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A Filosofia Grega (e romana que pode ser derivada da Grega) ocupa um grande período
de aproximadamente 1° milênio: começa no séc. VI a.C. e termina no VI d.C.
O mais antigo: os pensadores estão em busca de uma matéria primordial, designada
como a filosofia natural mais antiga. Por um lado segue Pitágoras e por outro as escolas mais
recentes da filosofia da natureza (objetivo: buscar uma explicação para o mundo natural).
A filosofia dessa época e considerada pré-socrática. E o período mais antigo, vai de
cerca de 600 a.C. até o início do séc. IV. a.C.
Encontramos os sofistas gregos, que descobrem as condições do pensamento filósofo de
então.
Tales de Mileto foi o primeiro filosofo a surgir.
Com Sócrates, Patão e Aristóteles = o pensamento grego alcança uma leitura impar. São
formados no ramo da: lógica; metafísica, ética, filosofia da natureza e da sociedade, estética e
pedagogia.
Centro é Atenas e vai de meados do sec. V a.C até a morte de Aristóteles em 322 a.C.
Os Gregos atingiram sua máxima maturidade espiritual depois de haverem perdido a
liberdade, quando as sombras da ruína começaram a cair sobre o seu reino e só no crepúsculo
que as corujas de Minerva levantam vôo, como disse Hegel.
Caracteriza-se por uma regressão do sentido para a pesquisa da natureza.
Com o séc. VI d.C. a Filosofia Grega, como fenômeno independente, desapareceu na
história.
Com a Filosofia Antiga é possível explicar muitas coisas do mundo sem histórias e sim
com fatos reais. Há algum tempo atrás a filosofia foi motivo de crítica por ser matéria de escolas,
pois ela alertava as pessoas para a realidade da vida e muitos poderosos não queriam a população
esperta e com isso tiraram à matéria da grade curricular.
A filosofia antiga dava as pessoas muito conhecimento sobre todos os aspectos e isso
assustava muito algumas pessoas, principalmente na política. Entre os filósofos existentes
naquele tempo podemos citar Aristóteles, Sócrates e Platão. Pré-socráticos nesse período os
mitos foram quebrados. Nesse período a preocupação era com o belo universo e até mesmo com
a astronomia. No tempo pré-socrático existiram alguns filósofos e os que mais foram importantes
são: Demócrito, Heráclito, Pitágoras, Parmênides, Anaxímenes, Tales e Anaximandro.
Com Sócrates, a filosofia antiga começa a falar das relações humanas como a ética, as
técnicas e a política. É também conhecido esse período como antropológico. Destaca-se com
Sócrates nessa época Aristóteles e Platão. Nessa época ficaram marcados os diálogos de Platão e
as obras de Aristóteles. Com os métodos socráticos ficaram importantes estudos de ética, o mito
da caverna, a lógica, política, retórica, a noção da universidade e a teoria das formas. No período
sistemático a filosofia fala da cosmologia e também da antropologia voltadas para a ciência.
No período helenístico terminou por causa da queda do império romano e o grande
início da idade média. Nesta época a filosofia antiga ganha novos horizontes tomando entre eles
Alexandria e Roma. Começa a atingir também os padres, visando à ética com relação a natureza
e sua beleza e ao amor em Deus se preocupando assim com a cultura religiosa, bem como
trazendo mensagens de vida. Podemos citar também algumas escolas de filosofia do período
helenístico que são: Cinismo, Epicurismo, Estoicismo e Ceticismo.
Desde o início, o princípio único, fundamento (arché) e tirado da natureza. Pouco a
pouco o pensamento explicita sua peculiaridade e nasce a filosofia quando procura um
fundamento unitário, uma justificação, uma ordem e um fim para a realidade, assimilando a
multiplicidade dela as suas próprias leis e buscando no seu intimo a essência, a substância.
Aristóteles, no quarto livro da metafísica, define a filosofia como o estudo do ente
enquanto ente, isto é, o SER. Fazer filosofia, é portanto, pensar o SER, aquilo que permanece
para além do fluxo acidental dos fenômenos. A filosofia se refere ao pensar, ao refletir, ordenada
e coerentemente.
A História da Filosofia é a última busca da verdade. Abbagnano define a Filosofia como
uma necessidade do homem, enquanto tal. Trata-se de uma atividade imprescindível, não pode
ser rejeitada, pois até um ataque para destruí-la acaba demonstrando que ela e necessária. Se
nego a verdade, só posso fazê-lo em nome de outra verdade, de outra condição julgada
verdadeira por mim. São ilusórias as teses do relativismo e do ceticismo. Relativizar o relativo
ou duvidar da duvida nada mais é senão confirmar o Absoluto e a Verdade.
Duvidar da própria duvida, significa livrar-se dela. Mas se não há duvida sobre o
próprio duvidar, fica claro que existe igualmente a certeza e a verdade.
O Ceticismo e o Relativismo são importantes como meios de se chegar a verdade como
critério de averiguação, de pesquisa, de aprofundamento, como instrumento de purificação de
dados, eles não podem ser encarados como campo da opinião subjetiva e arbitrária.
Antes de Sócrates, as escolas filosóficas viam na natureza o seu objeto privilegiado, mas
com Sócrates, o Homem – sua interioridade misteriosa e seu mundo espiritual – se torna pela
primeira vez, o alvo permanente da pesquisa.
Costuma-se remontar as colônias Gregas da Ásia Menor mais precisamente a Mileto, a
primeira indagação filosófica que desencadeou a história do pensamento ocidental.
TALES DE MILETO (624 -546 a.C.)
Fundador da escola de Mileto. Para ele, a arché, e ainda um principio natural (a água).
Tenta explicar e justificar os diferentes fenômenos, fundamentando-os numa unidade.
ANAXIMENES (588 -524 a.C.)
Admitia que a origem das coisas é indeterminada. Acredita ser o AR o principio de
todas as coisas; enquanto sopro vital, respiração do mundo.
ANAXIMANDRO (610 -547 a.C.)
Mestre de Anaximenes. Denominou o APEIRON, termo grego que significa
indeterminado, infinito, massa geradora, de que tudo foi feito e que a tudo governa.
Além da Escola de Mileto, destaca-se HERACLITO (Éfeso 500 a.C.). Pensou o logos
como lei racional que regula o devir do mundo. Tudo flui, nada persiste, nem permanece o
mesmo. O ser não e mais que o vir-a-ser. “Nunca nos banhamos duas vezes no mesmo rio”. Na
segunda vez não somos os mesmos e o rio mudou.
Concebia a realidade do mundo como algo dinâmico, em permanente transformação. E
pela luta das forças opostas que o mundo se modifica e evolui.
O logos representa a unidade que harmoniza os contrastes; sem anulá-los. Trata-se de
uma unidade embasada numa tensão, como sugere a imagem do fogo, que é vida e morte,
queima e destrói mas que regenera e purifica, numa unidade vital em transformação.
Para ele a linguagem reflete, portanto, nas palavras o que acontece na realidade.
O fogo e a mais perfeita simbologia do devir, da oposição entre os elementos que
compõem a realidade dos contrastes nela existentes.
O Logos, o pensamento, e que harmoniza os contrários, unifica as oposições, e torna
possível a presença simultânea de elementos divergentes.
ESCOLA PITAGÓRICA – fundada por PITÁGORA DE SAMOS.
PITÁGORAS (571 – 497 a. C.)
Além de tratar a matemática como ciência real e verdadeira, encontrou no numero a
substância das coisas, uma ordem mensurável do universo.
PARMÊNIDES (516 a. C.) – FUNDADOR DA ESCOLA ELEÁTICA.
Viu no ser a substância única. Para ele o ser e o absoluto pleno, o presente eterno,
imutável, uno e necessário. A verdade e o ser, ao passo que o devir, a mudança e só aparência e
ilusão.
Tese defendida posteriormente por Zenão de Eléia, através de um método que
Aristóteles definiu como dialética.
Sustentam que o homem e incapaz de pensar o movimento, obrigando-o de certa forma
a optar pelo ser imutável. O movimento não e pensável e só é percebido pela experiência. Só tem
significado o que permanece na realidade permanente, é a única realidade permanente é o
pensamento, o ser pensado. Portanto só posso pensar o ser, porque é imutável.
A Escola Pitagórica com o número e a Escola Eleática com o ser diferem-se dos
princípios naturais e de Tales de Mileto.
Com EMPÉDOCLES (490 a.C.) se deu novo acento naturalista. Para ele tudo tem 4
raízes: água, ar, terra e fogo, que se amam e se odeiam.
Não procuram mais o arché, mas como podem acontecer as mudanças, as
transformações.
ANAXÁGORAS (499 – 428 a.C.). A arché múltipla é constituída de partículas
materiais mínimas e indivisíveis, as sementes. A força motriz dessas sementes é a inteligência
divina que seleciona e ordena o caos. Aparece pela primeira vez uma alusão ao finalismo da
natureza, a concepção de que a realidade se oriente para um determinado fim.
DEMÓCRITO DE ABDERA (460 a.C.) Maior naturalista de seu tempo. Os átomos são
partículas mínimas da matéria das quais tudo se compõem. Com os atomistas surge a primeira
explicação mecanista do universo, leis necessárias e, previsíveis, isentas de qualquer inteligência
reguladora.
Seu comportamento.
Nunca aceitou nada pela sabedoria que compartilhava, buscava a verdade e não a
riqueza.
O Oráculo de Delfos, prematuramente anunciou que Sócrates era o homem mais sábio
do mundo. Ele reagiu dizendo que se fosse era porque os indivíduos afirmavam e o sábio não
sabe absolutamente nada. Sócrates, na versão apresentada por Platão, situa o início da sua
atividade intelectual na fase madura (40 anos), quando teria recebido sua missão. Essa missão
origina-se numa consulta que seu amigo Querefonte faz aos deuses ao santuário de Delfos, para
saber se havia um homem mais sábio do que Sócrates. A resposta e negativa. Sócrates prossegue
buscando alguém mais sábio, acreditando estar assim a serviço dos deuses. Manteve-se fiel a
seus princípios ate o fim.
Sócrates em Atenas.
Atenas foi tomada por Esparta e houve um governo chamado “trinta tiranos”. A
hegemonia de Atenas faz crescer as rivalidades com Esparta, que vão culminar, em 431 a.C., na
Guerra do Peloponeso. O conflito estende-se ate 404 a.C.
Sócrates vive o apogeu e a crise da democracia ateniense. Atenas após a vitória sobre os
persas, torna-se uma grande potência, estendendo sua influência por quase toda a Grécia.
Com a derrota, o regime democrático, que já encontrava enfraquecido por intrigas,
conspirações e corrupção, cede lugar ao governo dos Trinta Tiranos. Embora restaurada em 403
a.C., a democracia ateniense jamais será a mesma. A crise de valores políticos e morais é intensa
e a condenação de Sócrates, em 399 a.C., é uma triste metáfora da decadência da democracia de
da própria Atenas. Foi acusado com rumores difamatórios, mas negou a acusação.
Distanciou-se dos Sofistas (mestres na arte de argumentar) e apresenta as certezas com
bons argumentos.
De Sócrates, ficaram varias imagens. Filho de um escultor e de uma parteira, talvez em
Atenas já reconhecido como “sábio”.
Sócrates também não se distingue pelo que fala, pois seu assunto e o que esta
diariamente na boca de todos. A diferença está no modo como ele conversa, mostrando que no
plano das opiniões todos tem razão e, por isso, ninguém a tem. Não lhe interessam palavras belas
e sedutoras; ele quer conhecer a essência das coisas.
Sócrates simplesmente pergunta. Não ensina; quer aprender. Ele mostra que o
pensamento deve ser mais prudente. Se as respostas saem fáceis e porque a pergunta foi mal
formulada, e apenas contorna o problema.
Discutem-se os meios para atingir determinados fins, em vez de examinar os próprios
fins. O que Sócrates propõe é formular perguntas adequadas, isto é, um método de investigação
que encaminhe o pensamento em direção a essência das coisas, sem desvios. Nunca vai
diretamente a questão “o que e?”. Sempre primeiro ouve e apresenta objeções aos argumentos
dos outros. O diálogo cumpre essa função de “experimentação”. O pensamento precisa de um
interlocutor, como quem possa sempre discutir. O verdadeiro conhecimento nasce deste dialogo.
A pergunta “o que e?” remonta aos tempos dos primeiros filósofos de Jônia.
À Sócrates interessa o homem e suas ações, exatamente aquelas tidas como virtuosas,
numa época em que ser virtuoso é quase sinônimo de ser cidadão e tudo se justifica em nome da
virtude.
Conhecê-la torna-se, assim, o principal objetivo do verdadeiro conhecimento. Quem
pratica o mal ignora o que seja virtude. E quem tem o verdadeiro conhecimento só pode agir
bem. Desse modo, conhecimento e virtude tornam-se sinônimos. Com Sócrates as questões
morais deixam de ser tratadas como convenções baseadas nos costumes, as quais se modificam
conforme as circunstâncias e os interesses, para se tornar problemas que exigem do pensamento
uma elucidação racional. Nesse sentido, ele é o fundador da Ética.
Sócrates põe o dedo na ferida da própria Atenas. Os poderosos decidem condená-lo. O
pretexto é o de ofender os deuses da cidade e corromper a juventude. Baseia-se, esta última
acusação, no fato de Sócrates não esconder seus hábitos homossexuais.
Sócrates também abandonou as preocupações que dominavam os filósofos pré-
socráticos em buscar o princípio primeiro de tudo que existe e voltou sua preocupação
filosófica para a questão do homem. A filosofia socrática foi determinada pela convicção de que
o homem traz em si a capacidade de conseguir a verdade. Deste modo, as verdades que o homem
poderia conhecer não seriam aquelas que dizem respeito à natureza física do mundo, mas as de
ordem metafísica, ou seja, aqueles conhecimentos que estão além da realidade sensível (o bem,
as virtudes, os valores, etc...).
Nesse sentido, Sócrates preconizava a existência de verdades universais que são
possíveis de serem descobertas e conhecidas se o ser humano se dispuser a fazê-lo sem
arrogância.
A humildade é o pressuposto fundamental de acesso à verdade, utilizando-se o método
do diálogo. Sócrates preferia a palavra oral à escrita. Não escreveu nada que tenha chegado até
nós. Filosofava nos ambientes das ruas e praças atenienses.
Defendia que existem verdades absolutas e que havia um mundo puramente espiritual
onde vivem tanto as almas dos humanos quanto as verdades absolutas.
A questão fundamental do pensamento socrático é: o que é o homem? A isso ele
respondia que “o homem é a sua alma”. A alma para ele, seria a sede da atividade racional, ética
e do conhecer.
MÉTODO DE SÓCRATES.
Diálogo Socrático = fazia com que o indivíduo pensasse por conta própria até chegar a
resposta.
Era interessado pela verdade em benefício da verdade. Às vezes passava por tolo
mostrando suas ideias pois causava desconforto nos seus diálogos.
Imaginava-se como uma “parteira de ideias” (analogia a sua mãe que era parteira). Ele
arrancava do indivíduo que estava conversando. Dizia seguir a profissão da mãe, parteira, auxilia
os homens a trazer a tona um conhecimento que já se encontra latente em cada um.
O método socrático de ensino, segundo ele mesmo, seria semelhante ao processo de um
parto. Sócrates via a sua missão como a de uma parteira que, ao invés de fazer nascer um bebê,
parteja ideias que já estão em gestação na consciência do ser humano.
O julgamento.
Pelo seu método questionou os acusadores. A defesa que Sócrates faz de si próprio,
relatada por Platão, e um libelo contra os que o julgam.
No julgamento explicou o centro do seu sistema de credo: a coisa mais importante e
viver uma vida virtuosa. Fazer a coisa certa e evitar a transgressão era em que consistia a vida.
Tanto Sócrates, como Platão, eram desconfiados das democracias. Pensavam que um
certo tipo de cidadão treinado e esclarecido deveria estar no controle (conceito de Platão
“Filosofo-Rei”).
Enfrentou a corte sem se importar com as conseqüências. Não apelou para a
misericórdia. Foi sentenciado à morte. Estava pronto para morrer. É melhor morrer do que trair a
si mesmo.
Pronuncia as palavras: “uma vida sem questionamentos não vale a pena ser vivida”.
Também e conhecido pelo “conhece-te a ti mesmo”.
Condenado a morte, foi dito a ele que tentasse fugir e que o governo não o caçaria.
Espera-se que ele fuja, mas como cidadão ateniense, acha que a lei e soberana. Ignorou e tomou
cicuta (veneno extraído de uma pequena planta que crescia em pântanos nos arredores da
cidade).
Platão descreve a cena de forma comovente. Despede-se dos amigos e um dos homens
presentes dá a Sócrates a cicuta (suicídio assistido). Ameniza a dor do grupo dizendo que só o
corpo morrerá. Seus filhos são trazidos até ele. Pede as mulheres para sair. Toma o banho
conversando com o guarda. Se amigo Crito pede que espere até o pôr do sol, mas ele quer acabar
logo com tudo aquilo. Shakespeare disse, “quebra-se um coração nobre”.
Seu legado.
Depois da morte alcançou proporções fabulosas. Muitas escolas afirmavam possuir o
monopólio do pensamento socrático. Na verdade eram pedaços do pensamento socrático
(megarianos focavam na lógica, Escola de Liz a dialética). Somente Platão manteve a tradição
Socrática viva e estabeleceu-se como uma das grandes mentes da antiguidade.
Sócrates, nada escreveu. As fontes que nos permitiram mais fortemente reconstruir sua
filosofia são Platão, Xenofonte, Aristófanes e Aristóteles. Sócrates morreu condenado por
impiedade, ou seja, por não cultuar os deuses oficiais; por introduzir novas divindades; e por ser
considerado um corruptor da juventude, por incutir novos valores, contrários à tradição. A
filosofia socrática parte da necessidade de o indivíduo cuidar de sua alma, daí a alusão à
inscrição encontrada no templo em Delfos, o famoso conhece-te a ti mesmo, que significa que
devemos cuidar de nossa alma, cultivá-la, o que é indubitavelmente mais importante do que bens
materiais ou preocupações com a honra ou coisas semelhantes, pois é através de um processo de
melhoria da alma, do conhecimento, que poderemos atingir a virtude, e a sabedoria, que são as
condições de possibilidade de todos os outros bens: A arte que permite melhorar a si mesmo,
poderíamos conhecê-la sem saber que nem nós somos? Pois este é o único modo de aceder ao
cuidado de si, ou seja, o conhecimento de quem sou realmente permite cuidar adequadamente de
minha alma. É por tal razão que a alma, se quiser conhecer a si mesma deve observar uma alma,
especialmente onde pode ser encontrada a excelência da mesma, o saber, na medida em que esse
conhecimento é imprescindível para que saibamos o que é bom e o que é mau, o que é justo ou
não. Em outras palavras, o aperfeiçoamento da alma leva a que o indivíduo adquira a virtude. O
que é, para Sócrates, a virtude?
Doutrina socrática:
Sócrates é o mais alto expoente do intelectualismo grego que crê, reagindo aos sofistas,
no valor da razão humana. Sua investigação filosófica parte da idéia-postulado que a ciência
ainda não existe até o momento, mas que é possível construí-la empregando um método
adequado. Aristóteles assim expõe a questão: “Sócrates se encerrou na especulação das virtudes
morais e foi o primeiro que indagou as definições universais dos objetos”.
Ressalta-se da resenha aristotélica:
1º – A ideia da investigação lógica de Sócrates que o conduziu aos universais e as
investigações das coisas.
2º – O ideal ético que orienta toda sua especulação causava o conhecimento das virtudes
morais.
O pensamento socrático inclui os estados lógicos e moral intimamente entrelaçados
entre si. Na mentalidade de Sócrates “a ciência é o caminho da virtude”
Sócrates, ao dirigir-se à virtude pela ciência necessita antes de tudo conhecer essa
última. O método até então empregado lhe parece inadequado. A filosofia até então era
fundamentada nos problemas cosmológicos e antológicos, mas a seu juízo os mistérios do
mundo e do ser não seriam descobertos até que se penetrasse no conhecimento profundo da
natureza humana. O método para esse conhecimento próprio era a introspecção estimulada pelo
diálogo.
As críticas sobre a ética socrática são: 1ª a estima exagerada da ciência para a vida
moral prática (intelectualismo ético), 2ª a identificação do bem moral com o útil (utilitarismo
ético) e 3ª a doutrina que o homem é naturalmente bom (otimismo ético).
FONTES BIBLIOGRÁFICAS.
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REALE, Giovani; ANTISERI, Dário. História da Filosofia: Filosofia Pagã antiga. São Paulo:
Paulus, 2003.
HUISMAN, Denis. Dicionário dos Filósofos. Martins Fontes, São Paulo. 2001.
GOMPERZ, Theodor. Os pensadores da Grécia. História da Filosofia Antiga. Tomo II. Ícone
Editora, São Paulo. 2013.
MARCONDES, Danilo. Iniciação à História da Filosofia. Zahar, Rio de Janeiro. 2010. 13ª Ed.
MANNION, James. O Livro completo da Filosofia. MADRAS, 2004.
Nos poemas homéricos nos mostram apenas o começo da vida urbana. Cidades
numerosas, aglomeração de pessoas, divisão mais profunda do trabalho. Os sentimentos de
família vão alem dos vínculos sanguíneos.
Moral social adquire uma força maior.
A divisão é tamanha que no poema do próprio Teógnis, os adjetivos bons e maus não
são mais usados com cunho moral, mas sim para designar as classes superiores e inferiores.
Sócrates sentia a pureza dos conceitos com o mesmo fervor que anima a um místico
exaltado que aspira a união com a divindade.
Sócrates (Atenas 469 – maio 399 a.C. = 70 anos), não seguiu a profissão do pai escultor,
mas dedicou-se pelo resto da vida à meditação especulativa e filosófica.
A fama de Sócrates como guerreiro esforçado não passou do pequeno circulo de seus
companheiros de armas mais próximos já que não havia ocupado nenhum cargo de comando.
Os trinta tiranos o consideravam no inicio partidário, devido duas relações com seu
general Critias, mas Sócrates negou sua cooperação.
Duas coisas podem ser aplicadas com razão à Sócrates assim diz seu discípulo
intelectual: os discursos indutivos e a fixação de conceitos gerais.