Este documento descreve o movimento místico cristão que surgiu nos séculos 14 e 15 na Europa, liderado por figuras como João Eckhart. Apresenta também outros pensadores místicos como Bernardo de Claraval e Tomás de Aquino, que buscou harmonizar a filosofia de Aristóteles com a doutrina cristã.
Este documento descreve o movimento místico cristão que surgiu nos séculos 14 e 15 na Europa, liderado por figuras como João Eckhart. Apresenta também outros pensadores místicos como Bernardo de Claraval e Tomás de Aquino, que buscou harmonizar a filosofia de Aristóteles com a doutrina cristã.
Este documento descreve o movimento místico cristão que surgiu nos séculos 14 e 15 na Europa, liderado por figuras como João Eckhart. Apresenta também outros pensadores místicos como Bernardo de Claraval e Tomás de Aquino, que buscou harmonizar a filosofia de Aristóteles com a doutrina cristã.
MISTICISMO MISTICISMO Nos séculos 14 e 15 apareceu um retorno da piedade mística. Movimento com maior característica no Reno, e difundido na Grã Bretanha, Espanha e Itália. John Eckhart, seguindo as novas tendências místicas, era um aluno aplicado que estudou na Universidade de Paris, de espírito calmo, rejeitou o emocionalismo indevido, e um ativo participante na vida prática e administrativa da Ordem Dominicana. Outros influenciadores do misticismo são: João Tauler, Henrique Suso, João Ruysbroeck e Gerard Groote. MISTICISMO
Esse movimento se espalhou promovendo uma “nova
devoção”, os seguidores levavam uma vida comum dedicada simultaneamente ao trabalho manual e ao cultivo do ser interior pelo estudo, pela meditação, pela confissão mútua de pecados e pela imitação da vida de Cristo. O misticismo não dirigia, intencionalmente, contra a igreja estabelecida, seu modo de existência era marginal à vida da igreja organizada. MISTICISMO
Eckhart foi acusado de Panteísmo e o papa João XXII
declarou alguns de seus pontos de vista heréticos. A confissão mútua de pecados tendia contra o sacramento da penitência, diziam ser possível alcançar comunhão direta com Deus, independente dos sacramentos e a hierarquia eclesiástica ou mesmo a mediação de Cristo. Com propósito de fortalecer e renovar a igreja, seu próprio sucesso em levar uma vida exemplar e geralmente alegre em meio à corrupção eclesiástica levou muitos a acreditarem que a igreja não era tão importante afinal, e MISTICISMO
que era possível levar uma boa vida cristã sem a ajuda de uma hierarquia corrupta.
Este movimento, contribui para o rompimento da igreja
no século 16, com a Reforma Protestante. Bernardo de Claraval (1090 a 1158) Nascido em Borgonha era proveniente de uma família nobre. Aos nove anos começou seus estudos na Escola MISTICISMO
Canônica de Châtillon-sur-Seine, depois, ingressou na
Abadia de Cister. Entusiasta da vida religiosa, Bernardo convenceu vários amigos e parentes a ingressarem também na vida monástica, levando consigo mais 30 candidatos para a Abadia. Foi designado para o projeto de fundação de uma casa cisterciense em Ville-sur-la-Ferté. Aonde foi nomeado abade. Era um religioso dedicado e interessado. Sua abadia cresceu satisfatoriamente e destacou-se como defensor do reformismo do clero. MISTICISMO
No final da década de 1110, foi fundada no Oriente a
Ordem dos Cavaleiros do Templo de Salomão, os Templários. Bernardo de Claraval tornou-se um defensor do ideal. Bernardo de Claraval foi responsável por fazer chegar ao papa Honório II a informação sobre o objetivo dos Templários e, com isso, buscar o reconhecimento e o apoio da Igreja Católica. Bernardo de Claraval foi responsável por fundar 72 mosteiros, havia mais de 500 abadias cistercienses e mais de 700 monges ligados a Bernardo de Claraval e influenciou na escola de dois PAPAS. MISTICISMO
Era defensor da ortodoxia, foi autor de muitas obras e
simpatizava com os resultados das investigações sociais que não se confinassem com os limites de sua ortodoxia. Perseguia aqueles que discordavam dele. Temia a abordagem filosófica dos problemas teológicos, optando por uma abordagem mística. MISTICISMO
Suas ideias são:
1. Mesmo caído no pecado, o homem retém a sua liberdade. Doutra sorte, a culpa seria inexplicável. O homem precisa consentir com a graça de Deus que lhe é estendida, e o mérito consiste na união da graça divina com a liberdade humana. 2. A verdade é percebida através da fé, e a razão é eficaz apenas para esclarecer. A razão pode ajudar-nos a desembrulhar o dom da fé, quando nos é dado. MISTICISMO
3. O conhecimento mais alto nos é outorgado através da
intuição, que resulta em alguma experiência mística. O intelecto não serve de guia na inquirição espiritual. A meditação deve ser praticada como um modus operandi, para que o indivíduo chegue à experiência espiritual. 4. Os quatro estágios do amor. a. O amor carnal, ou auto-amor; b. O amor egoista a Deus, que resulta do sofrimento; MISTICISMO
c. O amor altruista a Deus;
d. A união com Deus, que resulta no aniquilamento do auto-amor.
Escritos: On the Love of God; On Grace and Free Will; On
Contemplation; Sermons on the Song of Songs. TOMÁS DE AQUINO (1225-1274) MISTICISMO
O maior dos teólogos escolásticos
do século XIII e um dos maiores teó logos de todos os tempos, conhecido tanto por sua obra teológica quanto filosófica, Tomás, filho do conde de Aquino, nasceu em Roccasecca, perto de TOMÁS DE AQUINO TOMÁS DE AQUINO (1225-1274)
O maior dos teólogos escolásticos do século XIII e um
dos maiores teólogos de todos os tempos, conhecido tanto por sua obra teológica quanto filosófica, nasceu em Roccasecca, perto de Nápoles, Itália. Ainda jovem, ingressou nos dominicanos, enfatizavam tanto o retorno ao evangelho quanto o aprendizado acadêmico, atribuindo-se a missão de pregar e ouvir confissões. Enfrentou o problema, no século XIII, como lidar com o recentemente redescoberto ideário de Aristóteles. Algumas posições opostas ao cristianismo deveriam ser TOMÁS DE AQUINO
compreendidas, tais como a questão da eternidade do
mundo e da existência de uma só mente ou alma em todos os seres humanos. Tomás de Aquino aceitou o que considerava verdadeiro em Aristóteles e revisou de modo sistemático o que julgava ser errado ou inadequado. Para ele, uma vez que toda verdade é de Deus, ela é única. Não poderia haver, assim, em princípio, qualquer conflito entre fé e razão. Com respeito à eternidade do mundo, Tomás de Aquino argumenta que a razão não pode provar que o mundo seja eterno, mas o fato de que ele tem um começo e fim foi TOMÁS DE AQUINO
dado a conhecer pela revelação.
Sobre a questão da imortalidade pessoal, aprofunda significativamente a psicologia de Aristóteles, mostrando como o homem é uma simples substância composta de matéria e forma, mas sua forma é imaterial e, portanto, imortal. Contribuiu para modificar a antropologia tradicional no Ocidente cristão, que, em conformidade com Agostinho, tinha a tendência de ser dualista. TOMÁS DE AQUINO
Conhecidas são suas “questões discutidas”:
Sobre a verdade; Sobre o poder de Deus; Sobre o mal; Sobre criaturas espirituais; e, Sobre a alma. Escreveu: TOMÁS DE AQUINO
Comentários a respeito das obras de Boécio,
Comentários da obra de Dionísio Sobre os nomes divinos, Comentários das obras de Aristóteles, (lógica, Física, Sobre a alma, Metafísica e Ética). A Summa contra Gentiles e A Summa Theologica. Essa última, Na sua abordagem aristotélica das ciências, a parte mais elevada da filosofia incluía a teologia, considerando tal matéria como “primeiro motor”, ou causa determinante. TOMÁS DE AQUINO
Fala que há necessidade de uma teologia sagrada em
adição à dos filósofos. A teologia sagrada se baseia na revelação e torna conhecidas determinadas verdades a respeito do fim do homem que não podem ser discernidas pela razão. A teologia sagrada é uma ciência diferente de qualquer outra; porque, enquanto todas as outras estão baseadas na razão humana, ela se baseia no que Deus revela. Não é certo procurar usar a razão como base para a fé, mas é meritório tentar entender o que alguém crê. TOMÁS DE AQUINO
Deus é muito mais do que simplesmente um primeiro
motor, uma causa determinante ou eficiente, de modo que ele continua, a partir desse princípio, mostrando que Deus é único, bom, infinito, eterno e uma Trindade. Quanto à finalidade do homem, aceita a visão de filósofos antigos de que o objetivo do homem é desfrutar TOMÁS DE AQUINO
de felicidade e alegria, mas argumenta que isso poderá ser
encontrado somente no céu, com a visão de Deus pelo ser humano bem-aventurado; na vida presente, há somente alegria imperfeita, que os filósofos conseguiam captar, em grau menor ou maior. Quanto à lei, argumenta em favor de uma lei natural, que está no homem, de uma participação na lei divina e de um guia para a formação das leis feitas pelos legisladores TOMÁS DE AQUINO
humanos. O Decálogo, como dado aos israelitas, ele crê ser
uma formulação, divinamente dada, do conteúdo da lei natural. A natureza é de Deus e, portanto, boa, mas, por causa do pecado, a ajuda divina é necessária, a fim de ser reconquistado o bem da natureza e se retornar a Deus. SOLI DEO GLORIA