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OS LIVROS POÉTICOS

POÉTICOS
 


 

Salmos
 
 

Provérbios
 
 

Eclesiastes
 
 

Cantares
 
 
 
São chamados pelos judeus de “hagiógrafos” ou sabedoria
Os livros poéticos representam uma amostra da contribuição literária
dos hebreus para a cultura dos povos. Certamente a importância
desses cinco livros que fazem parte da Bíblia, não está, simplesmente,
no valor literário deles, mas, sobre tudo, na sua inspiração divina.
Os escritores utilizaram-se de poesia hebraica para escrevê-los.
A coisa mais magnífica desses livros é que seus escritores conseguiram
apresentar a revelação de Deus de forma poética, sua relação e
intervenção na vida humana; bem como, o homem, seus dramas, seus
relacionamentos, sua sabedoria, suas histórias, seus fracassos, suas
fraquezas, suas virtudes e sua compreensão e resposta a Deus.
Além disso, apresenta realidades do mundo espiritual e trata de temas
teológicos demonstrando isso na realidade da vida.
Assim, quando lemos esses livros, somos atingidos tão certeiramente
como se seus escritores nos conhecessem na intimidade. Porque
somos expostos o tempo todo, sem a mínima chance de pensar que
não é conosco que Ele está tratando.
Esta seção das Escrituras apresentam personagens e textos de
diferentes épocas: Jó, Moisés, Davi, Salomão são alguns deles.
NOME
Na língua hebraica Jó é “Iyyob” tem como significado ‘O Perseguido’.
Na língua árabe o nome significa “arrependimento”.
AUTORIA
Não há um autor determinado, portanto, deve permanecer no
anonimato. Todavia os historiadores apontam alguns possíveis nomes
como o do próprio Jó, Eliú, Jeremias e, com mais insistência aparecem
Moisés (1450 a.C.) e Salomão (950 a.C.).

CONTEÚDO
1 3 38 42
Sofrimento Discussão Resposta
42

Jó Amigos: Deus
Elifaz, Bildade, Zofar e Eliú
ÉPOCA DO PERSONAGEM
Se com relação à escrita há dificuldades, em ralação à época em que
Jó viveu e na qual transcorreu a história paira mais controvérsia ainda.
Para alguns, a pessoa de Jó e todos os acontecimentos descritos no
livro se passaram num período antes do Dilúvio.
Para outros há algumas considerações que apontam para outra época
como no período patriarcal antes de Abraão e Moisés.
• Jó habitou na terra de Uz conforme Jó 1.1, cidade à sudeste da
Palestina e ao norte da Arábia, nas proximidades de Edom.
• Jó viveu com sua família numa organização ao estilo patriarcal.
• Jó não faz nenhuma referência ao povo de Israel ou à lei Mosaica.
• Jó cumpre as funções de pai e sacerdote conforme Jó 1.5.
• Jó teve vida longa, o que era comum ao tempo do antigo patriarcado
segundo Jó 42.16. (Panorama do Velho Testamento – Angelo Gagliardi JR)

TEXTO CHAVE - Jó 42:1,2,5,6


Então, respondeu Jó ao Senhor :
Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado.
Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem.
Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza.
SALMOS
O nome Salmo vem do grego “Psalmoi”, que significa “Poemas (ou
canções) cantadas com instrumentos de cordas (ou musicais)”. No
hebraico o termo usado é “SEFER TEHILLIM”, que significa “Livro de
Louvores”.
Na Bíblia, a música aparece bem no início da história da humanidade.
Fala-se, por exemplo, em Gênesis 4.21 que um certo Jubal, filho de
Lameque, foi o pai de todos os que tocavam harpa e flauta; este fato
está registrado antes do dilúvio. Moisés e os filhos de Israel cantaram
após a passagem do mar Vermelho (Êx 15). É claro que essa prática já
deveria existir antes daquele acontecimento. Miriã, irmã de Moisés,
tomou um tamborim e, juntamente com as mulheres, saíram tocando
e dançando (Êx 15.20-21).
Até ao aparecimento de Davi aconteceram muitas festas de celebração
do povo de Deus. Não sabemos o que se cantava nessas festas, mas
sabemos que os salmos chegaram a ser utilizados pelo povo como um
hinário e cantado em diversas ocasiões.
CONTEÚDO
O livro de salmos pode ser dividido em 5 partes, como segue:
1 Livro I 42 Livro II 73
42 73 Livro9III90 Livro107
IV 107 Livro
11 V 150

Gênesis Êxodo Levítico Números Deuteronômio


O homem justo Sofrimento e Santidade Crises na A Palavra de Deus
Salmo 1 salvação O centro é o caminhada para a e o louvor
Salmo 42.5 santuário do Senhor terra Salmo 119.7
Salmo 73.17 Salmo 90.7
O livro dos salmos abrange um período bastante longo, 1000 anos
aproximadamente. Contudo, a maioria deles foi escrita nos dias da
monarquia, quando Davi já estava fazendo parte do cenário de Israel.
Por esta razão, muitos salmos descrevem conflitos hora do próprio
Davi e seus inimigos, hora de Israel e outras nações. As guerras
sempre assumem caráter religioso no sentido de ser uma necessidade
de intervenção divina.
 O número total dos salmos é 150, dos quais 100 são de autores
identificados e 50 de autores anônimos. Assim, temos o seguinte
quadro:
  AUTOR Nº SALMOS
2-9; 11-32; 34-41; 51-65; 68-70;
DAVI 73 86; 95; 101; 103; 108-110; 122; 124;
CONHECIDOS

131; 133; 138-145


12 50; 73-83
ASAFE
FILHOS 10 42; 44-45; 47-49; 84-85; 87
DE CORÉ
02 72; 127
SALOMÃO
01 90
MOISÉS
01 88
HEMÃ
01 89
ETÃ
   
AUTORES? Nº DE SALMOS SALMOS

EZEQUIAS? 120-121; 123; 125-126; 128;


11 130; 132-134
PROVÁVEI

JEREMIAS? 01 137

AGEU? 01 146

ZACARIAS?
S

01 147

ESDRAS? 01 119

NÃO 1; 10; 33; 43; 46; 67; 71; 91-


  IDENTIFICADOS
31 94; 96-100; 102; 104-107; 109;
111-118; 135-136; 148-150
CLASSIFICAÇÃO DOS SALMOS
1. SALMOS MESSIÂNICOS
São salmos que se referem unicamente à pessoa de Cristo. Mesmo
tendo sido escrito mil anos antes do nascimento de Jesus, esses
salmos já falam a respeito dele, da sua vida, seu sofrimento, sua
morte, sua ressurreição e seu reino eterno. São os seguintes: 2; 8; 16;
22; 45; 69; 72; 89; 110; 118 e 132.

2. SALMOS DE CONFISSÃO
Em momentos de angústia por causa dos pecados o autor abre o
coração para mencionar a maldade cometida contra Deus. São os
seguintes: 6; 32; 38; 51; 102; 130 e 143.
3. SALMOS DA PALAVRA
São aqueles que se referem à Palavra de Deus e à sua importância
para o seu povo. São eles o 19 e o 119.
 
4. SALMOS DE ALELUIA
A palavra hebraica “Aleluia” é formada por duas palavras hebraicas
que significam “Louvai ao Senhor”. O termo é utilizado, além dos
salmos, nos livros de Crônicas, Esdras e Neemias. Nos salmos,
aparecem logo no início ou no final. São eles: 113-118 e 146-150.
5. SALMOS DE ROMAGEM
Também chamados de cânticos dos “degraus”, ou das “subidas”, ou
ainda “cânticos dos peregrinos”. Eram cantados pelos peregrinos a
caminho das festas de Jerusalém. Possivelmente foram cantados pelos
grupos que voltaram do cativeiro. São os seguintes: 120-134.
 
6. SALMOS DIDÁTICOS
Têm como objetivo a instrução, por isso, se utilizam de elementos
característicos de ensino, como provérbios, exortações, reflexões,
contrastes e lembranças. São esses: 1; 14-15; 24; 37; 49-50; 52-53; 73;
75; 78; 81; 91; 95; 105; 112; 119; 127-128; 133-134; 139.
 
7. SALMOS IMPRECATÓRIOS
Apresentam súplicas a Deus para que vingue os inimigos. São orações
que clamam por vingança. Também alguns são verdadeiros hinos de
guerra, tal o patriotismo demonstrado neles. Os principais são: 35; 69;
109.

8. SALMOS DE AÇÕES DE GRAÇA


 Aqueles que conclamam o povo a agradecer a Deus pelas dádivas
recebidas. O principal é o salmo 100, porém, muitos outros
apresentam expressões de ações de graça.
IDEIAS DOMINANTES NOS SALMOS
1. LOUVOR
Deus é louvado por seus atos de bondade, justiça, misericórdia,
fidelidade, santidade. Por Sua graça, poder, majestade, perdão,
amparo, cuidado. O povo de Israel fala bem do Seu Deus e proclama
as suas maravilhas (Ex: Sl 103.1-5).
 
2. CONFIANÇA
É a mais forte idéia dos salmos. Ela sempre demonstra a fraqueza do
homem, a grandeza de Deus e afirma que o melhor, em qualquer
situação, é depender inteiramente do Senhor, como a criança depende
dos pais (Ex: Sl 40.1-4).
3. REGOZIJO
Essa idéia permeia inteiramente o livro dos salmos, demonstrando que as crises e
aflições não podem apagar o brilho da alegria que há naqueles que esperam em
Deus. Assim, regozijar-de constantemente é um imperativo para os filhos de Deus
(Ex: Sl 5.11; 97.1; 149.2)
 
4. CONTRASTE ENTRE O JUSTO E O PERVERSO
Ainda que aparentemente o perverso pareça se dar bem, é sempre o justo que
tem a recompensa de Deus (Ex: Sl 1; 37 e 73).
 
5. SOFRIMENTO
Mesmo os filhos de Deus experimentam aflições, perseguições, enfermidades e
angústia. Não há uma isenção para Israel. Todos estão sujeitos ao sofrimento (Ex:
Sl 88; 116).
Nos salmos o povo de Deus demonstra sua gratidão louvando o Senhor, tendo a seguinte
base:
•  Por que louvar a Deus?
Porque é bom e amável cantar louvores ao seu nome.
• Quando louvar ao Senhor?
“Em todo o tempo”. Na alegria ou na tristeza; na fartura ou na escassez; na saúde ou na
doença. “Enquanto eu viver”.
• Quem deve louvar ao Senhor?
“Toda a criação; todos os povos; todo ser que respira”. Especialmente os seus filhos que lhe
reconhecem o nome.
•  Onde se deve louvar ao Senhor?
No seu santuário; nas festas; no trabalho; no leito; na guerra.
•  Com o que se deve louvar ao Senhor?
Com alegria, com a voz; com as mãos; com danças; com instrumentos musicais; com a
vida; com todo o ser.
PROVÉRBIOS
“MISHELÊY SHELÕMÔN” é o termo hebraico para Provérbios de Salomão.
Porém, a palavra provérbio deriva de uma raiz que significa “paralelo” ou
“semelhante” e significa “uma descrição comparativa”. Provérbio é um
ditado que afirma verdades por meio do contraste ou da comparação.
 
Exemplo:
“Melhor é o meu fruto do que o ouro, do que ouro refinado; e o meu
rendimento, melhor do que a prata” (8.19).
 
“A justiça do íntegro endireita o seu caminho, mas pela sua impiedade cai
o perverso” (11.5).
CONTEÚDO
O livro de Provérbios apresenta como estilo a poesia de sabedoria e,
dessa maneira, aborda vários assuntos, tais como: sabedoria, retidão,
temor a Deus, moralidade, domínio próprio, confiança em Deus, o uso
das riquezas, o domínio da língua, generosidade, o trabalho, a
honestidade, a ociosidade, a preguiça, a justiça, o contentamento, o
respeito e o bom senso, dentre outros. Assim, temos o seguinte
esboço:
1 9 22 24 29 31

Contrastes Sabedoria Preceitos Moral Conselhos


CONTEXTO
Tomando-se por base a autoria de Salomão da grande maioria dos
provérbios, então, sua escrita aponta para o tempo da monarquia de
Israel, tendo como rei, Salomão. Nesse tempo, a responsabilidade
pedagógica, ou seja, de ensinar, foi posta no palácio e sobre as costas
do rei. Por isso os provérbios de Salomão foram ensinados e
divulgados para todo o povo.
ASSUNTOS DESCRITOS EM PROVÉRBIOS

1. DEUS E O HOMEM
À primeira vista parece que Provérbios é fruto simplesmente da mente
do homem. Alguém que possa ter bons princípios de conduta e moral.
Apenas, talvez, um moralista. Estaria certo afirmar que o próprio
homem, neste livro, é o grande mestre?
A resposta a esta questão se vê claramente entre as considerações dos
preceitos e a moral. Provérbios se dá ao trabalho de indicar que aquilo
que é certo e aquilo que é vantajoso podem se acompanhar
mutuamente por uma boa distância; mas não nos deixa em dúvida
alguma quanto àquilo que devemos seguir quando os caminhos se
separam.
Em Provérbios é necessário ser bom para ser sábio, embora nos
provérbios como põe em relevo a prática se perceba o outro lado que
é necessário ser sábio para ser realmente bom. Podemos ver a
consciência que estes autores têm acerca de Deus nos seguintes
tópicos:
a) Pecado  Consciência de que o pecado assolou o coração do
homem e que este precisa de disciplina (15.8; 16.6; 20.9; 21.27;
28.9,13). O pecado conduz o homem a fazer escolhas que o afastam
do bem e da verdade.
b) O temor do Senhor  Alguém poderia pensar que isso não passa de
um respeito sadio para com o Onipotente. Mas, em Provérbios, é bem
mais que isso. É sinônimo de conhecer a Ele e este conhecimento é
marcadamente íntimo (2.5 e 9.10). É dado através da revelação (2.6) e
alimentado por aquilo que pode ser chamado a prática da presença de
Deus, conforme 3.6: “Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele
endireitará as tuas veredas”, ou literalmente, conhece-o. Isso nos faz
lembrar o alvo da própria nova aliança; faz parte do seu círculo íntimo
(3.32).
c) Confiança no Senhor  Uma vez que Ele é um Deus conhecido, então
a confiança deve ser de todo coração (3.5,7); Ele é confiável porque não
muda (19.21); o equipamento não garante (21.31); não adianta toda a
cautela (29.25); não há lugar para a auto-confiança (22.19).
d) A revelação do Senhor  A Lei do Senhor (28.4); profecia e Lei
(29.18).
O livro de Provérbios como sua própria figura da sabedoria, chama a
você na rua, para lhe falar acerca de algum aspecto da vida diária, ou
indica coisas no lar. Sua função nas Escrituras é vestir a piedade com
roupas de trabalho; é mencionar o comércio e a sociedade como
esferas dentro das quais devemos nos comportar de modo digno,
procurando sempre o treinamento que o Senhor dá.
2. O INSENSATO
Em Provérbios aparece com vários nomes dentre os quais:
 
a) Simples
O verbo que se forma com a raiz da palavra que significa “seduzir, enganar”
(1.10). O simples é o tipo de pessoa que é facilmente desviada, ingênua, boba.
Mentalmente é ingênua (14.15; 22.3); moralmente é teimoso e irresponsável
(1.32).
Por causa do seu descuido preguiçoso, pode precisar de uma ajuda visual para
levá-lo ao arrependimento (19.25). Se a recusar regredirá a uma condição mais
séria (14.18). O homem com a cabeça vazia acabará tendo uma cabeça errada.
Sua alegria é a estultícia (15.21) e seus alvos são coisas vãs (12.11).
O perigo do simples é que sempre tem alguém para lhe fazer a cabeça (1.10;
1.22-32).
b) Estúpido e obstinado
Em si mesmo ele não tem idéia alguma da procura paciente pela
sabedoria; não possui concentração para isso (17.24), não é capaz de
fazer nada com o que tem (17.16). Suas observações que visam ser
sábias ou caem por terra ou se viram contra ele (26.7,9) nunca
aceitará que está errado (17.10). A raiz do seu problema é espiritual, e
não mental. Ele gosta da sua estultícia (26.11). No fundo o que ele
rejeita é o temor ao Senhor (1.29). Finge sempre que está tudo bem
(1.32).
 Na sociedade é uma grande ameaça. Desperdiça seu tempo (14.7);
se fica com uma idéia na cabeça pode ser uma perturbação séria
(17.12). Deve-se passar por ele bem de largo (13.20).
 Para a família: tristeza (10.1; 17.21; amargura (17.25); calamidade
(19.13). Aos que o amam ele despreza (15.20)
c) Teimoso
Este se revela logo ao abrir a boca (17.28; 24.7; 10.14), sendo
extremamente briguento, pois não se deixa refrear (20.3; 12.16). O
que mais se destaca é sua insolência moral, não tolera qualquer
conselho (1.7; 10.8; 12.15; 15.5).
3. O ESCARNECEDOR
 É marcado pela atitude mental e não pela capacidade mental.
 
• Compartilha com seus companheiros em ter forte aversão pela
correção (9.7-8; 13.1; 15.12).
• Desfaz de tudo quanto é bom e deliberadamente causa problema
(21.24; 22.10; 29.8).
• Sua influência má fica clara à maioria dos homens (24.9).
• Contra ele têm-se o juízo do Senhor (3.34).
 
O PREGUIÇOSO

1. O CARÁTER DO PREGUIÇOSO
A figura do preguiçoso em Provérbios é uma figura trágica e cômica ao
mesmo tempo. Com sua preguiça totalmente animal, ele é mais do que
ancorado a sua cama (26.14); suas desculpas são as mais fantasiosas
possíveis (26.13; 22.13).
Sua vida se resume em alguns pontos:
a) Ele não começa a fazer nada (6.9-10). Tudo que ele conhece é sua
sonolência deliciosa; tudo quanto pede é um pouco mais de tempo. Não
se compromete com uma recusa total, mas se engana com o tamanho
pequeno dos seus adiamentos. Assim, por centímetros e minutos, suas
oportunidades vão se deslizando.
b) Ele nunca acaba de fazer nada. O esforço de iniciar algo já foi
demais para ele; o impulso vai correndo. Assim, a sua caça apodrece
antes de ele a preparar (12.27), e sua refeição se esfria antes de ele
comê-la (19.24; 26.15).
c) Ele não enfrenta nada. Chega a acreditar nas suas próprias
desculpas (22.13), e acha boas desculpas para a sua preguiça (26.16).
Formou o hábito da escolha fácil (20.4), seu caráter sofre tanto quanto
seus negócios ao ponto de se atribuir a ele a desonestidade.
d) Consequentemente é inquieto (13.4; 21.25-26). Com seu desejo
insatisfeito; incapaz diante dos seus negócios não acabados (15.19); é
inútil e portanto dispendioso (18.9) e exasperador para quem o
emprega (10.26).
A LIÇÃO DO PREGUIÇOSO
1. Pelo exemplo – o trecho mais enfático é o verso 6 do capítulo 6. A
formiga deixa o preguiçoso duplamente envergonhado. Ela não
precisa de fiscal (6.7) enquanto ele precisa ser empurrado; ela
conhece os tempos, mas para ele todos os tempos são iguais (6.8;
10.5) (conferir Jr 8.20; 46.17; Is 56.9-12).
2. Pela experiência – esta lição chega tarde demais. Despertará de
repente para ver que a pobreza chegou (6.11). Pelo fato de evitar o
trabalho pesado, qualificou-se para a posição de escravo (12.24) e,
através da demora, da morosidade, a desordem da sua vida se
torna irreversível. Tudo é deserto (24.30-31). O sábio, porém,
aprenderá enquanto é tempo (24.32).
O AMIGO

1. AMIGOS E VIZINHOS
 A expressão “REA”, mais comum para amigo, também significa
“vizinho”, tendo também o sentido de “colega” e “companheiro”.
Levando para os extremos de um lado, significa, meramente, “a outra
pessoa” e do outro lado alguém com quem se compartilha estreita
comunhão.
 Para sabermos se a palavra está de um lado, de outro ou no centro
temos que descobrir pelo contexto. Por exemplo: em 18.17 é um
oponente num processo jurídico; já em 17.17 é aquele que ama em
todo tempo.
a) O bom vizinho – ele tem de ser notavelmente um homem de paz,
não somente indisposto para começar contendas (3.29) ou para
espalhá-las (25.8-9) como também bondoso ao ponto de desarmá-las
(24.17,19; 25.21-22) e generoso nos seus julgamentos. Reconhecerá
que o silêncio é muitas vezes mais sábio do que a crítica (11.12), que
uma pessoa que fracassou deve atrair nossa ajuda e não nosso desprezo
(14.21); e que a aversão que alguém tem para com seu próximo pode
ser atribuída mais ao coração maldoso daquele do que deste (21.10).
Porém, sua bondade não deve se desequilibrar até se transformar em
sentimentalismo: deve saber guardar distância de algumas pessoas
(22.24-25), e também dizer “não” a uma transação insensata (6.1-5) tão
rapidamente quanto dirá “sim” a uma sugestão apropriada (3.27-28). O
padrão que sustenta (12.26) fará tanto bem ao seu próximo como as
coisas boas que ele distribui.
b) O bom amigo – Esse tem as seguintes características:
Constância – em Provérbios, amigos de tempos prósperos são muitos (14.20;
19.4,6-7), mas há os que superam tudo (18.24; 17.17). É fácil desejarmos ou
esperarmos receber uma amizade assim, mas Provérbios nos conclama a dar
uma amizade leal (27.10). 2)
Franqueza – Davi deixou de ser franco com seu filho Adonias com medo de o
contrariar isso resultou na morte de Adonias (I Rs 1.6). Provérbios nos ensina
duas coisas tremendas (27.6; 29.5).
Conselheiro – o bom amigo estará sempre disposto a dar conselhos. Conselhos
que consolem (27.9) e conselhos que estimulem (27.17).
Sensibilidade – o respeito para com os sentimentos alheios tem trato em
Provérbios: saber até quando deve se hospedar na casa de alguém (25.17), saber
o momento certo para falar (25.20) e para brincar (26.18-19).
2. A VULNERABILIDADE DA AMIZADE
O termo mais forte para um amigo (“ALLÛP”) é o que significa “amigo
do coração”. Usualmente ocorre no Antigo Testamento em situações
de traição (2.17) ou de desavença (16.28; 17.9) como para nos lembrar
que até a amizade mais íntima precisa ser conservada. As tensões que
surgem por falta de consideração são as menores. O perigo verdadeiro
advém da malícia: o deleite do difamador em causar discórdia (16.28),
ou o prazer daquele que possui uma vantagem em perseguí-la até o
fim (17.9). A integridade de uma amizade depende tanto dos recursos
espirituais quanto depende a do indivíduo.
ECLESIASTES

O termo hebraico para Eclesiastes é “QÕHET” que pode significar “o ofício


do pregador” ou “aquele que convoca uma assembleia”. Eclesiastes é a
tradução grega e tem origem na palavra Ekklesia que pode ser traduzida
por assembleia. Assim, pode ser dito de Eclesiastes como “aquele que fala
na assembleia” ou como o próprio livro denomina “pregador”.
 
O autor é descrito em 1.1 como “filho de Davi, rei de Jerusalém”. Esse e
outros fatos do próprio livro apontam para Salomão, que compôs esse
material tido como um livro de sabedoria. O assunto principal do livro é a
vida humana, apresentado em 12 capítulos com os seguintes destaques:
1 3 5 7 9 11 12

É vaidade É legal É inútil É sensato É É prudente


incompreensível

CONTEXTO
Tendo por certo que Salomão é o seu escritor, então, esse fato coloca o
livro de Eclesiastes no período da monarquia de Israel, possivelmente nos
últimos anos do seu reinado, quando o reino ainda estava unificado, pois
não há, em todo o livro, qualquer referência a uma divisão política de
Israel.
Tudo indica que o autor é alguém que viveu intensamente e aparenta ser
maduro o bastante para analisar a própria vida, tirando dela as lições que,
como foi nos seus dias, é no presente e será no futuro sempre atuais.
As lições do Pregador
O autor de Eclesiastes se apresenta como pregador, aquele que tem uma
mensagem para falar na assembléia. Neste sentido, cada leitor faz parte
dessa grande assembléia que se dispõe a ouvir suas considerações e seus
conselhos, para fazer suas próprias reflexões.
1. É VAIDADE (1 E 2)
O autor, praticamente, abre o livro já denunciando que tudo é vaidade,
ou seja, o proveito de tudo o que se faz sobre a terra, se alguém parar
para examinar cuidadosamente, vai descobrir que é canseira e enfado.
 Ele descreve a rotina ou mesmice da vida comparando-a com o ir e vir
das gerações, o nascente e o poente do sol, a direção dos ventos e o
caminho dos rios. Com isso ele quer dizer que tudo o que acontece no
presente, algum dia já aconteceu.
“O que foi é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer;
nada há, pois, novo debaixo do sol.” (Eclesiastes 1.9)
 
Assim, partindo dessa base, o autor afirma que as possessões, tudo
aquilo que alguém tem é vaidade. A sabedoria que alguém adquire é
vaidade. O trabalho no qual alguém gastou a sua vida também é
vaidade.
 Precisamos entender que essa é a reflexão do autor de Eclesiastes
analisando a sua própria vida.
2. É LEGAL (3 E 4)
Nesse ponto, Salomão tira os olhos da vida e das suas circunstâncias e dá uma
olhada para Deus, descobrindo que, na verdade, há uma lei de Deus que ordena
todas as coisas. “Sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe
pode acrescentar e nada lhe tirar; e isto faz Deus para que os homens temam
diante dele” (3.14). De sorte que, tudo o que acontece está dentro de uma
legalidade divina. Então, tudo o que envolve à vida do homem é legal.
Um dos pontos bastante polêmicos do livro encontra-se nos versos 16 a 22, nos
quais Salomão faz uma comparação entre os homens e os animais. Lendo o
texto, chega-se à conclusão que não há diferença entre eles, isto é, entre os
homens e os animais. Salomão está analisando do ponto de vista da matéria,
simplesmente, sem considerar a questão espiritual. Mais uma vez, precisamos
lembrar que Salomão está descrevendo o que está diante dos seus olhos. Diz ele:
“Vi ainda debaixo do sol…” (3.16).
 
2. É LEGAL (3 E 4)
Nesse ponto, Salomão tira os olhos da vida e das suas circunstâncias e dá uma
olhada para Deus, descobrindo que, na verdade, há uma lei de Deus que ordena
todas as coisas. “Sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe
pode acrescentar e nada lhe tirar; e isto faz Deus para que os homens temam
diante dele” (3.14). De sorte que, tudo o que acontece está dentro de uma
legalidade divina. Então, tudo o que envolve à vida do homem é legal.
Um dos pontos bastante polêmicos do livro encontra-se nos versos 16 a 22, nos
quais Salomão faz uma comparação entre os homens e os animais. Lendo o
texto, chega-se à conclusão que não há diferença entre eles, isto é, entre os
homens e os animais. Salomão está analisando do ponto de vista da matéria,
simplesmente, sem considerar a questão espiritual. Mais uma vez, precisamos
lembrar que Salomão está descrevendo o que está diante dos seus olhos. Diz ele:
“Vi ainda debaixo do sol…” (3.16).
 
4. É SENSATO (7 E 8)
 
A sensatez é a qualidade de considerar as diversas opções, ou vários
caminhos, e poder decidir pelo melhor. Diante disso Salomão
considera entre a sabedoria e loucura e decide que “é melhor a fama
do que o unguento precioso, e o dia da morte do que o dia do
nascimento. Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há
banquete… Melhor é a mágoa do que o riso… Melhor é ouvir a
repreensão do sábio… Melhor é o fim das coisas do que o seu princípio;
melhor é o paciente do que o arrogante” (7.1-3,5,8).
É melhor a moderação em tudo, a submissão ao rei e usufruir o fruto
do seu trabalho. O resto talvez não fique nem na memória dos vivos.
5. É INCOMPREENSÍVEL (9 E 10)
 
Analisando a vida, Salomão descobre alguns fatos que ele, por mais que se
esforce, não consegue compreender: que a sorte é a mesma para todos.
“Tudo sucede igualmente a todos: o mesmo sucede ao justo e ao perverso; ao
bom, ao puro e ao impuro; tanto ao que sacrifica como ao que não sacrifica;
ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento” (9.2).
Salomão considera na questão do trabalho e sua recompensa e descobre que
“… não é dos ligeiros o prêmio, nem dos valentes, a vitória, nem tampouco
dos sábios, o pão, nem ainda dos prudentes, a riqueza, nem dos inteligentes,
o favor…” (9.11).
Ele também não compreende a excelência da sabedoria. Quando é que o
sábio é mais sábio? Quando ele fala ou quando ele se cala?
6. É PRUDENTE (11 E 12)
 
Encerrando sua análise da vida o autor de Eclesiastes considera
naquilo que é prudente. É prudente o procedimento cuidadoso do
sábio. Ele pode até tomar atitude que parece estranha, como: “Lança
o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás”
(11.1). É prudente ser cuidadoso nos dias da mocidade sabendo que
de cada um deles Deus vai pedir prestação de contas. É prudente
lembrar do Criador enquanto se é jovem, levando em conta que a
juventude passa rapidamente.
CÂNTICO DOS CÂNTICOS
O nome “Cântico dos cânticos de Salomão” (1.1) já apresenta duas
idéias: a primeira tem a ver com um certo destaque a este cântico em
relação aos demais compostos pelo mesmo autor (I Rs 4.32); a
segunda é a que apresenta Salomão como o autor desse livro. O texto
é escrito em linguagem poética, narrando uma história de amor entre
Salomão e Abisague, ou Sulamita, a mesma que foi dada a Davi nos
seus últimos dias de vida.
A fala se reveza entre Salomão, o esposo, e Abisague, a esposa, que
são entrecortados pelo coro de damas, chamadas de “filhas de
Jerusalém”. Esse coro é composto pelo restante do harém de Salomão
que, possivelmente, constava de 140 mulheres.
O esboço de Cântico apresenta dois níveis de compreensão
com os quais se vê o conteúdo do livro:

Figurado 1 Israel 3 Encarnação5 Espera 7 8


2ª Vinda
Literal Preparo Encontro Espera Reencontro
CONTEXTO
Assim como Eclesiastes representa a fase da idade avançada de
Salomão, Cânticos representa a idade mais jovem de Salomão como
rei. De certa forma, é difícil acreditar que tendo tantas mulheres, já
morando no palácio, as mais belas de Israel, Salomão fosse se
apaixonar perdidamente por uma moça do campo. Talvez, esse
detalhe faça toda a diferença e chama a atenção para esse raro caso
de amor real, humano e exageradamente belo e instigante. O próprio
livro descreve o seu cenário quando se utiliza de figuras do campo, tais
como: os animais, as árvores, os montes, os rios etc.
Assim, o livro de Cânticos apresenta, de maneira singular, uma história
de amor que encanta pela poesia, pela riqueza de figuras e detalhes,
tornando-se arrebatador das mentes e corações de seus leitores.
O AMOR EM QUESTÃO
Há dois níveis de compreensão para Cantares de Salomão. O primeiro
diz respeito a uma interpretação literal, que considera apenas os
personagens descritos e seus relacionamentos conjugais, isto é, fixa-se
no amor de um homem por uma mulher e vice-versa. O segundo
transcende ao relacionamento humano e suas formas de amar. Nesse
caso, despreza-se a literalidade e passa-se a uma interpretação das
tipificações. Assim, em vez de puramente humano, o relacionamento
passa a ser divino/humano, ou seja, entre Cristo, o noivo, e a Igreja, a
noiva.
A maneira correta de ler Cantares deve ser a que atenta para a
questão literal do amor conjugal, sem, contudo, desprezar a aplicação
tipológica espiritual que aponta para o amor de Deus em relação ao
Seu povo.
1. TEMPO DE PREPARO (1 E 2)
Na compreensão literal esse é o tempo em que Salomão assume o trono de
Israel e que Abisague parece voltar para sua família, a fim de cuidar da vinha
comprada pelo rei. Para Abisague, esse tempo é de trabalho cansativo debaixo
de sol escaldante. Ela foi posta, pelos irmãos, para guardar as vinhas (1.5-7). Isso
significava vigiar para que as aves e especialmente as raposas não atacassem as
uvas, prejudicando a produção de vinho (2.15). É desse tempo que ela fica
morena e com uma aparência, de certa forma, danificada. Mas, mesmo assim,
ela ainda é uma das mais belas virgens de Israel.
Tipologicamente, esse tempo pode ser entendido como a história de Israel que
tem seu início com o chamado de Abrão e que passa por momentos de
escravidão, de deserto (com frio e sol escaldante), de guerras e a beira de
extermínio. Era uma figura sem beleza, mas que estava sendo preparada para a
plenitude do tempo a qual o apóstolo Paulo menciona em Gálatas 4.4.
 
2. TEMPO DE ENCONTRO (3 E 4)
A explicação literal para esse tempo é que o rei sai de Jerusalém para
visitar seus campos e em um deles encontra a bela morena, Abisague
ou Sulamita, que com um simples olhar (4.9) o deixa completamente
apaixonado e sem enxergar mais nada a não ser a beleza da jovem que
ele passa a descrever (4.1-5; 7-15). O rei deixa seu reino, sua glória, seus
campos, cavalos, vinhas e não mais desgruda os olhos da sua amada.
Para o sentido figurado esse tempo pode ser comparado à encarnação
do Messias que veio ao encontro da sua amada noiva. Para esse
encontro foi necessário deixar a sua glória, a sua exaltação e todo o seu
esplendor. É assim que o apóstolo Paulo apresenta esse momento na
vida de Jesus em Filipenses 2.5-8. Ele se volta inteiramente para a sua
noiva.
3. TEMPO DE ESPERA (5 E 6)

Literalmente, depois de conquistar o coração da Sulamita com o seu amor e com


todos os gestos de afeto e bondade, Salomão parte para cuidar de seus afazeres
como rei, mas promete voltar para buscá-la (5.6,8 e 6.1-2). O tempo de espera é
tempo de saudade, de dor e desprezo (5.7,8). É tempo de consolo. Sulamita se
conforta reafirmando seu amor por Salomão e relembrando o amor de Salomão
por ela (6.3).
A figura por traz desse texto é vista como o tempo em que a igreja, noiva, está
vivendo desde que Jesus foi para o Pai. Mas, Ele prometeu voltar para buscar a
Sua Noiva (João 14.1-3). Esse tempo para a Igreja que espera o Noivo é um tempo
de perseguição, de desprezo, de dor. O livro de Atos conta uma parte dessa
espera. A Igreja também se consola lembrando do amor do Noivo e reafirmando
seu amor por Ele (Romanos 8.31-39).
 
4. TEMPO DE REENCONTRO (7 E 8)
 
Literalmente a história de Salomão e Sulamita continua nos últimos
capítulos de Cântico dos Cânticos com a volta de Salomão para levar a
sua amada para desfrutarem todas as delícias do amor (7.10-13). O
reencontro acende a alegria e as juras de pertencimento mútuo (8.6-
7).
Figuradamente se encaixa esse tempo na segunda vinda de Jesus para
buscar definitivamente a Sua Noiva. Esse reencontro tirará dela toda a
tristeza, toda a dor, toda ferida (Apocalipse 21.1-4).
 
CONCLUSÃO
Nenhum livro contém mais histórias de amor do que a Bíblia. Ela contém gestos,
palavras e manifestações de amor dos mais diversos possíveis.
É impressionante notar, todavia, que o amor de Deus permeia todas as histórias
de amor e não há história de amor que não aponte para o amor de Deus. porque
o Seu amor é fonte do nosso amor. “Nós amamos porque ele nos amou
primeiro” (I João 4.19). Nosso amor nada mais é do que um reflexo do amor de
Deus.
Uma das mais belas histórias de amor entre um homem e uma mulher é, sem
dúvida, a de Salomão e Sulamita. Esta história é contada e cantada poeticamente
no livro de Cântico dos Cânticos. Ali Salomão e Sulamita verbalizam seu amor e
seu romance cheio de elogios, galanteios e expressões que deixam qualquer um
envergonhado com a pobreza de manifestações românticas em seus
relacionamentos conjugais.
Dentre as lições mais preciosas que esse livro nos fornece podemos destacar:
 
a) Que o relacionamento conjugal deve ser regado por um romantismo abundante
de palavras, gestos e expressões de afeto, carinho e desejo.
 
b) Que o amor conjugal deve ser sempre adubado por uma paixão apimentada
sem a sensação de que os atos decorrentes dessa paixão sejam imorais ou
indecentes.
 
c) Que a intensidade da paixão no relacionamento conjugal não diminui a
intensidade da espiritualidade.
 
d) Que o amor de Deus permeia e inunda todos os aspectos da vida conjugal
tornando cada um deles agradável em Sua presença.

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