Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Teologia
Sistemática
Pré-aula
Apresentação do módulo
+ bibliografia;
Conteúdo programático
Aula 01: Breve história da sistematização da teologia
cristã;
Aula 02: A possibilidade da Teologia: a morte (e a
ressurreição) de Deus;
Aula 03: A possibilidade do Sistema: um diálogo com
a filosofia reformacional;
Aula 04: Abordagens contemporâneas: Vanhoozer e
Kärkkäinen;
Aula 05: Teologia Sistemática e as outras áreas da
teologia.
3
Ementa
Introdução aos estudos da Teologia Sistemática. O módulo
enfatiza a história da sistematização das doutrinas cristãs, seus
problemas e desafios contemporâneos, bem como a relação da
Teologia Sistemática com as outras áreas da Teologia.
OBJETIVO
> Apresentar aos alunos o status quaestionis do
desenvolvimento da Teologia Sistemática.
> Abordar os desafios contemporâneos concernentes ao
conhecimento de Deus e às possibilidades da teologia e sua
sistematização.
> Apresentar abordagens contemporâneas à Teologia
Sistemática
> Relacionar a Teologia Sistemática com as demais áreas da
Teologia
4
Bibliografia
Bibliografia básica:
5
Bibliografia Complementar
Horton, Michael. The Christian Faith: A Systematic Theology for
Pilgrims on the Way. Grand Rapids, MI: Zondervan, 2011.
Frame, John. Systematic Theology: An Introduction to Christian
Belief. Phillipsburg, NJ: P&R Publishing, 2013
Bavinck, Herman (1895–1901). Gereformeerde Dogmatiek (in
Dutch). 4 volumes. Kampen: J.H. Bos. English translation: Bolt,
John, ed. Reformed Dogmatics. 4 volumes. Translated by John
Vriend. Grand Rapids, MI: Baker Book House, 2008.
Vos, Geerhardus. Gereformeerde Dogmatiek (in Dutch). 5
volumes. Grand Rapids, MI. 1896. English translation: Gaffin,
Richard B., ed. Reformed Dogmatics. 5 volumes. Translated by
Richard B. Gaffin Jr. Bellingham, WA: Lexham, 2012-2016.
Migliore, Daniel L. (2004). Faith Seeking Understanding. Grand
Rapids, MI: Wm. B. Eerdmans, 2004.
6
Aula 01
Breve história da
sistematização da
teologia cristã
δόγμα e δόξα
> Não é uma construção teológica de um
erudito piedoso (como afirma Friedrich August
Kahnis)
8
Método e organização da Teologia
> Clemente de Alexandria ou Tito Flávio Clemente
(Atenas (?), c. 150 - Palestina, 215)
9
Método e organização da Teologia
> Firmianus Lactantius; ca. 240 — ca. 320), conselheiro
de Constantino: Institutas Divinas)
10
Método e organização da Teologia
> Boaventura (1217-1274): Breviloquium;
11
Método e organização da Teologia
> William Ames (1576-1633):Medulla
Theologiae
> Wilhelmus à Brakel (1635-1711): The
Christian’s Reasonable Service
> François Turretin (1623-1687):Compêndio de
teologia apologética
> Friedrich Schleiermacher (1768-1834): The
christian faith
> Herman Bavinck (1854-1921) Dogmática
reformada.
12
Método e organização da Teologia
> Karl Barth (1886-1968): Church Domatics
> Wolfhart Pannenberg (1928-2014): Teologia
Sistemática
> Paul Tillich (1886-1965): T.S.]
> Franklin Ferreira e Allan Myat: T.S.
> Veli-Matti Kärkkäinen (1958-): A Constructive
Christian Theology for the Pluralistic
World (Eerdmans; 5 Volumes)
> Michael Bird: Evangelical theology (2020, 2ed.)
13
Método e organização da Teologia
> Berkhof, Vos, Finney, Hodge, Gruden, Erickson,
Stanley Horton, Mcgrath, Culver, Beeke,
Augutus Strong, Lewis Chafer, Geisler.
14
Aula 02
A possibilidade da
Teologia: a morte (e a
ressurreição) de Deus
I. O significado e o absurdo
de falarmos em “morte de
Deus”
1. Introdução
> Pascal, pensamentos, 695: “O grande Pan está
morto”, citando Plutarco, De defectu
oraculorum, 171-181.
18
1. Introdução
> A declaração alemã “todos os deuses devem
morrer”, que Nietzsche concorda, afirmando
ser a tarefa mais nobre do homem, possui
uma relação apenas biográfica com quem a
assume
20
1. Introdução
> É impossível pensar a morte de Deus sem a teologia cristã. A
morte de Deus trás tanto a metafísica quanto a fé cristã a seu
fim. Ou ambas estão eternamente unidas ou separadas e
independentes (Eberhad Jungel)
21
II. Onde está Deus?
A questão bíblica e
a questão moderna.
1. Introdução
> Antigamente Deus era a questão central da filosofia
metafísica.
23
A questão bíblica
> Diz o louco (esperto) (Salmo 14.1; 53.1); não era uma questão
ateia, mas sim de qual deus era o verdadeiro.
24
A questão bíblica.
> Sl 115.1-3;
> Não a nós, SENHOR, não a nós, mas ao teu nome dá glória,
por amor da tua benignidade e da tua verdade. 2 Porque dirão
os gentios: Onde está o seu Deus? 3 Mas o nosso Deus está
nos céus; fez tudo o que lhe agradou.
25
A questão moderna
> A demanda por certeza absoluta do cartesianismo, iluminismo
e positivismo mudou o paradigma da questão sobre onde está
Deus (ateísmo, deus não existe);
26
A questão moderna
> Jean Paul (1763 —1825), pseudônimo de Johann Paul
Friedrich Richter: "Pai, onde estás? ... Ó Pai! Pai! Onde está o
teu peito ilimitado, para que eu descanse sobre ele?" “A
morte de Cristo proclama que Deus não existe" - deve ser lido
como um prelúdio para o século XX (Jean Paul (Johann Paul
Friedrich Richter), Flower, Fruit, and Thorn Pieces; or the
Wedded Life, Death, and Marriage ofFirmian Stanislaus
Siebenkaes, tr. A. Ewing (London: George Bell & Sons, 1892),
bk. H, ch. VII, "The dead Christ proclaims that there is no
God," pp. 263f).
27
III. O retorno da
morte de Deus:
Bonhoeffer e a
teologia;
Bonhoeffer na prisão, usa o conceito de morte de Deus
para repensar e dialogar com o ateísmo e a fé cristã.
Bonhoeffer vai a fundo à origem do problema moderno. A modernidade
avançou rumo à autonomia do homem e do mundo em relação a Deus.
Herbert de Cherbury (1583-1648): a razão é suficiente para o conhecimento
religioso;
Montaigne e Bodin: na moralidade, substituíram os mandamentos por regras da
vida;
Maquiavel: na política, separou-a da moralidade geral, criando a razão de
Estado;
H. Grotius: as leis naturais para as nações são válidas “mesmo se Deus não
existisse”;
Descartes: deísmo – mundo como mecanismo independente de Deus;
Espinoza: panteísmo – Deus é a natureza;
Kant era deísta e Fichte e Hegel panteísta;
Dietrich Bonhoeffer, Letters and Papers from Prison, ed. E. Bethge, tr. R. H. Fuller
(New York: Macmillan, 1972), p. 359.
O Status quo é explicado pelo status quo ante: o mundo escolheu viver sem Deus.
29
Reflexão cristológica: Diante de Deus e com Deus nós
vivemos sem Deus.
30
IV. O ateísmo
metodológico.
1. A metodologia de Heidegger
32
2. Os teólogos da “morte de Deus”
33
2. Os teólogos da “morte de Deus”
> Jean-Luc Marion sugeriu: "Deus é, existe, e
isso é o menor dos problemas. O que está em
questão aqui não é a possibilidade de Deus
alcançar o Ser, mas, pelo contrário, a
possibilidade do ser alcançar Deus."
34
2. Os teólogos da “morte de Deus”
35
2. Os teólogos da “morte de Deus”
36
3. O Heidegger católico
> Será que a ideia de uma filosofia livre da fé não é uma
ideia tomista? O Dr. Angelical não ensinava que a
filosofia era do domínio da razão humana natural e que
a fé era do domínio da teologia?
38
4. Desmitologizando Heidegger
> Será que a filosofia é tão pura assim?
> Heidegger não insistia na função dos pressupostos na
filosofia?
> Essa separação da fé do Dasein não é semelhante à
redução a um ego lógico transcendental, o animal que
Heidegger declarou ser mítico?
> Somos in-der-Weltsein, como seres corporificados,
históricos e situados. Estamos aqui (Da), agora, e essa
é uma condição para eu saber alguma coisa. Não
podemos sair da nossa pele ou transcender nossa
finitude.
39
Parte IV: Sobre a
possibilidade de se falar
sobre Deus.
1. Teologia é falar sobre Deus.
> Essa fala é muito variada até mesmo na Bíblia.
41
2. Pensamento, fala e revelação
> A revelação antecede o nosso pensar e falar
> A revelação pode ser compreendida nos pensamentos
apenas na medida em que esses pensamentos se
referem constantemente a algo que deve ser pensado
novamente. Deus pode ser pensado apenas como algo
constantemente a ser pensado de novo
Eberhard Jüngel: God as the Mystery of the World. On the
Foundation of the Theology of the Crucified One in the
Dispute Between Theism and Atheism. Trad. Darrel Guder.
Edinburgh, T. & T. Clark, 1983. P. 227.
42
2. Pensamento, fala e revelação
> Romanos 12.2: Não se amoldem ao padrão
deste mundo, mas transformem-se pela
renovação da sua mente, para que sejam
capazes de experimentar e comprovar a boa,
agradável e perfeita vontade de Deus.
43
3. O pensamento, quando quer pensar Deus,
sempre pensa “após” a fé.
44
4. Justificação e a via catafática
> “Podemos falar apenas aquilo que Deus não
“é” é autocontraditório. A Justificação pela fé,
como ato declarativo-judicial de Deus, faz com
que nós o conheçamos (Rm. 5.1), e tenhamos
um relacionamento positivo com Ele.
45
Conclusão: a morte do autor e a morte de Deus
46
Aula 03
A possibilidade do
Sistema: um diálogo com
a filosofia reformacional
I. A demanda de Fichte:
“não devemos sequer
pensar sobre Deus”.
Texto: Ex. 20.1-6
1. A certeza de Fichte
> Não devemos pensar sobre Deus porque
“isso é impossível”. A certeza dele aqui é
exatamente a existência de Deus como Ser
supremo de acordo com a metafísica.
49
1. A certeza de Fichte
> Após uma controversa ateísta em Jena, Fichte disse,
em uma palestra em Berlin: Somente o Metafísico, e
não o Histórico, pode nos dar a bem-aventurança. J. G.
Fichte, The Way Towards the Blessed Life; or, The
Doctrine of Religion, tr. W. Smith, in The Popular
Works of Johann Gottlieb Fichte (London: Triibner &
Company, 1889), p. 392.
50
2. Kant
> No prefácio da 2º edição da crítica da razão
pura, Kant afirma que sua obra nos adverte a
não usarmos a razão especulativa além dos
limites da experiência. Portanto ele precisava
abolir o conhecimento para dar lugar à fé
(p.18).
51
2. Kant
> Esse conhecimento é a cognição e não o
pensamento. Podemos pensar o que quiser,
mas a cognição (conhecer) demanda provar
sua possibilidade e existência por meio da
experiência, ou a priori, por meio da razão;
52
2. Kant
O conceito básico da unidade sintética da percepção
transcendental produziu certa ambivalência no que diz respeito
ao significado do "eu penso", uma ambivalência que nos obriga a
perguntar se o conceito de pensamento de Kant não está de fato
vinculado ao seu conceito de intuição em tais de uma maneira
que é impossível para o "eu penso" pensar qualquer coisa
independente do que é dado pela intuição. A necessidade
prática de pensar em Deus não pode ser realizada sem, pelo
menos, pensar Deus em analogia às representações
acompanhadas pelo "eu penso" - mesmo que Deus, como
legislador moral, não se enquadre nas condições da
sensualidade.
> Para Fichte, pensar é fazer mortal, é trazer sob as condições
do tempo e do espaço.
53
3. O esquema
> Para Fichte, todo nosso pensamento é
esquematizador, i.e., construtor e limitante. Existem
dois tipos de esquema: O Ato (puro, autônomo,
fundado em si mesmo) e matéria estendida. O
tempo é o mediador entre ambos.
> Deus seria esse puro Ato. Deus é para ser pensado
como ordem de ocorrências, através do
pensamento puro. Isso não seria pensar Deus
propriamente, mas apenas um esquema de Deus.
54
3. O esquema
> Deus e o homem são atos puros e se
encontram apenas na atividade. Essa atividade
é diferente da esquematização que vimos.
55
4. Dois Pressupostos
> O pensamento é sempre mortal e limitante;
> Deus é infinito e impossível de se limitar.
(finitum non capax infiniti)
> Pensar em Deus e dizer que ele existe é
quebrar o segundo mandamento.
> Por isso ele cria na primitiva declaração alemã:
todos os deuses devem morrer.
56
II: A asserção de
Feuerbach: “somente
quando nosso
pensamento é Deus é
que nós pensamos”.
Texto: Ex. 20.1-3
1. Introdução
> Enquanto a frase de Fichte foi dita apenas de passagem,
a de Feuerbach foi “rigorosamente dita”.
> Essa frase carrega sua interpretação da essência do
cristianismo: O mistério contido na palavra "Deus" deve
beneficiar o homem de tal maneira que tudo o que está
implícito na palavra "Deus" deve ser afirmado pelo
homem. A proposição pertence ao contexto de uma
exposição crítica do conceito metafísico tradicional de
Deus.
> A relação entre Deus e o homem é apenas uma divisão
dentro do próprio homem. O homem, com essa
dicotomia, pode ter o mérito de ser chamado de divino.
58
2. Deus é a essência do entendimento e
é a essência moral, i.e., lei.
59
2. Deus é a essência do entendimento e
é a essência moral, i.e., lei.
60
3. A declaração
> A declaração “somente quando nosso
pensamento é Deus é que nós realmente
pensamos, rigorosamente falando” é
entendida no contexto de que Deus “é o ser
sobre o qual nada maior pode ser pensado”.
61
3. A declaração
> Somente com a doutrina da encarnação de Cristo
podemos entender Deus. Deus se torna a essência do
nosso coração, uma divindade humana. Ainda sim,
paradoxalmente, deus é o oposto do ser humano, o
outro extremo.
62
4. Dois pressupostos
> 1. Deus é aquele que nada maior pode ser
pensado;
63
4. Dois pressupostos
> O ego é o limite do pensamento. Deus é esse
limite (portanto). O ego, quando quer se
magnificar, pensa Deus. Deus é o conceito
limite criado pelo próprio pensamento (ratio
creatrix divinitatis).
64
III: A questão de
Nietzche: “você pode
conceber Deus?”.
Texto: Ex. 20.7
> Zaratustra pergunta: você poderia conceber
Deus? É paralelo a: “você poderia criar um
deus? Ambas assumem que deus é uma
conjectura. Essas objeções são feitas contra
essa conjectura, mas o homem
necessariamente deve conjecturar. Mas essas
conjecturas precisam ter significado. Deus,
como a conjectura irrestrita, bloqueia as
conjecturas humanas, mas como?
66
1. Quando falamos de Deus olhamos para o oceano como
metáfora do infinito; a antítese máxima da finitude.
67
1. Quando falamos de Deus olhamos para o oceano como
metáfora do infinito; a antítese máxima da finitude.
68
2. Pressupõe e se põe a definição anselmiana sobre
Deus e o cogito de Descartes.
69
3. Você poderia conceber um Deus?"
70
3. Você poderia conceber um Deus?"
71
Wittgenstein e o
mistério de Deus.
73
A filosofia de Herman Dooyeweerd
Os aspectos da realidade:
74
A filosofia de Herman Dooyeweerd
75
A filosofia de Herman Dooyeweerd
76
A filosofia de Herman Dooyeweerd
77
A filosofia de Herman Dooyeweerd
78
A filosofia de Herman Dooyeweerd
O aspecto da fé e o da lógica.
79
Resumo das possibilidades sobre Deus
> (a) É possível permanecer calado sobre Deus e, nesse silêncio, afirmá-
lo, uma vez que ele é totalmente impensável e, portanto, indizível.
> (b) É possível falar de Deus como aquele que é totalmente impensável
e, portanto, indizível, e assim, falar para negá-lo. Esta é
principalmente a maneira pela qual o ateísmo responde à pergunta de
Deus.
> (c) É possível permanecer calado sobre Deus como alguém que é
totalmente impensável e, portanto, indizível, e permanecer calado
para negá-lo.
> (d) É possível falar de Deus como alguém que não é impensável em
todos os aspectos e, portanto, é de alguma maneira falável, e assim
falar para afirmá-lo
> A crítica teológica: só pensamos e falamos sobre Deus após ele ter
falado. (verdadeiros e falsos profetas).
80
Aula 04
Abordagens
contemporâneas:
Vanhoozer e Kärkkäinen
Vanhoozer e a Teologia primeira
> O que vem primeiro: a doutrina de Deus ou
das Escrituras?
82
A filosofia primeira: dos pré socráticos à
modernidade
83
A filosofia primeira: dos pré socráticos à pós
modernidade;
84
A Teologia primeira
> Pensar em Deus sem as Escrituras: o sensus divinitatis.
85
Vanhoozer e a Teoria dos Atos de Fala
A teoria dos Atos de fala.
Wittgenstein, On Certanty:
86
Vanhoozer e a Teoria dos Atos de Fala
A teoria dos atos de fala, em linguística e filosofia da
linguagem, é o nome dado ao projeto filosófico de John
Langshaw Austin, que concebe a linguagem como
ação.Austin faz parte da escola de filosofia analítica de
Oxford, cuja fundação é atribuída a Gilbert Ryle. O fator
que caracteriza os filósofos desta escola é a análise
minuciosa da linguagem, na verdade da linguagem
ordinária.
87
Vanhoozer e a Teoria dos Atos de Fala
1. ato locutório: corresponde ao ato de pronunciar um enunciado.
2. ato ilocutório: corresponde ao ato que o locutor realiza quando
pronuncia um enunciado em certas condições comunicativas e com
certas intenções, tais como ordenar, avisar, criticar, perguntar, convidar,
ameaçar, etc. Assim, num ato ilocutório, a intenção comunicativa de
execução vem associada ao significado de determinado enunciado.
3. ato perlocutório: corresponde aos efeitos que um dado ato ilocutório
produz no alocutário. Verbos como convencer, persuadir ou assustar
ocorrem neste tipo de atos de fala, pois informam-nos do efeito causado
no alocutário.
88
Vanhoozer e a Teoria dos Atos de Fala
Três exemplos:
1. Trindade:
Autor: agente intencional + texto: ato comunicativo
intencional + leitor responsável.
Pai, Filho e Espírito: Autor – Palavra – Intérprete
2. Chamado eficaz
89
Vanhoozer e o Teodrama
As dimensões da teologia:
90
Vanhoozer e o Teodrama
Crítica ao fundacionalismo (p. 308):
91
Aula 05
Teologia Sistemática e as
outras áreas da teologia
Tomando café com as comadres
1. Teologia Sistemática e Teologia bíblica
2. Teologia Sistemática e Teologia histórica
3. Teologia Sistemática, teologia prática e
apologética
4. Teologia Sistemática e teologia das religiões
5. Teologia Sistemática e a filosofia.
93
Estudo de caso: Provérbios
> Charles Hodge e Herman Bavinck, que
compartilham convicção teológica e tamanho
(obras de 3-4 volumes):
94
Estudo de caso I
Robert Sherman descreve a exegese de Karl Barth do
livro de Jó e o localiza dentro do sistema teológico mais
amplo de Barth (Sherman, Robert J. 2000. “Reclaiming a
Theological Reading of the Bible: Barth’s Interpretation
of Job As a Case Study.” International Journal of
Systematic Theology 2/2: 175–88.).
95
Provérbios 8. 22-31
Teólogos quase uniformemente usam Provérbios 8:
22-31 para argumentar a favor da distinção dentro
da unidade entre o Pai e o Filho, a eternidade desse
relacionamento e a identidade de Cristo como
Sabedoria
(à Brakel: 1:160–61; Bavinck: 2:261, 421, 423;
Berkhof: 86; Bray: 167; Calvin: 13.7; Frame: 111, 323,
435; Gill: 1.xxiv.1; Grenz: 393; Grudem: 229; Härle:
335, 402; Hodge: 1:505; Johnson: 125; Kraus: 72,
409; Moule: 71; Strong: 309, 341, 378, 380;
Thiessen: 287; Turretin: 1:292–95, 287; 2:178, 344).
96
Provérbios 8. 22-31
> Uso no debate ariano (Bavinck: 2:290, 310; Berkouwer
1954: 61; Calvin: 14.8; Erickson: 696; Grudem: 243;
Hodge: 1:396–97).
> Uso na doutrina da criação: (Mason: 78; Frame: 192;
Bavinck: 2:418, 426; Fitzwater: 245; Garrett: 345; Gill
1767: 3.i.3; Turretin: 1:437; Oden: 1:245; Barth: 3.i.52;
van Oosterzee: 262; Dorner: 296).
> Uso na doutrina dos decretos, revelação (geral e
especial) e atributos de Deus (Bavinck: 1:318, 314;
2:372, 421; Gill 1767: 1.xix.3; 2.i.2; 2.iv; Thiessen: 152;
Turretin: 1:431, 540; Frame:180; Johnson: 61; Kraus: 98,
209; Berkhof: 69; Berkouwer 1952: 205; Barth: 3.i.145;
Thielicke: 1:195; Pope: 125, 146).
97
Pv. 8 no judaísmo Colossenses 1.15-20
Sabedoria/Palavra é a imagem Cristo é a imagem de Deus
de Deus. (v.15a)
Provérbios 8 no judaísmo e em
Wis 7:25–26; Philo, Alleg. Interp. 1.43,
2.4, 3.96; Confusion 97, 146–47;
Colossenses
Creation 25, 31, 146; Planting 19–20; Flight 12–
13, 101; Names 223; Dreams 1.239, 2.45; Moses
1.66; Spec. Laws 1.81, 1.171, 3.83, 3.207; Heir
231; QG 2.62.
99
Pv. 8 no judaísmo Colossenses 1.15-20
Sabedoria é a “cabeça”. Cristo é o cabeça da igreja, que
é seu corpo (v.18a).
Provérbios 8 no judaísmo e em
O κεφάλαιον de Áquila em Pv. 8:22 (140
d.C); Ver Midr. Rabbah Song of Songs
Colossenses
5.11, §1; Midr. Rabbah Leviticus 19.1 (a
evidência é posterior ao primeiro século,
mas sua tradição remonta aos tempos de
Paulo).
Análise e conclusão.
101