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Trabalho de filosofia

Metafísica
Giovana, Kamilly, Lucas Kauã, Paulo, Gustavo e Arthur
Etimologia
A palavra metafísica vem do
grego metàphysis, que significa
“além da física” ou “além da
natureza”

Enquanto a física traz análises


acerca do que é palpável e
concreto, a metafísica consiste
em o que estaria além da
natureza ou da física, sendo uma
área da filosofia que existe desde
a Grécia Antiga.
Exemplos de
questionamento:
•Deus existe? Quais são suas
características?
•Nós temos uma alma? Ela é
separada do nosso corpo? Como eles
se relacionam?
•Por que existem coisas em vez de
não existir nada?
•Qual é a relação entre o tempo e a
mudança?
•O que significa uma coisa ter uma
propriedade?
•O que faz com que uma pessoa
conserve sua identidade, mesmo que
esteja sempre mudando?
Primeiros
pensadores
Os primeiros estudos sobre essa
linha de conhecimento foram
iniciados por Aristóteles, contudo,
ele não utilizava o termo que
conhecemos hoje. Em seus
escritos aparecia o que definiu
como “filosofia primeira”, ou seja,
a essência de toda reflexão
filosófica.
Primeiros
pensadores
Para Aristóteles, tudo o que existe é efeito de
uma causa e ela é a responsável por esse algo
ser necessariamente de um jeito e não de
outro. De acordo com Aristóteles, conhecer
algo é conhecer pela causa. Dessa forma, a
explicação de algo ou o seu conhecimento
deve sempre dizer por que algo é
necessariamente de determinado modo. A
teoria das 4 causas de Aristóteles · 1. Causa
formal · 2. Causa material · 3. Causa eficiente
· 4. Causa final.
Durante a Idade Média, a metafísica buscou
compreender a natureza de Deus e sua relação
com o mundo. Podemos entender a metafísica
desse período ao analisar a reflexões dos
filósofos medievais como São Tomás de Aquino
e Santo Agostinho, expoentes da teologia cristã
que fazem a reflexão sobre Deus e a
investigação de sua provação como um ser que
se encontra para além do mundo físico e
material.

Metafísica na Idade Média


René Descartes
No período da filosofia moderna,
René Descartes terá grande
influência, com seu racionalismo bue
o conhecimento verdadeiro é
atingido através da razão. Esse
pensamento já apresenta uma noção
metafísica, demonstrando uma
reflexão que considera um âmbito
que está além do mundo fisico e
sensível, considerando as ideias
inatas como aspecto da alma.
René Descartes
Não apenas nas considerações da
relação entre corpo e alma, a
metafísica de Descartes também será
expressa em suas ideias sobre a
existência de Deus. A ideia de
perfeição, bem como a noção de
infinito, origina-se de um ser perfeito
e infinito, autor de si mesmo e de
todas as coisas, Deus, cuja existência
é demonstrada no pensamento
humano.
René Descartes
Para Descartes, a metafísica será então
também uma “filosofia primeira”, pois é
a raiz da sabedoria, tudo parte de lá.
Ele exemplifica a sabedoria como uma
árvore, na qual a raiz é a metafísica, o
tronco é a física e os galhos
representam a medicina, a mecânica e
a moral. Essa árvore seria de onde
tiramos os frutos da sabedoria.
Kant
O filósofo Immanuel Kant é destacável como
um dos principais pensadores da modernidade
por suas ideias gerarem o que conhecemos
como “revolução copernicana na filosofia”;
aludindo à mudança de paradigmas essencial
que Copérnico traz para a física com a
proposta do modelo heliocêntrico, Kant propõe
uma modificação notável para o objeto central
acerca do conhecimento, trazendo um novo
olhar sobre a metafísica.
Kant

Assim, propondo uma inversão da metodologia


predominante, Kant defende uma reflexão na
qual o objeto se oriente pela natureza do sujeito
de conhecimento, o que demonstra as questões
metafísicas como algo que está além da
capacidade humana de entendimento. O foco
das reflexões é levado para se perguntar de que
maneira é possível chegar ao entendimento
sobre as coisas, sendo primordial que haja um
entendimento da realidade antes das questões
além dela.
Kant
É com essa base de pensamento que
Kant vai dividir a realidade em nôumeno
e fenômeno, sendo nôumeno a “coisa
em si” e fenômeno a “coisa como se
apresenta para o sujeito”.
O conhecimento humano ficará
determinado pelos fenômenos, pois a
razão humana não terá condições de
genuinamente desenvolver as questões
que se referem à metafísica, já que elas
extrapolam os limites da capacidade
cognitiva do indivíduo.
Ontologia
Ontologia é o ramo da filosofia
metafísica que estuda a natureza do ser,
da existência e da própria realidade.
Há grandes discussão sobre a ontologia
ser uma área da metafísica, uma vertente
separada ou um sinônimo de metafísica
Maioria dos estudiosos da metafísica
também desenvolveram estudos da
ontologia
É possível observar uma posição diferente sobre a
metafísica vindo de pensadores empiristas; ao
entender que ela seria algo para além dos sentidos, os
empiristas se demonstram cautelosos em considerar
algo que não poderia ser comprovado empiricamente.
David Hume, o empirista mais radical do empirismo
britânico, vai rejeitar a ideia da metafísica para a
obtenção de conhecimento, colocando-a como fruto
de uma crença que, consequentemente, não poderia
ser uma forma válida para a compreensão verdadeira.

Crítica de Hume
Crítica de Comte
O filósofo francês Auguste Comte
(1798-1857), considerado o pai do
positivismo, fundamenta sua filosofia
também em oposição às concepções
metafísicas. Em seu entendimento, a
busca por princípios gerais ou
essências, entidades que estão além
do que podemos observar ou
perceber pelos órgãos dos sentidos, é
algo infrutífero.
Friedrich Nietzsche
No contexto de ponderação da metafísica
dentro da filosofia, o filósofo alemão
Friedrich Nietzsche vai pautar suas críticas à
metafísica, mais direcionadamente à
metafísica platônica e ao cristianismo. As
definições de uma realidade sensível e uma
inteligível que marcaram a história da
filosofia será vista para Nietzsche como uma
forma de procedimentos morais que julgam
a vida e tem suas raízes na metafísica
socrático-platônica, considerando a
civilização como vítima dessa interpretação
do mundo.
Friedrich
Nietzsche
Dentro desse mesmo raciocínio, sua
crítica também se estende à
moralidade cristã e à percepção do
que estaria além da realidade,
afirmando que o cristianismo nos
pede para negar a vida presente em
favor da promessa da vida por vir.
Assim, Nietzsche irá realizar o
esforço de quebrar com categorias
de dualidades presentes na
metafísica, que seriam baseadas
numa moral vivida pela humanidade
nas ideias de bem e de mal.

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