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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

GIOVANNA CURI TAVARES


3210799-4 / DIREITO / 01B

DO CONTRATO SOCIAL

SÃO PAULO
2021
1. O LIVRO
1.1. LIVRO 1
Capítulo I - Assunto deste primeiro livro
 Rousseau inicia a primeira parte do Livro 1 dizendo que “o homem nasceu livre, e em
toda parte se encontra sob ferros”. Ao apontar isso, subentende-se que há uma relação
de subordinação entre o ser e a sociedade, já que a última impõe constantemente
regras que devem ser seguidas.
 A ordem social é um direito sagrado, não tendo origem na natureza. Dessa forma, é
fundado em convenções.

Capítulo II – Das primeiras sociedades:


 O autor introduz o assunto dizendo que a mais natural das sociedades é a família, e
esta, por sua vez, permanece intacta até o ponto onde a criança não mais depende de
seus pais. Assim, se o vínculo é mantido após este acontecimento, é por escolha dos
envolvidos, já que, segundo Rousseau, ele não mais seria necessário.
 Ainda na segunda parte, Rousseau diz que a diferença entre a relação pai x filhos e
soberano x povo reside no fato de que o amor que a figura paterna sente por seus
filhos é superior à sua vontade de comandar, enquanto o sentimento de superioridade
do chefe é sobreposto ao carinho deste pela sociedade.
 Em seguida, o autor compara o chefe com um pastor, que é de natureza superior ao
seu rebanho – o povo.
 “Portanto, se há escravos por natureza, é porque houve escravos contra a natureza. A
força constituiu os primeiros escravos, a covardia os perpetuou”. Ao contra-
argumentar a ideia de Aristóteles, Rousseau retoma a primeira ideia apresentada em
seu Livro 1.

Capítulo III – Do direito do mais forte:


 O autor expõe sua opinião referente ao direito do mais forte, dizendo que não vê em
absoluto que a moralidade pode resultar dos efeitos da força, já que a última é uma
característica física. Ceder a ela é, no máximo, um ato de prudência, não um dever.
 Rousseau afirma que, neste contexto, o direito é desnecessário. Em sua linha de
raciocínio, o autor diz que se é preciso obedecer por força, não há o sentimento de
dever, resultando no fato de que, se não se é mais forçado a obedecer, logo não é mais
obrigado a fazê-lo. Dessa forma, somente a palavra “força” basta por si só,
descarecendo o acréscimo de “direito”.
 Completando o item supracitado, o filósofo afirma que “força não faz direito”, sendo
assim necessário responder somente às autoridades legítimas.

Capítulo IV – Da escravidão:
 Rousseau afirma que nenhum homem se dá de graça: ele se vende.
 Para que um governo arbitrário fosse legítimo, caberia a cada geração admitir ou
rejeitá-lo. Porém, dito isso, ele não seria mais arbitrário.
 “Renunciar à própria liberdade é o mesmo que renunciar à qualidade de homem, ...
Não há nenhuma compensação possível para quem quer que renuncie tudo”.
 O autor diz que ao ter um escravo, seu dono possui tudo que lhe pertence. Assim
sendo, o ser escravizado não tem posse de absolutamente nada, nem mesmo de seu
direito.
 Afirma que os homens, em seu estado de natureza, não experienciam o estado de paz
nem o de guerra, não possuindo inimigos. A guerra, de acordo com o autor, é
proveniente da relação entre coisas, não podendo surgir das relações pessoais.
 O direito de escravizar é algo paradoxal, já que são opostos. Assim, anulam-se.

Capítulo V – É preciso remontar sempre a um primeiro convênio:


 Grócio diz que um povo é um povo antes mesmo de se entregar a um rei. Dessa forma,
deve-se estudar o porquê de um povo ser um povo, ao invés de examinar o porquê de
um povo eleger um certo rei – já que o primeiro é aquele que constitui o fundamento
real de sociedade.
 Rousseau afirma que a lei da pluralidade dos sufrágios supõe uma unanimidade que
não é necessariamente real.

Capítulo VI – Do pacto social:


 O contrato torna a condição de alienação igual para todos. Assim, ninguém terá o
interesse de torná-la onerosa para os outros, não havendo nenhum superior comum.
 O ato de associação: produz um corpo moral e coletivo. As pessoas se unem,
formando uma pessoa pública, que antes era designada como “cidade”. Atualmente,
possui o nome de “república”.
 Quando passiva, a república é chamada de “Estado”. Quando ativa, é chamada de
“soberano”.
 Os associados são coletivamente referidos como “povo”.

Capítulo VII – Do Soberano:


 Cada contratante encontra-se comprometido em duas relações: (i) como membro do
Soberano em relação aos particulares e (ii) como membro do Estado em relação ao
Soberano.
 O Soberano, que existe somente devido ao contrato, não pode se submeter a outro
Soberano nem alienar alguma porção de si, pois estaria violando o ato que garante sua
existência, aniquilando-se.
 Sendo formado pelos cidadãos que o compõe, o Soberano não pode ter interesse
contrário ao deles. Porém, cada indivíduo, por sua vez, pode ter uma vontade
particular diversa da vontade geral.

Capítulo VIII – Do estado civil:


 A passagem do homem do estado de natureza para o civil faz com que substitua, em
sua conduta, seu instinto pela justiça.
 Pelo contrato social, o homem perde sua liberdade natural (que tem como limite só as
forças do indivíduo) e a posse do que quiser (efeito da força ou direito do primeiro
ocupante).
 Em contrapartida, o ser humano ganha sua liberdade civil (limitada pela vontade geral)
e a propriedade (que só pode ser fundada em um título positivo).

Capítulo IX – Do domínio real:


 Cada membro da comunidade se dá a ela no momento em que é formada, tornando-se
propriedade nas mãos do Soberano, sendo o Estado senhor de todos os bens mediante
o contrato social.
 Sobre o direito do primeiro ocupante: são necessárias condições para que ele seja
autorizado sobre qualquer terreno. A primeira é que o terreno não esteja, naquele
momento, habitado por ninguém. A segunda é que ocupe somente aquilo suficiente
para suprir a necessidade de subsistência; e a terceira é que o homem tome posse com
trabalho e cultivo da terra.
 Concebe-se como o direito de soberania se estende dos súditos até o terreno que eles
ocupam, tornando-se real e pessoal ao mesmo tempo.
 Os monarcas de hoje, ao dominarem um território, ficam seguros de dominar seus
habitantes.
 Há uma distinção de direitos que o Soberano e o proprietário têm sobre os mesmos
bens, como será mostrado adiante.
 O direito que cada particular tem sobre seus próprios bens sempre está subordinado ao
direito que a comunidade tem sobre todos.
 Ao finalizar o Livro I, Rousseau afirma que “em lugar de destituir a igualdade natural,
o pacto fundamental substitui, ao contrário, por uma igualdade moral e legítima a
desigualdade física que a natureza poderia ter colocado entre os homens e que,
podendo ser desiguais em força ou em gênio, se tornaram todos iguais pela convenção
e pelo direito”.

1.2. LIVRO II:


Capítulo I – A soberania é inalienável:
 Somente a vontade geral pode dirigir as forças do Estado segundo o objetivo de sua
instituição, que é o bem comum; e foi o acordo desses mesmos interesses que o tornou
possível.
 É unicamente baseado nesse interesse comum que a sociedade deve ser governada.
 A vontade particular se inclina para as preferências, enquanto a vontade geral, para a
igualdade.

Capítulo II – A soberania é indivisível:


 Ou a vontade é geral (de todo o povo), ou ela não é (sendo somente de uma parte);
 Os políticos, não podendo dividir a soberania no seu princípio, dividem-na no seu
objeto. Rousseau compara estas divisões ao corpo humano: “é como se compusessem
o homem de diversos corpos dos quais um teria olhos, outro os braços, outro os pés e
nada mais”.

Capítulo III – Se a vontade geral pode errar:


 De acordo com o autor, a vontade geral é sempre correta e tende sempre à utilidade
pública.
 “Jamais se corrompe o povo, mas com frequência se o ludibria e é somente então que
ele parece desejar o que é mal.”
 Para que se alcance o devido enunciado da vontade geral, é necessário que não haja
sociedade parcial dentro do Estado.

Capítulo IV – Limites do poder soberano:


 “(...) o pacto social estabelece entre os cidadãos uma tal igualdade que se
comprometem todos sob as mesmas condições e devem gozar todos dos mesmos
direitos.”
 Todo ato de soberania – ato autêntico da vontade geral – obriga ou favorece
igualmente todos os cidadãos, de sorte que o Soberano conhece somente o corpo da
nação e não distingue qualquer um daqueles que a compõem.
 O ato de soberania é uma convenção do corpo com cada um de seus membros, tendo
por base o contrato social, legitimando-a. Ele é equitativo porque é comum a todos;
útil porque tem o bem social como único objeto; e sólido poque dispõe como garantia
da força pública e do poder supremo.

Capítulo V – Do direito de vida e de morte:


 O contrato social tem por fim a conservação dos contratantes.
 “Quem deseja conservar sua vida às expensas dos outros deve também doar a eles a
vida quando necessário.”

Capítulo VI – Da lei:
 O corpo político só existe devido ao pacto social.
 “Toda justiça provém de Deus, da qual é ele a única fonte; se soubéssemos, porém,
recebê-la de tão alto, prescindiríamos tanto de governo quanto de leis.”
 Para conduzir a justiça ao seu objetivo e associar os direitos aos deveres, são
necessárias leis e convenções.
 Chama-se de lei o ato em que a matéria estatuída é geral como a vontade que estatui.
 O objetivo da lei é sempre geral: nunca considera um homem como indivíduo ou uma
ação particular. As leis são atos da vontade geral.
 República é todo Estado regido por leis, independentemente da forma administrativa
que possuir, já que somente o interesse público governa. Todo governo legítimo é
republicano.
 As leis são as condições da associação civil, sendo o povo o autor das leis as quais está
submetido.
Capítulo VII – Do legislador:
 “Seriam necessários deuses para dar leis aos homens.”
 Aquele que comanda os homens não deve comandar as leis, assim como aquele que
comanda as leis não deve comandar os homens. É necessária uma separação destes
poderes.
 Só se pode ter certeza de que uma vontade particular se acha em conformidade com a
vontade geral após a ter submetido aos sufrágios livres do povo.

Capítulo VIII – Do povo:


 “O sábio legislador não principia redigindo boas leis em si mesmas, mas investiga
antes se o povo ao qual as destina está apto a assimilá-las.”
 Os povos, da mesma forma que os homens, uma vez estabelecidos os costumes e
enraizados os preconceitos, torna-se um empreendimento perigoso e vão querer
reformá-los.
 “Pode-se obter a liberdade, mas recuperá-la, jamais.”

Capítulo IX – Continuação:
 Dentro do corpo político, há um limite de força que não deve ser ultrapassado e do
qual frequentemente o Estado se distancia em função de seu crescimento.
 Sempre que se avança, é preciso pagar mais caro, e sempre à custa do povo infeliz.
 “Enfim, as medidas a serem tomadas para a manutenção da autoridade geral (...)
absorvem todos os cuidados públicos, nada mais restando para a felicidade do povo
exceto um pouco para o caso de necessidade; e é assim que um corpo demasiado
grande por sua constituição se debilita e perece esmagado sob seu próprio peso.”
 O Estado deve outorgar a si mesmo certa base para ter solidez, para resistir aos abalos.

Capítulo X – Continuação:
 As condições para a formação de um povo são incapazes de se suprirem, sendo inúteis
sem umas as outras.
 O povo que está apto a receber a legislação é aquele que não possui nem costumes
nem superstições; aquele que é capaz de resistir; aquele que não é nem rico nem pobre
e que se basta a si mesmo; aquele que reúne a consistência de um povo antigo com a
docilidade de um povo jovem.
Capítulo XI – Dos diversos sistemas de legislação:
 O fim de todo sistema legislativo é a liberdade e a igualdade, a última porque a
primeira não sobrevive sem ela.
 Rousseau diz “(...) que nenhum cidadão seja tão opulento a ponto de poder comprar
outro e nenhum tão pobre a ponto de se achar forçado a se vender”, e completa
afirmando que dizem que essa igualdade é, na prática, inatingível. E é precisamente
porque a força das coisas sempre tende a destruir a igualdade que a força da legislação
deve tentar preservá-la.

Capítulo XII – Divisão das leis:


 Para ordenar o todo e conferir a melhor forma à coisa pública, deve-se considerar
relações, como a do Soberano com o Estado. As leis que regulamentam essa relação
são nomeadas “leis políticas”, ou fundamentais.
 A segunda relação que o filósofo considera é a dos membros entre si ou com o corpo
inteiro, esperando-se que cada cidadão goze de uma perfeita independência de todos
os outros, mas de uma excessiva dependência da cidade. Daí nascem as “leis civis”.
 Um terceiro tipo de relação seria aquela estabelecida entre o homem e a lei, da
desobediência à pena, a qual abre espaço para o estabelecimento das “leis penais”.
 A quarta, e mais importante, é aquela que o autor crê que se dá no coração dos
cidadãos, e que produz a verdadeira constituição do Estado. Ele refere-se aos modos,
costumes e à opinião.
 Os costumes, ele acredita, formam o fundamento inabalável.

1.3. LIVRO III:


Capítulo I – Do governo em geral:
 Toda a ação livre possui duas causas: a vontade (moral) e a força (física). Assim como
os atos, o corpo político também as possui: a primeira em forma de poder legislativo e
a segunda, poder executivo.
 “O que é, então, o governo? Um corpo intermediário estabelecido entre os súditos e o
Soberano para sua mútua correspondência, encarregado da execução das leis e da
manutenção da liberdade tanto civil quanto política.”

Capítulo II – Do princípio que constitui as diversas formas de governo:


 “Dentro de uma legislação perfeita, a vontade particular ou individual deve ser
nula, a vontade do corpo própria ao governo, muito subordinada e,
consequentemente, a vontade geral ou soberana sempre dominante e a regra única
de todas as outras.”
 O governo se debilita à medida que os magistrados se multiplicam.
 Quanto mais numeroso é o povo, mais deverá a força repressora aumentar.
 O número de chefes deve diminuir conforme o povo aumente.

Capítulo III – Divisão dos governos:


 Democracia: o Soberano confia o governo a todo povo ou à maior parte do povo, de
maneira que haja mais cidadãos-magistrados que simples cidadãos particulares.
 Aristocracia: o Soberano confina o governo entre as mãos de um pequeno número de
membros, tendo mais simples-cidadãos que magistrados.
 Monarquia: o Soberano concentra todo o governo nas mãos de um único magistrado,
do qual todos os outros recebem seu poder.

Capítulo IV – Da democracia:
 “Um povo que jamais abusasse do governo, tampouco abusaria da independência; um
povo que governasse sempre bem, não teria necessidade de ser governado.”
 O autor crê que, se seguirmos o termo literal, jamais existiu democracia verdadeira e
jamais existirá, pois é contra a ordem natural a maioria governar e a minoria ser
governada.
 “(...) não há governo tão sujeito às guerras civis e às agitações intestinas quanto o
democrático ou popular porque não há outro que tenda tão intensa e continuamente a
mudar de feição e que exija mais vigilância e coragem para ser conservado na sua
forma original.”

Capítulo V – Da aristocracia:
 Há três tipos: natural, eletiva e hereditária, sendo o segundo a aristocracia
propriamente dita.
 A aristocracia eletiva permite a distinção dos dois poderes e a vantagem da escolha de
seus membros.
 “(...) constitui a ordem melhor e mais natural que os mais sábios governem a multidão
quando se está seguro de que a governarão visando ao seu proveito e não ao deles.”
 Requer uma moderação entre os ricos e o contentamento entre os pobres.

Capítulo VI – Da monarquia:
 Monarca: homem real que tem o poder reunido em suas mãos, sendo o único que tem
o direito de dispor dele.
 Um indivíduo representa um ser coletivo.
 Rousseau acredita que a monarquia só convém aos grandes Estados.

Capítulo VII – Dos governos mistos:


 “O governo simples é o melhor em si pelo único motivo de ser simples. Mas quando o
poder executivo não depende o bastante do legislativo (...) é necessário remediar essa
falha de proporção pela divisão do governo, já que agora todas as suas partes não têm
menos autoridade sobre os súditos e sua divisão as torna, todas juntas, menos fortes
contra o Soberano.”

Capítulo VIII – Que toda forma de governo não é apropriada a todo país:
 Não é todo país que consegue alcançar a liberdade.
 Quanto mais aumenta a distância entre o povo e o governo, mais os tributos se tornam
onerosos: na democracia, o povo é menos sobrecarregado; na aristocracia, ele o é
mais; e na monarquia arca com o maior ônus.
 A monarquia convém às nações opulentas, a aristocracia aos Estados de riqueza e
tamanho medianos, e a democracia aos Estados pequenos e pobres.
 Crê que o clima tem influência sobre o homem: “Quanto mais se aproximam do
equador, mais vivemos povos de pouco.”
 A força do povo só atua se concentrada.

Capítulo IX – Sinais de um bom governo:


 “Os súditos enaltecem a tranquilidade pública, os cidadãos a liberdade dos
particulares.”
 Rousseau crê que associação pública deve visar a conservação e a prosperidade de
seus membros, tendo o êxito analisado por meio de seu número e sua população.

Capítulo X – Do abuso do governo e de seu pendor à degeneração:


 Há duas formas de um governo se degenerar: (i) quando ele se contrai ou (ii) quando o
Estado se dissolve.
 i: ocorre quando passa da democracia para a aristocracia e da aristocracia para a
monarquia.
 ii: pode ocorrer quando os membros do governo não administrarem mais o Estado
segundo as leis, usurpando o poder do Soberano, ou quando os membros do governo
usurpam separadamente o poder que só deve exercer como corpo.
 Anarquia é o nome dado ao abuso do governo quando há a dissolução do Estado.

Capítulo XI – Da morte do corpo político:


 É uma tendência natural e inevitável aos governos.
 Pode-se prolongar a vida do Estado dando-lhe a melhor constituição que possa ter.
 “(...) o poder legislativo é o coração do Estado, o poder executivo, seu cérebro (...). O
cérebro pode cair vitimado pela paralisia que o indivíduo ainda viverá.”
 Não havendo poder legislativo, o Estado perece.

Capítulo XII – Como se mantém a autoridade soberana:


 O Soberano só age por meio das leis, e sendo as leis atos autênticos da vontade geral,
o Soberano só poderia agir quando o povo estivesse reunido.

Capítulo XIII – Continuação:


 “(...) é necessário que haja assembleias fixas e periódicas que nada possa suprimir ou
prorrogar, de tal modo que, no dia marcado, o povo seja legitimamente convocado
pela lei”
 Quanto mais força tem o governo, mais deve o Soberano se mostrar com frequência.
 Para um Estado ser o mais forte e o mais bem governado, deve-se povoar o território
igualmente.

Capítulo XIV – Continuação:


 “Quando estes [os cidadãos] são avaros, covardes, pusilânimes, mais amantes do
repouso do que da liberdade, não se opõem por muito tempo aos esforços redobrados
do governo; é assim que a força de resistência aumenta incessantemente, a autoridade
soberana finalmente desaparece e a maioria das cidades rui e perece prematuramente.”

Capítulo XV – Dos deputados ou representantes:


 “Quanto mais bem constituído for o Estado, mais os negócios públicos sobrepujarão
os privados no espírito dos cidadãos.”
 Em uma cidade bem conduzida, todo cidadão frequentará as assembleias, pois acredita
que lá prevalece a vontade geral.
 Terceiro Estado: o interesse particular das duas ordens é colocado no primeiro e
segundo lugares, enquanto o interesse público fica em terceiro lugar.
 Os deputados não são, nem podem ser, os representantes do povo, sendo apenas seus
comissários.
 “Onde o direito e a liberdade são tudo, os inconvenientes nada são.”
 Rousseau acredita que “no instante em que um povo se dá representantes, não é mais
livre, não existe mais”.

Capítulo XVI – Que a instituição do governo não é, de maneira alguma, um contrato:


 A autoridade suprema não pode se alienar nem se modificar, já que limitá-la é destruí-
la.
 O contrato do povo com qualquer pessoa seria um ato particular, não podendo o ato
ser considerado uma lei nem um ato de soberania. Assim, ele seria ilegítimo. As partes
contratantes estariam entre si sob a lei da natureza, não possuindo nenhuma garantia
de seus compromissos, o que contraria totalmente o estado civil.
 “No Estado há um só contrato, o da associação; e este, por si só, exclui qualquer
outro.”

Capítulo XVII – Da instituição do governo:


 O governo é instituído pelo estabelecimento e pela execução da lei.
 Não há outra maneira legítima de instituir um governo sem abrir mão dos princípios
anteriormente fixados.

Capítulo XVIII – Meio de prevenir as usurpações do governo:


 “(...) todos os governos do mundo, uma vez investidos da força pública, cedo ou tarde,
usurpam a autoridade soberana.”
 Aí se mostra a importância das assembleias que o filósofo propôs anteriormente: se
não necessitarem de convocação formal, os governantes não poderão impedi-las sem
se declararem abertamente transgressores das leis e inimigos do Estado.

1.4. LIVRO IV:


Capítulo I – Que a vontade geral é indestrutível:
 Os homens reunidos se consideram um só corpo. Assim, a vontade é a conservação
comum e o bem-estar geral.
 Quando o laço social começa a se afrouxar e o Estado a se debilitar, a vontade geral
não é mais a vontade de todos.
 A vontade geral é inalterável e imaculada, e se encontra subordinada a outras que se
sobrepõem a ela.

Capítulo II – Dos sufrágios:


 O autor crê que se deve regulamentar a maneira de contar os votos.
 Pacto social é a única lei que exige um consentimento unânime.
 “A vontade constante de todos os membros do Estado é a vontade geral; é em razão
dela que são cidadãos e livres.”
 “(...) quanto mais importantes e graves são as deliberações, mais o parecer dominante
deve se aproximar da unanimidade.”
 “(...) quanto mais o assunto em pauta exigir celeridade, mais se deve abreviar a
diferença prescrita na divisão dos pareceres; nas deliberações que necessitam de
resolução imediata, a diferença de um só voto deve bastar.”

2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do contrato social. 1ª edição. São Paulo (SP): Edipro, 2018.

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