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A filosofia também tem uma grande importância para o Direito, pois contribui para a análise
e a fundamentação das normas jurídicas, dos princípios éticos, dos direitos humanos, da
justiça e da democracia. A filosofia do Direito é um ramo da filosofia que se dedica a
estudar as questões filosóficas relacionadas ao Direito, como sua origem, natureza,
função, validade e interpretação.
Estudar filosofia, portanto, é uma forma de ampliar nossa visão de mundo, de questionar
nossas crenças e preconceitos, de buscar a sabedoria e de exercer nossa cidadania. A
filosofia nos ajuda a entender melhor quem somos, o que queremos e como devemos agir
em sociedade.
ORIGEM DA FILOSOFIA
O primeiro filósofo reconhecido é Tales de Mileto, que propôs que a água era o princípio de
todas as coisas. Outros filósofos pré-socráticos, como Anaximandro, Anaxímenes,
Pitágoras, Heráclito, Parmênides, Empédocles, Anaxágoras, Leucipo e Demócrito, também
buscaram identificar a substância fundamental do universo, chamada de arché. A filosofia
se desenvolveu ainda mais com os sofistas, Sócrates, Platão e Aristóteles, que se
dedicaram a questões éticas, políticas, epistemológicas, metafísicas e estéticas.
Platonismo: fundada por Platão, enfatiza a existência de um mundo das ideias perfeitas e
imutáveis.
Epicurismo: fundada por Epicuro, enfatiza a busca pelo prazer e a tranquilidade da alma.
Kantismo: fundada por Immanuel Kant, enfatiza a razão como fonte de conhecimento e a
importância da ética.
OS MITOS E A FILOSOFIA
Na Grécia Antiga, a filosofia surgiu como uma forma de buscar explicações racionais e
lógicas para os problemas que antes eram resolvidos pelos mitos. Os primeiros filósofos,
chamados de pré-socráticos, tentaram identificar o princípio fundamental do universo,
sem recorrer às narrativas míticas. No entanto, isso não significa que eles abandonaram
completamente os mitos, pois eles ainda usavam elementos simbólicos e alegóricos em
seus discursos. Além disso, alguns filósofos, como Platão, usaram os mitos como recursos
pedagógicos e literários, para ilustrar suas ideias e transmitir valores morais.
Na Idade Média, a filosofia se baseou nos mitos cristãos, que eram considerados verdades
reveladas por Deus. Os filósofos medievais, como Santo Agostinho e São Tomás de Aquino,
tentaram conciliar a fé e a razão, usando a filosofia para interpretar e defender os dogmas
religiosos.
O mito é uma narrativa simbólica que busca explicar a origem e o sentido de fenômenos
naturais ou sociais, recorrendo a elementos fantásticos ou sobrenaturais.
MITO E RELIGIÃO
A diferença entre mito e religião é que o mito é uma narrativa simbólica que busca explicar
a origem e o sentido de fenômenos naturais ou sociais, recorrendo a elementos fantásticos
ou sobrenaturais. A religião, por outro lado, é um conjunto de rituais, templos, roupas,
normas etc. que organizam um grupo de pessoas em torno de figuras ou forças que são
objeto de devoção. A religião geralmente se baseia em uma mitologia, mas nem toda
mitologia tem uma religião associada a ela. A religião também tem uma maior preocupação
em propagar sua fé para outras pessoas, enquanto a mitologia está mais ligada à cultura e
à tradição de um povo.
No entanto, a mitologia grega também foi influenciada por outras civilizações, como a
mesopotâmica, a egípcia, a fenícia, a anatólia e a indo-europeia, com as quais os gregos
mantiveram contato comercial, cultural e bélico. Assim, muitos mitos gregos apresentam
semelhanças ou adaptações de mitos de outros povos, como o dilúvio, o rapto de Europa,
o julgamento de Páris, o labirinto do Minotauro, entre outros.
Os principais deuses da mitologia grega são aqueles que vivem no Monte Olimpo, a morada
divina. Eles são chamados de olimpianos e são os seguintes:
Esses são os principais deuses da mitologia grega, mas existem muitos outros que também
têm suas histórias e seus poderes.
Os principais heróis da mitologia grega são aqueles que realizaram grandes feitos,
venceram monstros, combateram inimigos e superaram desafios. Eles eram filhos de
deuses com humanos, por isso possuíam poderes especiais, mas também eram mortais.
Alguns dos principais heróis da mitologia grega são:
Aquiles: o maior guerreiro da Guerra de Troia, que era invencível, exceto pelo seu
calcanhar.
Hércules: o mais forte dos heróis, que realizou os doze trabalhos, como matar a Hidra e
capturar o cão Cérbero.
Perseu: o herói que decapitou a Medusa, que transformava em pedra quem a olhasse, e
salvou a princesa Andrômeda.
Teseu: o herói que derrotou o Minotauro, um monstro metade homem e metade touro, no
labirinto de Creta.
Ulisses: o herói que liderou os gregos na Guerra de Troia e enfrentou muitas aventuras no
seu retorno para casa, como as sereias e o ciclope Polifemo.
Ajax: o segundo melhor guerreiro da Guerra de Troia, depois de Aquiles, que lutou
bravamente contra os troianos.
Édipo: o herói que decifrou o enigma da Esfinge, que devorava quem não respondesse, e
tornou-se rei de Tebas.
Cadmo: o herói que fundou a cidade de Tebas, depois de matar um dragão e semear seus
dentes, que se transformaram em soldados.
Jasão: o herói que liderou os argonautas na busca pelo Velocino de Ouro, uma pele de
carneiro mágica, e casou-se com a feiticeira Medeia.
Esses são alguns dos principais heróis da mitologia grega, mas existem muitos outros que
também têm suas histórias e seus poderes.
Os símbolos de cada Deus Grego são elementos que representam as suas características,
funções ou domínios. Por exemplo, alguns dos símbolos mais conhecidos são:
Zeus: o raio, a águia, o carvalho e o trono. O raio simboliza o seu poder e autoridade, a águia
é o seu animal sagrado, o carvalho é a sua árvore preferida e o trono é o seu lugar no Olimpo.
Hera: o pavão, a vaca, a romã e o diadema. O pavão é o seu animal favorito, a vaca
representa a sua fertilidade, a romã é o seu fruto sagrado e o diadema é o seu adorno de
rainha.
Ártemis: o arco e a flecha, a lua, o cervo e o cipreste. O arco e a flecha são as suas armas
de caça, a lua é o seu astro regente, o cervo é o seu animal protetor e o cipreste é a sua
árvore sagrada.
Apolo: o lira, o sol, o corvo e o loureiro. A lira é o seu instrumento musical, o sol é o seu
astro dominante, o corvo é o seu pássaro oracular e o loureiro é a sua planta consagrada.
Afrodite: a pomba, a maçã, a rosa e o espelho. A pomba é o seu animal símbolo de amor,
a maçã é o seu fruto de sedução, a rosa é a sua flor de beleza e o espelho é o seu objeto de
vaidade.
Ares: a lança, o capacete, o cão e o abutre. A lança e o capacete são os seus equipamentos
de guerra, o cão é o seu animal de combate e o abutre é o seu pássaro de carnificina.
Dionísio: o tirso, a videira, o leopardo e a máscara. O tirso é o seu bastão de festa, a videira
é a sua planta de vinho, o leopardo é o seu animal de selvageria e a máscara é o seu símbolo
de teatro.
OS FILÓSOFOS PRÉ-SOCRÁTICOS
Escola Jônica:
- Tales de Mileto: Considerado o primeiro filósofo ocidental, Tales propôs que a água era
a arché, ou seja, o princípio fundamental de tudo.
- Anaximandro: Discípulo de Tales, Anaximandro sugeriu o conceito de ápeiron, uma
substância infinita e indeterminada, como a origem primordial.
- Heráclito: Heráclito acreditava que o fogo era a arché, influenciando tudo com seu
movimento constante e inconstância.
Escola Pitagórica:
- Pitágoras: Embora mais conhecido por sua matemática, Pitágoras também explorou a
filosofia. Ele via os números como a essência subjacente à realidade.
Escola Eleata:
- Parmênides: Parmênides argumentava que a mudança era uma ilusão e que o Ser (ou o
que é) era imutável e eterno.
- Zenão de Eléia: Zenão criou paradoxos para desafiar a ideia de movimento e mudança.
Escola Atomista:
- Leucipo e Demócrito: Esses filósofos propuseram que o universo era composto por
átomos indivisíveis, em constante movimento e colisão.
- Aiperon: O termo ápeiron (ou ápeiron) refere-se à substância infinita e indeterminada que
alguns filósofos pré-socráticos consideravam como a origem de tudo. Era uma noção
abstrata que desafiava as explicações mitológicas.
Para Parmênides, o Ser é a realidade imutável e eterna. Ele argumentava que a mudança
era uma ilusão e que o verdadeiro conhecimento só poderia ser alcançado através da razão
e do pensamento lógico. Segundo Parmênides, o Ser é uno, indivisível e não está sujeito a
transformações. Essa visão contrastava com as crenças mitológicas e abriu caminho para
uma abordagem mais racional na filosofia grega antiga. Em sua obra poética “Sobre a
Natureza”, Parmênides explora essa ideia profundamente, influenciando gerações de
filósofos posteriores.
Paradoxo da Flecha Voando: Zenão questiona como uma flecha em movimento pode
ocupar diferentes posições no espaço. Ele argumenta que, em qualquer instante, a flecha
está imóvel, pois o movimento é uma ilusão gerada pelas impressões humanas.
Paradoxo das Filas em Movimento: Zenão desafia a noção de que objetos em movimento
podem ser divididos em partes infinitamente pequenas. Ele sugere que, se as filas de
objetos estão em constante movimento, não podemos discernir quando um objeto passa
de um estado para outro.
Em resumo, os paradoxos de Zenão são uma poderosa ferramenta dialética que nos
convida a questionar nossa percepção do mundo e a natureza do movimento.
Para Pitágoras e seus seguidores, havia uma relação intrínseca entre a Música, a
Matemática, a organização cosmológica e a composição das almas das pessoas. Essa
seita pitagórica acreditava que os números representavam a harmonia e a ordem
subjacentes a todas as coisas. Vamos explorar essa conexão:
Cosmos Ordenado: Pitágoras aprofundou seus estudos sobre a natureza do mundo e sua
relação com os números. Ele combinou seus conhecimentos astronômicos com o
conhecimento matemático, calculando o movimento dos astros e defendendo a ideia de
um cosmos ordenado, governado pelas complexas relações matemáticas.
Em resumo, para Pitágoras, os números não eram apenas símbolos abstratos, mas sim a
essência subjacente à realidade, conectando música, matemática e a própria estrutura do
universo.
Sócrates (470 a.C.-399 a.C.) foi um filósofo grego, considerado o “pai da filosofia” por
representar o grande marco da filosofia ocidental. Nasceu em Atenas, que em meados do
século V a.C. tornou-se a metrópole da cultura grega. Sua figura era marcada pela
estranheza: corpulento, olhos saltados, vestes rotas e pés descalços, sendo considerado
o homem mais feio de Atenas. Sócrates dedicava-se à busca da verdade e ao diálogo com
seus discípulos.
1) Verdade Universal: Para Sócrates, existiam verdades universais válidas para toda a
humanidade em qualquer espaço e tempo. Ele acreditava que era possível alcançá-
las por meio da reflexão;
2) Conhece-te a Ti Mesmo: Sócrates enfatizava a importância do autoconhecimento.
Antes de buscar qualquer verdade, o homem deveria se analisar e reconhecer sua
própria ignorância. Daí surge a célebre frase: “Só sei que nada sei”;
3) Método Socrático: Sócrates conduzia discussões e levava seus interlocutores a
reconhecerem sua própria ignorância. O método envolvia a ironia (refutação) e a
maiêutica (técnica de trazer à luz).
Principais Seguidores:
Destino de Sócrates - Ele teve um destino trágico. Ele foi condenado à morte por cidadãos
atenienses em 399 a.C. A acusação era de corromper a juventude e introduzir novas
divindades na cidade. Sócrates recusou-se a fugir ou a renunciar às suas crenças
filosóficas. Em vez disso, ele aceitou a sentença e bebeu cicuta, um veneno mortal, como
parte da punição. Sua morte é um dos eventos mais marcantes na história da filosofia, e
sua influência perdura até hoje.
Sócrates deixou um legado profundo no campo da filosofia, embora não tenhamos acesso
direto às suas obras. Podemos aprender sobre suas ideias através dos escritos de seus
discípulos, principalmente Platão. Vamos explorar como Sócrates contribuiu para o
conceito de direito:
1. Busca pela verdade e justiça: Sócrates acreditava que o conhecimento e a virtude eram
intrinsecamente ligados. Agir de acordo com a virtude era fundamental para a harmonia e
o bem-estar social. Ele via o direito não apenas como um conjunto de regras impostas pela
sociedade, mas como uma expressão da justiça. Para Sócrates, as leis deveriam ser
baseadas em princípios universais e imutáveis, não em interesses particulares ou
convenções arbitrárias.
1. Discípulo e Mestre:
- Sócrates foi o mestre de Platão. Sócrates não deixou registros escritos, mas suas ideias
foram transmitidas principalmente através dos diálogos escritos por Platão.
2. Método Socrático:
- Platão adotou esse método em seus próprios escritos, criando diálogos filosóficos nos
quais Sócrates é o personagem central.
3. Filosofia e Ideias:
- Ele explorou temas como a teoria das ideias (ou formas), a imortalidade da alma e a
justiça.
4. Academia de Platão:
Em resumo, a relação entre Sócrates e Platão foi de mestre e discípulo, mas também de
continuidade e expansão das ideias socráticas. O legado de ambos reverbera até hoje na
filosofia ocidental.
Sócrates e Platão compartilham uma relação especial, mas suas filosofias têm diferenças
distintas. Vamos explorar essas diferenças:
1. Sócrates:
- Condenação e Legado: Sócrates foi condenado à morte por afrontar crenças e costumes
aceitos. Seu legado inclui a busca pelo autoconhecimento e a ênfase na virtude.
2. Platão:
- Teoria das Ideias: Platão expandiu as ideias socráticas. Ele introduziu a teoria das ideias
(ou formas), argumentando que o mundo sensível é apenas uma sombra do mundo das
ideias eternas e imutáveis.
- Justiça e Verdade: Platão defendia que a classe dominante deveria ser formada por
filósofos, capazes de promover a justiça e a verdade. Ele via a verdade e a justiça como as
verdadeiras virtudes, acessíveis por meio do afastamento dos sentidos e preconceitos.
O método socrático, embora tenha origens antigas, ainda é relevante nos dias de hoje,
sendo aplicado em diversas áreas. Vamos explorar como ele é utilizado:
1. Sala de Aula:
2. Filosofia e Ética:
3. Resolução de Problemas:
4. Desenvolvimento Pessoal:
5. Círculos de Debate:
- Uma boa aplicação moderna do método socrático em sala de aula é criar **círculos de
debate.
Em resumo, o método socrático continua a ser uma ferramenta poderosa para estimular o
pensamento crítico e a busca pela verdade, tanto na educação quanto em outras áreas da
vida.
O método socrático é uma abordagem filosófica que visa estimular o pensamento crítico e
a busca pela verdade. Ele costumava dialogar com as pessoas nas ruas e em encontros,
revelando a ignorância e incentivando o aprendizado. Vamos explorar os passos básicos
desse método:
- Ele escolhia um termo filosófico relevante para análise, como justiça, virtude ou
coragem.
3. Admissão de Ignorância:
- Sócrates afirmava não saber sobre o termo escolhido e pedia ajuda ao seu interlocutor.
5. Análise Crítica:
6. Nova Definição:
- O interlocutor propunha uma nova definição, tentando superar os problemas apontados
por Sócrates.
7. Consciência da Ignorância:
- Ao final do diálogo, o parceiro de Sócrates percebia sua própria ignorância sobre o tema.
1. Questionamento Crítico:
2. Identificação de Conceitos-Chave:
- Pergunte: "O que realmente significa 'justiça'?" ou "Como você define 'liberdade'?"
3. Ironia Socrática:
- Diga: "Não sei exatamente o que é 'democracia'. Você poderia me ajudar a entender?"
6. Consciência da Ignorância:
- Ao final do debate, os participantes percebem que não sabem tudo sobre o tema.
7. Respeito e Aprendizado:
- O método socrático promove um ambiente de respeito mútuo e aprendizado contínuo.
- Pergunte: "Qual é o objetivo dessa política?" ou "Quais são os valores subjacentes a essa
decisão?"
2. Isolamento de um Conceito-Chave:
- Diga: "Não sei exatamente o que é 'justiça' nesse contexto. Você poderia me ajudar a
entender?"
- Ao final do diálogo, os envolvidos percebem que não sabem tudo sobre o tema.
- Use o método socrático para avaliar a coerência, eficácia e impacto das políticas.
Em resumo, o método socrático pode ajudar a avaliar políticas públicas de forma crítica,
promovendo a reflexão e a busca pela verdadeira sabedoria na tomada de decisões.
- As políticas públicas geralmente envolvem questões complexas que não têm respostas
simples.
- O método socrático, que busca definições claras e respostas precisas, pode não ser
suficiente para abordar a totalidade dessas questões.
4. Aceitação de Ignorância:
- O método socrático requer uma **postura humilde** que nem sempre é fácil de adotar.
5. Objetivos Divergentes:
- Alguns podem estar mais interessados em ganhos políticos do que na busca pela verdade.
- O método socrático pode não levar em conta o contexto político e social específico.
Em resumo, enquanto o método socrático oferece uma abordagem crítica e reflexiva, sua
aplicação na avaliação de políticas públicas deve considerar esses desafios e adaptar-se
à realidade prática.
PLATÃO
Platão, um dos mais influentes filósofos da Grécia Antiga, deixou um legado profundo em
áreas como filosofia, política e direito. Vamos explorar os principais aspectos de sua
filosofia:
1. Contexto Histórico:
- Atenas, sua cidade natal, estava no auge de sua democracia, mas também enfrentava
desafios e conflitos.
2. Biografia e Influência:
- Platão nasceu em Atenas por volta de *28/427 a.C. e morreu em 348/347 a.C.
- Sua influência se estendeu desde a matemática até a política, mas é na filosofia que se
destaca.
3. Principais Ideias:
- MUNDO DAS IDEIAS: Platão distinguia entre o mundo sensível (ilusório) e o Mundo das
Ideias (realidade intelectual).
4. Principais Obras:
5. Influência no Direito:
- Suas teorias sobre justiça, política e educação influenciaram o pensamento jurídico
ocidental.
- A busca por uma cidade justa e a ênfase na formação humana tiveram impacto
duradouro.
A República, uma das obras mais importantes de Platão, apresenta sua visão sobre um
estado ideal. Vamos explorar os principais aspectos dessa proposta:
- Platão idealiza uma cidade chamada Kallipolis (em grego, "cidade bela").
2. Nova Aristocracia:
3. Sofocracia:
4. Crítica à Democracia:
- Platão critica a democracia por permitir que ignorantes tenham o mesmo valor que
sábios nas deliberações políticas.
Em resumo, a República de Platão apresenta uma visão utópica de uma cidade justa,
governada por filósofos e baseada no conhecimento.
1. Igualdade: Para Platão, a justiça envolve tratar todos os indivíduos de maneira igual e
justa, independentemente de sua posição social ou classe. Cada membro da sociedade
tem direitos iguais e deve ser tratado com equidade.
2. Reciprocidade: A reciprocidade é outro pilar importante. Significa que cada pessoa tem
o direito de receber o que lhe é devido. Em uma sociedade justa, as relações entre os
membros devem ser baseadas na reciprocidade e no respeito mútuo.
4. Virtude: A busca pela verdade e pela beleza é fundamental para a justiça. Platão acredita
que a verdade e a beleza são os fundamentos da justiça e só podem ser alcançadas quando
todos os membros da sociedade estiverem incluídos e comprometidos com a virtude.
Em suas obras, como "A República", "A Lei" e outras, Platão explora profundamente esses
conceitos, oferecendo uma análise abrangente da justiça e sua relevância para a
sociedade. Portanto, a justiça no Estado Ideal de Platão transcende o indivíduo e busca o
bem comum, a harmonia e a ordem.
Platão desenvolveu uma visão específica sobre como os filósofos-reis deveriam ser
selecionados para governar no Estado Ideal. Vamos explorar essa perspectiva:
Em resumo, Platão via os filósofos-reis como líderes iluminados, cuja seleção envolvia um
processo rigoroso de educação, testes e dedicação ao bem-estar da comunidade.
Acreditava que somente esses indivíduos poderiam conduzir o Estado de maneira justa e
harmoniosa.
QUAIS SÃO AS CRÍTICAS À IDEIA DOS FILÓSOFOS-REIS EM SUA OBRA 'A REPÚBLICA'?
A ideia dos filósofos-reis, proposta por Platão em sua obra "A República", não foi isenta de
críticas e debates. Vamos explorar algumas das principais críticas:
- Críticos argumentaram que não havia critérios objetivos claros para identificar quem
seria um "verdadeiro" filósofo-rei. Como determinar quem possuía conhecimento
suficiente e sabedoria para governar?
- Críticos argumentaram que a realidade política e social era muito mais complexa e
contingente do que a visão idealizada de Platão.
Em resumo, enquanto a ideia dos filósofos-reis oferece uma visão visionária e idealizada,
suas implicações práticas e sua aplicabilidade no mundo real foram objeto de críticas e
debates ao longo da história.
Em sua obra "A Sociedade Aberta e seus Inimigos", o filósofo Karl Popper
explora profundamente a contraposição entre a sociedade tribal e a sociedade
aberta. Vamos resumir os principais pontos do livro:
Crítica ao Historicismo:
Platão e o Totalitarismo:
Hegel e o Coletivismo:
Karl Popper, filósofo austríaco, é conhecido por suas ideias sobre ciência, democracia e
crítica ao totalitarismo. Em sua obra "A Sociedade Aberta e seus Inimigos", Popper
apresenta reflexões profundas sobre o totalitarismo e critica diversos pensadores,
incluindo Platão.
Popper descreve Platão como um "engenheiro social utópico". Isso significa que Platão
projetava uma estrutura social ideal e propunha medidas práticas para implementá-la. No
entanto, Popper alerta que a instauração de um regime "salvador" frequentemente envolve
violência, censura e opressão. A busca por uma mudança radical pode ser ineficiente e
ingênua.
Platão e Marx compartilharam o sonho de uma revolução apocalíptica que transformaria
completamente o mundo social.
Popper dedica um volume inteiro de sua obra a Platão, intitulado "Plato's Spell" (O Feitiço
de Platão).
Ele critica a República de Platão, alegando que ela convida ao totalitarismo. Platão, como
artista, queria começar do zero, como um pintor, para criar sua visão ideal de sociedade.
Popper enfatiza que a realidade não é uma "tábula rasa" e que mudanças radicais são
problemáticas e muitas vezes violentas.
A Importância da Crítica:
Popper acredita que a crítica é essencial para evitar o totalitarismo. Ele se opôs ao
historicismo e defendeu a democracia liberal como um sistema que permite a correção
de erros e aprimoramento gradual.
Popper reconhece em Platão o poeta, e sugere que ele escreve sob o influxo das musas,
vendo-se por isso levado a criar um “sonho de beleza”, um “idílio da justiça”. Eis o
esteticismo da utopia platônica.
Mas a bela fantasia do engenheiro inspirado, alerta Popper, não é de modo algum
inofensiva: ela faz com que a exaltação literária se misture com o exercício especulativo e
que, assim, a razão retroceda, inflamado o ânimo com os humores da imaginação. O ideal
utópico pode fazer, em certo sentido, com que fins atrozes justifiquem os meios. Eis o cerne
da crítica:
E há ainda outro risco fatal. Uma vez fundada a Kallipolis, o Estado constituído deverá ser
preservado a todo custo: todas as instituições, organismos e normas do regime
funcionarão para tal fim. A proposta de República, diz Popper, pretende ser final e
absoluta, e por tanto deve cuidar de excluir qualquer mudança.
A arte também estará monitorada na Kallipolis. Na famosa “expulsão dos poetas” (e fora
extremismos hermenêuticos) Platão oferece pautas detalhadas para a arte, proíbe o
criador de se apresentar em público sem prévia autorização (Rep., L. III e X) e o convida
a retirar-se caso manifeste ou divulgue ideias ou costumes divergentes das
estabelecidas.
Popper sugere, por fim, que a tarefa do legislador não deve jamais misturar-se à do artista
nem à do utópico, muito menos à do perfeccionista. O objetivo do político deve ser propor
ações capazes de aliviar, gradualmente, as dificuldades existentes, e não subverter o
mundo dado com o fim de elaborar um “objeto estético” para a contemplação.
COMO PLATÃO VIA A RELAÇÃO ENTRE OS FILÓSOFOS-REIS E O RESTANTE DA
SOCIEDADE?
Platão via a relação entre os filósofos-reis e o restante da sociedade como uma dinâmica
essencial para a harmonia e o funcionamento do Estado Ideal. Vamos explorar essa
relação:
Os filósofos-reis não buscavam interesses pessoais ou poder. Sua motivação era o bem-
estar geral da sociedade.
Eles trabalhavam para manter a harmonia, a justiça e a estabilidade, garantindo que todos
os cidadãos fossem tratados com igualdade e respeito.
Platão via os filósofos-reis como uma contrapartida aos guerreiros e produtores. Cada
classe tinha funções específicas e contribuía para o todo.
Platão desenvolveu uma visão abrangente sobre a educação, que deixou contribuições
significativas no campo da ética, política e formação integral do homem. Vamos explorar
como ele propôs um sistema educacional:
Ele acreditava que a educação era a mais nobre das ciências e o bem supremo da vida,
com o objetivo final de formar cidadãos virtuosos.
Platão via a educação como meio para uma sociedade política e eticamente justa.
Formação da Virtude:
A virtude era central em sua visão educacional. Platão defendia que as crianças deveriam
aprender sobre virtudes como honestidade, justiça e coragem.
A formação da virtude ocorria por meio da relação harmoniosa entre os preceitos da razão
e os sentimentos internos.
Alegoria da Caverna:
Esse despertar da letargia para o estado de inteligência era essencial para criar um cidadão
consciente e participativo.
Em resumo, a educação expressa nas obras de Platão tinha projeções políticas, visando
formar cidadãos virtuosos capazes de contribuir para um estado perfeito e justo.
A educação das mulheres no sistema platônico era uma questão complexa e controversa.
Vamos explorar como Platão abordou esse tema:
Visão Tradicional:
Platão, como muitos filósofos de sua época, tinha uma visão tradicional sobre o papel das
mulheres na sociedade.
Restrições e Limitações:
Platão não via as mulheres como cidadãs plenas com os mesmos direitos e
responsabilidades que os homens.
Ele propôs que as mulheres fossem educadas, mas com restrições. A educação feminina
deveria se concentrar em habilidades práticas e virtudes relacionadas à maternidade e à
gestão do lar.
Ele reconhecia que algumas mulheres poderiam ter habilidades excepcionais e, portanto,
mereciam educação mais ampla.
Exceções às Normas:
Platão menciona algumas mulheres notáveis em sua obra, como a filósofa Aspásia, que
era conhecida por sua inteligência e influência.
Essas exceções indicam que Platão não via as mulheres como completamente inferiores,
mas ainda assim, ele mantinha uma visão conservadora sobre seus papéis sociais.
Em resumo, a educação das mulheres no sistema platônico era limitada pelas normas
sociais da época, mas Platão também reconhecia a capacidade intelectual e virtuosa de
algumas mulheres. Sua visão refletia as contradições e desafios enfrentados pelas
mulheres na Grécia Antiga.
1. Aristocracia:
- A aristocracia era vista por Platão como uma forma pura de governo.
- Nesse sistema, o poder estava nas mãos dos melhores e mais sábios (os filósofos-reis
ou guardiões), que governavam em benefício de toda a sociedade.
2. Monarquia:
3. Democracia:
- Nesse sistema, o poder estava nas mãos do povo, mas ele via a democracia como
instável e suscetível a excessos e paixões.
4. Oligarquia:
5. Tirania:
Em resumo, Platão classificava as formas de governo com base em sua pureza e virtude,
destacando a importância de líderes sábios e justos para a estabilidade e harmonia da
sociedade.
As Leis, última obra de Platão, é um diálogo que aborda uma vasta gama de assuntos.
Nesse diálogo, Platão propõe um ordenamento jurídico ideal para um Estado projetado
por ele. Aqui estão alguns aspectos importantes da obra:
1. Personagens Principais:
3. Papel do Legislador:
- Platão destaca o papel do legislador como "um verdadeiro educador dos cidadãos".
- Sua missão principal não é apenas castigar transgressões, mas também prevenir que
elas ocorram.
4. Ênfase na Legislação:
- Platão reconhece que, na maioria das cidades-estado gregas, não havia uma regulação
legislativa dos problemas da educação pública.
Aristóteles, um dos mais renomados filósofos da Grécia Antiga, definiu a filosofia como a
busca pelo conhecimento e compreensão da realidade através da razão e da reflexão. Para
ele, a filosofia era a ciência que investigava as causas e princípios de todas as coisas,
buscando entender a natureza do mundo e do ser humano. Vamos explorar mais sobre sua
vida, contexto político e influência posterior:
Biografia de Aristóteles
- Formação: Ele teve uma sólida formação em Ciências da Natureza, o que contribuiu para
sua filosofia.
- Fundador do Liceu: Em Atenas, fundou sua própria escola filosófica chamada Liceu.
Contexto Político
Influência Posterior
- Ciência e Ética: Sua filosofia teve grande impacto na ciência, ética, política e metafísica.
- Lógica Formal: Desenvolveu a lógica formal, que é usada até hoje em diversas áreas do
conhecimento.
- Ética da Felicidade: Sua ética é baseada na ideia de que a felicidade é o objetivo final da
vida humana.
1. Filosofia da Natureza:
- "Sobre o Céu"
- "Sobre os Meteoros"
- Oito livros de "Lições de Física" e outros tratados sobre história e vida dos animais.
2. Filosofia Prática:
- "Ética a Nicômano"
- "Ética a Eudemo"
- "Política"
3. Poéticas:
- "Retórica"
- "Poética"
Essas obras abordam temas como ética, política, metafísica, lógica e empirismo, e
continuam a influenciar o pensamento até os dias atuais.
QUAL É A RELAÇÃO ENTRE AS OBRAS DE ARISTÓTELES E SUA ESCOLA, O LICEU?
Aristóteles deixou um legado duradouro por meio da criação do Liceu, uma das primeiras
instituições de ensino superior do mundo. Vamos explorar a relação entre suas obras e o
Liceu:
- Fundação do Liceu:
- Auxiliado por Alexandre, o Grande, Aristóteles fundou o Liceu por volta de 334 a.C.
no ginásio do templo de Apolo Liceu, em Atenas.
- O Liceu era uma escola filosófica que servia como local de ensino e pesquisa para
Aristóteles e seus seguidores.
- Atividades no Liceu:
- No ginásio Apolo Liceu, Aristóteles criou sua própria escola, onde ensinava uma
ampla variedade de disciplinas, como filosofia, ciências naturais, matemática,
lógica e política.
- Impacto Duradouro:
No Liceu vários seguidores notáveis estudaram e debateram com ele. Alguns dos mais
famosos incluem:
1. Teofrasto:
2. Andrônico de Rodes:
3. Outros Discípulos:
1. Concepção de Justiça:
- Aristóteles acreditava que a justiça era uma virtude social que consistia em dar a cada
um o que lhe é devido.
- O direito é uma construção humana, social, para que a justiça possa cumprir seu papel
de fazer prevalecer o bem.
3. Equidade e Justiça:
- A equidade busca corrigir as imperfeições da lei e garantir que o direito seja aplicado de
forma justa.
1. Ética Aristotélica:
- Aristóteles acreditava que a felicidade (ou eudaimonia) era o bem supremo e o objetivo
final da vida humana.
2. Concepção de Justiça:
Portanto, a ética aristotélica e a justiça estão alinhadas na busca pelo bem e na promoção
da virtude em sociedade.
1. Justiça Distributiva:
- Por exemplo, aqueles que contribuem mais devem receber mais em troca.
2. Justiça Corretiva:
- Ela lida com a responsabilização das pessoas por suas ações e garante que sejam
punidas adequadamente.
Em resumo, Aristóteles considerava a justiça como uma virtude que abrangia tanto a
distribuição justa quanto a correção de erros, garantindo a harmonia e o equilíbrio na
sociedade.
QUAL É O PAPEL DA EQUIDADE NA APLICAÇÃO DA JUSTIÇA CORRETIVA?
1. Definição de Equidade:
- Ela busca corrigir possíveis injustiças quando a aplicação estrita da lei se revela
inadequada ou excessivamente rígida.
- Quando a lei não consegue abranger todas as situações com plenitude, a equidade entra
em cena.
- Ela permite que o executor da lei faça uma interpretação específica para cada caso, sem
fugir à coerência da norma.
- A equidade completa as lacunas da lei e garante sua aplicabilidade de forma mais justa.
Em resumo, a equidade é uma ferramenta essencial para garantir que a justiça corretiva
seja aplicada de forma justa e adaptada às particularidades de cada caso.
- Ela busca equilibrar as desigualdades e garantir que cada indivíduo receba sua parcela
adequada.
- A justiça distributiva pode ser aplicada para garantir que essas políticas alcancem seus
objetivos.
3. Exemplos de Aplicação:
Em resumo, a justiça distributiva de Aristóteles pode ser usada como base para a
formulação e avaliação de políticas públicas afirmativas, buscando promover a igualdade
e a justiça social.
- Políticas públicas que buscam redistribuir recursos podem criar uma dependência
excessiva dos beneficiários.
- A busca pela equidade pode ser interpretada como uma forma de discriminação
positiva.
4. Custos e Eficiência:
1. Meritocracia:
- A meritocracia está alinhada com a ideia de que aqueles que contribuem mais ou têm
maior mérito devem receber mais.
1. Desigualdade de Oportunidades:
- A meritocracia assume que todos têm igualdade de oportunidades, o que nem sempre
é verdade.
2. Circunstâncias Iniciais:
- Alguns indivíduos enfrentam obstáculos maiores desde o início, o que afeta suas
chances de sucesso.
3. Vieses e Discriminação:
1. Meritocracia:
- O utilitarismo, uma teoria ética criada por Jeremy Bentham e desenvolvida por John
Stuart Mill, considera o bem-estar geral como o objetivo moral.
- Os utilitaristas argumentam que a punição deve ser aplicada se, a longo prazo, gerar
mais felicidade para a sociedade como um todo do que o sofrimento da pessoa punida.
- A meritocracia, nesse contexto, pode ser usada para avaliar se a punição é justa com
base no mérito individual do infrator.
1. Utilitarismo:
- O utilitarismo, proposto por filósofos como Jeremy Bentham e John Stuart Mill, considera
o bem-estar geral como o objetivo moral.
2. Ética de Virtudes:
3. Ética Kantiana:
- A ética kantiana, baseada nos ensinamentos de Immanuel Kant, enfatiza o dever moral
e a dignidade humana.
- Na punição e reabilitação, a aplicação da lei deve ser guiada por princípios universais e
respeito à dignidade de cada indivíduo.
Em resumo, a noção de bem-estar geral permeia diferentes teorias éticas e influencia como
consideramos a punição e a reabilitação no sistema prisional.
1. Bem-Estar Geral:
3. Democracia: A multidão (ou o povo) exerce a soberania. É uma forma de governo em que
as decisões coletivas são tomadas pela maioria.
Além dessas formas puras, Aristóteles também identificou formas corruptas de governo:
Aristóteles, em sua obra "A Política", propôs uma divisão dos poderes do Estado em três
categorias distintas:
2. Poder Executivo:
3. Poder Judiciário:
- Define o alcance da atuação dos juízes de acordo com suas áreas específicas.
Em resumo, Aristóteles via a separação desses três poderes como essencial para o
equilíbrio e a harmonia do Estado.
FILOSOFIA HELENÍSTICA
1. Origem e Contexto:
- Os filósofos helenísticos focavam na busca pela vida feliz e seus tratados eram
essencialmente sobre ética.
2. Helenismo:
4. Legado:
- Contribuiu para uma compreensão mais ampla de ética, virtude e bem-estar humano.
1. Epicuro:
- Fundador do Epicurismo.
- Enfatizava a busca pela felicidade através da moderação dos prazeres e da tranquilidade
mental.
2. Zenão de Cítio:
- Fundador do Estoicismo.
3. Pirro de Élis:
- Fundador do Ceticismo.
4. Epicteto:
Esses filósofos exploraram questões sobre a vida boa, a virtude e a busca pela
tranquilidade em um mundo multicultural e cosmopolita. Suas ideias continuam a
influenciar o pensamento contemporâneo.
Pirro de Élida, um filósofo que acompanhou o rei Alexandre, o Grande, em suas expedições
pelo Oriente, questionou as diferenças culturais e sistemas políticos observados em
diferentes sociedades.
Princípios do Ceticismo:
Dilemas do Ceticismo:
- Assim, mesmo os céticos precisam acreditar em algo, mesmo que contestem verdades
estabelecidas.
Ceticismo:
- O ceticismo é uma corrente filosófica que duvida da capacidade dos sentidos e da razão
de fornecer conhecimento absoluto sobre a natureza das coisas.
Empirismo:
- O empirismo é uma teoria do conhecimento que afirma que todo conhecimento humano
provém principalmente da experiência sensorial.
- Filósofos empiristas, como John Locke, David Hume e George Berkeley, enfatizaram a
importância dos sentidos na formação de ideias e conceitos.
Relação:
Afinidades:
Racionalismo:
- Segundo essa corrente, a verdade pode ser descoberta através da razão e da análise
lógica, independentemente da experiência empírica.
- Filósofos racionalistas, como René Descartes, acreditavam que a razão poderia levar a
certezas indubitáveis sobre a existência de Deus e da alma.
Empirismo:
- Filósofos empiristas, como John Locke, argumentavam que "nada está no intelecto sem
antes ter passado pelos sentidos".
Diferenças:
Relação:
- Apesar das diferenças, essas correntes filosóficas não são mutuamente excludentes.
- Alguns filósofos, como Immanuel Kant, buscaram uma síntese entre racionalismo e
empirismo.
- Em vez de investigar como o mundo deve ser para que possamos conhecê-lo (como a
filosofia havia feito até então), ele focou em como o conhecimento é possível para o sujeito
cognoscente.
Faculdades do Conhecimento:
Espaço e Tempo:
- Espaço e tempo são formas puras da intuição, atributos subjetivos do sujeito, não do
mundo em si.
- Por outro lado, sem os conceitos, eles não teriam sentido para nós (empirismo).
- Kant mostrou que os dados da experiência (empirismo) são "encaixados" nas categorias
e intuições a priori (racionalistas).
Ética Kantiana:
- A ética kantiana é baseada nos princípios estabelecidos por Kant em sua obra
"Fundamentação da Metafísica dos Costumes" e na "Crítica da Razão Prática".
- Ele desenvolveu o Criticismo, uma teoria que explora os limites metafísicos, éticos e
religiosos da razão humana.
- Kant investigou como a razão estrutura nossa experiência e como ela nos permite
conhecer o mundo.
- Na ética, a razão nos guia para agir de acordo com o dever moral, independentemente
das consequências.
- Sem uma base ética sólida, o conhecimento corre o risco de ser vazio e sem sentido.
- Kant acreditava que os filósofos devem ser éticos e comprometidos com a verdade para
que suas reflexões sejam confiáveis.
Autonomia:
- A autonomia é a capacidade de agir de acordo com a própria vontade, seguindo
princípios racionais e morais.
Dignidade:
Universalidade:
- Kant propõe que devemos agir de acordo com regras que poderiam ser universalmente
aceitas.
Imparcialidade:
Racionalidade:
Liberdade:
- A liberdade é a capacidade de agir de acordo com a própria vontade, desde que essa
vontade esteja em conformidade com a razão.
Responsabilidade:
Em resumo, esses pilares nos fornecem diretrizes essenciais para tomar decisões
conscientes e éticas em nosso cotidiano, seguindo os princípios da ética kantiana.
Definição:
1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal
da Natureza.
2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de
qualquer outro, sempre ao mesmo tempo como fim e nunca simplesmente como meio.
3. Age de acordo com uma máxima que possa valer simultaneamente como lei universal.
Universalidade e Racionalidade:
Em resumo, o Imperativo Categórico é uma lei moral baseada na razão, que nos guia para
o dever e ações universais.
Universalização:
- Se a ação for universalizável, ou seja, se todos pudessem agir assim sem contradição,
ela é moralmente aceitável.
- Sempre considere as pessoas como seres com dignidade e não apenas como meios
para atingir seus objetivos.
Verificar a Coerência:
Exemplos Cotidianos:
- Empatia: Coloque-se no lugar dos outros antes de agir. Isso evita usar os outros como
meros meios.
Responsabilidade Pessoal: