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Trabalho de filosofia

Tema: pensadores da ética


Temas específicos: Santo Agostinho e
Immanuel Kant

Nome: Carlos J. Welter nº 06, Jamilly


Felipe Tapullima n° 15

Introdução
A ética ou filosofia moral é uma
área de conhecimento que tem
como objeto de investigação as
ações humanas e seus princípios
orientadores.
Toda cultura e toda sociedade
estabelece-se baseada em valores
definidos a partir de uma
interpretação do que é o bem e o
mal, o certo e o errado.
Essas interpretações são
fundamentadas em valores morais
socialmente construídos e cabe à
ética, se dedicar ao estudo desses
valores.
O termo “ética” tem sua origem na
Grécia antiga, na palavra ethos, e
possui um duplo significado que
influenciou o sentido de ética. Por
um lado, ethos (grafado com a letra
grega eta) significa os costumes, os
hábitos, ou o lugar em que se
habita. De outro, o ethos (com
epsilon) representa o caráter, o
temperamento e a índole dos
indivíduos.
Assim, a ética é o estudo dos
princípios das ações, representado
nos costumes e hábitos sociais e
no caráter individual e coletivo.
Immanuel Kant

"Immanuel Kant escreveu algumas das


principais obras filosóficas da
Modernidade. Personalidade influente
no meio intelectual de sua cidade e
membro da Real Academia das
Ciências de Berlim, curiosamente, o
pensador nunca saiu de sua cidade
natal, Königsberg.

Kant fundou uma nova teoria do


conhecimento, chamada idealismo
transcendental, e a sua filosofia, como
um todo, fundou o criticismo, corrente
crítica do saber filosófico que visava,
como queria Kant, a delimitar os
limites do conhecimento humano.
As obras de Kant possuem uma rara
erudição, um estilo literário único e um
rigor metodológico e filosófico
inigualável. Professor da Universidade
de Königsberg por quase cinco
décadas, o docente e pesquisador
dedicou-se a escrever sobre Lógica,
Metafísica, Teoria do Conhecimento e
Ética e Filosofia moral."
Biografia

Filho de uma família chefiada por um


artesão descendente de escoceses, Kant
nasceu na cidade de Königsberg, na
Prússia Oriental, em 22 de abril de
1724. Sua família tradicional
protestante marcou a sua vida e
relação com a religião. O grande
pensador da Modernidade não se dizia
ateu, mas sempre manteve uma relação
polêmica com a religião por defender,
em seu criticismo, que somente
podemos conhecer aquilo que podemos
intuir, ou seja, aquilo que podemos ver,
ouvir, de fato experimentar.
Aos 16 anos de idade, Immanuel Kant
entrou para o curso de Teologia da
Universidade de Königsberg, onde
começou a aprofundar os seus estudos
em Filosofia, principalmente em
Leibniz. Também se interessou por
Física e Matemática, inclusive
escrevendo sobre Ciências Naturais.
Filosofia de Kant

Immanuel Kant ficou conhecido por ter


formulado o que ele denominou ser
uma “revolução copernicana na
Filosofia”. Grande leitor do
racionalista Gotfried Wilhelm Leibniz e
do empirista inglês David Hume, Kant
tratou de juntar elementos das duas
correntes que mais movimentaram a
Filosofia europeia moderna em uma
teoria criticista, sem cair em qualquer
tipo de relativismo.
O idealismo transcendental kantiano
construiu uma complexa teia de
conceitos para explicar que nem o
empirismo estava certo e nem o
racionalismo explicava plenamente o
conhecimento humano. Para Kant, o
conhecimento é obtido com base na
percepção do que ele chamou de
“coisa em si”, que é o objeto.

Esse processo dá-se pelo que o


pensador denominou intuição, e é a
racionalidade, por meio das faculdades
mentais, que proporciona ao ser
humano o conhecimento, pois a nossa
mente é capaz de relacionar conceitos
puros aos dados da percepção.
Para Kant, há a coisa em si e o
conceito transcendental, sendo a nossa
relação com esses dois elementos
estritamente pessoal e psicológica, mas
o fato de haver um conceito universal,
que serve de parâmetro, impede que a
teoria kantiana seja relativista.
No campo moral, Kant formulou uma
teoria chamada Metafísica dos
costumes, baseada no imperativo
categórico, que tenta desfazer qualquer
relativismo moral empregando forças
para descobrir as máximas ou leis
morais universais. Para Kant, existe
um dever universal baseado em leis
morais e esse dever está submetido ao
estrito cumprimento das leis morais em
qualquer situação racional. O ser
humano ou qualquer outro ser racional
deve cumprir aquilo que é estabelecido
pela lei moral.

No campo político, Kant escreveu o


livro A paz perpétua, em que ele
elabora um tratado de paz e
cooperação universal imaginário entre
os Estados. Esse tratado, de inspiração
iluminista e republicana, visava a
garantir a paz entre as nações, o
respeito aos Direitos Humanos e à
vida. A obra kantiana, publicada em
1795, influenciou fortemente a
consolidação da Organização das
Nações Unidas (ONU), mais de 150
anos depois.

Kant também escreveu um artigo


denominado “O que é
esclarecimento?” ou “O que é
Iluminismo?”. A relação estabelecida
entre iluminismo e esclarecimento dá-
se na tradução dos termos para alemão
(a palavra Aufklärung designa,
simultaneamente, esclarecimento e
iluminação) na obra de Kant.
Elaborado em estilo de resposta à
pergunta, o texto defende que o ser
humano deve sair da “menoridade”,
que seria o estado de desconhecimento
que impede o desenvolvimento
autônomo, e chegar ao conhecimento,
que seria a garantia da autonomia e do
esclarecimento.

No campo estético, Kant desenvolveu


uma complexa teoria, ligada à sua
teoria do conhecimento, denominada
estética transcendental. Essa teoria
está presente na Crítica da razão pura,
livro que trata, majoritariamente, de
epistemologia, e no livro Crítica da
faculdade do juízo, que fala
especificamente dos juízos estéticos.
Principais ideias

Criticismo: filosofia voltada para


estabelecer os limites do conhecimento
humano com base em um intenso
exercício filosófico, estabelecendo uma
crítica revisionista da Filosofia.

Idealismo transcendental: doutrina


filosófica voltada para entender como
ocorre o conhecimento humano, com
base em noções como juízo analítico,
juízo sintético e juízo estético.
Iluminismo: a indicação de uma
iluminação por meio do conhecimento
é o requisito para a formação de uma
mente autônoma.

Imperativo categórico: é a formulação


de uma lei moral, máxima da ação
ética em qualquer situação. O
imperativo kantiano pode ser
formulado da seguinte maneira: age de
tal maneira a tornar a sua ação uma lei
universal. Isso significa que a ação
deve ser universalmente correta ou
estar, em qualquer situação, em
correspondência com o dever.
Santo Agostinho
Quem é mais feliz do que aquele que
goza da verdade inconcussa, e
incomutável e excelentíssima?” As
principais ideias de Santo Agostinho
mostra que, seja pela razão, seja pela
fé, ele buscou a verdade.
Santo Agostinho nasceu em 354 d.C.
Seu local de nascimento foi a cidade de
Tagaste, no território atualmente
composto pela Argélia. O pai de
Agostinho era pagão. Sua mãe, Mônica
era cristã devota.
Como sabemos, Agostinho hoje
também é considerado santo. Mas
apesar das coisas que o levaram a esse
patamar, o início de sua vida foi
turbulento, tendo experimentado a
depravação por muitos anos.
Agostinho estudou lógica, filosofia e
retórica. Tornou-se um grande
professor de retórica, sendo
reconhecido no Império Romano. E
com base em seus estudos, buscou
vários modos de encontrar um certo
sentido as coisas. Agostinho se
aproximou do maniqueísmo, que
enxergava dois princípios opostos
morais no mundo, o qual seria dividido
entre duas coisas: o bem e o mal.
Agostinho se envolveu com uma
mulher, teve um filho com ela aos 18
anos de idade, Adeodato, e manteve um
relacionamento considerado pela
Igreja como pecaminoso por 13 anos.
Ao se separar dela, Agostinho teve
casos com outras mulheres.
Após, sofrer uma crise espiritual em
386, Agostinho vivia como um romano
pagão ao ler a vida de António do
Deserto, de Atanásio de Alexandria,
Agostinho decide se converter ao
cristianismo católico e abandonar toda
sua antiga vida de conforto e
hedonismo para servir a Deus.
Sua aproximação de um outro nome
popular de seu tempo: Santo Ambrósio,
bispo com quem sua mãe muito
conversava e a quem pedia que
conversasse com o filho para que se
convertesse.
Principais ideias

Santo Agostinho foi um dos maiores


filósofos e teólogos dos primeiros
séculos do cristianismo na antiguidade.
Foi considerado uma autoridade no
desenvolvimento do pensamento
medieval e de toda a filosofia e
teologia ocidental.
As principais ideias de Agostinho são
dividas em, a fé e a razão, a iluminação
divina, o problema do mal e o livre
arbítrio.
Para Agostinho a convicção natural é
dada por Deus para os homens, e só aí
com a ajuda da fé é possível adquirir
conhecimento da verdade.A verdadeira
filosofia, ou seja, a busca sincera pela
verdade, busca necessariamente se
aderir à ordem sobrenatural.
Ela apresentou um problema de
credibilidade da fonte. Ter fé é ter mais
conteúdos sobre os quais pensar, são
mais problemas. O homem mal
entendeu sua vida na terra e já precisa
pensar sobre o juízo final e a
eternidade.
É parte das principais ideias de Santo
Agostinho defender a forma perfeita
das coisas, porém, não a memória .
Diferente de Platão, ele explicou que a
forma perfeita de todas as coisas existe
apenas na mente de Deus.
Por isso, as almas não se recordam,
mas aprendem cada vez mais à medida
que se aproximam de Deus. E foi o que
aconteceu com ele.
Santo Agostinho escreveu em estilo
muito aprimorado em comparação ao
estilo atual. Seu pensamento é vasto e
complexo, seus escritos são temas de
estudos de inúmeros doutores que
dedicaram anos de suas vidas a
entender ao menos um pouco do que
esse grande pensador legou para o
mundo.

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