O documento discute a história da ontologia, começando pelos filósofos pré-socráticos como Heráclito e Parmênides e suas visões sobre o ser. Também aborda as contribuições de Platão e Aristóteles para a ontologia, incluindo suas diferenças sobre a origem das ideias. Por fim, discute a metafísica tomista e a noção de Deus como Ipsum Esse Subsistens.
O documento discute a história da ontologia, começando pelos filósofos pré-socráticos como Heráclito e Parmênides e suas visões sobre o ser. Também aborda as contribuições de Platão e Aristóteles para a ontologia, incluindo suas diferenças sobre a origem das ideias. Por fim, discute a metafísica tomista e a noção de Deus como Ipsum Esse Subsistens.
O documento discute a história da ontologia, começando pelos filósofos pré-socráticos como Heráclito e Parmênides e suas visões sobre o ser. Também aborda as contribuições de Platão e Aristóteles para a ontologia, incluindo suas diferenças sobre a origem das ideias. Por fim, discute a metafísica tomista e a noção de Deus como Ipsum Esse Subsistens.
Ao olharmos para a história como um todo, é perceptível a
necessidade que o homem sempre teve de querer conhecer as coisas, de saber a origem e compreender as coisas em sua totalidade. Dessa maneira, vale ressaltar os filósofos pré-socráticos que tinham a grande curiosidade de descobrir a causa primeira. A partir disso, é preciso recorrer até os estudos da metafísica, iniciados por Aristóteles com o objetivo de tentar explicar o “ser enquanto ser”. Com isso, temos aqui um dos grande problemas filosóficos. Metafísica vem do grego metá physis, que significa “além da física” ou “além da natureza” , como já dito, esse estudo foi iniciado por Aristóteles, porém, ele não usava esse nome para denominar esse estudo. Nos dias atuais, a nomenclatura utilizada para denominar esse estudo é chamado de “ontologia” que é a área da filosofia que trata da ideia investigada pela metafísica. A partir dessa noção sobre a metafísica, não podemos dizer que essa área da filosofia surge apenas com Aristóteles. Entretanto, podemos recorrer aos primeiros pensadores gregos que de forma metódica tinham a prática da reflexão racional buscando respostas para a questão do ser. Assim, com tais reflexẽos existiam dos questionamentos que norteiam “quem existe” e “qual é o ser em si”. Essas questões fizeram com que buscassem o princípio das coisas e começaram a considerar quatro elementos: água, ar, terra e fogo. Dessa maneira, podemos destacar dois grande pré-socráticos nesse processo de investigação, Herćlito e Parmênides. Heráclito, por sua vez, declara a ideia do fluir da realidade, pois tudo está em constante mudança, não havendo nada estático. Ele desenvolveu o seguinte pensamento: “Nunca nos banhamos duas vezes no mesmo rio, pois o rio não é o mesmo, e nós também não somos mais os mesmos.” O ato existencial é um perpétuo ato de incompletude e eterno fluir. Consequentemente, o ser se apresenta como um constante ser e não ser, o que é ambíguo e contraditório (CANDIDO, Cristiano, 2011). E Parmênides estabelece o princípio lógico do pensamento, mediante o raciocínio de que “o ser é, o não ser não é.” Tal princípio foi uma resposta ao pensamento instável de Heráclito e seu eterno fluir das coisas. Ele defende o monismo, ou seja, a doutrina da existência de uma realidade única, em contraposição à ideia de mobilismo de Heráclito. Segundo Parmênides, nada pode surgir do nada. Nada pode se transformar em algo diferente do que já é. Parmênides estabelece os primórdios do caráter lógico do “princípio da identidade” e de “não contradição”, estabelecendo critérios fundacionais do ser, caracterizando-o como: o ser é único, eterno, sem começo, imutável, incorruptível, infinito, indivisível e imóvel. Platão defendia o Inatismo, nascemos como princípios racionais e ideias inatas. A origem das ideias segundo Platão é dado por dois mundos que são o mundo inteligível, que é o mundo que nós, antes de nascer, passamos para ter as ideias assimiladas em nossas mentes. Aristóteles defendia o empirismo que diz que a origem das ideias surge a partir da observação de objetos para após a formulação da ideia dos mesmos. Para Aristóteles o único mundo é o sensível e que também é o inteligível. A tese formulada por Aristóteles permite essa diferença, pois as idéias não são assimiladas por todas as pessoas na mesma fonte, pois a fonte é a experiência e nem todos têm as mesmas experiências. A teoria Platônica não permite a introdução de novas idéias no mundo inteligível, já através da observação, princípio Aristotélico, a introdução de novas idéias é perfeitamente possível. A partir dessa exposição, podemos trazer como destaque as ideias de Platão e fazer uma aplicação das suas ideias nos dias de hoje. Dessa forma, esse pensamento de Platão pode nos levar a pensar o processo de educação constante da sociedade, onde temos, professores e alunos. Professores são os responsáveis por permitir com que os alunos saiam das ecrevaidão da ignorância e possam conhecer o mundo real com suas verdades. Antes da descoberta sobre o uso da razão, sabe-se que as explicações das realidades do mundo eram feitas a partir de várias situações, pode-se citar aqui a questão da mitologia e dogmatismo. Assim, vamos ter que o único meio de explicar os fenômenos era o dgmatismo em que as pessoas já possuíam certas verdades determinadas e não tinham muito interesse de questioná-las. Na metafísica encontramos ainda três distinções que resultam da elaboração da teoria aristotélica do ser: 1) essência e acidente, aquilo que faz a coisa ser o que é, 2) necessidade e contingência, é a correlata distinção entre essência e acidente, ato e potência, é a mudança e transformação. Assim, Para Aristóteles todas as coisas são formas e matéria, podendo mudar de forma e permanecer na mesma matéria. Desta forma, o movimento constitui-se em ato e potência, isto é, aquilo que as coisas são, e a potência é a possibilidade que elas podem vir a ser. Um exemplo de como o tomismo emprega a razão a serviço da fé cristã é o conjunto de argumentos, todos de cunho empírico, isto é, que se demonstram por via da experiência, que provam a existência de Deus. Eles ficaram conhecidos como as Cinco Vias que levam a Deus. São elas: Movimento, causalidade, possível e necessário, grau de perfeição e finalidade. Se voltarmos agora o olhar ao Ipsum Esse Subsistens, devemos relevar este duplo aspecto: o Ipsum Esse Subsistens subsiste; mas o “aquilo que” do ente, o sujeito do ser, o sujeito que participa do ser, é substituído pelo ser mesmo: o ser mesmo é subsistente. Sob estes dois aspectos, tomados unidamente, o ser transcendental se diferencia essencialmente do Ipsum Esse Subsistens. Santo Tomás precisa em dois modos ulteriores esta diferença do ser transcendental, seja a respeito dos entes seja a respeito do Ipsum Esse Subsistens. De uma parte, o ser transcendental não é alguma coisa fora das coisas existentes, exceto que no intelecto; ele é conhecido a partir dos entes. De outra parte, ele age como intermediário entre os entes e o Ipsum Esse Subsistens. A compreensão desta função requer o desenvolvimento da doutrina da criação. Aqui destacamos algumas afirmações: o ser é o efeito próprio de Deus em toda coisa; Deus é propriamente a causa do ser universal em toda coisa; este é o efeito da causa suprema; o ser transcendente é a primeira das coisas criadas (MOLINARO, Aniceto, 2002). REFERÊNCIAS MOLINARO, Aniceto. Metafísica: curso sistemático. São Paulo: Paulus, 2002. BERTI, Enrico. Estrutura e significado da metafísica de Aristóteles. São Paulo: Paulus, 2012. A metafísica dos pré-socráticos. Web Artigos, 2011. Disponível em: https://www.webartigos.com/artigos/a-metafisica-dos-pre-socraticos/. Acesso em: 8 de Novembro de 2022.