marcada pelo esforço em fundamentar a fé cristã. Os primeiros padres da Igreja foram chamados de apologistas, pois escreviam textos em defesa e elogios ao cristianismo. Fundadores da Patrística
A apologia era uma tentativa de defender o cristianismo
dos ataques movidos pelos pagãos e pelos hereges e de superar a resistência dos judeus e dos gregos em aceitar a nova fé. São Justino (c. 100 –165) foi um dos primeiros e principais apologistas. Teólogo ensinou que a Filosofia devia conduzir o ser humano a Deus e que cristianismo oferecia verdades filosóficas alcançadas por vias não filosóficas. Santo Agostinho Agostinho de Hipona, posteriormente conhecido com Santo Agostinho, foi o principal nome da patrística. Nascido em 354 na cidade de Tagaste, localizada no norte da África e que na época, fazia parte do Império Romano, foi convertido ao cristianismo em 386 e nomeado bispo em 394. Faleceu em 430. Entre os principais temas da Filosofia agostiniana estavam: as relações entre fé e razão, o problema do mal, os argumentos da existência de Deus e a liberdade humana. Agostinho: a procura de Deus
Para Agostinho, havia um vínculo profundo entre fé e
razão. Conhecer plenamente a Deus era algo inatingível para o ser humano, já que as verdades da fé não podiam ser demonstradas racionalmente. Porém, a razão poderia demonstrar que deve-se crer em tais verdades, porque são elas que levariam os seres humanos a salvação. Agostinho: a procura de Deus
E, a partir dessa compreensão e aceitação das verdades
reveladas por Deus, o homem poderia entender parcialmente ou totalmente algumas dessas verdades, que estavam na Bíblia. Agostinho: a procura de Deus
Agostinho afirma que a razão não se contrapõe à fé. Para
ele, a razão precede a revelação divina, ou seja, o questionamento racional é um estímulo para o homem aprender. Em seguida, guiado pela fé, a razão investigaria e compreenderia partes das verdades divinas. A síntese desse pensamento está na seguinte frase de sua autoria: “Compreender para crer e crer para compreender”.