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Tentativa de síntese entre o Cristianismo e as filosofias gregas e latinas.
A filosofia continua se ocupando dos temas fundamentais (Deus, imortalidade
da alma, origem de todas as coisas, etc.), embora dentro dos limites da
revelação.
Principais vertentes:
1. Patrística
2. Escolástica
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ASPECTOS GERAIS
Correntes da filosofia medieval e
principais representantes:
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FÉ X RAZÃO – Agostinho constatou que
não poderia haver fé sem pensamento.
Com isso, reconhecia o valor da filosofia,
pois entendia que a inteligência, em vez
de eliminar a fé, possuía a virtualidade de
esclarecê-la e de clarificá-la. Portanto,
para “crer” haveria uma inerente
necessidade de se “compreender”. A
razão, contudo, estaria subordinada à fé:
credo ut intelligam.
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O MAL – Se tudo provém de Deus, que é Bem, de
onde provém o mal? O mal não tem uma
existência real, própria, mas é ausência, privação
do Bem (privatio Boni). Não há mal que seja
inerente às coisas, mas mal que se faz no uso das
coisas, porque se houvesse coisas más em si
mesmas esse mal seria substancial e para
Agostinho, herdeiro da tradição neoplatônica, o
mal não tem substância, antes é a própria
ausência de substância. A posição agostiniana
isenta Deus de qualquer responsabilidade sobre o
mal, e liquida a concepção maniqueísta – aquela
que advogava a coexistência eterna de dois
princípios substanciais opostos: o Bem e o Mal.
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TEORIA DA ILUMINAÇÃO – A doutrina agostiniana sobre a iluminação
substitui a doutrina platônica da anamnese ou reminiscência.
Para Platão, as almas humanas contemplaram as Ideias antes de
encarnar-se nos corpos, e depois se recordam delas nas experiências
concretas.
Para Agostinho, ao contrário, a suprema Verdade de Deus é uma
espécie de luz que ilumina a mente humana no ato do
conhecimento, permitindo-lhe captar as Ideias, entendidas como as
verdades eternas e inteligíveis presentes na própria mente divina. As
Ideias são os próprios pensamentos de Deus.
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