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FILOSOFIA ANTIGA

Sumário

FILOSOFIA ANTIGA ................................................................................ 0

NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2

A FILOSOFIA ANTIGA.............................................................................3

PERÍODOS DA FILOSOFIA ANTIGA.......................................................4

ESCOLAS DA FILOSOFIA ANTIGA.........................................................5

PRINCIPAIS FILÓSOFOS ANTIGOS.....................................................11

CARACTERÍSTICAS DA FILOSOFIA ANTIGA......................................13

QUANDO E COMO SURGIU A FILOSOFIA?.........................................14

PRINCIPAIS PROBLEMAS FILOSOFICOS DA FILOSOFIA


ANTIGA..............................................................................................................15

QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS DA


FILOSOFIA?......................................................................................................16

FILOSOFIA DA GRÉCIA ANTIGA..........................................................18

FILOSOFIA POLÍTICA NA ANTIGUIDADE.............................................20

OS PROBLEMAS FUNDAMENTAIS DA FILOSOFIA


ANTIGA...................................................................................................22

REFEFÊNCIAS.......................................................................................23

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de


empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais,
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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A FILOSOFIA ANTIGA

A filosofia antiga é o período compreendido entre o surgimento da filosofia


no século VII antes de Cristo e a queda do Império Romano.

A filosofia antiga marca a primeira forma de pensamento filosófico


existente. Seu início ocorreu na Grécia, cerca de 600 anos antes de Cristo
como forma de questionamento aos dogmas da igreja, mitos e
superstições.

Os pensamentos desenvolvidos na época serviram de base para a


construção do raciocínio crítico e do modo de pensar ocidental. Antes, não
havia preferência para explicações racionais e lógicas para os fenômenos
da natureza. Com os primeiros raciocínios filosóficos (baseados em
análises empíricas da realidade), surgiram as primeiras formas de
ciências.

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PERÍODOS DA FILOSOFIA ANTIGA

A filosofia antiga divide-se em três períodos distintos, cada um dominado


por temas e questões diferentes:

 Período Pré-socrático (do século VII ao século V antes de Cristo):


ocorreu durante o chamado de Período Arcaico da Grécia. Os estudos
filosóficos da época buscavam explicar a natureza e a própria realidade.
Nesse período houve grande avanço da astronomia e o nascimento da
física, com destaque ao filósofo Tales de Mileto.
 Período Socrático (do século V ao século IV antes de Cristo): também
chamado de período clássico, ocupou-se de questões relacionadas ao ser
humano, preocupando-se com questões relacionadas à alma, vícios e
virtudes. Foi durante esse período que a democracia se estabeleceu na
Grécia. Os destaques da época foram Sócrates, Aristóteles e Platão.
 Período Helenístico (do século IV antes de Cristo ao século VI depois
de Cristo): é período menos definido da filosofia antiga, com ideias e
soluções menos categóricas do que os períodos anteriores. Além de
temas relacionados à natureza e ao homem, os filósofos helenísticos
estudavam as formas com que o ser humano pode ser feliz, independente
de circunstâncias que fogem ao seu poder, como governo, sociedade, etc.
Alguns destaques do período helenístico são Epicuro, Aristóteles e Zenão
de Cítio.

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ESCOLAS DA FILOSOFIA ANTIGA

As escolas da filosofia antiga se iniciam apenas com Platão no século V


antes de Cristo, não englobando, portanto, o período pré-socrático. Isso
ocorre, pois, antes, a filosofia não era ensinada por texto e pouquíssimas
anotações de filósofos pré-socráticos como Pitágoras, Parmênides,
Heráclito e Tales foram recuperadas.

As escolas da filosofia antiga formaram-se a partir de vertentes de


raciocínio que ganharam mais forças e adeptos do que outras. Entre as
principais estão:

Platonismo

Platão (427 à 347 a.C.) foi o primeiro filósofo antigo cujo trabalho pode ser
acessado em grande quantidade. Entre suas contribuições se destacam
seus estudos políticos e o conceito de universais (tudo o que está
presente em lugares e momentos diferentes, como sentimentos, cores,
etc).
Platão estabeleceu uma escola em Atenas chamada Academia, que

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permaneceu em funcionamento até o ano 83 depois de Cristo, o que


contribuiu para a disseminação das suas idéias mesmo após sua morte.

Aristotelianismo

Aristóteles (384 à 322 a.C.) é um dos filósofos mais influentes da história.


Seus ensinamentos foram essenciais para o avanço de diversas áreas como
lógica, ética, retórica, biologia, etc.
O trabalho de Aristóteles exerceu extrema influência não apenas na tradição
ocidental, mas também na indiana e arábica.

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Estoicismo

O estoicismo foi uma escola filosófica iniciada em Atenas por Zenão de


Cítio, por volta do ano 300 a.C. Para os estóicos, o objetivo da filosofia
era levar o ser humano a um estado de tranqüilidade absoluta,
independente de fatores externos ao indivíduo.

O estoicismo tinha como foco o estudo da metafísica e o conceito de logos


(ordem universal), defendendo que tudo o que acontece, acontecem por
uma razão.

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Epicurismo

Epicuro (341 à 270 a.C.) defendia que a única forma digna de se viver é
através de prazeres moderados que não se confundiam com os vícios.
Suas idéias se voltavam para o cultivo de amizades e atividades artísticas
como música e literatura.

Epicuro também defendia que tudo acontece por acaso e que a realidade
em que vivemos é apenas uma entre várias possíveis.

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Ceticismo

O ceticismo foi uma escola filosófica iniciada por Pirro de Élis (360 à 270
a.C.) que defendia um constante questionamento de todos os aspectos da vida.
Pirro acreditava que a ausência de julgamentos era suficiente para conduzir o
ser humano à felicidade.

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Cinismo

A escola filosófica do cinismo foi iniciada por Antístenes (445 à 365 a.C.).
A corrente acreditava que o sentido da vida era viver de acordo com a própria
natureza. Assim, a virtude consistiria em rejeitar os desejos de riqueza, poder e
fama e buscar uma vida simples.

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PRINCIPAIS FILÓSOFOS ANTIGOS

Entre os principais filósofos da Antiguidade estão:

Tales de Mileto (623-546 a.C.): considerado o pai da filosofia, viveu no


período pré-socrático. Apresentou os primeiros questionamentos
empíricos e acreditava que a água era a substância primordial a partir da
qual tudo ganhava vida.

Anaximandro (610-547 a.C.): assim como Tales, acreditava na


existência de uma substância que fundamentava a vida e todas as coisas.
Para ele, essa substância era denominada ápeiron (infinita, eterna e
imortal), e dava massa a tudo no universo.

Anaxímenes (588-524 a.C.): discípulo de Anaximandro acreditava que a


substância primordial iniciadora de todas as coisas era o ar.

Pitágoras de Samos (570-490 a.C.): apresentou um ponto de vista


matemático para explicá-la a origem das coisas. Seu pensamento foi
fundamental para o avanço das ciências exatas.

Heráclito (535-475 a.C.): acreditava que o fogo era a substância


fundamental da natureza. Suas reflexões metafísicas defendiam que os
processos de mudança e o fluxo constante da vida eram resultado de
forças opostas exercidas pelo universo.

Parmênides (510-470 a.C.): contribuiu para o avanço da ontologia


(estudos do ser).

Zenão de Eleia (488-430 a.C.): seus pensamentos eram voltados para a


elaboração de paradoxos que inviabilizavam as teorias nas quais não
acreditava. Entre os principais temas atacados estavam a divisibilidade, a
multiplicidade e o movimento, que, segundo o filósofo, são apenas
ilusões.

Empédocles (490-430 a.C.): defendia que o mundo era estruturado sobre


quatro elementos naturais (ar, água, fogo e terra), que seriam
manipulados por forças denominadas amor e ódio.

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Demócrito (460-370 a.C.): criador do atomismo, segundo o qual a


realidade era formada por partículas invisíveis e indivisíveis denominadas
de átomos.

Sócrates (469-399 a.C.): contribuiu enormemente para os estudos do ser


e de sua essência. Sua filosofia fazia uso constante da maiêutica, um
método de reflexão crítica voltado para a desconstrução de preconceitos
e para a geração de autoconhecimento.

Platão (427-347 a.C.): contribuiu para basicamente todas as áreas do


conhecimento e defendia o conceito de universais.

Aristóteles (384-322 a.C.): sua filosofia serviu como base para o


pensamento lógico e científico. Assim como Platão, escreveu inúmeras
obras sobre metafísica, política, ética, artes, etc.

Epicuro (324-271 a.C.): defendia que o propósito da vida era o prazer


moderado, ou seja, saudável e livre de vícios.

Zenão de Cítio (336-263 a.C.): fundador do estoicismo entendia que a


felicidade independia de fatores externos ao indivíduo.

Diógenes(413-327 a.C.): adepto do cinismo, defendia que a felicidade


estava no autoconhecimento e afastada de bens materiais.

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CARACTERÍSTICAS DA FILOSOFIA ANTIGA

As principais características da filosofia antiga são:

 Foi a primeira etapa da filosofia ocidental;


 Surgiu na Grécia Antiga no século XVII e durou até a Queda do
Império Romano, no século V;
 Serviu de base para o modo de pensar ocidental e resultou no
surgimento das primeiras formas de ciência;
 É divida em três períodos: pré-socrático, socrático e helenístico;
 Suas principais escolas são: platonismo, aristotelianismo,
estoicismo, epicurismo, ceticismo, cinismo;
 Entre seus principais representantes estão Platão, Aristóteles,
Epicuro, Tales de Mileto, Sócrates, etc.

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QUANDO E COMO SURGIU A FILOSOFIA?

A atividade filosófica surgiu nas colônias gregas da Antiguidade, entre


os séculos VII e V a.C.. O raciocínio que se caracterizou posteriormente como
filosófico surgiu em oposição ao pensamento baseado nos mitos reunidos por
Homero e Hesíodo. Pensadores como Xenófanes, Heráclito, Empédocles e
outros deixaram de aceitar as explicações baseadas em deuses e heróis
para investigar a natureza (o conceito em grego é physis) em busca de princípios
que explicasse o todo da realidade. A aceitação passiva de verdades não
comprovava foi, assim, abandonada e iniciou-se uma busca por respostas com
base em novas racionalizações

As reflexões de Sócrates chegaram até nós por meio dos famosos diálogos de Platão .

Foi apenas no século V que essa atividade começou a se tornar


conhecida, havendo o uso do verbo grego philosophein, que significa filosofar,
para identificá-la. Fatores como o desenvolvimento das cidades, as relações
comerciais com outros povos e a importância do debate na Atenas clássica
favoreceram a ênfase no uso da razão e, conseqüentemente, a atividade
filosófica entre os gregos.

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PRINCIPAIS PROBLEMAS FILOSOFICOS DA FILOSOFIA


ANTIGA

Os principais problemas filosóficos da Filosofia Antiga eram a busca pela


arché - na época dos pré-socráticos - e, no período clássico, o problema
de como se estabelecia o conhecimento verdadeiro, como conduzir a
Pólis e como viver a vida.

A busca pela arché, uma espécie de princípio presente em todos os


momentos da vida de todas as coisas, definiu a filosofia de pensadores
importantes como Tales, Anaximandro, Parmênides e Demócrito.

Já o problema do conhecimento, que dividiu os plantonistas, que eram


idealistas, e os aristotélicos, mais próximos do que viria a ser o empirismo,
e de como conduzir a política foram fundamentais para desenvolver a
Filosofia Política, fazendo surgir na Grécia modelos políticos importantes,
como a Democracia.

A teoria do conhecimento de Platão era, basicamente, uma teoria


idealista que defendia que se encontraria a verdade por meio da reflexão
pura, afastando-se dos enganos dos sentidos e analisando as coisas
somente como elas são em essência, sendo um modelo que desvaloriza
a experiência em prol do conceito.

Já Aristóteles defendia que o conhecimento só poderia ser obtido por meio


dos sentidos, de modo que sem a análise do mundo material seria
impossível chegar a qualquer conhecimento seguro ou que fosse
minimamente útil, de modo que é um modelo muito mais experimental,
sujeito a erros e mais prático que o de Platão.

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QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS DA FILOSOFIA?

Mas o que é filosofia? Diferente de outras disciplinas, a Filosofia não é


uma Ciência. Suas conclusões não podem ser comprovadas pelo método
científico. Apesar disso, em suas origens muitos filósofos também se
dedicavam ao estudo da natureza, da Matemática e outras áreas de
conhecimento. Por isso, embora outras áreas das Ciências tenham se
desmembrado, várias delas têm origem nesta disciplina.

As características da Filosofia são:

Autonomia

Isso significa que os pensadores têm a liberdade de pensar por si mesmo.


A Filosofia tem total autonomia em relação à religião, ao senso comum e
à própria Ciência.

Radicalidade

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A Filosofia não se contenta com o conhecimento superficial, com as


respostas prontas e o status quo. Seu objetivo é analisar as questões até
chegar à raiz dos problemas e questionamentos até entender o verdadeiro
porquê de determinada situação.

Historicidade

A disciplina procura mostrar aos estudantes qual é a posição de filósofos


do passado e do presente um conhecimento histórico. Porém, ela não
para por aí. Essa é apenas a base para que o próprio indivíduo pense por
si mesmo e chegue a conclusões fundamentadas.

A Filosofia usa também as construções culturais suas tradições e lendas,


por exemplo para estabelecer um diálogo entre o conhecimento histórico
e o pensamento presente.

Universalidade

Os assuntos tratados pela Filosofia são, na maioria das vezes, temas que
interessam a generalidade do universo humano. Ou seja, é questões que
afetam, em maior ou menor grau, cada pessoa que vive neste planeta.

Apesar disso, é importante destacar que a multiplicação do conhecimento


levou a Filosofia a criar áreas específicas de estudo. Existe, por exemplo,
a Filosofia Política, que se debruça sobre as questões referentes a esse
tema.

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FILOSOFIA DA GRÉCIA ANTIGA

A filosofia grega antiga surgiu no século VI a.C. e continuou durante todo


o período helenístico e no período em que a Grécia e a maioria das terras
habitadas por gregos faziam parte do Império Romano. A filosofia foi
usada para extrair sentido do mundo de uma maneira não religiosa.
Tratava-se de uma ampla variedade de assuntos,
incluindo astronomia, matemática, filosofia,política, ética, metafísica, ont
ologia, lógica, biologia, retórica e estética.

A filosofia grega influenciou muito a cultura ocidental desde a sua


criação. Alfred North Whitehead observou certa vez: "A caracterização
geral mais segura da tradição filosófica europeia é que ela consiste em
uma série de notas de rodapé para Platão". Linhas de influência claras e
ininterruptas levam desde os antigos filósofos gregos e helenistas até
a filosofia islâmica primitiva, o escolasticismo medieval,
o renascimento europeu e a era do Iluminismo.

A filosofia grega foi influenciada até certo ponto pela literatura de


sabedoria mais antiga e pelas cosmogonias mitológicas do antigo Oriente
Próximo, embora a extensão dessa influência seja debatida. O classicista
Martin Litchfield West afirma que "o contato com a cosmologia oriental e
a teologia ajudaram a libertar a imaginação dos primeiros filósofos gregos;
certamente lhes deu muitas ideias sugestivas. Mas eles se ensinaram a
raciocinar. A filosofia como entendemos é uma criação grega".O filósofo
lituano Algis Uždavinys critica essa afirmação, comparando de forma
acadêmica que a filosofia teria se originado da religião e cosmologia
do Antigo Egito, evidenciada em suas inscrições antigas, e que teria sido
transmitida aos pré-socráticos e a Platão.

As doutrinas de mistério, como o orfismo, os mistérios


dionisíacos e eleusinianos, adotavam elementos derivados de tribos
dos períodos homéricos ou de povos semíticos (como
os cananeus e fenícios), devido ao intercâmbio comercial e cultural
do Oriente Próximo com a Grécia, e influenciaram a mitologia grega, a

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qual, por sua vez, serviu de base para todo o pensamento filosófico e
religioso da Grécia Antiga.

A tradição filosófica subseqüente foi tão influenciada por Sócrates como


apresentada por Platão que é convencional referir-se à filosofia
desenvolvida antes de Sócrates como filosofia pré-socrática. Os períodos
seguintes, até e após as guerras de Alexandre, o Grande, são os da
filosofia "grega clássica" e "helenística".

FILOSOFIA POLÍTICA NA ANTIGUIDADE

O problema social sua organização, seus mecanismos e, com ele, o


problema político relativo à origem e à função do Estado, à sua
organização, à sua melhor forma, ao seu fim específico, à natureza da
ação política e suas relações com a ação moral tem ocupado os filósofos
em todos os tempos. No próprio contexto de surgimento e nascimento da
filosofia na Grécia antiga é possível perceber o quanto o discurso político,
ao valorizar o pensamento racional, contribuiu para a emergência do
discurso filosófico. É também na Grécia antiga que vamos encontrar os
primeiros mestres do desenvolvimento do pensamento político, sobretudo
no período histórico conhecido como período clássico.

A história da humanidade parafraseando o filósofo alemão Karl


Marx é basicamente a história das idéias e da luta pelo poder, das lutas
travadas por indivíduos, grupos ou nações para conquistar, manter ou
ampliar o poder político.

Essas lutas podem ser: a) violentas, na forma de assassínio de dirigentes,


guerras, revoluções; b) golpes de estado; c) ou pacíficas, por meio de
eleições e plebiscitos.

A. A luta violenta é uma das formas mais primitivas de conquista e manutenção do


poder, embora ainda seja adotada em algumas nações modernas. São numerosos os
exemplos, ao longo da história das nações, de assassínios de dirigentes por uma

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pessoa ou um grupo de pessoas para a tomada do poder; e de insurreições e


revoluções populares, uma forma de luta política violenta que visa não só conquistar o
poder mas transformar de modo radical as condições sociais ou a organização do
estado. Nesses casos, a violência se manifesta também na defesa daqueles que detêm
o poder e querem manter a situação social tradicional. As revoluções francesas e
russas, por exemplo, mudaram a história do mundo moderno;

B. A mudança de um regime político pode se dar ainda pelo golpe de estado, forma de
ação política violenta comum na história das nações da América Latina. As guerras são
o modo mais extremo e violento da luta política, já que o objetivo é destruir o
adversário, e podem ser externas, entre duas ou mais nações, ou internas ou civis,
entre facções de uma nação;

C. Os meios pacíficos de luta pelo poder indicam estado avançado de civilização e a


racionalidade das concepções políticas. As formas básicas de luta pacífica, própria dos
sistemas democráticos, são as eleições e plebiscitos. Nas democracias, reconhece-se
que a soberania popular é o princípio de legitimação do poder e, portanto, a direção do
estado cabe à facção ou partido que obtiver a maioria dos votos livremente expressos
pelo povo. Trata-se de um procedimento racional, que pressupõe a igualdade dos
cidadãos perante a lei e que tende a harmonizar os conflitos de interesse, embora eles
continuem a existir e muitas vezes se manifestem de forma violenta.

OS PROBLEMAS FUNDAMENTAIS DA FILOSOFIA ANTIGA

Inicialmente a totalidade do real era vista como physis (natureza) e como


cosmos. Assim, o problema filosófico por excelência era a questão
cosmológica. Com os sofistas, porém, o quadro mudou. A problemática
do cosmos entrou em crise e a atenção passou a se concentrar no homem
e em suas virtudes específicas. Nascia assim a problemática moral.

Com as grandes construções sistemáticas do século IV a.C., a temática


filosófica enriqueceu-se ainda mais, distinguindo alguns âmbitos de
problemas (relacionados com a problemática do todo) que, ao longo de
toda a história da filosofia, iriam permanecer como pontos paradigmáticos.

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Platão descobriria e procuraria demonstrar que a realidade ou o ser não


é de um único gênero e que, além do cosmos sensível, existe também
uma realidade inteligível que transcende o sensível, descobrindo assim o
que mais tarde seria chamado metafísico (o estudo das realidades que
transcendem as realidades físicas).

Essa descoberta levaria Aristóteles a distinguir a física propriamente dita,


como doutrina da realidade física, da metafísica, precisamente como
realidade supra física. E, assim, a física veio a significar a ciência da
realidade natural e sensível.

Os problemas morais se especificaram, distinguindo-se os dois momentos


da vida: o homem individualmente e o homem em sociedade. E assim
nasceram as distinções dos problemas éticos propriamente ditos em
relação aos problemas mais propriamente políticos.

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REFEFÊNCIAS

https://www.significados.com.br/filosofia-antiga/

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