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Zeitgeist: É considerado como o conjunto do clima cultural e intelectual do mundo, em

uma determinada época, ou as particularidades genéricas de um apurado período de


tempo. “Espírito da época”.

A história da filosofia na Antiguidade pode ser dividida em três grandes períodos: o período
pré-socrático, a Grécia clássica e o período pós-socrático (helenístico/ético/sistemático)..

VI a.C. - PRÉ-SOCRÁTICOS (Cosmológico)


Cosmos = Universo
Logos= Razão

Busca entender e explicar o cosmos.


Animismo Primitivo: Muito antes de existir a Psicologia, a Filosofia já se ocupava em investigar (por
métodos diferentes) e problematizar questões relativas ao mesmo objeto desta. Sendo a Filosofia
uma perpétua fonte de reflexões abstratas, desprovidas do elemento empírico, e de profunda
importância para a formação dos saberes, cabe estudar como esta influenciou o aparecimento da
Psicologia. Podemos dividir em duas fases a história da influência filosófica na Psicologia: uma
inteiramente filosófica e outra pré-científica.

Tales de Mileto (624-545 a.C): Foi o primeiro cosmólogo da tradição grega. Acreditava que a
água dava origem a tudo.
Anaximandro (610-546 a.C): O universo teria resultado de modificações ocorridas num
princípio originário (arché). Esse princípio/elemento: “apeíron” = infinito/ilimitado. Ou seja, não
tem princípio mas parece ser princípio das demais coisas e a todas governa.
Anaxímenes (588-524 a.C): Para ele, espírito e ar significam a mesma coisa. Ou seja, o
princípio de tudo, seria o ar.
Pitágoras (570-495 a.C): Enxergava o universo como uma codificação numérica, atribuindo
ao algarismo 1, todo o começo do universo (Sua seita acreditava na reencarnação através da
purificação – Acesso ao conhecimento e sabedoria).
Xenófanes (570-475 a.C): Um dos fundadores da escola Eleática. Se opôs contra o
misticismo na filosofia e o antropomorfismo. “Pois tudo vem da terra e na terra tudo termina”, mas
ele também une a água à terra, como origem das coisas (naturalista).
Heráclito (535-475 a.C): Acreditava que o fogo era o elemento primordial e que o cosmo
nascia do fogo e por ele era consumido, como um ciclo que se repete.
Parmênides (515-445 a.C): Combateu o senso comum, ao fazer distinção entre realidade e
aparência. O mundo sensível é ilusório, o real são as ideias. Tornou a cosmologia impossível.
Anaxágoras (500-428 a.C): Propôs que a origem do universo estava em vários elementos
(pluralista). Mas que teria sido criada por uma inteligência eterna e divina, denominada “nous”
(que transmite movimento à natureza). Natureza: possui substâncias fixas que interagem e
formam substâncias mistas.
Demócrito (460-370 a.C): (Ateu) Tudo foi criado a partir dos átomos. Estes estavam em
constante movimentação não tendo um ponto fixo na determinação da sua realidade.

Contribuições: Ciências da natureza - mostraram que a resposta para as perguntas naturais não
se encontram fora deste mundo, mas na própria natureza. Também serviu como base para o
desenvolvimento da cultura ocidental.

Zeitgeist: O zeitgeist da época (período pré-socrático), foi introduzirem ao ocidente a noção de o


mundo como um cosmos, um arranjo ordenado que poderia ser entendido via inquirição (indagação)
racional. O início de um modo de pensar autônomo e racional (fuga do misticismo) para entender a
origem do universo. Cosmológico: perguntavam a origem das coisas e a mudança delas na natureza.

→ RUPTURA ←
PRODUÇÃO DE EXCEDENTES; visão antropocêntrica; democracia; polis
(cidades-estados)

IV a.C. - V d.C. IDADE ANTIGA


Conhecer o homem - seus processos mentais - sua integração social.

SÓCRATES (Antropocentrismo)
Biografia: Sócrates (470-399 a.C.) nasceu em Atenas, Grécia. Filho de um escultor e pedreiro e de
uma parteira. “Conhece-te a ti mesmo” é a essência de todo seu ensinamento e “só sei que nada sei”
é uma de suas frases mais famosas. Entre 406 e 405 a.C., integrou o conselho legislativo de Atenas.
Em 404 a.C. arriscou a vida por recusar-se a colaborar em manobras políticas arquitetadas pela
dinastia dos Trinta Tiranos, que governaram a cidade.
Principais ideias (contribuições/inovação): MAIÊUTICA - dar à luz, o conhecimento verdadeiro
vem de dentro; Ironia, em resposta aos Sofistas (falaciosos);
Moral: mediante a doutrina de que eticidade significa racionalidade, ação racional. Virtude é
«Ciência», quer dizer, saber racional implicando certeza; esta «Ciência» é o próprio da reflexão sobre
Si, preconizada pelo preceito délfico (Oráculo). É inteligência, razão, não sentimento, rotina, costume,
tradição, lei positiva, opinião comum.

PLATÃO (Antropocentrismo/INATISTA)
Biografia: Nasceu em Atenas, em 428 a.C., de pais aristocratas, abastados e nobre família;
fundador da Academia; discípulo de Sócrates.
Principais ideias (contribuições/inovação):
MÊNON; obra: A República - mito de Er: precisa morrer para ter acesso ao Mundo das Ideias, ao
retornar ao corpo, acontece a reminiscência (esquecimento). Segundo o Platão a sociedade deveria
ser hierarquizada de acordo com a reminiscência, por isso os filósofos deveriam ser os governantes,
eram os que menos esqueciam e mais estavam ligados ao Mundo das Ideias, na sequência deveriam
vir os soldados e depois os comerciantes/servos.
Moral: a educação tinha o objetivo final de formar moralmente o homem para viver em estado justo.
Qualidades morais: sabedoria, coragem, temperança e justiça. Toda virtude é conhecimento. O maior
dos males é agir injustamente. Pode ser ensinada, pois está na opinião correta no atingir a verdade,
e esta deve ser seguida durante toda a vida. É o bem e o belo.

ARISTÓTELES (Antropocentrismo/EMPIRISTA)
Biografia: Discípulo de Platão; Orientador de Alexandre - O Grande; teve suas obras queimadas na
Idade Média.
Principais ideias (contribuições/inovação): Dialética; Materialista; Metafísica - além da matéria;
Mente e corpo: unidade;

Moral: A virtude moral consiste em uma mediania relativa a nós. Após estabelecer a virtude moral
como uma disposição – héxis – ou seja, como se dá o comportamento do homem com relação às
emoções.
É devido ao hábito que tomamos a justa-medida com relação à nós. Logo, a mediania é imposta pela
razão com relação às emoções e é relativa às circunstâncias nas quais a ação se produz.
Nenhuma virtude moral surge naturalmente nos homens, porque o que é de natureza, não pode ser
alterado pelo hábito, mas a natureza nos dá a capacidade de receber as virtudes que serão, por fim,
aperfeiçoadas pelo hábito.

→ RUPTURA ←
FEUDOS; Submeter o saber à fé cristã; Figura de um Rei (Senhor feudal); explicações
fundamentadas na religião; Biblioteca de Alexandria foi queimada e com isso, as obras de Aristóteles;
Queda do Império Romano; Aumento demográfico; Classes sociais: clero, nobreza e povo; Educação
para poucos; Ascensão do cristianismo; Arte marcada pela religiosidade; Arquitetura: castelos,
igrejas, catedrais; Movimentos Filosóficos: Patrística e Escolástica.

V d.C. - XV d.C. IDADE MÉDIA

SANTO AGOSTINHO (Teocentrismo/PATRÍSTICO/INATISTA)


Biografia: Agostinho nasceu em Tagaste, no norte da África (354-430), filho de Patrício (convertido)
e da cristã Santa Mônica. Membro da seita dos maniqueus. Teólogo, filósofo, escritor e mitógrafo.
Professor em milão (384). Converteu-se ao cristianismo (387).
Principais ideias (contribuições/inovação): Defendia o cristianismo contra o paganismo; tinha
caráter pedagógico; objetivo de conciliar fé e razão; tradição católica; Discordava da reminiscência.
Sua filosofia era a de que, sim, há uma forma perfeita de tudo o que existe, mas na mente de Deus.
Não são as almas que vão se lembrando. Na verdade, elas vão aprendendo quando vão sendo
iluminadas por Deus, “A verdade vem de Deus e o conhecimento intelectual humano vem da
iluminação direta de Deus.”; acreditava que o homem é dividido em corpo (matéria) e alma (divino),
por inspiração platônica; fez o estudo da sagrada escritura; a natureza do bem; a imortalidade da
alma e o livre arbítrio.x
Teoria da iluminação – as ideias/verdades já existem em nossa alma e caberia ao filósofo
despertá-las, com a ajuda da oração.
Moral: Toda moral agostiniana está ligada de forma ontológica ao dever ser buscando a verdadeira
felicidade. Assim, o homem precisa usar retamente os valores do amor ordenando para se aproximar
do bem supremo, agindo assim o amor se torna um bem para o próprio homem e o seu próximo. O
amor é conduzido pela vontade, uma expressão da liberdade, mas deve conduzir o homem para
Deus e guiar toda a sua vida ético-moral para que as escolhas sejam dentro da reta ordem divina do
que deve ser amado.

SÃO TOMÁS DE AQUINO (Teocentrismo/ESCOLÁSTICA/EMPIRISTA)


Biografia: Considerado o "Príncipe da Escolástica", foi um importante filósofo e padre italiano da
Idade Média, intitulado Doutor da Igreja Católica, em 1567. Nasceu em Aquino, uma comuna italiana,
no castelo de Roccasecca (1224-1274). Filho do Conde Landulf de Aquino, teve uma influente e
apropriada educação. Permaneceu alguns anos em Paris, cidade importante para seu
desenvolvimento espiritual, intelectual e profissional.
Principais ideias (contribuições/inovação): Considera Aquino que a alma é a forma essencial do
corpo, responsável por dar vida a este. A alma humana é subsistente, imortal e única, e por isso, o
homem tende naturalmente para Deus. A ética tomista é precisamente concentrada neste
movimento, que é considerado natural e racional, do ser para Deus, culminando na visão ou
contemplação imediata do criador. Para descobrir é necessário que o homem conheça. Método de
pensamento crítico dominante no ensino nas universidades medievais. Tem caráter especulativo.
Racional, consciente e crítico. Objetivo: aprofundamento da filosofia cristã. Inspiração filosófica:
Aristóteles, “A alma é a essência do corpo e é a sede do intelecto.”. Seu legado: História da razão
humana. Princípios: “A verdade e o conhecimento são inerentes ao ser humano, não há a
intervenção de uma luz divina para que se dê o conhecimento. Cabe ao ser humano descobri-lo
através do aprendizado, da educação religiosa”. Síntese do cristianismo com uma visão aristotélica
fornecendo uma sólida base para a teologia.
Moral: A moralidade só pode firmar-se no que favoreça a realização dos destinos humanos, no que
permita alcançar o seu fim. A actividade moral deve coincidir com a actividade racional. Mas um acto
é razoável, afirma Tomás de Aquino, quanto é apto, por sua natureza, para obter o fim que intenta a
razão, que é a felicidade.

→ RUPTURA ←
GLOBALIZAÇÃO; Grandes navegações; Sistematização da produção;
Mecanização;

XV d.C. - XVIII d.C. IDADE MODERNA


Reação à tendência dogmática do pensamento.

DESCARTES (Antropocentrismo)
Biografia: René Descartes (1596-1650) foi um filósofo e matemático francês. Uma das mais
famosas frases do seu Discurso é “Penso, logo existo”. Nasceu em Haye, na França. Serviu ao
exército. Em 1649, foi para Estocolmo, Suécia, como professor a convite da rainha Cristina. No dia 11
de fevereiro de 1650, René Descartes faleceu, acometido por uma pneumonia. Ciência do
renascimento → Ciência Moderna.
Principais ideias (contribuições/inovação): Racionalismo cartesiano - As verdades residem nas
abstrações e em nossa consciência, na qual habitam as ideias inatas. A missão de Descartes era
legitimar a ciência, demonstrando que o homem poderia conhecer o mundo real. Para encontrar uma
certeza inquestionável, Descartes duvidou de tudo = ilusão dos sentidos; argumento dos sonhos;
gênio maligno.
Ser x Ente: Como não cair no solipsismo? O pensamento é composto por ideias. Ideias inatas; ideias
adventícias; ideias factícias ou da imaginação. É partir das ideias inatas - ideias sobre a perfeição,
que ele fundamenta a existência de Deus. Se Deus existe, fica provado que o mundo por ele criado
também existe. Eis a ponte entre o pensamento subjetivo e a realidade objetiva, isto é, a prova de
que “o eu e o mundo” existem.
“Se duvido, penso, logo existo”. Análise + síntese + enumeração = conhecimento. Manteve a noção
de que a mente e o corpo são distintos e separados, porém pregava que ambos interagiam e se
influenciavam.
Moral: Moral provisória. PRIMEIRO: O nosso dever moral básico consiste em praticar apenas as
ações que todos os outros possam ter como modelo. SEGUNDO: cada ser humano é um fim em si e
não um simples meio.

ROUSSEAU (Antropocentrismo)
Biografia: Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) foi um filósofo social, teórico político e escritor
suíço. Foi considerado um dos principais filósofos do Iluminismo e um precursor do Romantismo.
Suas ideias influenciaram a Revolução Francesa. Em sua obra mais importante "O Contrato Social"
desenvolveu sua concepção de que a soberania reside no povo.
Principais ideias (contribuições/inovação): o homem é bom por natureza, mas está submetido à
influência corruptora da sociedade. Existem dois tipos de desigualdades: a que se deve às
características individuais de cada ser humano e aquela causada por circunstâncias sociais. 1-
Natural. 2- Deve ser combatida. Defendia o iluminismo.
Moral: O distanciamento entre “reconhecer” e “cumprir” efetivamente o que é moral constitui uma
ambiguidade inerente ao humano, porque as normas morais são criadas pelo homem, que concede a
si mesmo a lei à qual deve se submeter.

BACON (Antropocentrismo)
Biografia: Francis Bacon (1561-1626) foi um filósofo, político e ensaísta inglês. Recebeu os títulos
de Visconde de Albans e Barão de Verulam. É considerado o pai do método experimental. Nasceu
em Londres, Inglaterra, em janeiro de 1561. Filho caçula de Sir Nicholas Bacon, Guardião do Selo
Real, e de sua segunda esposa Ann. Estudou no Trinity College em Cambridge em 1576 formou-se
em Direito, pela Universidade de Cambridge. Destinado à carreira diplomática, esteve na França
como acompanhante do embaixador inglês, e só em 1579, com o falecimento do pai, regressou para
Londres a fim de retomar a carreira jurídica e política.
Principais ideias (contribuições/inovação): Para Bacon, o conhecimento científico tem por
finalidade servir o homem e conferir-lhe poder sobre a natureza. Fazia críticas à ciência antiga, de
origem aristotélica, pois a assemelhava a um puro passatempo mental.
Acreditava que a verdadeira filosofia não é, exclusivamente, a ciência das coisas divinas e humanas,
mas a simples busca da verdade, pois para se alcançar uma mentalidade científica, é necessário
livrar a mente de uma série de preconceitos. Bacon influenciou a psicologia ao argumentar que todas
as ideias são o produto da sensação e da reflexão. Contestou a afirmação medieval de que a
verdade poderia ser elucidada através de pouca observação e muito raciocínio. Para Bacon, a
descoberta dos fatos verdadeiros não depende de esforços puramente mentais, mas sim da
observação e da experimentação guiada pelo raciocínio indutivo. Para descobrir é necessário que o
homem conheça. A aquisição do conhecimento se dá através da experiência, na imperfeição dos
sentidos.

Observação + comparação + repetição + análise = razão e experiência → conhecimento.


Moral: Bacon não discorre muito a respeito da moral, ele tem o seu enfoque voltado à ciência e à
técnica. Que era o assunto que estava em fervura em seu contexto.

LOCKE
Biografia: John Locke (1632-1704) nasceu em agosto, na aldeia de Somerset, em Wrington,
Inglaterra. Foi um filósofo inglês, um dos principais representante do empirismo. Se destacou
especialmente por seus estudos de filosofia política e deixou grande contribuição ao desenvolvimento
do liberalismo, principalmente a noção de Estado de Direito. Filho de um advogado e capitão da
cavalaria parlamentar, com 14 anos ingressou na Westminster em Londres. Em 1652, entrou para a
Christ Church College, da Universidade de Oxford. Formou-se em 1656 e dois anos mais tarde fez o
mestrado. Em 1660 foi nomeado professor da instituição, onde lecionou grego antigo e retórica. Em
1683, por defender o parlamentarismo, John Locke foi obrigado a se refugiar nos Países Baixos,
onde permaneceu por cinco anos. Em 1689, depois da Revolução Gloriosa, Guilherme de Orange foi
coroado como Guilherme III, tendo que aceitar a “Declaração dos Direitos” apresentada pelo
Parlamento, como base do sistema de monarquia constitucional, a qual Locke ajudou a redigir.
Provas fatuais, observacionais e quantitativas.

Principais ideias (contribuições/inovação): Sua filosofia reconhece a experiência como a única


fonte válida de conhecimento. Segundo ele, a sensação ou a experiência externa, e a reflexão ou a
experiência interna constituem duas fontes de conhecimento originando-se assim ideias simples,
produto da sensação, e ideias complexas, provenientes da reflexão, não há uma sem a outra. O
desenvolvimento da mente ocorre pelo acúmulo de experiências.

John Locke negava radicalmente que existiam ideias inatas, tese defendida por Descartes.
Argumentava ele, que quando se nasce, a mente é uma página em branco que a experiência vai
preenchendo. Sua teoria do conhecimento foi exposta em sua obra fundamental: “Ensaio Sobre o
Conhecimento Humano”.
Como teórico político, John Locke defendeu a monarquia constitucional. Pode ser considerado um
precursor da democracia liberal, uma vez que atribuiu grande importância à liberdade e à tolerância.
Foi no contexto da Revolução Gloriosa Inglesa, quando Locke esteve exilado na Holanda, entre 1682
e 1688, que o filósofo desenvolveu sua teoria do liberalismo político.
Em 1690, escreveu “Segundo Tratado Sobre o Governo Civil”. Na obra, Locke apresentou o princípio
da divisão dos três poderes que deveriam exercer a função de governo: Poder Legislativo, Poder
Executivo e Poder Judiciário.

KANT (Antropocentrismo)
Biografia: Immanuel Kant (1724-1804) foi um filósofo alemão, fundador da “Filosofia Crítica” .
Nasceu em Königsberg, na Prússia Oriental, então Império Alemão. Dos pais luteranos recebeu uma
severa educação religiosa. Na escola local estudou latim e línguas clássicas. Aos 16 anos, ingressou
no curso de teologia da Universidade de Königsberg. Escreveu os primeiros ensaios em 1755,
influenciado pelos tratados de física de Newton e pelo racionalismo do filósofo Leibniz. A partir de
1760 se distanciou dessa corrente e passou a seguir a moral filosófica de Rousseau. Em 1770 se
tornou professor de lógica da Universidade de Königsberg e enfrentou dificuldades para expor suas
ideias em razão da oposição do luteranismo ortodoxo.
Principais ideias (contribuições/inovação): Ao invés de questionar como eu conheço os objetos,
perguntou se o próprio conhecimento é possível. Isso é a chamada filosofia transcendental, aquela
que põe a razão no próprio tribunal da razão = razão crítica a si mesma.
Moral: A lei moral é um dever que decorre da razão. É uma lei que exige que a ação esteja de
acordo com que a vontade deseja que se torne válido para todos. Permite definir se as ações são
moralmente boas. A moralidade é o respeito pelas normas morais instituídas pela razão. É a
caracterização das ações realizadas pelo puro respeito ao dever, sem ter que ponderar sentimentos
ou inclinações do agente.
A moralidade exige “altruísmo/respeito”, ignorando os interesses pessoais. KANT DEFENDIA QUE O
VALOR MORAL DAS AÇÕES DEPENDE UNICAMENTE DA INTENÇÃO COM QUE SÃO
PRATICADAS.

→ EXTRAS ←

Animismo primitivo: atribuição dos êxitos e malogros a misteriosas potências, onipresentes,


capazes de modificar o curso das coisas;
Inatismo produz o método dedutivo.
Empirismo produz o método indutivo.
Etimologicamente, a palavra virtude no contexto da Idade Antiga é o mesmo que hoje entendemos
por moral.
Arché: O elemento que deveria estar presente em todos os momentos da existência de todas as
coisas.
Ápeiron: A realidade infinita, que é a essência de todas as formas do universo.
Antropomorfismo: é uma forma de pensamento que atribui características ou aspectos humanos a
animais, deuses, elementos da natureza e constituintes da realidade em geral. Nesse sentido, toda a
mitologia grega, por exemplo, é antropomórfica.
Seita dos maniqueus: O maniqueísmo é uma filosofia religiosa sincrética e dualística fundada e
propagada por Manes ou Maniqueu, filósofo cristão do século III, que divide o mundo simplesmente
entre Bom, ou Deus, e Mau, ou o Diabo. A matéria é intrinsecamente má, e o espírito,
intrinsecamente bom.
Filosofia Crítica: Sistema que procurou determinar os limites da razão humana.
Luteranismo ortodoxo: Luteranismo é uma doutrina religiosa que defende a salvação pela fé.
Solipsismo: é a doutrina segundo a qual só existem, efetivamente, o eu e suas sensações, sendo os
outros entes (seres humanos e objetos) partícipes da única mente pensante, meras impressões sem
existência própria.
Escolástica: método dialético que pretendia unir a fé a razão em prol do crescimento humano.
Iluminismo: Nome dado ao movimento composto por intelectuais que condenavam as estruturas de
privilégios, absolutistas e colonialistas, e defendiam a reorganização da sociedade, teve início na
Inglaterra, mas difundiu-se rapidamente na França, onde Montesquieu (1689-1755) e Voltaire
(1694-1778) desenvolviam uma série de críticas à ordem estabelecida.
A Revolução Francesa (Queda da Bastilha): O governo era absolutista - sem democracia. Os
impostos eram pagos pelos: trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia comercial
(objetivo: manter o luxo da nobreza). Os oposicionistas eram presos na Bastilha (prisão política da
monarquia) ou condenados à morte.
Durante o processo revolucionário: Integrantes da monarquia + rei Luís XVI e sua esposa Maria
Antonieta, foram guilhotinados -1793. O clero teve os bens confiscados.
Agosto – 1789: A Assembléia Constituinte cancelou os direitos feudais, promulgando a Declaração
dos Direitos do Homem e do Cidadão.
Pirâmide social: Clero - nobreza (rei e família) – terceiro estado (viviam na miséria – burguesia queria
+ participação política e liberdade econômica).
Queda da bastilha (símbolo da monarquia francesa): 14/07/1789
Lema: liberdade, igualdade e fraternidade.
Ilusão dos sentidos: São limitados e enganosos.
Argumento dos sonhos: Não sabemos distinguir o mundo externo daquilo que é produto da mente.
Gênio maligno: quem diz que não há um deus ou um demônio malévolo poderoso e astuto que
dedicasse todas suas energias para enganar os homens?
Renascimento XVII: Descobrimentos; reforma protestante; revolução comercial; teoria heliocêntrica;
Profundas mudanças sociais, econômicas; culturais e religiosas; Antropocentrismo, razão, cultura
greco-latina (clássica); expressão do mundo interior através da arte, literatura e ciência.
Filosofia: pensamento mecanicista → o universo e o homem são regidos por leis mecânicas e podem
ser mensurados.
Revolução Gloriosa: ou Segunda Revolução Inglesa, a Revolução Gloriosa foi um movimento
revolucionário de caráter pacífico, ocorrido na Inglaterra entre os anos de 1688 e 1689. Foi através
desta revolução que ocorreu a troca do absolutismo monárquico pela monarquia parlamentar na
Inglaterra. Questionamentos e oposição dos parlamentares ingleses aos direitos usufruídos pelos
integrantes da coroa inglesa. Consequências: criação da Declaração de Direitos de 1689,
documento elaborado pelo Parlamento Inglês, que estabelecia a superioridade do Parlamento sobre
o rei. Além disso, o documento garantiu a propriedade privada, estabeleceu limites para a cobrança
de impostos, além dos direitos para os cidadãos.
Ontologia: segundo o aristotelismo, parte da filosofia que tem por objeto o estudo das propriedades
mais gerais do ser, apartada da infinidade de determinações que, ao qualificá-lo particularmente,
ocultam sua natureza plena e integral.

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