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1
Ele
acreditava
que
a
realidade
é
constituída
por
duas
esferas
distintas
e
autônomas.
De
um
lado
existe
o
reino
da
atividade
sobrenatural
e
graciosa
de
Deus,
ao
qual
pertencem
a
revelação
especial,
a
fé
e
a
salvação.
Ele
chamava
isso
de
reino
superior.
Do
outro
lado
há
um
reino
natural
e
um
conhecimento
natural.
Esse
conhecimento,
inclusive
o
conhecimento
de
certas
coisas
concernentes
a
Deus,
é
obtido
por
meio
da
observação
e
da
reflexão.
Esse
reino
natural
Aquino
chamava
de
reino
inferior.
Segundo
Tomás
de
Aquino,
até
mesmo
um
não-‐cristão
como
Aristóteles,
pode,
por
meio
da
razão,
ter
um
conhecimento
genuíno,
ainda
que
parcial,
de
certos
aspectos
de
Deus,
como,
por
exemplo,
sua
existência
e
atributos.
Ele
acreditava
que
o
ser
humano
tem
a
capacidade
natural
de
conhecer
muitas
coisas
sem
uma
revelação
divina
especial,
mesmo
que
tais
revelações
divinas
aconteçam
esporadicamente
ao
longo
da
história
da
humanidade.
Sendo
assim,
ele
encontrou
na
filosofia
de
Aristóteles
o
que
havia
de
mais
elevado
no
reino
inferior
da
razão
e
ele
tomou
do
aristotelismo
cinco
maneiras
de
demonstrar
racionalmente
a
existência
de
Deus.
Sua
premissa
básica
é
que
o
mundo
reflete
a
imagem
do
seu
criador.
Com
essa
linha
de
pensamento
ele
se
propôs
a
demonstrar,
por
meio
do
uso
da
razão,
a
natureza
e
os
atributos
de
Deus.
A
conclusão
que
ele
chegou
foi
que
Deus
é
imutável,
impassível,
totalmente
diferente
de
qualquer
ser
finito
e
criado.
Alguns
chamam
isso
de
teísmo
cristão
clássico.
O
problema
é
que
esse
Deus
apresentado
por
Tomás
de
Aquino
não
parece
ser
o
Deus
pessoal,
relacional
e
dotado
de
sentimentos,
mas
sim
um
Deus
estático,
indiferente
e
bastante
diferente
do
Deus
retratado
na
bíblia,
que
é
pessoal
e
que
se
envolve
com
o
mundo
em
que
vivemos,
inclusive
emocionalmente.
Um
dos
resultados
da
grande
ênfase
que
Aquino
deu
na
capacidade
do
ser
humano
de
chegar
a
verdades
teológicas
através
da
razão
e
do
raciocínio
lógico,
foi
dar
uma
posição
de
destaque
para
o
ser
humano
e,
particularmente,
para
a
importância
do
indivíduo,
e
isso
foi
aumentando
paulatinamente.
Se
a
queda
não
havia
afetado
o
nosso
intelecto,
mas
continuava
refletindo
a
imagem
de
Deus,
então
as
conclusões
obtidas
pelo
ser
humano
(reino
inferior)
no
que
tange
a
questões
espirituais,
são
tão
válidas
quanto
aquelas
conclusões
recebidas
diretamente
de
Deus
por
meio
da
palavra
e
do
Verbo
encarnado
(reino
superior).
2
Em
outras
palavras,
dentro
do
pensamento
de
Aquino,
o
indivíduo
passou
a
ter
um
lugar
bastante
central.
O
pensamento
de
Tomás
de
Aquino
e
de
outros
teólogos/filósofos
da
mesma
época,
lançou
as
bases
para
o
fortalecimento
do
humanismo
e
do
movimento
renascentista
que
estava
surgindo.
À
medida
que
essas
ideias
tomavam
força,
houve
uma
distorção
crescente
dos
ensinamentos
da
Bíblia.
A
autoridade
da
igreja
foi,
pouco
a
pouco,
tomando
precedência
sobre
a
autoridade
da
Bíblia.
A
Renascença
reafirmou
as
distorções,
mas
haveria
uma
reação
contra
isso
com
Wycliffe
(1320
–
1384),
que
declarou
que
a
Bíblia
tinha
a
autoridade
suprema,
e
produziu
sua
tradução
da
Bíblia
para
o
inglês,
levantando
uma
voz
que
teve
influência
em
toda
a
Europa.
Na
mesma
época
John
Huss
(1369
–
1415)
foi
influenciado
por
Wycliffe
e
falou
da
Bíblia
como
única
autoridade
e
insistiu
que
o
homem
tinha
que
se
voltar
para
Deus
e
para
a
salvação
através
de
Cristo
somente.
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