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A história da filosofia na Antiguidade pode ser dividida em três grandes períodos: o período
pré-socrático, a Grécia clássica e o período pós-socrático (helenístico/ético/sistemático)..
Tales de Mileto (624-545 a.C): Foi o primeiro cosmólogo da tradição grega. Acreditava que a
água dava origem a tudo.
Anaximandro (610-546 a.C): O universo teria resultado de modificações ocorridas num
princípio originário (arché). Esse princípio/elemento: “apeíron” = infinito/ilimitado. Ou seja, não
tem princípio mas parece ser princípio das demais coisas e a todas governa.
Anaxímenes (588-524 a.C): Para ele, espírito e ar significam a mesma coisa. Ou seja, o
princípio de tudo, seria o ar.
Pitágoras (570-495 a.C): Enxergava o universo como uma codificação numérica, atribuindo
ao algarismo 1, todo o começo do universo (Sua seita acreditava na reencarnação através da
purificação – Acesso ao conhecimento e sabedoria).
Xenófanes (570-475 a.C): Um dos fundadores da escola Eleática. Se opôs contra o
misticismo na filosofia e o antropomorfismo. “Pois tudo vem da terra e na terra tudo termina”, mas
ele também une a água à terra, como origem das coisas (naturalista).
Heráclito (535-475 a.C): Acreditava que o fogo era o elemento primordial e que o cosmo
nascia do fogo e por ele era consumido, como um ciclo que se repete.
Parmênides (515-445 a.C): Combateu o senso comum, ao fazer distinção entre realidade e
aparência. O mundo sensível é ilusório, o real são as ideias. Tornou a cosmologia impossível.
Anaxágoras (500-428 a.C): Propôs que a origem do universo estava em vários elementos
(pluralista). Mas que teria sido criada por uma inteligência eterna e divina, denominada “nous”
(que transmite movimento à natureza). Natureza: possui substâncias fixas que interagem e
formam substâncias mistas.
Demócrito (460-370 a.C): (Ateu) Tudo foi criado a partir dos átomos. Estes estavam em
constante movimentação não tendo um ponto fixo na determinação da sua realidade.
Contribuições: Ciências da natureza - mostraram que a resposta para as perguntas naturais não
se encontram fora deste mundo, mas na própria natureza. Também serviu como base para o
desenvolvimento da cultura ocidental.
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PRODUÇÃO DE EXCEDENTES; visão antropocêntrica; democracia; polis
(cidades-estados)
SÓCRATES (Antropocentrismo)
Biografia: Sócrates (470-399 a.C.) nasceu em Atenas, Grécia. Filho de um escultor e pedreiro e de
uma parteira. “Conhece-te a ti mesmo” é a essência de todo seu ensinamento e “só sei que nada sei”
é uma de suas frases mais famosas. Entre 406 e 405 a.C., integrou o conselho legislativo de Atenas.
Em 404 a.C. arriscou a vida por recusar-se a colaborar em manobras políticas arquitetadas pela
dinastia dos Trinta Tiranos, que governaram a cidade.
Principais ideias (contribuições/inovação): MAIÊUTICA - dar à luz, o conhecimento verdadeiro
vem de dentro; Ironia, em resposta aos Sofistas (falaciosos);
Moral: mediante a doutrina de que eticidade significa racionalidade, ação racional. Virtude é
«Ciência», quer dizer, saber racional implicando certeza; esta «Ciência» é o próprio da reflexão sobre
Si, preconizada pelo preceito délfico (Oráculo). É inteligência, razão, não sentimento, rotina, costume,
tradição, lei positiva, opinião comum.
PLATÃO (Antropocentrismo/INATISTA)
Biografia: Nasceu em Atenas, em 428 a.C., de pais aristocratas, abastados e nobre família;
fundador da Academia; discípulo de Sócrates.
Principais ideias (contribuições/inovação):
MÊNON; obra: A República - mito de Er: precisa morrer para ter acesso ao Mundo das Ideias, ao
retornar ao corpo, acontece a reminiscência (esquecimento). Segundo o Platão a sociedade deveria
ser hierarquizada de acordo com a reminiscência, por isso os filósofos deveriam ser os governantes,
eram os que menos esqueciam e mais estavam ligados ao Mundo das Ideias, na sequência deveriam
vir os soldados e depois os comerciantes/servos.
Moral: a educação tinha o objetivo final de formar moralmente o homem para viver em estado justo.
Qualidades morais: sabedoria, coragem, temperança e justiça. Toda virtude é conhecimento. O maior
dos males é agir injustamente. Pode ser ensinada, pois está na opinião correta no atingir a verdade,
e esta deve ser seguida durante toda a vida. É o bem e o belo.
ARISTÓTELES (Antropocentrismo/EMPIRISTA)
Biografia: Discípulo de Platão; Orientador de Alexandre - O Grande; teve suas obras queimadas na
Idade Média.
Principais ideias (contribuições/inovação): Dialética; Materialista; Metafísica - além da matéria;
Mente e corpo: unidade;
Moral: A virtude moral consiste em uma mediania relativa a nós. Após estabelecer a virtude moral
como uma disposição – héxis – ou seja, como se dá o comportamento do homem com relação às
emoções.
É devido ao hábito que tomamos a justa-medida com relação à nós. Logo, a mediania é imposta pela
razão com relação às emoções e é relativa às circunstâncias nas quais a ação se produz.
Nenhuma virtude moral surge naturalmente nos homens, porque o que é de natureza, não pode ser
alterado pelo hábito, mas a natureza nos dá a capacidade de receber as virtudes que serão, por fim,
aperfeiçoadas pelo hábito.
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FEUDOS; Submeter o saber à fé cristã; Figura de um Rei (Senhor feudal); explicações
fundamentadas na religião; Biblioteca de Alexandria foi queimada e com isso, as obras de Aristóteles;
Queda do Império Romano; Aumento demográfico; Classes sociais: clero, nobreza e povo; Educação
para poucos; Ascensão do cristianismo; Arte marcada pela religiosidade; Arquitetura: castelos,
igrejas, catedrais; Movimentos Filosóficos: Patrística e Escolástica.
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GLOBALIZAÇÃO; Grandes navegações; Sistematização da produção;
Mecanização;
DESCARTES (Antropocentrismo)
Biografia: René Descartes (1596-1650) foi um filósofo e matemático francês. Uma das mais
famosas frases do seu Discurso é “Penso, logo existo”. Nasceu em Haye, na França. Serviu ao
exército. Em 1649, foi para Estocolmo, Suécia, como professor a convite da rainha Cristina. No dia 11
de fevereiro de 1650, René Descartes faleceu, acometido por uma pneumonia. Ciência do
renascimento → Ciência Moderna.
Principais ideias (contribuições/inovação): Racionalismo cartesiano - As verdades residem nas
abstrações e em nossa consciência, na qual habitam as ideias inatas. A missão de Descartes era
legitimar a ciência, demonstrando que o homem poderia conhecer o mundo real. Para encontrar uma
certeza inquestionável, Descartes duvidou de tudo = ilusão dos sentidos; argumento dos sonhos;
gênio maligno.
Ser x Ente: Como não cair no solipsismo? O pensamento é composto por ideias. Ideias inatas; ideias
adventícias; ideias factícias ou da imaginação. É partir das ideias inatas - ideias sobre a perfeição,
que ele fundamenta a existência de Deus. Se Deus existe, fica provado que o mundo por ele criado
também existe. Eis a ponte entre o pensamento subjetivo e a realidade objetiva, isto é, a prova de
que “o eu e o mundo” existem.
“Se duvido, penso, logo existo”. Análise + síntese + enumeração = conhecimento. Manteve a noção
de que a mente e o corpo são distintos e separados, porém pregava que ambos interagiam e se
influenciavam.
Moral: Moral provisória. PRIMEIRO: O nosso dever moral básico consiste em praticar apenas as
ações que todos os outros possam ter como modelo. SEGUNDO: cada ser humano é um fim em si e
não um simples meio.
ROUSSEAU (Antropocentrismo)
Biografia: Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) foi um filósofo social, teórico político e escritor
suíço. Foi considerado um dos principais filósofos do Iluminismo e um precursor do Romantismo.
Suas ideias influenciaram a Revolução Francesa. Em sua obra mais importante "O Contrato Social"
desenvolveu sua concepção de que a soberania reside no povo.
Principais ideias (contribuições/inovação): o homem é bom por natureza, mas está submetido à
influência corruptora da sociedade. Existem dois tipos de desigualdades: a que se deve às
características individuais de cada ser humano e aquela causada por circunstâncias sociais. 1-
Natural. 2- Deve ser combatida. Defendia o iluminismo.
Moral: O distanciamento entre “reconhecer” e “cumprir” efetivamente o que é moral constitui uma
ambiguidade inerente ao humano, porque as normas morais são criadas pelo homem, que concede a
si mesmo a lei à qual deve se submeter.
BACON (Antropocentrismo)
Biografia: Francis Bacon (1561-1626) foi um filósofo, político e ensaísta inglês. Recebeu os títulos
de Visconde de Albans e Barão de Verulam. É considerado o pai do método experimental. Nasceu
em Londres, Inglaterra, em janeiro de 1561. Filho caçula de Sir Nicholas Bacon, Guardião do Selo
Real, e de sua segunda esposa Ann. Estudou no Trinity College em Cambridge em 1576 formou-se
em Direito, pela Universidade de Cambridge. Destinado à carreira diplomática, esteve na França
como acompanhante do embaixador inglês, e só em 1579, com o falecimento do pai, regressou para
Londres a fim de retomar a carreira jurídica e política.
Principais ideias (contribuições/inovação): Para Bacon, o conhecimento científico tem por
finalidade servir o homem e conferir-lhe poder sobre a natureza. Fazia críticas à ciência antiga, de
origem aristotélica, pois a assemelhava a um puro passatempo mental.
Acreditava que a verdadeira filosofia não é, exclusivamente, a ciência das coisas divinas e humanas,
mas a simples busca da verdade, pois para se alcançar uma mentalidade científica, é necessário
livrar a mente de uma série de preconceitos. Bacon influenciou a psicologia ao argumentar que todas
as ideias são o produto da sensação e da reflexão. Contestou a afirmação medieval de que a
verdade poderia ser elucidada através de pouca observação e muito raciocínio. Para Bacon, a
descoberta dos fatos verdadeiros não depende de esforços puramente mentais, mas sim da
observação e da experimentação guiada pelo raciocínio indutivo. Para descobrir é necessário que o
homem conheça. A aquisição do conhecimento se dá através da experiência, na imperfeição dos
sentidos.
LOCKE
Biografia: John Locke (1632-1704) nasceu em agosto, na aldeia de Somerset, em Wrington,
Inglaterra. Foi um filósofo inglês, um dos principais representante do empirismo. Se destacou
especialmente por seus estudos de filosofia política e deixou grande contribuição ao desenvolvimento
do liberalismo, principalmente a noção de Estado de Direito. Filho de um advogado e capitão da
cavalaria parlamentar, com 14 anos ingressou na Westminster em Londres. Em 1652, entrou para a
Christ Church College, da Universidade de Oxford. Formou-se em 1656 e dois anos mais tarde fez o
mestrado. Em 1660 foi nomeado professor da instituição, onde lecionou grego antigo e retórica. Em
1683, por defender o parlamentarismo, John Locke foi obrigado a se refugiar nos Países Baixos,
onde permaneceu por cinco anos. Em 1689, depois da Revolução Gloriosa, Guilherme de Orange foi
coroado como Guilherme III, tendo que aceitar a “Declaração dos Direitos” apresentada pelo
Parlamento, como base do sistema de monarquia constitucional, a qual Locke ajudou a redigir.
Provas fatuais, observacionais e quantitativas.
John Locke negava radicalmente que existiam ideias inatas, tese defendida por Descartes.
Argumentava ele, que quando se nasce, a mente é uma página em branco que a experiência vai
preenchendo. Sua teoria do conhecimento foi exposta em sua obra fundamental: “Ensaio Sobre o
Conhecimento Humano”.
Como teórico político, John Locke defendeu a monarquia constitucional. Pode ser considerado um
precursor da democracia liberal, uma vez que atribuiu grande importância à liberdade e à tolerância.
Foi no contexto da Revolução Gloriosa Inglesa, quando Locke esteve exilado na Holanda, entre 1682
e 1688, que o filósofo desenvolveu sua teoria do liberalismo político.
Em 1690, escreveu “Segundo Tratado Sobre o Governo Civil”. Na obra, Locke apresentou o princípio
da divisão dos três poderes que deveriam exercer a função de governo: Poder Legislativo, Poder
Executivo e Poder Judiciário.
KANT (Antropocentrismo)
Biografia: Immanuel Kant (1724-1804) foi um filósofo alemão, fundador da “Filosofia Crítica” .
Nasceu em Königsberg, na Prússia Oriental, então Império Alemão. Dos pais luteranos recebeu uma
severa educação religiosa. Na escola local estudou latim e línguas clássicas. Aos 16 anos, ingressou
no curso de teologia da Universidade de Königsberg. Escreveu os primeiros ensaios em 1755,
influenciado pelos tratados de física de Newton e pelo racionalismo do filósofo Leibniz. A partir de
1760 se distanciou dessa corrente e passou a seguir a moral filosófica de Rousseau. Em 1770 se
tornou professor de lógica da Universidade de Königsberg e enfrentou dificuldades para expor suas
ideias em razão da oposição do luteranismo ortodoxo.
Principais ideias (contribuições/inovação): Ao invés de questionar como eu conheço os objetos,
perguntou se o próprio conhecimento é possível. Isso é a chamada filosofia transcendental, aquela
que põe a razão no próprio tribunal da razão = razão crítica a si mesma.
Moral: A lei moral é um dever que decorre da razão. É uma lei que exige que a ação esteja de
acordo com que a vontade deseja que se torne válido para todos. Permite definir se as ações são
moralmente boas. A moralidade é o respeito pelas normas morais instituídas pela razão. É a
caracterização das ações realizadas pelo puro respeito ao dever, sem ter que ponderar sentimentos
ou inclinações do agente.
A moralidade exige “altruísmo/respeito”, ignorando os interesses pessoais. KANT DEFENDIA QUE O
VALOR MORAL DAS AÇÕES DEPENDE UNICAMENTE DA INTENÇÃO COM QUE SÃO
PRATICADAS.
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