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A PATRISTICA
A Filosofia de Agostinho
A ESCOLÁSTICA
A escolástica possui um significado mais limitado quando comparada
às disciplinas ministradas nas escolas medievais, entre elas a gramática, a
retórica e a dialética; a aritmética, a geometria, a astronomia e a música,
embora contemple uma conotação mais ampla ao se reportar à linha filosófica
adotada pela Igreja na Idade Média. Esse modo de pensar essencialmente
cristão buscava respostas que justificassem a fé na doutrina ensinada
pelo clero, considerado como o guardião das verdades espirituais. Essa
escola filosófica prevaleceu do princípio do século IX até o final do século XVI,
época que representou o declínio da era medieval, sendo a escolástica o
resultado de estudos mais profundos da arte dialética, assim como a
radicalização dessa prática. No início, ela foi disseminada nas catedrais e nos
monastérios para depois chegar às universidades.
Com isso, a filosofia da antiguidade clássica adquiriu características
judaico-cristãs, já esboçadas a partir do século V, com a necessidade urgente
de fazer um mergulho profundo em uma cultura espiritual que estava se
desenvolvendo rapidamente, para assimilar a esses princípios religiosos
uma essência filosófica capaz de introduzir o cristianismo no campo da
filosofia. A partir dessas tentativas de racionalização do pensamento cristão,
surgiram os dogmas católicos, que se infiltraram na mentalidade clássica
dos conceitos gregos, como ‘providência’, ‘revelação divina’, ‘criação
proveniente do nada’, entre tantos outros.
A tarefa dos escolásticos consistia, portanto, em harmonizar ideais
platônicos com fatores de natureza espiritual, inseridos do cristianismo
vigente ocidental. Mesmo quando Aristóteles é contemplado no pensamento
cristão por Tomás de Aquino, o neoplatonismo adotado pela Igreja ainda é
preservado, fazendo com que a escolástica seja permanentemente
atravessada por dois universos distintos, o da fé herdada da mentalidade
platônica e a razão aristotélica. No caso de Agostinho, havia o clamor pelo
predomínio da fé em detrimento da razão, ao passo que, em Tomás de
Aquino, se acreditava na independência da esfera racional na busca de
respostas mais apropriadas, embora não houvesse rejeição à primazia da
fé sobre a razão.
O método adotado pela Escolástica se deu por meio do ensino,
fundamentado no mestre com o domínio da palavra e também no debate
livre entre o professor e seu discípulo. Além disso, também houve as formas
literárias e, entre elas, predominam os comentários, nascidos das discussões,
dos quais se originam as summas, que permitem ao autor se ver um pouco
mais livre dos textos. Uma das summas mais renomadas é a Summa
Theologica de São Tomás. A Opuscula é igualmente usada pelos
escolásticos, representando um caminho mais autônomo para se abordar uma
questão.
Vale ressaltar que a escolástica foi nitidamente influenciada pela
Bíblia Sagrada, pelos filósofos da antiguidade e também pelos padres da
Igreja, escritores do primeiro período do cristianismo oficial, que dominavam a
fé e a santidade. Ela ainda pode ser considerada como o último período do
pensamento cristão.
Junto com essa instrução, ainda existe, na Idade Média, uma educação
militar, ministrada por militares para militares. Também a Igreja preocupa-se
no sentido de conferir ao seu sistema educacional um sentido ético, religioso
e católico. Pode-se afirmar que a história da filosofia escolástica começou
com o nome de João Scoto Erígena, que nasceu na Irlanda, em 874. Ele foi
chamado à corte culta de Carlos, o Calvo, para presidir e ministrar aulas na
escola palatina. Sua obra principal consiste Da Divisão da Natureza,
dividida em cinco livros. Por apresentar características neoplatônicas, o
esquema especulativo da obra traz a descida da unidade à multiplicidade, bem
como o retorno da multiplicidade à unidade. A valorização conceitual das
ideias, problema que tanto despertou o interesse da escolástica, foi
solucionado de maneira radical no pensamento escotista.
As soluções oferecidas pela escolástica podem ser basicamente
divididas em três: a solução chamada de realismo transcendente, a
solução do realismo moderado e a solução nominalista.
Após a decadência cultural que se seguiu à renascença, começou a
se manifestar nos séculos XI e XII um renascimento especulativo,
incluindo a luta dos teólogos e dos místicos, contra a ciência filosófica
por eles considerada um resíduo pagão e uma distração mundana contra
os filósofos e os dialéticos que a cultivavam. Também é importante
destacar sua posição crítica com relação à pesquisa filosófica, pois a dúvida
nos leva à investigação, e a investigação nos leva à ciência.
A FILOSOFIA MODERNA
O mundo chamado por ele de coisa em si, não pode ser conhecido
plenamente através do entendimento ou sensibilidade, pois tudo que o homem
conhece não é a realidade verdadeira. É o que Kant chama de fenômeno, que
caracteriza os objetos na medida em que eles são apresentados, entendidos e
organizados pelo pensamento. Com isso, Kant explica que a realidade não
está relacionada ao sujeito, por isso torna-se impossível conhecê-la.