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ISRAEL SCHOBA
REBECA CALHEIRANI
HISTÓRIA DA FILOSOFIA
VINHEDO
2022
INTRODUÇÃO
Filosofia é uma palavra grega que significa "amor à sabedoria" e consta no estudo de problemas
fundamentais referente à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos,
à mente e à linguagem. Além do crescimento da filosofia como uma disciplina, a filosofia é
necessária à condição humana, não é um conhecimento, mas uma atitude natural do homem em
relação ao universo e seu próprio ser.
Embora tenha algumas analogias com a ciência, muitas das perguntas da filosofia não podem
ser respondidas pelo empirismo experimental. A filosofia é o saber mais extensivo. A partir
dela, são fundamentados e desenvolvidos os projetos educacionais e as pesquisas, bem como
embasa-se, inclusive, a consultoria a instituições científicas, artísticas e culturais.
Para sabermos mais como se originou a filosofia, falaremos a respeito dos períodos históricos
da filosofia Antiga, medieval, moderna e contemporânea. Comentaremos sobre suas
características, o que ocorreu e seus principais pensadores.
FILOSOFIA ANTIGA
Filosofia Antiga é o período entendido
entre o princípio da filosofia (no século VII
a.C) e a queda do Império Romano, na
tradição ocidental em particular, baseada
na filosofia grega antiga. Criado na Grécia,
região da Jônia, onde hoje situa-se a Turquia.
No início do século VII, as cidades desta região tinham o comércio aquecido pelas embarcações
que moviam mercadorias através do Mar Mediterrâneo. Essa deslocação gerava um grande
acúmulo de intelectuais, que costumavam expor suas reflexões. Ela surge da precisão de
explicar o mundo de um novo modo. Os filósofos examinam para descobrir respostas coerentes
para a origem das coisas, dos fenômenos da natureza, da existência e da racionalidade humana.
• Surgiu na Grécia Antiga no século XVII e durou até a Queda do Império Romano, no
século V;
• Serviu de base para o modo de pensar ocidental e resultou no surgimento das primeiras
formas de ciência;
• Entre seus principais representantes estão Platão, Aristóteles, Epicuro, Tales de Mileto
e Sócrates
A filosofia antiga divide-se em três períodos distintos, cada um dominado por temas e questões
diferentes:
É período menos definido da filosofia antiga, com ideias e soluções menos categóricas do que
os períodos anteriores. Além de temas relacionados à natureza e ao homem, os filósofos
helenísticos estudavam as formas com que o ser humano pode ser feliz, independente de
circunstâncias que fogem ao seu poder, como governo, sociedade etc. Alguns destaques do
período helenístico são Epicuro, Aristóteles e Zenão de Cítio.
Foram muitos e diferentes pensamentos na época da Filosofia Antiga. Com tantas vertentes de
raciocínio, algumas destacaram-se mais do que outras. Entre as principais escolas estão:
Platonismo: corrente filosófica baseada em Platão (427 à 347 a.C.). A escola reúne as
principais teorias do filósofo como: metafísica, retórica, ética, estética, lógica, política, dialética
e da dualidade (corpo e alma).
Aristotelianismo ; escola baseada nos ensinamentos filosóficos de Aristóteles (384 à 322 a.C.)
e teve destaque em segmentos como: física, antropologia, lógica, biologia, etc.
Epicurismo: baseado nas ideias de Epicuro (341 à 270 a.C.), acreditava que a filosofia poderia
levar o indivíduo à felicidade, através da libertação de tudo que o incomoda.
Ceticismo: corrente filosófica iniciada por Pirro de Élis (360 à 270 a.C.), seguia o princípio de
que sem julgamentos era possível o ser humano encontrar a felicidade.
Cinismo: escola filosófica influenciada a partir da teoria de Antístenes (445 à 365 a.C.), que
valorizava a vida simples, desprezando os bens materiais e os prazeres como fama, poder e
riqueza, pois é isso que fundamenta a existência do homem.
Tales de Mileto (623-546 a.C.): considerado o pai da filosofia, viveu no período pré-socrático.
Apresentou os primeiros questionamentos empíricos e acreditava que a água era a substância
primordial a partir da qual tudo ganhava vida.
Anaximandro (610-547 a.C.): assim como Tales, acreditava na existência de uma substância
que fundamentava a vida e todas as coisas. Para ele, essa substância era denominada ápeiron
(infinita, eterna e imortal), e dava massa a tudo no universo.
Pitágoras de Samos (570-490 a.C.): apresentou um ponto de vista matemático para a explicar
a origem das coisas. Seu pensamento foi fundamental para o avanço das ciências exatas.
Heráclito (535-475 a.C.): acreditava que o fogo era a substância fundamental da natureza. Suas
reflexões metafísicas defendiam que os processos de mudança e o fluxo constante da vida eram
resultado de forças opostas exercidas pelo universo.
Empédocles (490-430 a.C.): defendia que o mundo era estruturado sobre quatro elementos
naturais (ar, água, fogo e terra), que seriam manipulados por forças denominadas amor e ódio.
Demócrito (460-370 a.C.): criador do atomismo, segundo o qual a realidade era formada por
partículas invisíveis e indivisíveis denominadas de átomos.
Sócrates (469-399 a.C.): contribuiu enormemente para os estudos do ser e de sua essência. Sua
filosofia fazia uso constante da maiêutica, um método de reflexão crítica voltado para a
desconstrução de preconceitos e para a geração de autoconhecimento.
Platão (427-347 a.C.): contribuiu para basicamente todas as áreas do conhecimento e defendia
o conceito de universais.
Aristóteles (384-322 a.C.): sua filosofia serviu como base para o pensamento lógico e
científico. Assim como Platão, escreveu inúmeras obras sobre metafísica, política, ética, artes,
etc.
Epicuro (324-271 a.C.): defendia que o propósito da vida era o prazer moderado, ou seja,
saudável e livre de vícios.
FILOSOFIA MEDIEVAL
O termo filosofia medieval diz respeito às produções filosóficas desenvolvidos durante a Idade
Média. Nesse período histórico, observamos uma articulação incomum de pensar atualmente:
consciência cristã e razão filosófica. No período compreendido entre os séculos V e XV, a
produção filosófica é marcada pelo sincretismo realizado entre os ideais cristãos e a filosofia
antiga. Não é sem razão que os principais filósofos desse período são pessoas ligadas à Igreja.
Essa característica é justificada pelo poder exercido pela instituição durante a Idade Média.
Vale lembrar que esse período foi marcado pela expansão e fortalecimento da Igreja, que
exercia poder não somente nas dimensões espirituais, mas principalmente nas esferas
econômicas e políticas. Não se esqueça que foi ela quem organizou as Cruzadas à Terra Santa e
que tinha o poder de coroar os reis. Nesse período, os integrantes da filosofia medieval
buscavam, por meio da razão, explicações para os ideais cristãos.
A filosofia medieval é comumente dividida em quatro períodos principais: Filosofia dos Padres
Apostólicos, Filosofia dos Padres Apologistas, Patrística e a Escolástica.
Nos séculos I e II, a filosofia desenvolvida esteve relacionada com o início do Cristianismo e,
portanto, os filósofos desse período estavam preocupados em explicar os ensinamentos de Jesus
Cristo num meio pagão. Recebe esse nome, uma vez que esse cristianismo primitivo esteve
baseado nos escritos de diversos apóstolos. O maior representante desse período foi Paulo de
Tarso, o Apóstolo Paulo, que escreveu muitas epístolas incluídas no Novo Testamento.
Nos séculos III e IV a filosofia medieval passa para uma nova fase relacionada com a apologia.
Esta era uma figura da retórica que consistia na defesa de algum ideal, nesse caso, a fé cristã.
Os "Padres Apologistas" utilizaram as mesmas figuras de linguagem e argumentos para dialogar
os com helenistas. Assim, defendia o cristianismo como uma filosofia natural que seria superior
ao pensamento greco-romano. Dessa maneira eles aproximaram o pensamento greco-romano
aos conceitos cristãos que estavam se disseminando pelo Império Romano. Nesse período
destacam-se os apologistas cristãos: Justino Mártir, Orígenes de Alexandria e Tertuliano.
Filosofia Patrística
Filosofia Escolástica
Santo Agostinho
Por toda sua carreira literária, Agostinho explorou a Teoria da Iluminação Divina. Para ele, a
mente necessitava ser iluminada de fora, e todas as suas obras faziam afirmações categóricas
sobre a necessidade da participação de Deus na vida humana.
Foi o responsável por conjugar a filosofia aristotélica com os ideais do cristianismo, dando
origem ao chamado “Tomismo”. As ideias de Tomás de Aquino foram tão influentes para o
pensamento ocidental que grande parte da filosofia moderna tomou suas obras como ponto de
partida.
Guilherme de Ockham
• Antropocentrismo e Humanismo
• Cientificismo
• Valorização da natureza
• Racionalismo (razão)
• Empirismo (experiências)
• Liberdade e idealismo
• Renascimento e iluminismo
A filosofia moderna, assim como outras fases da filosofia, pode ser dividida em escolas de
pensamento que organizam as diferentes correntes filosóficas da época. As principais escolas
da filosofia moderna são: racionalismo, empirismo e idealismo.
Racionalismo
Empirismo
Idealismo
O idealismo é a escola filosófica que entende que a realidade como a conhecemos é fruto da
mente humana. Em termos epistemológicos, o idealismo defende os limites do conhecimento
são os limites da mente, por isso a percepção da realidade sempre será limitada.
• Jean Bodin (1530-1596) - Filósofo francês, Bodin apresenta visões que contribuem
para a evolução do pensamento político moderno. Faz a análise da teoria do direito
divino dos reis em sua obra, composta por seis livros e denominada “A República”.
• Francis Bacon (1561-1626) - Bacon colaborou com a criação do método indutivo de
investigação científica que preza as observações e depois apresenta induções para os
fenômenos naturais.
• Baruch Spinoza (1634-1677) - É um filósofo holandês que critica e combate todo tipo
de superstição, pois seriam criadas pela imaginação. Spinoza acredita e defende a
existência de um Deus transcendental que está ligado a natureza.
FILOSOFIA CONTEMPORANEA
A Filosofia Contemporânea teve início no início do século XIX e perdura até os dias atuais.
Entre as características predominantes da filosofia contemporânea está a maneira de pensar
racionalmente, característica da Idade Contemporânea que teve como marco a Revolução
Francesa. A Filosofia Contemporânea só garantiu seu espaço nos séculos XIX e XX, mas foi
no século XVIII que ela foi tomando forma. Nesse período surgia um dos grandes conflitos
políticos e sociais que causou um impacto em toda a Europa, a Revolução Francesa,
uma revolta burguesa contra a monarquia.
Durante esse período o capitalismo estava se consolidando, gerando evidências de que esse
modelo econômico produzia uma desigualdade social cada vez mais intensa. Inúmeras
tecnologias foram criadas durante esse tempo, a eletricidade foi descoberta, o petróleo passou
a ser utilizado como matéria-prima, o telefone foi criado e o automóvel se tornava um novo
meio de comunicação. Ao passo em que a tecnologia e a ciência avançavam, criando
oportunidades de trabalho, as pessoas eram submetidas a jornadas de trabalho intensas e eram
extremamente exploradas, ou em outras ocasiões substituídas por máquinas. Foi em cima desse
contexto que as escolas filosóficas contemporâneas criaram suas concepções. Havia
progresso nos campos da ciência e da tecnologia, mas a sociedade não acompanhava esse
desenvolvimento. Então, a filosofia contemporânea surge para consolidar o que ficou conhecido
como “consciência de classe”, termo que se refere à reflexão sobre as lutas sociais. É válido
lembrar que a filosofia contemporânea antecede a filosofia pós-moderna, que muitos autores
acreditam que esta última foi assimilada pela primeira.
A filosofia contemporânea possui algumas características que a diferem das outras correntes
filosóficas. Muitas dessas ideias fazem parte, inclusive, dos pensamentos filosóficos da Escola
de Frankfurt. Dentre as características principais merecem destaque:
• Utilitarismo;
• Racionalismo;
• Existencialismo;
• Subjetividade.
Friedrich Nietzsche: o filósofo e crítico cultural alemão do século XIX influenciou muitos
teóricos e correntes filosóficas ainda no século XX, a exemplo do existencialismo e o pós-
estruturalismo.
Jean-Paul Sartre: filósofo e crítico francês, Sartre foi um dos grandes representantes do
existencialismo, uma doutrina filosófica que surgiu na Europa e que era pautada na existência
metafísica e na liberdade.
Hannah Arendt: filósofa política de origem judia alemã que foi perseguida pelo nazismo. Suas
obras criticavam os regimes totalitários e a violência.
Martin Heidegger: filósofo alemão que contribuiu para o pensamento existencialista,
estruturou uma crítica à técnica e desenvolveu um método novo de se chegar ao conhecimento
a partir de uma nova estrutura filosófica.
Theodor Adorno: teórico e sociólogo alemão, Adorno foi um dos grandes nomes da Escola de
Frankfurt e um dos principais pensadores da teoria crítica.
Michel Foucault: o filósofo francês se destacou com seus estudos sobre a convivência humana,
relações de poder, conhecimento e as ferramentas de controle social.
REFERÊNCIAS:
• https://www.significados.com.br/filosofia-
antiga/#:~:text=%C3%89%20divida%20em%20tr%C3%AAs%20per%C3%ADodos,
Tales%20de%20Mileto%20e%20S%C3%B3crates.
• https://www.todamateria.com.br/filosofia-antiga/
• https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/filosofia/filosofia-antiga
• https://www.resumoescolar.com.br/filosofia/resumo-da-filosofia-antiga/
• https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/filosofia/filosofia-medieval
• https://www.significados.com.br/filosofia-medieval/
• https://www.todamateria.com.br/filosofia-
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• https://www.significados.com.br/filosofia-moderna/
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• https://querobolsa.com.br/enem/filosofia/filosofia-moderna
• https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/filosofia/filosofia-moderna
• https://querobolsa.com.br/enem/filosofia/filosofia-contemporanea
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