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FICHA TÉCNICA

Grupo de pesquisa ”Amigos do Patrimônio" / DCCA/ CT / UFPI


Coordenação editorial: Prof. Dra. Alcilía Afonso (Kaki). DCCA/ CT / UFPI
Coordenação da coleta de dados: Michele de Moraes. DCCA / CT / UFPI
Criação da capa / vinhefas: Roosevelt Cavalcanti. DCCA / CT/ UFPI
Diagramação e arte final: Lídia Moura Fé. Gráfica / UFPI
Revisão: Samara Veloso

Alunos /Arquitetos colaboradores:


Ana Negreiros, Andreza Diniz, Antônio Luis (Maloca), Bruno Andrade, Cezar Marco,
Claúdia Evangelista, Danielle Dantas, Elayne Macedo, Emanuel Castelo Branco,
Felippe Fabrício, Fernanda Leitão, lago Tavares, Jéssica Gualter, Jorge Oliveira,
José Hamilton, Juliana Silva, Juliana Soares, Júlio Afonso, Laerte Reis, Laila Cadah,
Letícia Gomes, Lívia Macêdo, Manuela Castro,- Mariely Ibiapina, Michele de Moraes,
Neuza Melo, Nestor de Castro, Raphael Prado, Roosevelt Cavalcanti, Samara Veloso,
Suellen Martins, Valério Araúio, Vennicius Emanuel

Impressão e acabamento: Gráfica da UFPI


UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

Reitor
Prof. Dr. Luiz Sousa Santos Júnior

Vice-Reitor
Edwar Alencar Castelo Branco

CONSELHO EDITORIAL
Prot. Dr. Ricardo Alaggio Ribeiro (Presidente)
Des. Tomaz Gomes Campelo
Profª. Drª. Teresinha de Jesus Mesquita Queiroz
Prof. Dr. José Renato de Sousa
Prof. Manoel Paulo Nunes
Protº. Iracildes Maria Moura Fé Lima
Protº. Vônia Soares Barbosa
Prol. Dr. João Renôr Ferreira de Carvalho

FICHA CATALOGRÁFICA
Serviço de Processamento Técnica da Universidade Federal do Piauí
Biblioteca Comunitaria Jornalista Carlos Castello Branco

A772 Arquitetura piauiense / coordenação, Alcília Afonso,


Michele de Moraes. - Teresina EDUFPI, 2009.
:

iOSp.:il.

ISBN: 978—85-7463—269-8

1. Arquitetura Piauí. 2. Patrimônio Arquitetônico.


3. Arquitetura Brasileira. !. Afonso, Alcília. Il. Moraes,


Michele de
CDD 720.981 22
Um resgate.

A idéia deste livro/caderno de desenhos e a de resgatar a produção arquitetônica


piauiense através de desenhos, esboços e croquis realizados por alunos e ex—alunos da disciplina
arquitetura brasileira 2, do curso de Arquitetura e Urbanismo do Departamento de Construção Civil e
Arquitetura do Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Piauí (DCCA/ CT/ UFPI) e que
formam parte de um grupo de pesquisa intitulado ”Amigos do patrimônio”.
O grupo de pesquisa tem como objetivo investigar, inventariar, analisar e difundir o
patrimônio arquitetônico piauiense, desenvolvendo como extensão, a produção de postais, ilustradas
com desenhos a mão e textos; a realização de exposições e palestras didáticas na area enfocada,
buscando sensibilizar a comunidade no sentido de (re)conhecer seu acervo, valoriza—lo e assim, o
preservar.
Em um primeiro momento, foi realizada a série ”Arquitetura em Teresina: 1852—2007"
que teve uma tiragem de mil exemplares, e que rapidamente se esgotou, havendo sido distribuído em
escolas, universidades e congressos nacionais. No ano de 2008, foi feita uma nova tiragem, com
mais mil exemplares, da mesma série, que também realizou um trabalho de educação patrimonial,
divulgando o acervo arquitetônico teresinense.
Ainda neste mesmo ano de 2008, foi produzida duas novas séries: ”Arquitetura
Piauiense” e ”Perfis Urbanos" corn a tiragem de mil exemplares por série, editados também, como
todos os outros, pela Editora Gráfica da UFPI que procuraram ampliar o campo das pesquisas
realizadas, trabalhando com vários municípios possuidores de acervo histórico/ arquitetônico.
Em 2009, a proposta é condensar estas séries passadas em um volume único acrescido
da produção ainda inédita da região norte piauiense, permitindo assim, que o investigador/ aluno/
professor possuam em mãos, um rico material grótico que possa colaborar em suas investigações
futuras mais profundas, referentes a arquitetura piauiense.
O trabalho foi inicialmente levantado através de registros fotográficos, selecionados e
desenhados manualmente, procurando valorizar os detalhes arquitetônicos, e em seguida,
analisadas de forma a criar ”pistas” para trabalhos futuros. Optou—se pela divisão em capítulos
destinados a enfocar cada exemplar por suas respectivas tipologias arquitetônica (arquitetura civil,
religiosa, institucional) e detalhes construtivos.
Foi um ”fazer” prazeroso, imbuído de uma vontade coletiva de buscar colaborar com a
difícil e árdua tarefa de preservação do patrimônio cultural brasileiro.

Profa. Dra. Alcília Afonso (Kaki)


Coordenadora do Grupo de pesquisas ”Amigos do Patrimônio”
DCCA/CT/UFPI
ÍNDICE

LARQUITETURA RELIGIOSA.............................................................................................. ii
- Igreia. Cocal .................................................................
« Igreia SanioAniônio.Jerumenha
.....................................

Igreia Nossa Senhora do Rosario. Oeiras ......................................
- Igreia Nossa Senhora do Rosario. Campo Maior.

» Igreia Nossa Senhora da Vitória. Oeiras


.......................................................
- Igreia São Benedito. Teresina
...................................................
- lgreia Mairiz Nossa Senhora das Mercês. Jaicós
.........................
- Igreia Nossa Senhora das Dores. Teresina
............................

Igreia Nossa Senhora do Carmo. Piracuruca
- Igreia Matriz. Água Branca
..............................................
» lgreia Nossa Senhora da Conceição. Oeiras
...........................
. Caiedral Nossa Senhora dos Remédios. Picos.

igreía São Gonçalo. Amarante ..........
- Capela do Colégio das Irmãs. Teresina. .

- Capela. Parnaiba
......................................................................................................

Igreia Nossa Senhora do Rosário. Parnaíba ....................

Igreia Nossa Senhora do Rosário dos Freios. Parnaiba .....

2. CASARIO URBANO .......................................................................................................


- Casario. Amarante..
- Casario. Amarante..
- Casario. Amaranie
- Casario. Amarante

- Casario. Oeiras ......................


— Casario. Oeiras ...............
- Casario. Oeiras...
« Casario. Oeiras
...............
— Casario. Piracuruca ..................................
— Casario. Piracuruca ..................................
- Casario. Piracuruca .....................................
- Conjunto Ponªo das Barcas. Parnaíba .............
3. ARQUITETURACIVIL
.......................................................................................................45
Fazenda lninga. Teresina ..

47
- Sobrado Mirante. Parnaiba... 48
Cosa Inglesa, Parnaiba

'479
- Casarão. Campo Maior..............................................................................................50
- Casa da Cultura. Teresina ........................................................................................... 5dN
Memorial Teriuliano Brandão. Pedro II

. 52)
- Chalé eclético. Parnaíba ............................................................................................. 53
Residência eclética. Teresina .......................................................................................__54fi

- Sede da Fundação Cultural Monsenhor Chaves. Teresina.. 53


_

Casa ecléfica. Teresina............................................................................................... 56


- Sobrado eclético. Teresina


.......................................................................................... 57
- Cosa eclética. Teresina .................... .. 58

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......................
- Academia Piauiense de Letras. Teresina..
-

Casa Eclética. Piracuruca



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- Caso Eclética. Piracuruca ............................................................................................É]
» Casa Eclética. Parnaiba
.............................................................................................. 62
- Escritório de advocacia. Parnaíba... 63
Residência
— Ecléiica. Parnaíba ...................................................................................... 64
- Sobrado Eclético. Parnaíba ......................................................................................... 65
Sobrado Eclético. Parnaíba..

. óó
- Sobrado Eclético. Parnaíba ......................................................................................... 67
Chalé. Piracuruca ...................................................................................................... 68

Chalé. Parnaíba ........



. 69

Edificação. Piracuruca ................................................................................................ 70_


Cosielo. Parnaíba ......................................................................................................[777]


Casa Moderno. Parnaíba..



. 72

- Casa Zenon Rocha. Teresina....................................................................................... 73


» Residência moderna. Teresina
..................................................................................... 74
- Residência moderna. Teresina,. 75
- Residência moderno.Teresina............................* ......................................................... 76
- Casa Contemporânea. Parnaíba ................................................................................. 77

4.ARQU|TETURAINSTITUCIONAL ........ .. . ..
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- Teoiro 4 de Setembro. Teresina .................................................................................... 81, na


- Esiaçõo Ferroviária. Teresina
— Palacio de Karnak. Teresina ....................
- Fábrica de Laciicinios. Campinas do Piauí
- Estação Ferroviária. Piracuruca .....
- Colégio das Irmãs. Teresina ..........................
- Antiga sede do Tribunal de Contas do Esfada do Piauí. Teresina .....
- Palácio da Cidade. Sede da Prefeifura Municipal de Teresina ...........
- Laia Maçônica. Teresina .................................................
- Aniiga sede da Justiça Federal. Teresina.
— Teairo de Arena. Teresina..
- Edifício do DER. Teresina
- Casa do Estudante do Piauí. Teresina ...........................................
- Sede da Cepisa. Teresina ..............................
- Edifício Sede do Ministério da Fazenda. Teresina ...............................
- Insfi'ru'ro Antonino Freire. Teresina ...................
- Palácio do Comércio. Teresina ......................
- Igara Clube. Parnaiba .......................................................
- Monumento aos Heróis da Batalha do Jenipapo. Campo Maior. ......................................

5. DETALHES ...............................
—Janelas de Parnaiba .............
- Janelas de Parnaíba ...................................................................................................104
105
- Janelas do Piaui.........................................................................................................

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ARQUITETURA RELIGIOSA
IGREJA. COCAL 13

FIGURA 01: Igreio. Cocal. Desenho: Michele de Moraes. Texio: Profa. Dra, Alcília Afonso [Kaki]. Daia: 04/2008.

A simplicidade e despoiamenio plastico dessa antiga igreja, suposiamenfe edificada no século XVII,
na zona nonªe piauiense, denotam a influencia da urquiieriura ]esuiiica em um dos seus primeiros
momentos. '

No froniispi'cio simétrico, no que é referen're ao 'rra'ramen'ro das esquadrias, se observa que não foram
edificadas torres sineiras, o que nos faz concluir sobre a falta de recursos que deve Ter havido para a
consiruçõo da mesmo.

E uma obra que requer estudos mais aprofundados, uma vez que pelas suas caracterisiicas
arquitefônicas nos faz crer que o mesmo pode ser considerada como uma das mais antigas
edificações religiosas ainda exisTenfes na zona none do Piauí.
14 IGREJA SANTO ANTÓNIO. JERUMENHA

FIGURA 02: Igreia Santo Antônio. Jerumenha. Desenho e lexto: Michele de Moraes.. Data: 04/2008.

A igreia esta localizada na praça central de Jerumenha. Nasceu iunto com a cidade em 1740. Essa
igreja, uma das edificações religiosas mais antigas do Piauí, é um templo ]esuífico setecenlisfa
construído por padres da Companhia de Jesus.

Ainda mantém características arquitetônicas primitivas e impõem-se na paisagem de forma simples e


leve. Apresenta caracterísiicas da arquitetura jesuítica, com planta baixa em formato retangular, nave
única, altar-mor e duas sacrislias com capelas, frontispício limpo e frontão reto, com abenuros e
vergas retas.
IGREJA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO. OEIRAS 15

FIGURA 03: Igreia Nossa Senhora do Rosário. Oeiras. Desenho: Juliana Silva. Texfo: Profa. Dra. Alcília Afonso (Kaki). Dara: 04/2008.

Está situada no Aho do Rosário, um dos pontos mais elevados da cidade de Oeiras. Atualmente a
edificação se enconIra isolada na paisagem, 0 que a favorece bastante, pois a torna leve, solta,»
apesar de sua imponência formal e sobriedade maneiris'ra.
A Igreia de Nossa Senhora do Rosário foi edificada pelos padres iesuífas, em época pasieriora I 71 I
e anTerior almatriz, Igreia de Nossa Senhora da Viiória, no local da antiêa capelinha que permanecia
ao caniunio arquitetônico da morada de Domingos Afonso Mafrense, num largo que se chama até
nossos dias, Largo do Rosario.
Ió IGREJA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO. CAMPO MAIOR

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FIGURA 04: Ig. N. Sra. do Rosário. Campo Maior. Desenho: Michele de Moraes. Teon:ProIa. Dra. AIcíIio Afonso (Kaki). Data:04/2008.

Observa-se que grande pode das igreias piauienses é de uma grande simplicidade plastica,
denotando a forte influência iesuiIica na região.

A igreia de Nossa Senhora do Rosário em Campo Maior segue esse modelo, apresentando
fron'rispício simétrico, atualmente com suas duas Torres ió construídas, pois durante muíTo tempo,
permaneceu apenas com a torre "esquerda. Infelizmenfe, a igreia passou por muitas
descaracterizações que vem alterando o praieto original.
IGREJA NOSSA SENHORA DA VITÓRIA. OEIRAS 'I7

FIGÚRA 05: lgrêia Nosso Senhora'du Vitória. Oeiras. Desenho e iexlo: Michele ele Moraes. Daia: 04/2008.

A igreja Nossa Senhora da Vifória foi fundada pelo padre Tomé de Carvalho e acredí'ra-se que tenha
sido concluída em l733. A capela id passou por vários reformas e muitas de suas caracierísiicus
originais foram alieradas.

A fachada principal apresenta uma nítida composição iesuifica: possuí frontão reto, torre sineira
coberta com forma piramidal de pedra, Éoruchéus e um relógio que data de 1828. A ou'rra torre é de
construção posterior e possui cobertura em laie plana. Seu inierior é marcado pelos elementos de
pedra como lavabos e arcos, além de retábulos neoclássicos com influência rococó.
18 IGREJA SÃO BENEDITO. TERESINA

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FIGURA 06; Igreja São Benedito. Teresina. Desenho e texto: Roosevelt Cavalcante. Data:
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04/2008.

Edificado por Frei Serafim de Catônia com esmolas e trabalho do povo, teve sua pedra fundamental
colocada em treze de iunho de l874 e foi concluída em seis de íunho de 1886. Localizada na praça
São Benedito, tem sua implantação em adro aberto. Construído em alvenaria, possuí forro
abobadada, Vergas em arco pleno, telhado em l/Z cona industrial e piso interior em Iaiota cerâmica.
Sua planta cruciforme tem inspiração no estilo “românico como nas igreias italianas. Em seu
frontispício, na parte interior, se elevam seis colunas falsas que suavemente remetem ao classico,

rosácea central e as torres com cobertura


Na parte superior, a presença de óculos circulares, uma
piramidal, resgatam singelamente os elementos do gótico. Seu portal é arqueado assim como o
frontão da parte superior do templo. O templo se mantém em bom estado de preservação, porém,
apenas as portas externas são tombadas pelo IPHAN.
[GREJA MATRIZ NOSSA SENHORA DAS MERCÉS. JAICÓS 19

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« FIGURA 07: [grep MatrizN Sra das Mercês Joicós Desenho: Juliano Silva Texio: Profa. Dra Alcílio Afonsº (Kaki) Dolo: 04/2008
«
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Em subsliiuição à capelinha edificado pelos Jesuiias, foi erguida, pelo Padre Marcos de Aruúio Costa,
a atual Igreja Mairiz de Nossa Senhora das Mercês. Sua edificação teve começo em 1833 e foi
concluído em 1839, sendo uma dos melhores da Província naquela época.

Passou por resiourcçõo no final do década ele 80, que resgatou o seu partido original, conferindo à
volumetria suas características arquifefônicos iniciais. Destaco-se na paiãagem urbana, pela sua
implonlação elevada e pela simplicidade e equilíbrio formol.
IGREJA NOSSA SENHORA DO CARMO. PIRACURUCA 21

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FIGURA 09: Igreia Nossa Senhora do Carmo. Piracuruca. Desenho e texfo: Michele de Moraes. Data: 04/2008.

Aigreia foi concluída em 743 e segunda a história narrada por Pereira da Cosfa é a realização de
1

«« uma promessa feifa à Nossa Senhora do Carmo por dois ricos irmãos portugueses.

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Edificado na primeira metade do século XVIII a igreia enquadra-se no primeiro ciclo do Barroco
Brasileiro. Apresenia iachada bem trabalhado por cantadas, duas torres piramidois com base
ª.
poligonal e coruchéus. No frontão, a presença de volufas de pedra com óculo ceniral. As aberturas
possuem Vergas e soleiras de can'raria irabalhada.

Seu interior é composto por nove Única, capela-mar, sacristia iransversal e corredores laterais.
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22 IGREJA MATRIZ. ÁGUA BRANCA
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FIGURA 10: igreiq Motriz. Água Branca. Desenho de autoria de Juliana Silva. Texto: Profa. Dra. Alcilia Afonso (Kaki), Data:04/2008.

Esta Igreia apresenta características da arquitetura eclética, onde se observa a utilização de


platibanda no frontispício, e um ioga simétrico de aberturas, com portas laterais com bandeiras
fechadas com elementos vazados, que também foram empregados na composição das seteiras. O
arco ogival está presente em todo o desenho de aberturas, quebrando a rigidez do tratamento dado a
»

platibanda reta. (

Pode ser observado que o partido arquitetônico adotou o uso de platibanda, apesar de possuir um
telhado revestido com telhas cerâmicas coloniais.

lºgrar",
IGREJA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO, OEIRAS 23

FIGURA 'I I: Igreiu Nossa Sra. da Conceição. Oeiras. Desenho: JuIíana Silva. Texia: Profa. Dra. AIciIIa Afonso (Kaki).DaIa; 04/2008.

Edificado no século XVIII, a Igreja ficou inacabada ate' os anos 40 do século XX, passando por
reIormas que vêm descarac'ferízando o proiefo original, de nítida influencia ]esuí'rica, peIo seu
traiamenio de fachada. As torres encontram-se inacabadas, o que de certa forma, prejudica
a forma plós'rica da vqumeIría.
niIicIos sinais das
E um volume sóbrio, robusIo, marcado por modenafuras, apreseniando
diversas intervenções sofridas ao longo dos anos. Sua impIanIaçõo em um adro plano, com a
presença de cruzeiro, confere graça ao volume como um todo.
24 CATEDRAL NOSSA SENHORA DOS REMÉDIOS. PICOS

FIGURA "12: Ca'edml Nossa Sra, dos Remédios. Picos, Desenho: Júlio Afonso. Texto: Praia. Dro. Alcílía Afonso (Kaki). Daia: 04/2008.

Aconsfrução da Catedral de Picos teve início em 1948, havendo sido concluída em'19ó9.

Mesmo sendo construída na segunda metade do século XX/ a edificação possui linhas ecléticos,
obtidas através da verticalidade das torres do frontispício, e Também pela adoção de arcos ogivais das
esquadrias.

Eum monumen'ro imponente na paisagem urbana, com grande dimensão,]ocalizado na area cenTral
da cidade de Picos, sendo a sede daquela Diocese.
IGREJA SÃO GONÇALO. AMARANTE 25

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FIGURA 13; Igreiá São-Gonçalo.Amumnfe. Desenho: Michael-Ie Moraes. Texto: Fªrofa. DFq. Alcílio Aionsov(Koki).'Doin: 04/2008.

A localização privilegiada da igreia em um nivel elevado, complementada pelo detalhe consiruiivo de


escada, confere a esic edificação uma imponência além do irafamen'ro clado às iorres sineiros,
coroadas com cúpulas vazadas, que proporcionaram maior leveza arquiteiônicc ao volume.

Pode ser observado o rigor na simeirio, adotado na composição do frontispício, que faz uso do arco
pleno para o desenho dos obenvras que no corpo principal Forma uma arcado composia no
pavimento lérreo por portos e no coro por icnelcs, que no coniunfo conferiu uma boa harmonia
plósiicc.
26 CAPEIA DO COLÉGIO DAS iRMÃS. TERESINA

Situada na Av. Frei Serafim, a Capela do Colégio das Irmãs, inaugurada em 9 agosto de 1925 possui
o revivalismo neo—gótico em sua arquitetura.

CoracTerizado pelo ornamento e verticalidade no edificação, uso das Torres com rosácea, arco ogiva]
nos ]anelas efochuda, além de pináculo marcado com cruz.
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CAPELA. PARNAÍBA ,
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FIGURA 'l51 Capela. Parnaiba. Desenho: Manuela Cusiro. Texio: Profa. Dra. Alclliu Alonso (Kuki). Daia: 04/2008.

Esta pequena capela que está localizado no eniorno ola Casa do Simplicio Dias, na cidade de
Parnaiba é de uma simplicidade impar, denotando uma influência das capelas mais primitivas
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edificados pelos íesuiios nas cidades brasileiras.

Marcado por pilosiras em conferia, possui um frontão limpo e peculiar, arremoiado por pequenos
arcos que procuraram enriquecer um pouco mais, (1 simples edificação. O espaço inierno é mínimo,
possuindo um único cômodo, dando a impressão, que, iolvez, posso ier sido usada, como um peço
para as procissões locais,
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28 IGREJA NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS. PARNAÍBA

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FIGURA 16: Igreia N. Sra. do Rosário. Parnaíba. Desenho: Michele de Moraes. Texfo: Profa, Dra. Alcífíu Afonso
(Kuki). Daia: 04/2008.

Observa-se na composição plósfíca do frontispício desfc igreia, localizada no centro histórico da


cidade de Parnaíba, cerfa verfícolidcnde em seus frqços, bem como um logo simétrico na disposição —

dos elementos arquitetônicos das Torres e esquadrias.

O fomcnho dado ao frontão, com orremafes em volutas e o brasão localizado no portada principal
conferem à composição um diferencial ?: rigidez simétrica do frontispício. “'

Esto edificação sofreu descaracferizações realizados pela própria insfifuição, mas felizmente está
inserida no confexfo que será preservado a nível federal.
IGREJA NOSSA SENNHORA DO ROSÁRIO DOS PRETOS. PARNAÍBA 29
44.44

44

4444

4—4

4.144

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FIGURA 17: Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. Parnaíba, Desenho e lex'o: Michele de Moraes. Duto: 04/2008.

Esto igreia está situado na Praça da Graça, um dos mais imporTontes sítios hisTóricos da cidade de
Parnaíba.

Apresenfc uma simplicidade plástico, coroderís'ríco dos igreios de influência iesuífica, Segue um
modelo siméªrrico com duas torres, fronião refo e esquadrias com vargas em arco.
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GASARIO URBANO
CASARIO. AMARANTE 33
(51

33

FIGURA 18: Casario. Amaranie. Desenho: Valério Araúio. Texio: Profa. Dra, Aicília Afonso (Kaki). Daia: 04/7008,

O desenho retrata uma vista da rua principal do sitio hisiórico da cidade de Amarante, onde se pode
observara riqueza do jogo de ielhados cerâmicos que marca a paisagem urbana.

Um ou'rro ponto que desperta inieresse é o iraiamen'ro paísagísiico dado a esta via, ricamente
arborizada e com largos passeios frontais às casas.
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34 CASARIO. AMARANTE

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FIGURA 19: Casario. Amarante, Desenho: Valério Araújo. Texfo: Profa, Dra. Alcília Afonso (Kaki). Daia: 04/2008.

O Casario de Amarante é um dos mais bem preservados da arquiteiura piauiense, chamando (:


a'rençõo pelo seu frafamento volumétrico, caracterizado pela sua equilibrada proporção, e apurado
detalhamenio de esquadrias, trabalhadas com folhas em persianas de madeira, bandeiras ornadas
em madeira e vidro, e arcos plenos ou ogivais.

Ouiro ponto marcante em Amarante, e, o iraiamenio dado aos largos pGSSelOS da rua pnncupal de seu
* . . .

centro histórico, com calçadas sombreadas por oitizeros que amenizam as altas temperaturas locais.

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CASARIO. AMARANTE
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a FIGURA 20: Casario. Amaranfe. Desenho: Valério Araúio, Texio: Profa. Dra. Alcilio Afonso (Kuki). Daia: 04/2008.
.
,
;p A arquitetura produzida na época em Amarante reflefiu através de uma trilogia marcan're, misto de
Í
residência, Ioia comercial e hospedaria, como influência da vida econômica local, sobre a produção
5“ do espaço arquíieiôníco.
ix.
!

i» Esses esiabelecxmenios geralmenfe ficavam em esquinas, oloiando


. . . .
no exiremo, o hospedaria para
.

viajantes; no prolongameniop lola; e a residência, na parie mais nobre da rua principal.

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36 CASARlO. AMARANTE

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FIGURA 21; Casario. Amarante. Desenho: Valério Araúio. Texto: Profa. Dra, Alcilia Afonso (Kuki). Dota: 04/2008.

A cidade de Amarante possui um rico casario colonial, com soluções da típica morada piauiense,
frabalhadas com fachadas composias por esquadrias decoradas com arcos ogivais, plenos que
conferem uma riqueza plastica ao coniunto urbano.

Era comum, nas cidades piauienses, o uso da barras protetoras nas fachadas, geralmente revestidas
'. :
com pedras regionais, para profeger as paredes de adobe das intempenes climahcas 'll'DplCGlS.
l . , . - - . .
CASARIO. OEIRAS 37

FIGURA 22: Casario. Oeiras. Desenho: Lívio Macêdo, Texto: Profa. Dra. Alcília Afonso (Kaki). Data: 04/2008.

Apesar de Oeiras ser alvo do proieto MONUMENTA & possuír'um dos mais importante acervo
arquitetônico piauiense, inexiste um controle que fiscalize os construções que pouco a pouco vêm
sendo realizados.

Neste perfil, observa-se um forte contraste entre a presença de um sobrado colonial, com seu
I

entorno, que abriga construçoes


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, que nao , possuem nenhuma Ingaçao_
com o mesmo,
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descoracterizando, desta forma o conjunto histórico.


38 CASARIO. OEIRAS

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FIGURA 23: Casario. Oeiras. Desenho: Lívia Macêdo. Tex'o: Profa. Dra. Alcíliu Afonso (Kuki). Dum: 04/2008.

A cidade de Oeiras é possuidora de esfilos variados da arquitetura brasileira.

No perfil em análise, vemos a interferência posterior da construção de plotibondcs em estilo ”art


decó” em fachadas coloniais.

Tais
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- devem ser preservados, mesmo
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fazem parte do cenario urbano o
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Intervençoes
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porque |G VUFIOS

anos.
CASARIO. OEIRAS 39

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FIGURA 24: Casario. Oeiras. Desenho: Livia Macêdo. Texio: Profa. Dra.
Aicilio Afonso (Kaki). Daia: 04/2008.

Neste perfil pode ser observado que mesmo havendo dis'fintos períodos arquitetônicos nas
linearidade do gabarito.
intervenções, exis're uma harmonia visual causada primeiramente pela
das disfin'fas
Observa-se, ainda, uma harmonia causada pelo alinhamento das esquadrias
edificações, que mesmo possuindo desenhos diferenciados, esrõo equilibradas no
todo do conjunto.
40 CASARIO. OEIRAS

FIGURA 25: Casario. Oeiras. Desenho: Macêdo, Texto: Profa. Dra. Alcílíq Afonso (Kuki). Dufu: 04/2008.

O atraso exisfente nas políticas públicas de preservação cultural no sífio hís'róríco de Oeiras,
acarretou graves problemas na manutenção do seu casario, conforme pode ser constafodo nesTe
perfil.

Observam-se descorocferízoções nos quais, edificações de gosto duvidoso são inseridas entre
.
' .
edlfxaoshistoricos
. , . .
pre|ud|condo
. | _
Imensamenfe a manutençao
.
de uma let'rura VISUG!
.
neste CGSOTIO.
. .
CASARIO. PIRACURUCA 41

oannnuauaoíunu

FIGURA 26: Casario. Piracuruca. Desenho: Lívio Macêdo. Texto: Profa, Dra. Alcília Afonso (Kaki). Daia: 04/2008.

O casario localizado no centro histórico de Piracuruca, apesar da riqueza do acervo, apresenm


descorocterizações no seu conjunto, conforme pode ser consmtudo no perfil.
42 CASARIO. P!RACURUCA

FIGURA 27: Casario. Piracuruca. Desenho: Lívia Macêdo. Tex'o: Profa. Dra. Alcílía Afonso (Kaki), Dava: 04/2008.

Neste perfil pode ser constatado a descaracterizaçõo pela qual vem passando os centros históricos
das cidades piauienses.

No caso em análise, vemos uma mescla de estilos que vão desde a morada infeira, a meia morada e
ao eclefísmo, Infelizmente, enTre este acervo, construções de gosto duvidoso são incorporadas ao
coniunio, interferindo na harmonia da paisagem urbana.
CASARIO. PIRACURUCA 43

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T FIGURA 28: Casario. Piracuruca, Desenho: Macêdo. Tendo: Profa. Dra. Alcílio Afonso (Koki).ch|k:: 04/2008.

Neste perfil, podemos consfofor os graves problemas existentes referentes à conservação do acervo
histórico no cidade de Piracuruca.

Observcrse umo interferência de construções contemporâneos sem qualidade arquitetônico na


composição da quadro, que rompem complefomenie (: hormonio visual do conjunio histórico.?
:
44 CONJUNTO PORTO DAS BARCAS. PARNAÍBA

FIGURA 29: Coniunio Porto das Barcas. Parnaíba. Desenho: Lívia Macêdo. Texto: Michele de Moraes. Dala: 04/2008.

O casario pertencente ao coniunfa do Porto das Barcas, dela do século XVIII e possui caraderíslicas
da arquílefura colonial da época da fundação da cidade. As alvenarias são de pedra e cal, possui
gabarito baixo com a predominância do pavimento térreo e ausencia de platibandas.

Os telhados configuram—se em apenas duas águas com Telhas do lipo canal e estrutura em troncos de
, Na fachada, deslocam—se as aberturas que se repelem ao longo cla con1unto.
. ?

carncluba.
ARQUWETURA CIVIL
FAZENDA ININGA. TERESINA 47

FIGURA 30: Fazendo Iníngc. Teresina. Desenho Vendo:


e DanieÍÍe Dantas, Dahl: 04/2008.

Localizado no município de Teresina, (: Fazenda Iningo é


um excelente exemplo de casa colonial de
fazenda.

Acaso eleva—se do solo e adorno—se de escadarias. Avaranda é o ífem


que mais chama cz menção.
É
interessante Também observar a cumeeirc olh'ssimcfe o baixo altura do final
do telhado, que
protegem as paredes de adobe.
48 SOBRADO MIRANTE. PARNAÍBA

FIGURA 31: Sobrado Mirante. Parnaíba, Desenho: Laerte Reis. Texto: Michele de Moraes. Data: 04/2008.

O edifício localizo--se na Rua Duque de Caxias, próximo ao porto dos Barcos, e data do segunda
metade do séc. XIX.

Foiproietodo para ser um prédio de uso misto, sendo no térreo e porte de serviços, armazém e abrigo
para escravos; enquanto no primeiro pavimento encontrava—-se a residência propriamente dito. A
plantae modulada e não possui recuos. Quantoa fachada, é harmônica e possui o ritmo dos edifícios
neoclássicos.

Atualmente, no edifício, funciona uma biblioteca pública Municipal.


CASA INGLESA. PARNAÍBA

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.

FIGURA 32: Casa Inglesa. Parnaíba. Desenho: Jorge Oliveira. Texto: Michele de Moraes. Daia: 04/2008.

A Casa Inglesa foi, por muiios anos, um esiabelecimenfo comercial dirigido por Paul Roben
Singlehursi, o ”Paulo inglês”, que se estabeleceu no Brasil em 1849. Paulo Inglês foi o primeiro a
trazer ao país tratores, automóveis, motores e ieeps. Pos'reriormenie,o dono do Caso Inglesa passou (:
serJames FrederickClark, responsável porlançara cera de carnaúba no mercado ínfernacional.

Esse sobrado representa um momento de prosperidade na economia da cidade de Parnaíba. Foi


proieiado para ser um prédio de uso misto com o térreo voltado para a pode de serviços e no primeiro
'

pavimento o uso residencial.

Apresenia coracien'siicos neoclássicos, sua fechado é síméirica e possui riimo modulodo, o ielhodo
apresenta pIaiinbancIa trabalhado e as" ianelas são ornamentadas.
50 CASARÃO. CAMPO MAIOR

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FIGURA 33. Casarão. Campo Maior. Desenho: Lívia Macêdo. Texio: Profa. Dra. Alcilía Afonso (Kaki). Data: 04/2008,

Este antigocasarão faz parte do acervo do patrimônio histórico cultural da cidade de Campo Maior e
atualmenie, após processo de restauração, abriga a Câmara de Vereadores do município.

Caracferizwse por um predomínio da horizontalidade, marcado pela utilização de esquadrias


detalhadas com bandeiras em arco ogival, construídas em madeira e vidro, sendo arremafas por uma
- contra as lniemperies
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barra horizontal que faza proieçao na parte inferior das fachadas.
# . . . .
CASA DA CULTURA. TERESINA 51

FIGURA 34: Casa da CuIl'uro. Teresina. Desenho: RophaeI Prado. Tex'o: Profa. Dra. AIcíIiaAIonso (Kaki), Data-. 04/2008.

A Casa do Barão de Gurguéia atualmente funciona como Casa da CuItura, esfando implantada na
XIX, sendo um dos primeiros
praça Saraivai E um exemplar remanescente da úI'rima meIacIe do século
edifícios consIruídos na cidade de Teresina.

A edificação sofreu restauração, retomando a sua forma original, onde se pode observar elementos
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. .
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Iipicos da arqunªeiura do melo-none IJFCISIIEII'O, como uso de panos e Ierraços iniernos com corrimaos
. .

de madeira.

As esquadrias das fachadas possuem arcos ogivais trabalhados corn bandeiras, caracierísfica típica
da arqui'fciura ecIéIico Iercsinonse.
52 MEMORIALTERTULIANO BRANDÃO. PEDRO ][

FIGURA 35: Memorial Tertuliano Brandão, Pedro II. Desenho e texto: Danieile Dantas. Daia: 04/2008.

II e considerado
Obra localizada na cidade de Pedro parte integrante de um dos importantes sítios
arquitetônicos do Estado. Construído em 1922, funcionou como palco de importantes decisões
sociais e políticas. Tempos depois da morte de seu fundador, o Deputado Tertuliano Brandão Filho,
tornou—se o Centro Cultural de Pedro II.

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O Memorial apresenta caracteristicas ,
neociasstcas evndenmodas pelas vergas em forma de arcos e
. .
V
. . -

trontões que emolduram as ianeias e a porta de entrada.

E possível observar ainda ()


porão alto e seus inúmeros óculos, assim como as ioneias de parapeito de
ferro entalado. Atachada apresento platibanda ricamente trabalhada, adornada com pináculos, que
oculta 0 telhado de duas águas.
CHALÉ ECLÉTICO. PARNAÍBA 53

FIGURA 36: Chalé eclélico. Parnaíba. Desenho: Letícia Gomes. Texto: Profa. Dra. Alcília Alonso (Kaki). Dota: 04/2008.

Este pequeno chalé eclético está situado na cidade de Parnaíba e demonstra a força deste estilo
naquela região, sendo adotado por pessoas menos favorecidas, diferentemente do que ocorreu com
os grandes palocefes ecléfícos locais, construídos pelos comerciames em ascensão econômica.

Acasa possuí coben'o em duas águas, reves'rida com telhas francesas, e um simples, mas Trabalhado
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ngdll em ferro que da! beleza o Simples edlllcaçao,
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54 RESIDÉNClA ECLÉTICA. TERESINA

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FIGURA 37: Residência eclética. Teresina. Desenho: Elayne Macedo, Texfo: Profa. Dra. Alcilia Afonso (Kaki), Deia: 04/2008,

Localizada na esquina clas ruas Anísio de Abreu com Félix Pacheco, no centro histórico de Teresina,
esfa casa possui todas as características ecléticos da arquitetura residencial brasileira,

Adotando o estilo ”bolo de noiva”, a edificação possui fachada trabalhada, com o uso de volumes
arredondados, com telhados arrematados com pináculos, varanda com peitoris e uma grande
arcada deialhada com relevos irregulares.
SEDE DA FUNDAÇÃO CULTURAL MONSENHOR CHAVES. TERESINA 55

FIGURA 38: Sede da Fundação Cultural Monsenhor Chaves. Teresina. Desenho: Elayne Macedo. Texto: Profa, Dra. Alcília Alonso (Kaki).
Data: 04/2008.

A edificação de estilo eclético abriga atualmente a sede da Fundação Cultural Monsenhor Chaves e
foi durante muitos anos, a residência do dr. Anísio Brito, intelectual piauiense, possuindo por isso, não
somente um valor arquitetônico em si, mas um inestimável valor histórico.

Adotando o partido de Trabalhar o volume alinhado com o limite frontal, liberando as laterais, a casa
adota uma platibanda ricamente Trabalhada, que oculta um telhado em quatro aguas, recebendo
ainda no tratamento da fachada principal, um rico gradil metalico, presente nas balaustradas das
varandas, dos muros e das belas esquadrias. Estas esquadrias compostas de folhas em persianas de
madeira, com detalhes em vidro, são elementos de grande plasticidade na composição da fachada
principal, despertando interesse, o tratamento dado a existente na lateral esquerda, com sua
imponente, mas discreta arcada.
56 CASA ECLÉTICA. TERESINA

FIGURA 39: Casa eclética. Teresina, Desenho: Elayne Macedo. Texto: Frota. Dra. Alcília Afonso (Kaki). Data: 04/2008,

Era na Avenida Frei Serafim onde se podiam encontrar as melhores exemplares da arquitetura
residencial teresinense, com seu acervo eclético e moderno.

O ecletismo foi adotado em todas as capitais brasileiras e em Teresina, perdurou até a segunda
metade do século XX, deixando ricos exemplares desta produção, como esta exposta neste esboço,
onde podem ser observados os critérios ecléticos adotados tais como, fachadas decoradas com
arremates em massa, ]anelas com arcos e bandeiras trabalhadas, uso de gradis metálicos, entre
outros elementos decorativos.
L SOBRADO ECLÉTICO. TERESINA 57

FIGURA 40: Sobradoeclético. Teresina. Desenho: Elayne Macedo. Texto: Profa. Dra. Alcilio Afonso (Kaki). Dota: 04/2008.

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Este elegante exemplar foi construído na Avenida Frei Serafim, local que se concentravam as mais
ricas edificações residenciais teresinenses durante a primeira metade do século XX.

Proietado em estilo ”missões”, utilizo o linha curva para compor os elementos da fachada principal,
observando—se aqui, o tratamento dado a decoração de cimalhas, esquadrias
) !

Atualmente, funciona com uso institucional, e vem mantendo suas características originais
volumétricos.
58 CASA ECLÉTICA. TERESINA

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FIGURA41 : Cosa eclélíca. Teresina, Desenho: Cláudia Evangelisla. Texto: Profa. Dra,A|cíIiaAfonso (Kaki). Data: 04/2008.

A casa eclética siTuado em uma rua do centro histórico de Teresina apresenta uma volumetria
dinâmica em seu jogo de telhados cerâmicos à mosTra, arrematada: por terminações tipo pagode
chinês, com frontão 1raba|hado com curvas e a presença de óculo engrodado,

A solução dadoo varanda de acesso é bastante ínleressanfe, ao usar arco estruturado com colunas
torsos apoiadas em um pequeno peitoril.

Es'ro solução foi basTante utilizada na arquitetura residencial eclética piauiense, podendo ser
encon'lrada em cidades como Parnaíba, Piracuruca, entre outras.
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ACADEMIA PIAUIENSE DE LETRAS. TERESINA 59

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FIGURA 42: Academia Píauíense de Lelras, Teresina. Desenha: JUIíuna Soares, Texlo: Profa. Dra. Alcília Afonso (Kuki), Data: 04/2008.

A edificação esta' localizada na Avenida Miguel Rosa, no. 3300, e adolou como estilo () eclefismo,
Tendo sido construída na década de 50, pelo senhor Luís Gonçalves Fortes, mas (: panír de 1986,
passa a sediara Academia Piauiense de Leiras.
Apresenfa em sua linha ”missões" do eclefismo brasileiro, a presença de fronlispício Trabalhada com
elemen'fos decorativas IGIS corno balaustrada sacada com gradil rebuscado, uso de fronfao
. . . |
- com
curvas e arremaiados corn pináculos.

Sua implaniação na parte elevada do terreno conlribui na imponência volumétrica da obra, que
marca a paisagem local com suas lermos trabalhados.
60 CASA ECLÉTICA. PIRACURUCA

FIGURA 43: Casa ecléficu. Piracuruca. Desenho: Nestor de Castro. Text:: Profa. Dm,A|cí1ia Afonso (Kaki). Daia: 04/2008.

Piracuruca possui um grande acervo de casas eclé'ficas, marcadas por iogos detalhados que remetem
ao es'rilo ”chalé”, além da presença marcante de volumes arrema'fados por cúpulas, que abrigam ou
salas com espaços circulares ou pequenos terraços.

Não existe outra cidade no estado do Piauí que possua tantos exemplares com tais características.
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que a Cidade sega assocrada a esta produçao arqunetonlca.
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Sem duvrda,
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A arquiieiura eclética da cidade de Piracuruca, região norie do Piauí, possui uma forte presença de
chalés, com coberiuras basianie inclinadas e a presença de torres circulares, cobertas com cúpulas.

Desperta atenção também nesta produção arquitetônica, o detalhamento feito nas esquadrias, que
são em madeira trabalhada, arremaiadas com vergcs emassadas

em clio relevo que enriquecem
ainda mais a volumetria do casario daquela Cidade.
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62 CASA ECLÉTICA. PARNAÍBA

FIGURA 45: Caso Eclética. Parnaíba. Desenho: Danielle Dantas. Texto: Profa, Dra. Alcillq Afonso (Kuki). Data: 04/2008.

Esta casa, de es'rilo eclético, está situado na cidade de Parnaíba e possui em sua composição da
fachada principal, um rico iogo plástico, Trabalhando com uma diversidade de coberluros, mas que se
harmonizam entre si, apesar de disfínmsA pequena varanda, soco em relação aos demais volumes,
recebendo trafamenio em arcade, e peitoril com belousirada em massa.

Seu estado de conservuçao


.. |,e bom, e serve como exemplar da rica
.
produçao
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eclehce
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enstenfe na .

cidade de Parnaíba.
ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA. PARNAÍBA 63

FIGURA 46: Escri'ório de advocacia. Parnaíba. Desenho: Danielle Damas. Texlo: Michele de Moraes. Daia: 04/2008.

Localizada na Avenida Getúlio Vargas, um dos sílios históricos da cidade de Parnaíba, essa casa
possui características expressivas do ecletismo no Piauí, como a presença de porão alto, óculo para
venrilação, frisos, platibanda decorada e peitoril das ianelas em balaustrada.

O posicionamento no lote indica preocupação com a salubridade, pois apresenta recuo laleral para
venfilaçõo e iluminação, além da presença de iardins. O'acesso principal se faz pela lateral, através
de uma varanda. O volume forno-se dinâmico devido ao recuo da varanda frontal e pela diferença de
altura enfre a coberTura do acesso e a platibanda.
64 RESIDÉNCIA ECLÉTICA. PARNAÍBA

FIGURA 47: Residência Eclética, Parnaiba, Desenho e texto: Neuza Melo, Data: 05/2009.

Localizada no centro histórico da cidade de Parnaíba, em frente a Praça Santo Antônio, essa elegante
residência é um exemplo da produção eclética difundida na primeira metade do século XX na cidade.
Sempre marcante na paisagem arquitetônica, revela a prosperidade da sociedade local na época de
sua construção, em l sªl 5.

Representante do primeiro momento do ecletismo possui um só afastamento lateral, com a fachada


frontal alinhada a via público. Na platibanda, escondendo a maioria do telhado, nota-se a profusão
de elementos decorativos e a simetria da fachada é quebrada pelo volume da capela, anexada à
construção posteriormente. Destacam-se ainda, o porão alto , o gradil de ferro fundido bastante
rebuscado e as vergas ogivais da capela.

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SOBRADO ECLÉTICO. PARNAÍBA 65

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FIGURA 48: Sobrado Eclético. Pamaíba. Desenho e !exto: Neuza Melo. Data: 05/2009.

O imponente sobrado construído em meados cla século XX e é outro marco da arquitetura


foi
produzida em Parnaíba. Localiza-se no sítio histórico da cidade e é considerado um exemplar do alto
ecletismo, marcado pelo afastamento da edificação de todos os limites do lote e pela grande
escadaria que permite o acesso lateral ao segundo pavimento da residência. Na fachada, o
platibanda continua presente mesmo sem a profusão de elementos decorativos e o guarda—corpo da
escadaria inova com balaÚstres em alvenaria de forma geométrica. A grande esquadria no segundo
pavimento é destaque da fachada e um marco da arquitetura parnaibana.
l“

)" O edifício permanece com sua função residencial e, apesar de ia ter sofrido algumas mudanças, é
); possível, através de elementos como a planta baixa e fachadas, compreender as concepções
arquitetônicas da época, caracterizada pelos novos programas, as novas técnicas e os novos
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materiais empregados.
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66 SOBRADO ECLÉTICO. PARNAÍBA

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FIGURA 49: Sobrado Eclético. Parnaiba. Desenho: lago Tavares. Texto: Míchele de Moraes. Data: 04/2008.

Localizada na Rua Pires Ferreira, esse sobrado apresenta recuo em todas as laterais, característica do
ecletismo em uma fase mais madura. A riqueza dos elementos arquitetônicos testemunham uma
época de prosperidade economica na cidade de Parnaiba, devido à produção da cera de carnaúba e
do óleo de babaçu.

Na fachada há a presença de platibanda ornamentada é frisos. A escada possui um leve curvamento


e balaustrada com desenhos que se repetem no peitoril das esquadrias. A ianela em forma de
ferradura, típica da arquitetura eclética de Parnaiba, é o destaque da fachada principal.

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SOBRADO ECLÉTICO. PARNAÍBA 67

Este
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FIGURA 50: Sobrado eclético. Parnaíba. Desenho: Nestor de Castro, Texto: Profa. Dra. Atcític Afonso (Kaki), Dota:

sobrado de estilo eclético está situado no centro histórico da cidade de Parnaíba, e desperta
interesse pelo tratamento dado às paredes das fachadas, que remetem a blocos pré-moldados de
cantaria. Observa-se uma influência do estilo neoclássico nesto produção eclético, ao adotar a
platibanda arrematado e uma composição bastante simétrico. Ao centro da cobertura, adotou uma
cúpula, que enriquece o volumetria, que é bastante sígnítícativa no cenário urbano local.
04/2008.

Avoranda de acesso, que funciona como um vestíbulo, é coberta por um terraço descoberto existente
no pavimento superior que conferiu mais beleza à obra.
68 CHALÉ. PIRACURUCA

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FIGURA 51 Chalé. Piracuruca Desenho: Fernanda Leitão. Texto: Michele de Moraes Daia: 04/2008.

O chalé foi um estilo trazido da Europa, que logo se transformou em um produto de deseio da
burguesia no final do século XIX e início do século XX. Muitos materiais dessas construções eram
importadas, enquanto ourros começavam a ser reproduzidos em séries limitadas.

Nesse chalé podemos observar alguns aspectos caraderísfícas dessa tipologia arquitetônica,como o
uso de telhado em duas águas bastante inclinado, ornamentação nas ianelas,presença de varanda,
riqueza de ?exfuras na fachada e exisiência de exuberanfe iardim.
CHALÉ. PARNAÍBA 69

FlGURA 52: Chalé. Parnaíba. Desenho e texto: Neuza Melo. Data: 05/2009.

O Chalé foi uma tipologia arquitetônica muito difundida no Ecletismo de Parnaíba e essa residência
destaca-se como um exemplar característico dessa produção. Construída na década de 40, essa
editicação localiza-se no sítio histórico da cidade e mostra como a sociedade local, desde a
burguesia com seu poderio financeiro, até as classes menos favorecidas, buscavam inovar, queriam a
diferente e as novidades para suas residências. A residência encontra—se afastado dos limites do lote e
mantém o mesmo programa utilizado no Ecletismo. As novidades são as inclinações do telhado,
agora bastante acentuadas, o uso do lambrequim, os sótãos marcados pela presença das pequenas
ianelas no frontão e diversos outros elementos decorativos adotados como os trisos em avenaria
empregados nesse exemplar. As ianelas, com vergas retas e em venezianas e vidro, também
caracterizam a fachada que recebe como revestimento externo a pintura branca e o barramento em
pedra finalizando a composição. Outro destaque esta na estrutura da cobertura em carnaúba, muito
utilizada em todo o Piauí e na telha francesa, outro marco da arquitetura parnaibana.
70 EDIFICAÇÃO. PIRACURUCA

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FIGURA 53: Edificação, Piracuruca. Desenho: Nestor de Castro. Texto: Profa, Dra. Alcília Afonso (Kaki). Data: 04/2008.

Esta edificação localizada em uma esquina do centro histórico de Piracuruca apresenta uma solução
bastante usual na arquitetura brasileira, que é o chantro dado ao encontro das paredes das fachadas,
que geralmente, é trabalhado de forma distinta do restante da obra, marcando o acesso principal,
conforme pode ser constatado.

O belo trabalho realizado nas cimalhas e platibanda, somados ao detalhamento caprichado das
esquadrias em madeira, arrematadas com vergas em alto relevo, criaram uma bela composição
plástico no volume.
CASTELO. PARNAÍBA 71

FIGURA 54: Castelo. Famaíba. Desenho: Leiícía Gomes. Texto: Profa. Dra. Alciiia Afonso (Kuki). Daia: 04/2008,

Esie chamado ”castelo" pelos habitanies da cidade de Parnaíba é uma construção eclética, que
devido a sua forma, construiu no imaginário local, uma série de lendas sobre seus habitantes,
tornando-se uma referência no patrimônio cultura! local.

A volumetria da edificação remete à forma dos castelos medievais, marcado por sua forre,
arreinaiado por arcadas em relevo, que se contrapõe ao traiaFnenfo mais limpo dos demais panos
das fachadas.

Encontra—se em bom esiado de conservação e é uma referência no cenário local.


72 CASA MODERNA. PARNAÍBA

FIGURA 55: Casa Moderno. Parnaíba. Desenho: Vennícius Emanuel. Texto: Profa. Dra, Alcílic Afonso (Kuki). Dota: 04/2008.

A casa de linhas modernas, está situada cidade de Parnaíba e apresenfo em seu pedido
“na

arquitetônico, soluções proieiuais características da modernidade brasileiro, praticada inicialmente


pela Escola carioca e difundida em todo o Território nacional, com a adoção de' telhado em uso de
borbolefo, que marcou deforma profunda, a fíplogia residencial nos anos 50 e 60.

Encon'rro—se em bom estado de consefvação e é ur'n belo exemplar da produção moderno no Estado.

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CASA ZENON ROCHA. TERESINA 73

FIGURA 56: Caso Zenon Rocha. Teresina. Desenho e texto: Jéssica Gualter. Data: 04/2008.

Uma das primeiras construções modernas de Teresina, e a primeira com planta baixa de concepção
verdadeiramente modernista, a Casa Zenon Rocha, a rua Coelho Rodrigues, no centro da cidade,
privilegia uma vegetação tropical frondosa e um relativo afastamento da via.

Essas preocupações, aliados ao exotismo e a harmonia da composição de um prisma cortado em


forma de cunha, garantiram a Anísio Medeiros, autor do proieto, em t 952, o reconhecimento do seu
pionerismo na construção de um edifício repleto de criatividade e despoiado de ornamentos, apesar
das deficiências tecnológicas e resistências locais encontradas.
74 RESIDÉNCIA MODERNA. TERESINA

FIGURA 57: Residência moderna. Teresina. Desenha: Emanuel Castelo Branco. Texto: Profa, Dra. Alcília Afonso (Kaki), Data: 04/2008,

A Avenida Frei Serafim possuia um dos mais ricos acervos da arquitetura residencial produzida no
século XX, pois era naquela área na qual se edificavam as melhores casas da cidade, sendo as mais
antigas de estilo eclético e os mais novas, em estilo moderno. Infelizmente, devido a falta de
consciência de profissionais e dos novos proprietários que adquiriram parte destes imóveis, este
acervo vem sofrendo sérias descaracterizações.

Este esboço mostra como era esta casa com linhas modernas, e que possuia um excelente proieto,
devido às soluções propostas para a planta e a volumetria, adotando como materiais a pedra, o
azuleio decorado com motivos abstratos modernos, as pastilhas, entre outros. Atualmente, a casa
está ”escondida” por elementos da pós-modernidade, que empobrecem a paisagem urbana
teresinense.
RESIDÉNCIA MODERNA. TERESINA 75

CAãA MODERN/à
Av. FREI õezAFíM, 7920
TEQEÉíN/à - 17! - BºAõiL
FIGURA 58: Residência moderna. Teresina, Desenho: Emanuel Castelo Branco. Texio: Profa. Dra. Alcílio Afonso (Kaki). Dara: 04/2008.

Na Avenida Frei Serafim, podia se constarar a existência de bons exemplares da modernidade


arquitetônica local, com casas que adotavam volumetria em dois pavimentos, recebendo varandas
corridas no pavimento superior, pilares em concrefo armado inclinados, critérios observados em toda
a produção residencial moderno nordesrína, influenciada pela escola recifense e carioca.

Cabe aos arquifeios e demais responsáveis a preservação de tal acervo, a fim de qde se eviTe a
descaracterização desta produção, se preservando a memória da arquiteiura feresinense.
76 RESIDÉNCIA MODERNA. TERESINA

FlGURA59: Residência moderna. Teresina. Desenho: Laila Caddoh. Texto: Profa. Dra. Alcilia Alonso (Kaki). Dota: 04/2008,

Este detalhe de marquise de uma residência


projetada na praça João Luís Ferreira demonstra a leveza
alcançada através da solução estrutural proposto para a sustentação da laje inclinada, que foi
harmoniosamente trabalhada.

A casa de linhas modernos adoto soluções, como o uso de volumetria purista, que é rompido através
da solução acertada dodo(: entrada principal, conforme pode ser constatado neste detalhe.
CASA CONTEMPORÃNEA. PARNAÍBA 77

FIGURA 60: Caso Conlempcrãnea. Parnaíba. Desenho: Roosevelt Cavalconle. Texia: Profa. Dra. Alcília Alonso (Kaki), Daia: 04/2008.

A casa está localizada na Praia da Pedra do Sal, em Ilha Grande, região do none piauiense destaca-
e
se na paisagem devido a sua plasticidade e riqueza em detalhes arquifeiônicos e iex'ruras.

Proiefada pelo designer Gérson Cas'relo Branco, a residência tem como parlido arquilelôníco o
uso
de maferiais locais, como a carnaúba (troncos e a palha), e a pedra,
tornando-a, susfenióvel e
ecológica, "

Observa—se a adoção de soluções bioclimóiicas


como a adoção de pé-direiio allo, elementos
vazados nas fachadas e o uso de grandes varandas
que fazem a proteção solarclos ambientes.

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TEATRO 4 DE SETEMBRO. TERESINA 81

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' FJGURA 61 : Teatro 4 de Se'embro. Teresina. Desenha: Andreza Diniz. Texfo: Profa. Dra, Alcííía Afonso (Kaki). Duto: 04/2008,

.- O Edifício possui linhas neoclássicos, e foi proiefado pelo engenheiro Alfredo Mondrak. A obra foi
iniciada em ]unho de 1890, sendo concluído em 1894.

Observa-se no Trammento dado à voiumeiria, uma composição plástica siméfrica, composia por
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elemenfos como o froniõo, corníios e uma modenatura bem marcada.

Despeda inieresse o detalhamento dado as esquadrias, com seus arcos ogivaís e bandeiras
trabalhadas, que marcam a paisagem da praça Pedro II.
82 ESTAÇÃO FERROVIÁRIA. TERESINA

FIGURA 62: Estação Ferroviária. Teresina. Desenha Mariely !biopina. Texto: Praia, Dra. Alcilia Afonso
(Kaki). Data: 04/2008.

O Edifício que abriga a estação ferroviária de Teresina está localizado no cruzamento das
principais
avenidas do centro da cidade, Avenidas Miguel Rosa e Frei Serafim, sendo uma obra simbolo
na
paísagem urbana local, devida ao tratamento dado ao volume, que adotou o ecletismo em seu
partido arquitetônico.

Datada de 1920, a edificação possui uma linearidade, que se contrapõe cam (] existência de uma
torre central, coberta por uma cúpula arrematada por um detalhe de um óculo.

Utiliza a linguagem arquitetônica influenciada pela


presença inglesa na Brasil, responsavel pela
construção de estradas de ferro.
PALÁCIO DE KARNAK. TERESINA 83

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FlGURA 63: Palácio de Karnak. Teresina. Desenho e texto: Roosevelt Cavalcante. Dota: 04/2005,

Atualmente, o palácio é sede do Governo do Estado e esta localizado na av. Antonino Freire.
A data de sua contrução é desconhecida, sabe-se somente que é datado do início do século
XX e
que inicialmente era de origem residencial privada. Foi adiquirido em 1926 para sede
do governo do estado, recebendo sua primeira reforma em 1972 quando ganhou iardíns
projetados por Roberto Burle Marx. O palácio de linhas neoclássicas, possui elementos da
arquitetura grega e romana. Sua planta sugere uma certa simetria clássico. O pórtico
tetrastilo possui frontão de tímpano liso que é apoiado sobre o peristilo de Colunas da ordem
eeríertiev. Entre seus materiais construtivos é destacado a alvenaria de tijolos, mármore para
revestimentos e madeira para a cobertura. O prédio é tombado pelo Estado e mantém um
bom estado de conservação.

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84 FÁBRICA DE IACTICINIOS. CAMPINAS DO PIAUÍ

FIGURA 64: Fabrica de Lacticinlos. Campinas do Piauí. Desenha: Roosevelt Cavalcante. Texto: Profa. Dra. Alcília Alonso (Kaki). Data:
04/2008.

O edifício foi construído originalmente em zona rural e em seus arredores edificaram—se diversas
habitações para os trabalhadores e funcionários da fábrica, que deram origem a cidade de
Campinas do Piauí. Devido as suas proporções, o edifício que hoie está localizado em área urbana,
se destaca no contexto da cidade.

A edificaçõoªpossuí estilo neoclássico da segunda metade do século XIX caracterizando-se pela


simetria, seia nas disposições das aberturas, no 1090 dos volumes e telhados, bem como, na
disposição em planta.
ESTAÇÃO FERROVIÁRIA. PIRACURUCA 85

FIGURA 65: Estação Ferroviária. Piracuruca. Desenho: José Hamilion. Texto: Profa. Dra. Alcilía Alonso (Kaki). Dara:
04/2008.

Grande parte das esiações ferroviárias do interior da região norie piauiense - no caso em análise, a
de Piracuruca - possuem um mesmo estilo, adotando soluções proietuais e construtivas similares,
formando assim, um rico acervo eclético local. São edificações de um Único volume, com coberturas
em duas águas, reves'ridas com telhas francesas, possuindo esquadrias com bandeiras em arco pleno,
arremaiados parvergas trabalhadas escalonadas em alto relevo.

A presença de mãos francesas, suponando os vôos que cobrem as varandas laferais lambém é ouira
característica marcante desta produção.
86 COLÉGIO DAS lRMÃS. TERESINA

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FlGURA 66: Colégio das Irmãs. Teresina. Desenho: Suellen Mul-lins. Text): Profa, Dra. Alcília Alonso (Kaki). Dam: 04/2008,

Esfa edificação localizada na principal artéria da cidade de Teresina, a Avenida Frei Serafim, marca a
paisagem local pela sua imponência, alcançada afravés do tratamento volumétrico eclético, e a
adoção do desenho de uma bela escadaria que da aceso ao edifício.

Ocupando toda uma quadro em relação é citada avenida, o Colégio das Irmãs é composio ainda,
por uma capela neogófica, que rompe (: rigidez do monobloco procura realizar um ioga de&!

volumes, sacando corpos do obieto arquitetônico central, conforme pode ser observado neste
desenho.
ANTIGA SEDE DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PIAUÍ. TERESINA 87

FIGURA 67: Amiga sede do Tribunal de Camas de Estado do Piauí. Teresina. Desenho: Juliana Soares. Taxis: Profa. Dra. Alcília Afonso
(Kuki). Daia: 04/2008.

A edificação localizada no centro hisiórico de Teresina, possui linhas neoclássicos, devido a u'rilízação
de plaiibandas com corniias, marcação de pórtico com froniões e colunas, monumentaliclade, uso de
porões, en'rre outras soluções adoiaclas por esta linguagem, e ia possuiu varios usos, tendo sido
durante muiios anos, a sede do tribunal de Conias do Esiado, até a mudança desde para a sede
recentemenie construída no centro adminisiraiivo.

Atualmente, o edifício eslá incorporado ao Fórum de Teresina, abrigando em seu interior, vários
segmentos da justiça municipal e estadual.
88 PALÁCIO DA CIDADE. SEDE DA PREFEITURA MUNICIPAL DE TERESINA

FIGURA 65: PaIócia da Cidade, Sede da Prefeitura Municipal de Teresina. Desenho: Laila Caddah. Texto: Profa. Dra. Alcilia Afonso (Kaki).
Data: 04/2008.

O edifício foi construído em I922 para abrigar a antiga Escola Normal, e em 1984 passou por
proieto de restauração realizado pelo arquiteto carioca Acacio Gil Borsoí, que preservou somente a
volumetria, propondo em seu interior, a criação de mais pavimentos, dando uma outra roupagem ao
seu espaço interno.

A volumetria original mantida apresenta linhas neoclássicos, que adota a monumentalidade,


ressaltando a importância dada ao acesso principal do edifício, através da elevação deste, da
escadaria proposta, e do rebuscado trabalho realizado na porta principal, marcada por um rico
frontão decorado. Faz parte do sítio arquitetônico da Praça da Bandeira, um dos mais significativos
conjuntos urbanos de Teresina, que necessita ser preservado.
LOJA MAÇÓNICA. TERESINA 89

DEBE!

FIGURA 69: Loja Maçônica. Teresina. Desenho: Andreza Diniz, Texto: Profa. Dra. Alcílíc Afonso (Kaki). Do'u: 04/2008.

Em Teresina, e urquitefura de influências clássicos esió presente em vários edifícios insfítucíonais e


particulares, como esíe que abriga uma dos [ojos da maçonaria na cidade. Sóbrio, harmonioso,
apresenta em sua composição de fachada, característicos clássicos como uso de frontões, címolhos,
deíulhe rebusccdo de esquadrias.

Esió localizado no centro histórico da cidade esfurmdo protegido pela legislação de preservação
municipal.
90 ANTIGA SEDE DA JUSTIÇA FEDERAL. TERESINA

Profa. Dro, AlcíliuAfonso (Kaki),


FIGURA 70: Amigo sede da Jus'iça Federal. Teresina. Desenho: Cláudia Evangelista. Texto:
Dolo: 04/2008.

O edifício de linhas neoclássicos foi projetado em 1902, no Rio de Janeiro e inaugurado em 905.
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Foi consiruído pelo engenheiro Anionino Freire, que procurou seguir o proieio original através da
execução de deiolhes construtivos e decorofivos fois como o ploiibondo trabalhado com cornijas e
frontão, colunas em relevo, esquodrios com orcos plenos orremo'roclos com vergos, despertando
interesse o iro'famenio dado ao acesso principal, que se impõe na fachada, pela solução proposto às
neoclássico ao edifício.
ponos de acesso, olios & locodos em uma escadaria que confere :: elegância

Atualmente o edifício obriga o centro ]urídico do UFPI, mos de 1979 o 2006, obrigou o sede do
Justiça Federal no Piauí.
TEATRO DE ARENA. TERESINA

FIGURA 7'l : Tecmo de Arena. Teresina. Desenho e fexlo: Raphael Prado. Data: 04/2008.

O Tealro, concluído em l965,consri1uía-se como uma das novas opções de lazer e culrura a época
no cenário da capilal piauiense. Sua arquileíura moderna encontra-se presente nas
linhas reTas e no
volume pura do edifício, bem como nos painéis em azuleiaria presente nas laterais do mesmo.

Possui excelenfe acúsfica, propícia para espelóculos de toda ordem, e uma localização basianre
privilegiada, inserido no Largo do Amparo, onde nasceu Teresina, em rneio aos prédios de grande
valorhislórico da cidade.
92 EDIFÍCIO DO DER. TERESINA

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FIGURA 72: Edifício do DER. Teresína. Desenho: Emanuel Caslelo Branca. Texto: Profa. Dra. Alcília Alonso (Kuki). Data: 04/2008.

Localizado no cruzamento das avenidas Frei Serafim com Miguel Rosa, o edifício do DER é um dos
principais exemplares da arquitetura moderna produzido na cidade de Teresina, sendo por isso,
preservado portambamenio estadual.

da linguagem moderna universal e brasileiro, ao adotar o uso de


Possui todos os critérios proietuais
volume prismático, estrutura independente, uso de pilotis, panos de esquadrias vazadas e combogós.

Desperta interesse neste proieto as soluções arquitetônicas empregadas para resolver os problemas
climáticos existentes na região. São paredes inteiras vazadas com elementos vazados, brises, ianelas
com fechamentos em venezianas.
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CASA DO ESTUDANTE DO PIAUÍ. TERESINA 93

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FIGURA 73: Caso do Estudante do Piauí. Teresina. Desenho: Manca. Texto: Profa. Dra. AIcíliu Afonso (Kaki). Data: 04/2008,

O edifício proietada pelo arquiteto Antônio Luiz denota uma influência da arquitetura produzida em
Brasília, fazendo referênciaao caso específico do edifício do PaIócío do Itamaraty, ao utiIizar como
partido na fachada principal, o uso de arcadas, onde fica à mostra, o sistema estrutural da obra.

Sem dúvida, arquitetura e estrutura são elementos que sempre estão presentes na obra do arquiteto
mineiro, que tem neste binômio, a criação do partido arquitetônico em seus proietos.
94 SEDE DA CEPISA. TERESINA

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FIGURA 74: Sede da Cepisa. Teresina. Desenho: Antônia LUIz. Texto: Profa, Dra. Alcilía Alonso (Kaki). Dota: 04/2008.

Localizado na avenida Maranhão, o edifício foi projetado pelo arquiteto Antônio Luiz, que Trabalhou
com urna volumetria pura, forma circular composta por quatro níveis, marcados por
linhas
horizontais de vigas e brises, com panos recuados de esquadrias, que conferem grande leveza ao
edifício.

Tal solução, além do caráter plastico, possui também uma função climática, protegendo as
esquadrias da incidência direta solar, denotando assim, a atenção do arquiteto aos problemas
climáticos locais, caracterizado por altas temperaturas e altas taxas de insolação.

O resultado toi [: criação de um proieto arroiado que marca o cenário de Teresina, por sua forma
bastante marcante e sóbria.
EDIFÍCIO SEDE DO MINISTÉRIO DA FAZENDA. TERESINA 95

EDIFICIO mane DAE REFAnnçõea FAZENDÁRIAS


TEREZINA-PIAUI

FIGURA 75: Edifício Sede do Ministério da Fazenda, Teresina. Desenho: Maloca, Texto: Profa. Dro.AlclliaAfonso (Kaki).
Dato104/2008,

Localizado na praça Marechal Deodoro, ao lado da Igreia Nossa Senhora do Amparo, o edifício teve
do
seu proieto estrutural realizado por uma equipe carioca, ficando o proieto arquitetônico a cargo
arquiteto Antônio Luiz, contratado pela construtora Lourival Parente.

O edifício marca a paisagem urbana teresinense pela sua sobriedade volumétrica, trabalhando com
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fachadas tratados com cortinas modulados em vidro, arrerªnotadas por panos de mármore branco,
sendo marcante a tratamento dado a fachada principal, com arremate da cobertura em pergolado de
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concreto.

Asolução estrutural adotou uma planta livre, com pilares em concreto, que permitem flexibilidade ao
layout dos oito pavimentos.
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96 INSTITUTO ANTONINO FREIRE. TERESINA

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Profa. Dra. AlciIic Alonso (Kaki), Daia: 04/2008.
FIGURA 76: IninIqu Antonino Freire. Teresina. Desenho: Maloca. Texto:

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Antônio Luiz sempre teve como princípio que ”arquiiefura e estrutura não
Freire é exemplo prático de ”ral
pensadas por cabeças diferentes” e o edifício do InsTiiqu Antonino um
afirmoiiva.
Rui Barbosa, o edifício ocupa toda
Localizado na esquina da Avenida Alameda Parnaíba com a rua
uma'quadra e é formado por vários blocos e equipamenios'de apoio, como piscina e quadra
poliesporlíva.
estruiural, presenie também
Despeda interesse, o pariido adolado, no qual destaca-se a marcação
modulados de painéis sistemáticos
em todo o Iraiamenio das fachadas, que se conirapõe aos planos
de esquadrias de madeira e vidro.
PALÁCIO DO COMÉRCIO. TERESINA 97

FIGURA 77: Palácio do Comércio. Teresina, Desenho: Maloca. Texio: Profa. Dra. Alcília Afonso (Kaki). Data: 04/2008,

O edifício que abriga o Palácio do Comércio foi proieiado em 1961, pelo arquiieio mineiro de
formação carioca, Antônio Luiz, proprie'rório do escritório Maloca.

_ Localizado na área central de Teresina, o edifício possui um volume pura composto por duas torres
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modulados em planta e em fachada, que se apóiam em uma base trapezoidal revestida com
mármore branco, que parece flutuar no solo, devido ao arquiteto fer trabalhado o pavimento térreo
com panos de vidro que conferem leveza ao volume como um fado.

Foram catorze anos para se concluir a obra e mais dois para se solucionar os ambientes internos,
sendo inaugurado finalmenie, em 977. 1
98 IGARA CLUBE. PARNAÍBA

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FIGURA 78: Igara Clube. Parnaiba. Desenho: Cezar Marco. Texto: Profa. Dra. Alcília
Afonso (Kaki). Data; 04/2008.

O ”Igara Clube”, proieto do arquiteto Anisio Medeiros, está localizado na Avenida Beira-Rio, as
margens do Rio Igaraçu, na cidade de Parnaiba, região norte do Estado do Piauí.

A estrutura desta obra foi solucionado no bloco principal, de forma sistemática e modulada,
utilizando na parte frontal, pilares em ”V" em pedra da região, com modulação de 3m entre os vôos, e
pilares em troncos de carnaúba, palmeira regional de grande resistência, que suportam os beirais.

Anísio demonstrou como é possivel aliar modernidade e tradição, trabalhando


com grandes vãos
livres no pilotis e no salão de festas, transparências espaciais, uso de
modulação em planta e
fachadas, atenção aos detalhes construtivos aliados a materiais locais, como a carnaúba, a pedra
"cabeça de ]ocaré”, madeiras regionais como o cedro e o Íotobó.
MONUMENTO AOS HERÓIS DA BATALHA DO JENIPAPO. CAMPO MAIOR 99

FIGURA 79: Monumento aos Heróis da Batalha do Jenipapo. Campo Maior. Desenho: Felippe Fabrício, Texio: Profa. Dra. Alcilio Afonso
(Kaki). Daia: 04/2008,

O Monumento aos heróis do Jenipapo doia de 1973, e esfó localizado na BR—343, o 90 km de


Teresina, no municipio de Campo Maior.

A ouforia do proiefo é do arquifefo mineiro Raul de Lagos Cirne (1928), havendo sido encomendado
pelo então Governador, Alberro Silva, em seu primeiro mandato (1 971 -1 974).

Denoia uma influência orquiTeTônica da Monumento aos Pracinhas (Marcos Konder & Hélio
Ribas,] 956/ RJ), empregando os críférios da linguagem moderna universal com atenção especial à
estrutura, o uso de poucos materiais, e o ioga de planos, seia na solução em pianfa,seia no estudo
volumé'tríco.
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JANELAS DE PARNAÍBA 103

FIGURA 80: Janelas de Parnaíba. Desenho: Danielle Dantas. Texto: Profa. Dra. Alcilia Afonso (Kaki). Daia: 04/2008.

Nas imagens acima, observa-se a criatividade esiílística das soluções propos'ras para as esquadrias
encontradas em casas ecléticos parnaibanas, possuíndo formas arredondadas em seus coroamentos
-- e bandeiras, ricamente ornadas.

As folhas são ”iripariidas", variando em materiais como o vidro, a madeira, solucionados compondo
ricos jogos plasticos.
104 JANEIAS DE PARNAÍBA

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FIGURA 81 : Janelas de Parnaíba, Desenho & lexlo: Danielle Damas. Daia: 04/2008,

Exemplares de esquadrias da Arquitetura Civil de Parnaiba. A cidade possui as mais diferentes [anelas
ecléticos do Estado.

São janelas que abusam das ondulações, dos arcos, das bandeiras. A madeira sempre coexiste com o
quantidade de adornos.
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FlGURA 82: Janelas do Piauí, Desenho: Danielle Danlas. Texio: Prºfa. Dra. Alcilía Afonso (Kaki). Daia: 04/2008.

Os exemplares das esquadrias da arquitetura civil de Teresina e de Amarante possuem formas


variadas com ricas bandeiras frabalhadas em madeira e vidro, com folhas em persianas de madeira
que permitem uma ventilação constante dos ambienfes. Chama atenção o detalhe dado aos arcas
das mesmas, que podem ser plenos, ogivais e abatidos.
A idéia desse livro/caderno de desenhos é a de resgatar a produção arquitetônica piauiense
através de desenhos, esboços e croquis de várias cidades piauienses realizados
por alunos e ex-
alunos da disciplina arquiieiura brasileira 2, do curso de Arquiie'rura e Urbanismo do
Depariamenio de Construção Civil e Arquitetura do Centro de Tecnologia da Universidade
Federal do Piauí (DCCA/ CT/ UFPI) e que formam parte de um
grupo de pesquisa infiiulado
”Amigos do Pafrimônio”.
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