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MEDIEVAL E O CONTEXTO
HISTÓRICO
Tradicionalmente, o capítulo da História da humanidade
relativo ao tema conflito entre razão e fé é atribuído a um
período medieval em que se travava um confronto entre os
adeptos da boa nova, isto é, a religião cristã, e seus adversários
moralistas gregos e romanos, na tentativa de imporem seus
pontos de vistas.
Para estes, o mundo natural ou cosmos era a fonte da lei, da
ordem e da harmonia, entendendo com isso que o homem faz
parte de uma organização determinada sem a qual ele não se
reconhece e é através do logos que se dá tal reconhecimento.
Já para os cristãos, a verdade revelada é a fonte da
compreensão do que é o homem, qual é sua origem e qual o
seu destino, sendo ele semelhante a Deus-pai, devendo-lhe
obediência enquanto sua liberdade consiste em seguir o
testamento (aliança).
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/o-
conflito-entre-fe-razao.htm O plano do saber racional, baseado
na clareza e evidência lógica, e o plano da doutrina teológica,
orientado pela moral e baseado na luminosa certeza da fé, são
planos assimétricos. A Teologia não é mais considerada
ciência, mas sim um complexo de proposições mantidas em
vinculação não pela coerência racional, e sim pela força de
coesão da fé?
ATIVIDADE VERIFICADORA DA
APRENDIZAGEM:
No contexto social, a fé é vista com mais clareza na religião e,
neste caso, significa acreditar nos princípios difundidos por
determinada religião ou apenas a crença em Deus. Por muito
tempo acreditou-se que a religião perderia cada vez mais espaço
para a razão, mas isso não aconteceu. Na prática, ela permanece
e influencia decisões em diversas áreas como política, economia,
direito, educação e biociências, entre outras. Mesmo que uma
pessoa não tenha nenhuma influência religiosa, ela ainda terá
outras advindas da sociedade.
https://www.uninter.com/noticias/fe-razao-na-construcao-da-
sociedade Cite dois exemplos que podem comprovar a
importância da relação entre Razão e Fé no mundo
contemporâneo. Justifique sua escolha
ESTUDO DE CASO : CONFLITO ENTRE
RAZÃO E FÉ
Tradicionalmente, o capítulo da História da humanidade relativo
ao tema conflito entre razão e fé é atribuído a um período
medieval em que se travava um confronto entre os adeptos da
boa nova, isto é, a religião cristã, e seus adversários moralistas
gregos e romanos, na tentativa de imporem seus pontos de vistas.
No entanto, pode-se levantar a questão de que esse conflito entre
fé e razão representa apenas um momento localizado na história,
ou permanece presente até os dias de hoje? Será possível
conciliar Fé e Razão? https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/o-
conflito-entre-fe-razao.htm Elabore em cinco linhas, no
mínimo, argumentos filosóficos que apresentem os desafios
da relação entre razão e fé na contemporaneidade.
CONCEITO DE FILOSOFIA MEDIEVAL
A Filosofia medieval não foi apenas aquela pensada pelos
intelectuais cristãos!
Também houve Filosofia medieval entre os pensadores judeus e
muçulmanos.
As três correntes, contudo, tiveram a mesma estrutura
intelectual: a de um diálogo entre a respectiva escritura sagrada e
o pensamento grego platônico, neoplatônico e aristotélico
Patrística :Com Santo Agostinho de Hipona (354 d.C.-430
d.C.). O termo é uma homenagem a líderes cristãos cuja
literatura floresceu a partir do ano 95 d.C. e que foram
considerados os “pais” da Igreja. Também se refere à Filosofia
cristã daqueles primeiros séculos, mesmo quando não escrita
por líderes religiosos (POLESI, 2014).
Escolástica:Com Santo Tomás de Aquino (1225-1274).
https://guiadoestudante.abril.com.br/especiais/santo-agostinho/
SÃO TOMÁS DE AQUINO E A ESCOLÁSTICA COMO FORMA
DE PODER E O CONTEXTO HISTÓRICO
ORIGEM:Roccasecca (cerca de 1224-1274)
CORRENTE FILOSÓFICA:Escolástica
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GUILHERME DE OCKHAM
Com sua Filosofia “nominalista”, Guilherme (ou William) de Ockham
iniciou o processo fideísta (preconiza a superioridade da fé no conhecimento
das verdades inatingíveis)e racionalista que caracteriza a Modernidade, com
suas separações entre fé e razão, graça e natureza, Igreja e Estado, as quais
quebram a harmonia buscada por Agostinho e Tomás de Aquino.
Ockham ensinou em Oxford, onde a investigação filosófica pendeu para o
conhecimento empírico da natureza, com as pesquisas de Roberto de
Grosseteste sobre a natureza da luz e as intuições de Roger Bacon sobre o que
seria posteriormente o método científico moderno.
FIDEÍSTA Crença religiosa que não busca o diálogo com a Filosofia.
RACIONALISTA Pensamento filosófico que não busca o diálogo com a
teologia.
Nominalismo Não admite a existência do universal, nem do
mundo material, nem do mundo inteligível
FRANCISCO SUÁREZ
Teólogo e filósofo jesuíta que ensinou na Universidade de
Coimbra.
Para Suárez, no ato humano existe um tipo de bondade ou
malícia em função do objeto em si mesmo considerado,
segundo esteja ou não de acordo com a reta razão.
E o ato humano recebe, de modo especial, o nome de pecado
ou culpa para com Deus por razão da transgressão de uma
verdadeira lei dada pelo próprio.
Suárez interpreta essa específica malícia como a
“prevaricação” de que fala São Paulo: “onde não há lei,
tampouco há prevaricação [transgressão].” O ato humano
contrário à natureza racional não teria esse caráter de
“transgressão” ou “prevaricação”.
O direito humano é de duas classes: escrito e não escrito. O
direito não escrito está formado por costumes, e, se foi
estabelecido pelos costumes de um só povo e a ele só obriga,
segue sendo Direito civil. Se, pelo contrário, foi estabelecido
pelos costumes de todos os povos e se a todos obriga, esse é o
direito “das gentes”
Suárez distingue o direito “das gentes” do direito natural.
O direito “das gentes” não manda nada que seja por si mesmo
necessário para a retidão ou a conduta, nem proíbe nada que
seja essencial e intrinsecamente mau. Tudo isso pertence ao
direito natural
O direito “das gentes” não forma parte do direito natural
tampouco distingue-se dele por ser um direito específico dos
homens. O direito “das gentes” é simplesmente humano e
positivo, e seus preceitos diferenciam-se dos preceitos do
Direito civil pelo fato de não estarem formados por leis escritas
e sim por costumes, não deste ou daquele Estado, mas de todas
ou quase todas as nações.
FRANCISCO DE VITÓRIA
Francisco de Vitória (1483-1546) estudou em Paris, dedicando-
se especialmente ao estudo da Antropologia tomista. Foi um
grande mestre universitário e criador de uma escola
filosóficoteológica que teria influência decisiva na Espanha e na
América
Suas obras De potestate civili , De indis e De iure belli
expressam seu pensamento sobre a origem da autoridade civil, os
títulos legítimos e ilegítimos dos espanhóis para conquistar a
América, e o direito à guerra contra os nativos do novo
continente.
O tomismo é a filosofia escolástica de São Tomás de Aquino (1225-1274), e
que se caracteriza, sobretudo pela tentativa de conciliar o aristotelismo com
o cristianismo. Procurando assim integrar o pensamento
aristotélico e neoplatônico, aos textos da Bíblia, gerando uma filosofia do Ser,
inspirada na fé, com a teologia científica.
Sobre a justificativa da guerra, Vitória aplica os critérios do
“mal menor” e do “bem possível”. Isto é, nenhuma guerra é
justa caso verifique-se que se sustenta às custas de um mal
maior do que o bem e a utilidade da República, por mais que
sobrem razões para uma guerra justa.
Vitória criou o direito das gentes (ius gentium ), precursor de
nosso Direito internacional, que justifica, sobre a base da
solidariedade internacional dos povos — e não sobre o direito
natural, como concebido classicamente por Agostinho e Tomás
de Aquino —, uma espécie de fraternidade universal dos
homens entre si.