René Descartes desenvolveu o método da dúvida metódica para questionar todas as suas crenças anteriores e encontrar certezas indubitáveis. Ele concluiu que a única coisa que não pode ser colocada em dúvida é sua própria existência como ser pensante através do famoso "cogito ergo sum". Ele também argumentou que a ideia de Deus deve vir de Deus mesmo, provando a existência de Deus e estabelecendo uma base para outros conhecimentos.
René Descartes desenvolveu o método da dúvida metódica para questionar todas as suas crenças anteriores e encontrar certezas indubitáveis. Ele concluiu que a única coisa que não pode ser colocada em dúvida é sua própria existência como ser pensante através do famoso "cogito ergo sum". Ele também argumentou que a ideia de Deus deve vir de Deus mesmo, provando a existência de Deus e estabelecendo uma base para outros conhecimentos.
René Descartes desenvolveu o método da dúvida metódica para questionar todas as suas crenças anteriores e encontrar certezas indubitáveis. Ele concluiu que a única coisa que não pode ser colocada em dúvida é sua própria existência como ser pensante através do famoso "cogito ergo sum". Ele também argumentou que a ideia de Deus deve vir de Deus mesmo, provando a existência de Deus e estabelecendo uma base para outros conhecimentos.
Descartes irá perceber que muitas de suas crenças na adolescência e juventude
foram mostrando-se falsas ou duvidosas com o passar do tempo, e por isso acaba por achar ciente pôr em dúvida todas as suas crenças adquiridas até então, para tal se usa da dúvida metódica (seu método de estudo, com seus quatro passos: 1- não aceitar nada como verdadeiro sem a devida investigação, 2- decompor as coisas no máximo de partes possíveis, 3- organizar as coisas a partir das mais simples em rumo as mais complexas, 4- revisar, todo o processo) que era uma certa “dose” de ceticismo, porém não chegava a ser um ceticismo radical, pois somente punha as coisas em dúvida para lhes conhecer a verdade de suas origens, as suas verdades primeiras, não sendo uma negação total da verdade ou da capacidade de apreender a verdade como criam os céticos, chegando a conclusão de que deve acreditar e confiar somente naquilo que se mostra indubitável, ou seja, inquestionável e, para alcançar tais ideias deve voltar aquelas que são as ideias mais básicas pois se estas mostrarem-se insustentáveis, também as mais complexas que são baseadas nestas, o serão. Além disso, o autor afirmará que tudo aquilo que o engane uma vez não merecerá credito, pois poderá engana-lo, e a partir de tal argumento cai por terra a base de quase todos os seus conhecimentos, isto porque a base da maioria de seus conhecimentos de até então era baseado ou formado por meio da apreensão feita pelos sentidos, e ele prova que os sentidos podem ser falhos, uma vez que um mastro de um navio visto de longe parece ser pequeno quando na realidade é muito maior de perto, e assim como deve-se duvidar de tudo aquilo o que o engana, nenhum conhecimento provindo unicamente dos sentidos deve ser tido como verdadeiro de antemão, pois estes são falíveis para Descartes. Posteriormente ele criará a hipótese de estarmos como que em um sonho pois é difícil na sua visão distinguir o estar desperto e o estar acordado pois os sentidos falhos do homem não garantem tal distinção e desta forma tudo aquilo concebido como realidade poderia não passar de um sonho, todavia as imagens de um sonho são copias da realidade, então tais coisas deveriam existir na realidade? Não necessariamente pois as ideias de coisas mais complexas podem ser imaginarias e fruto da combinação de ideias mais simples, mas mesmo que as coisas mais complexas possam ser postas em xeque as mais simples continuam intactas e por isso as ciências que estudam as coisas complexas podem ser por este argumento questionadas ao passo que a matemática que explora coisas mais evidentes não. Contudo, com a proposição de um gênio maligno, ou seja, um arquiteto enganador, o ser por detrás de toda a existência tendo projetado e levado o homem a enganar-se cada vez que soma dois mais dois, também as crenças básicas caem por terra não restando nada. Bem, ainda resta algo, a dúvida. Pois não posso duvidar que duvido, e se eu duvido logo eu penso, e seu penso então eu existo, basicamente nisso se resume o famoso princípio do chamado cogito de Descartes, e aqui ele encontra a primeira verdade indubitável, a sua própria existência, pelo menos enquanto coisa pensante, logo enquanto alma, mas não enquanto corpo. Provada a existência do homem enquanto ser pensante, se segue que para que todo o restante seja considerado falso, ou ilusão todas as demais ideais deveriam provir do homem, e segundo o filosofo francês as ideias só podem provir de um princípio que tenha pelo menos tanta realidade quanto o seu efeito, simplificando todo efeito deve ter uma causa com pelo menos sua igual perfeição, assim sendo pra provar a existência de algo além do homem basta encontrar uma ideia superior ao homem da qual este não seria capaz de produzir. E uma ideia superior ao homem é a ideia de Deus, a ideia de um ser criador perfeito e infalível, eterno, imutável, bondoso e infinito, e esta ideia não pode ter surgido a partir do homem, pois ele não pode ter tido a experiencia do infinito, do eterno etc. para ter então cunhado a ideia de Deus, assim tal ideia só encontraria o seu princípio no próprio Deus, pois somente ele seria um ser de tamanha perfeição por detrás da criação de tal ideia. Tal argumento também derruba a ideia de um gênio maligno, pois se existe, como já provado, um Deus extremamente bondoso, logo ele não pode ser enganador, ou não seria realmente bondoso. Mas se deus não nos engana de onde surge o erro? A resposta é simples para Descartes, pois para ele o erro está contido no fato de que nosso entendimento é limitado e por isso não compreendemos tudo, e acabamos por afirmar ou negar algo que não conhecemos fazendo o uso de nossa própria vontade e gerando o erro. Posteriormente é possível notar a distinção entre ideias inatas, adventícias e factícias, sendo as inatas aquelas com as quais o homem já nasce, como por exemplo a ideia de Deus, adventícias são aquelas tidas pelos sentidos exemplo um animal que observo, por fim as ideias factícias são aquelas provenientes do imaginar do combinar ideias adventícias, como a ideia de um unicórnio.