MONASTICISMO Movimento Monástico é considerado como fundador Antão (251-356). Ocorreu devido a cristianização do império. A conversão dos imperadores ao cristianismo e a facilidade de tornar-se cristão não eram considerados uma bênção para alguns cristãos. Retiraram-se para o deserto, onde se dedicaram à vida monástica. Isso aconteceu de tal forma que o século IV foi marcado por um grande êxodo de cristãos para os desertos do Egito e da Síria. Essas pessoas passaram a ser conhecidas como anacoretas ou eremitas. A primeira etapa do monasticismo foi caracterizada com o desejo de alguns homens e mulheres de levar uma vida solitária com o objetivo de amar mais a Deus. Isso MONASTICISMO
seria alcançado com o afastamento do mundo e a renúncia
aos bens, dando-os aos pobres. Desejavam também imitar a Cristo na simplicidade da vida, na pobreza, no celibato e na obediência. As motivações por trás desse movimento eram a iminência da segunda vinda de Cristo e o desejo de uma vida tão perfeita quanto possível. O estilo de vida daqueles que se retiravam para o mosteiro era centrado na oração, na contemplação, na santidade pessoal, no trabalho para o autossustento e na MONASTICISMO
ajuda àqueles que viviam na pobreza. Algumas das
principais contribuições do movimento monástico para a cristandade podem ser destacadas: os mosteiros preservaram muitos dos livros antigos, pois apenas ali se faziam cópias de manuscritos; a educação foi preservada nos mosteiros, tornando-se os centros de erudição e cultura da época; além disso, os monges foram grandes teólogos e serviram à igreja como missionários. Eusébio de Cesareia, viam nas novas circunstâncias o cumprimento do plano de Deus, mas outros se entristeciam profundamente com o triste estado a que a MONASTICISMO
igreja cristã parecia ter chegado. A porta estreita de que
Jesus tinha falado se tomara tão larga que uma multidão se apressava em passar por ela — muitos em busca de posições e privilégios, sem ter ideia do batismo ou da fé cristã. Os bispos competiam pelas posições de mais prestígio. Os ricos e os poderosos pareciam dominar a vida da igreja. O joio crescia junto com o trigo e ameaçava sufocá-lo. AS ORIGENS DO MONASTICISMO Já antes dos tempos de Constantino, houve cristãos que, por diversas razões, sentiam-se chamados para um MONASTICISMO
estilo de vida diferente. “Viúvas e virgens” decidiam não se
casar, para dedicar todo seu tempo e suas forças ao trabalho da igreja. Orígenes, levado pelo ideal platônico do homem sábio, organizou sua vida de maneira muito semelhante à dos monges posteriores. Eusébio de Cesareia seguiu a “vida filosófica” de Orígenes. Outro fator que contribui para o monasticismo são as doutrinas gnósticas terem sido rejeitadas pela igreja, seu impacto continuou se fazendo sentir na opinião de muitos MONASTICISMO
que pensavam que de um ou outro modo o corpo se
opunha à vida plena do espírito, razão pela qual era necessário sujeitá-lo e até castigá-lo. A vida dos monges era extremamente simples. Cultivavam hortas, mas a maioria se sustentava tecendo cestas e esteiras, que vendiam em troca de um pouco de MONASTICISMO
pão e azeite. Sua dieta da maioria dos monges consistia em
pão e, às vezes, frutas, legumes e azeite. Suas posses não excediam a vestimenta necessária e uma esteira para dormir. A maior parte deles via com maus olhos a posse de livros, pois isso podia alimentar o orgulho. Uns ensinavam aos outros de memória livros inteiros das Escrituras./ SOLI DEO GLORIA