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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

PROPOSTA DE LEI N.º /2022


de de

Havendo necessidade de estabelecer o regime jurídico sobre a liberdade de religião


e de culto, ao abrigo do n.º 1 do artigo 178 da Constituição da República, a
Assembleia da República determina:

CAPÍTULO I
Disposições Gerais

Artigo 1
(Objecto)

1. A presente Lei estabelece os princípios e regras relativos ao exercício da


liberdade de religião e de culto, bem como o regime jurídico de constituição,
modificação e extinção das confissões religiosas, das associações religiosas e
instituições de ensino religioso.

2. Sem prejuízo do disposto na legislação específica sobre as associações e


instituições de ensino, a presente Lei estabelece ainda as regras de constituição,
organização e funcionamento das mesmas com carácter religioso, com as
necessárias adaptações.

Artigo 2
(Âmbito)

A presente Lei aplica-se a todos os cidadãos, às confissões religiosas, associações


religiosas e instituições de ensino religioso, existentes na República de
Moçambique.
Artigo 3
(Definições)
Os termos usados na presente Lei constam do glossário em anexo, que dela é parte
integrante.

SECÇÃO I
Princípios Fundamentais

Artigo 4
(Princípios)

A presente Lei rege-se pelos seguintes princípios:


a) liberdade de religião e de culto;
b) laicidade do Estado;
c) não confessionalidade do Estado;
d) igualdade;
e) legalidade;
f) cooperação; e
g) tolerância.

Artigo 5
(Princípio da Liberdade de Religião e de Culto)

A liberdade de religião e de culto é inviolável e garantida a todos cidadãos em


conformidade com a Constituição da República de Moçambique e demais leis.

Artigo 6
(Princípio da Laicidade do Estado)

O Estado está separado das confissões religiosas, associações religiosas e


instituições de ensino religioso e estas são livres na organização e exercício das
suas actividades, nos termos da Constituição e da Lei.

Artigo 7
(Princípio da Não Confessionalidade do Estado)

1. Nos actos oficiais e Protocolo do Estado é respeitado o Princípio da Não


Confessionalidade.

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2. O ensino não é confessional.

Artigo 8
(Princípio da Igualdade)

1. Nenhum cidadão pode ser privilegiado, beneficiado, perseguido, prejudicado,


discriminado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em
razão da sua religião ou práticas religiosas.

2. O Estado não discrimina nenhuma confissão religiosa em relação a outra.

Artigo 9
(Princípio da Legalidade)

1. No exercício das suas actividades, as confissões religiosas, associações


religiosas e instituições de ensino religioso devem obediência à Constituição e a
Lei.

2. A Liberdade de religião e de culto só admite as restrições necessárias para a


salvaguarda de interesses constitucionalmente protegidos.

Artigo 10
(Princípio da Cooperação)

O Estado coopera com as confissões religiosas, associações religiosas e instituições


de ensino religioso, reconhecidas ou autorizadas, com vista à promoção dos
direitos fundamentais, do desenvolvimento da dignidade humana, dos valores da
paz, liberdade, solidariedade e da tolerância.

Artigo 11
(Princípio da Tolerância)

1. Os conflitos sobre a liberdade religiosa resolvem-se com base na tolerância,


sem prejuízo do recurso às instituições do Estado.

2. O Estado assegura a protecção dos direitos, bens, valores e interesses de


particulares e instituições previstos na constituição e demais legislação.

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CAPÍTULO II
Exercício da Liberdade de Religião

SECÇÃO I
Conteúdo, Garantias e Limitação da Liberdade de Religião

Artigo 12
(Direito à Liberdade de Religião e de Culto)

1. A liberdade de religião e de culto compreende o direito de:


a) ter, não ter ou renunciar a religião;
b) praticar ou não praticar uma religião ou crença, escolher livremente,
permanecer, abandonar ou regressar à crença ou comunidade religiosa
anterior ou outra, sem prejuízo das respectivas normas sobre a filiação e
exclusão de membro;
c) professar a própria crença religiosa, exprimir e divulgar livremente, pela
palavra, imagem ou por qualquer outro meio, o pensamento em matéria
religiosa;
d) adoptar ideias diferentes, sem prejuízo das disposições constitucionais e
demais leis;
e) informar e informar-se sobre a religião;
f) reunir, manifestar e associar-se com outros fiéis e confissões religiosas, de
acordo com as suas convicções;
g) produzir obras científicas, literárias e artísticas; e
h) outros que sejam de âmbito religioso e que não contrariem a constituição e
demais legislação.

2. Os pais e encarregados de educação têm o direito de educar os seus filhos e


educandos em coerência com as próprias convicções em matéria religiosa, no
respeito da integridade moral e física e sem prejuízo da saúde dos mesmos.

3. Os direitos referidos no número anterior são exercidos nos termos da


Constituição da República e da legislação aplicável.

Artigo 13
(Limite à Liberdade Religiosa)

Ninguém deve:
a) obrigar a outrem a professar uma religião, a praticar ou a assistir actos de
culto, a receber assistência religiosa ou propaganda em matéria religiosa;

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b) coagir a outrem a fazer parte, a permanecer ou a abandonar a confissão
religiosa, sem prejuízo das respectivas normas sobre filiação e exclusão de
membro;
c) cobrar bens, serviços ou valores em troca de promessas de bênçãos; e
d) realizar ou influenciar a outrem a praticar actos que atentem contra os
direitos humanos.

Artigo 14
(Garantias da Liberdade de Religião e de Culto)

1. A liberdade de religião e de culto é inviolável.

2. O Estado reconhece e garante a liberdade de religião e das pessoas e assegura às


confissões religiosas, associações religiosas e instituições de ensino religioso a
protecção jurídica nos termos da Lei.

3. O Estado garante o efectivo gozo da liberdade de religião e de culto, expressa


em forma individual ou colectiva, em público ou em privado.

SECÇÃO II
Qualidade, Direitos e Deveres do Líder Religioso e do Ministro de Culto

Artigo 15
(Qualidade de Líder Religioso)

1. A qualidade de líder religioso é certificada pelos órgãos da respectiva confissão


religiosa.

2. Constituem direitos do líder religioso:


a) exercer com liberdade as suas funções, em harmonia com a doutrina da
respectiva confissão religiosa; e
b) não inviolabilidade à liberdade de consciência e de crença assegurando o
livre exercício dos cultos religiosos garantidos por lei.

3. Constituem deveres do líder religioso:


a) guardar segredo sobre todos os factos que lhe tenham sido confiados ou de
que tenha tomado conhecimento em razão e no exercício das suas funções; e
b) manter sigilo mesmo quando tenha deixado de exercer a sua actividade.

4. Os demais direitos e deveres são objecto de regulamentação.

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Artigo 16
(Qualidade do Ministro de Culto)

1. A qualidade do ministro de culto é certificada pelos órgãos competentes da


respectiva confissão religiosa, para a prática de actos determinados.

2. Os direitos e deveres do ministro de culto são objecto de regulamentação da


presente lei.

CAPÍTULO III
Constituição das Confissões Religiosas, Associações Religiosas e Instituições
de Ensino Religioso em Território Nacional

Artigo 17
(Denominação)

1. A denominação das confissões religiosas, associações religiosas e instituições


de ensino religioso, deve ser identificada não podendo ser confundida com uma
outra existente ou com instituições e órgãos públicos e nem fira os costumes, a
Lei e a ordem pública.

2. Para efeitos do disposto no número anterior, a singularidade da denominação é


comprovada mediante certidão de reserva de nome.

Artigo 18
(Doutrina)

1. As confissões religiosas fixam livremente a sua doutrina, a qual não deve


contrariar a Constituição da República e demais legislação aplicável.

2. A doutrina deve especificamente definir os princípios subjacentes à confissão


religiosa, à crença e às práticas que apregoa.

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SECÇÃO I
Confissões Religiosas

Artigo 19
(Natureza da Confissão Religiosa)

As confissões religiosas são pessoas colectivas de direito privado, sem fins


lucrativos, constituídas por um substrato pessoal que, independentemente da sua
denominação jurídica, visa fins religiosos, reconhecidas nos termos da presente lei.

Artigo 20
(Âmbito)

As confissões religiosas são de âmbito nacional, podendo estas também operar a


nível provincial e local.

Artigo 21
(Aquisição e Perda da Personalidade Jurídica)

1. As confissões religiosas constituídas no território nacional adquirem


personalidade jurídica mediante reconhecimento jurídico pela entidade
competente.

2. A personalidade jurídica perde-se com a revogação da autorização quando se


verifiquem as seguintes situações:
a) existência de violações reiteradas e graves dos direitos humanos;
b) actividade ou práticas de incitação ao cometimento de crimes, ao ódio e à
violência;
c) quando seja comprovada a prática de actos de comércio de exercício directo
ou indireto com finalidade lucrativa; e
d) sustentação de actividade política ou o financiamento directo ou indirecto de
partidos políticos ou de grupos subversivos, incluindo o terrorismo dentro e
fora do território nacional.

3. As demais situações que determinam a perda da personalidade jurídica são


objecto de regulamentação.

4. Notificada da revogação, devem cessar as actividades da confissão religiosa,


incorrendo ao crime de desobediência qualificada todos os que nelas
persistirem.

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SECÇÃO II
Associações Religiosas

Artigo 22
(Aquisição e Perda da Personalidade Jurídica)

1. As associações religiosas constituídas no território nacional adquirem


personalidade jurídica mediante reconhecimento jurídico pela entidade
competente.

2. A organização e o funcionamento das associações religiosas obedecem, com as


necessárias adaptações, o regime jurídico relativo à constituição e o
funcionamento das associações.

3. Os conselhos e os institutos, com as necessárias adaptações obedecem às


disposições previstas na presente Lei.

4. As associações religiosas extinguem-se:


a) por decisão do órgão deliberativo;
b) pelo decurso do prazo, se tiverem sido constituídas por tempo determinado;
c) pela verificação de qualquer outra causa extintiva prevista no acto de
constituição, no seu estatuto e na lei; e
d) por decisão judicial, com fundamento em violação dos deveres estabelecidos
na presente Lei.

5. A extinção da associação religiosa implica o cancelamento do respectivo


registo.

SECÇÃO III
Instituições de Ensino Religioso

Artigo 23
(Aquisição e Perda da Personalidade Jurídica)

1. As instituições de ensino religioso adquirem a personalidade jurídica mediante


o reconhecimento do estatuto de pessoa colectiva com fins religiosos pela
entidade competente.

2. As instituições de ensino religioso extinguem-se:

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a) por decisão do órgão deliberativo;
b) pelo decurso do prazo, se tiverem sido constituídas por tempo determinado;
c) pela verificação de qualquer outra causa extintiva prevista no acto de
constituição, no seu estatuto e na lei;
d) por decisão judicial, com fundamento em violação dos deveres estabelecidos
na presente Lei; e
e) por declaração de insolvência.

3. A extinção de instituição de ensino religioso implica o cancelamento do


respectivo registo.

CAPÍTULO IV
Confissões Religiosas, Associações Religiosas e Instituições de Ensino
Religioso Constituídas no Estrangeiro

Artigo 24
(Autorização)

As confissões religiosas, associações religiosas e instituições de ensino religioso


constituídas no estrangeiro desenvolvem as suas actividades em território nacional,
mediante autorização do Governo.

Artigo 25
(Cidadão Estrangeiro em Missão Religiosa)

Para efeitos de entrada de cidadãos estrangeiros em missão religiosa no território


nacional observa-se o regime jurídico em vigor para a entrada, permanência e saída
do país.

CAPÍTULO V
Exercício de Culto e o Regime Jurídico dos Bens das Confissões Religiosas

SECÇÃO I
Exercício de Culto

Artigo 26
(Regime Geral)

1. O culto integra a prática de rituais, cerimónias e demais actos directamente


relacionados com a adoração, incluindo o uso de fórmulas e objectos.

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2. As confissões religiosas devem possuir lugares de cultos fixos e adequados à
prática religiosa.

3. São locais adequados de culto nos termos da presente Lei, em todos os casos,
os que observam o regime jurídico sobre as edificações.

4. Excepcionalmente e sem prejuízo dos casos previstos no número anterior, a


confissão religiosa pode adoptar outros lugar de culto.

5. O exercício de culto não pode atentar contra a paz social, a ordem e a


tranquilidade públicas, a livre circulação e as regras inerentes a poluição
sonora.

Artigo 27
(Actividade Religiosa)

1. O Estado garante e protege a actividade religiosa.

2. A actividade religiosa é realizada no respeito pelos direitos dos fiéis, da


Constituição da República e demais legislação.

3. As actividades religiosas que envolvam crianças devem ser realizadas em estrita


observância da legislação sobre a promoção e protecção dos direitos dos
menores.

CAPÍTULO VI
Regime Jurídico da Relação Laboral

Artigo 28
(Relação Laboral)

Toda a relação de trabalho estabelecida entre as confissões religiosas, instituições


de ensino religioso ou associações religiosas e pessoa singular, de forma verbal ou
escrita, para exercício de actividades sob autoridade e direcção daquelas, é regida
pela legislação laboral.

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Artigo 29
(Acordos entre Confissões Religiosas e o Estado)

1. As confissões religiosas, no exercício das suas actividades, podem celebrar


acordos com instituições do Estado.

2. O Estado coopera com as confissões religiosas, com vista à promoção dos


direitos humanos, do desenvolvimento social, à realização integral da pessoa
humana, promoção dos valores da paz, da liberdade, da solidariedade e da
tolerância.

Artigo 30
(Acordos Anteriores)

Os acordos anteriormente celebrados entre o Estado moçambicano e as confissões


religiosas prevalecem até que sejam modificados ou revogados entre as partes, nos
termos da presente Lei.

Artigo 31
(Símbolos, Objectos, Logotipo e Indumentárias das Confissões Religiosas)

1. Os símbolos, objectos, logotipo e as indumentárias distintivas das confissões


religiosas são integralmente respeitados e protegidos nos termos da Lei.

2. As indumentárias religiosas devem permitir a identificação do rosto do fiel para


efeitos civis e legais.

Artigo 32
(Revista)

Em caso de necessidade de revista dos crentes, nos termos da Lei, as autoridades


devem respeitar, a doutrina de cada confissão religiosa.

Artigo 33
(Eventos Religiosos)

1. As confissões religiosas podem realizar eventos religiosos, com conhecimento


da entidade que tutela os assuntos religiosos na área da respectiva jurisdição.

2. A utilização dos espaços ou outras formas de realização desses eventos é feita

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em conformidade com as posturas e normas municipais ou administrativa
locais.

Artigo 34
(Casamento Religioso)

São reconhecidos efeitos civis ao casamento religioso celebrado pela confissão


religiosa, legalmente reconhecida no país, em conformidade com a lei.

Artigo 35
(Situações Especiais)

1. O exercício da liberdade religiosa e de culto e do direito a assistência religiosa e


prática dos actos de cultos é assegurada a qualquer cidadão independentemente
da situação especial em que se encontre, designadamente, aquartelamento,
cumprimento de missões, reclusão ou detenção, unidades hospitalares, centros
de refugiados, internatos e outras situações similares.

2. O exercício da liberdade religiosa e de culto e do direito à assistência religiosa,


nos termos do número anterior, podem ser condicionados por razões funcionais
ou de segurança, devidamente comunicadas.

3. O Estado deve criar as condições adequadas ao exercício da liberdade religiosa


e de culto e do direito à assistência religiosa nas instituições públicas nos
termos do número 1 do presente artigo.

SECÇÃO I
Regime Jurídico dos Bens

Artigo 36
(Bens Religiosos)

1. O Estado reconhece e garante o direito de propriedade das confissões religiosas.

2. Por razões de necessidade e utilidade pública, o Estado pode expropriar o local


de culto, nos termos da Constituição e da legislação específica.

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Artigo 37
(Registo de Bens )

Os bens adquiridos pelas confissões religiosas são sujeitos ao registo nos termos da
Lei.

Artigo 38
(Utilização de prédios para fins religiosos)

1. A aquisição e fruição de prédios rústicos ou urbanos pelas confissões religiosas


obedece o regime comum, com as devidas adaptações aplicáveis as pessoas
colectivas sem fins lucrativos.

2. A utilização de edifícios em propriedade horizontal ou da fracção para fins de


culto religioso, não é permitida nos termos da presente Lei.

3. Exceptua-se do número anterior, as situações de uso exclusivo da propriedade


horizontal, pela confissão religiosa.

SECÇÃO II
Angariação de Fundos

Artigo 39
(Formas de Angariação)

1. As confissões religiosas podem livremente, receber prestações voluntárias dos


crentes para o exercício de culto e ritos, bem como donativos para a realização
dos seus fins religiosos, com carácter regular ou eventual e fazer colectas
públicas dentro ou à porta dos lugares de culto, assim como dos edifícios ou
lugares que lhes pertencem.

2. O disposto no número anterior, não isenta as confissões religiosas das


imposições fiscais, nos termos da legislação aplicável.

Artigo 40
(Financiamento de Confissões Religiosas)

1. A confissão religiosa pode angariar fundos e bens dos fiéis, pessoas singulares e
colectivas, públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras.

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2. A confissão religiosa está proibida de coagir os crentes para obter bens, serviços
ou valores.

3. Os bens que a confissão religiosa recebe a título de doação, devem ser


registados nos termos da legislação específica.

4. A confissão religiosa deve adoptar medidas de transparência sobre a gestão e


aplicação dos fundos.

Artigo 41
(Projectos de Rendimento)

A confissão religiosa pode criar projectos de rendimento que visem, de forma


complementar, sustentar a actividade religiosa, nos termos da Lei.

CAPÍTULO VII
Disposições Transitórias e Finais

Artigo 42
(Reajustamento)

1. As confissões religiosas, as associações religiosas e instituições de ensino


religioso existentes à data de entrada em vigor da presente Lei devem, no prazo
de 48 meses, proceder aos reajustamentos necessários à sua conformação com o
disposto na presente Lei.

2. A aplicação do disposto no número 1 do presente artigo observa o princípio de


gradualismo, conforme os casos.

Artigo 43
(Regulamentação)

Compete ao Governo regulamentar a presente Lei no prazo de 180 dias após a sua
entrada em vigor.

Artigo 44
(Entrada em Vigor)

A presente Lei entra em vigor 180 dias após a sua publicação.

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Aprovado pela Assembleia da República aos____ de___________2022

A PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

ESPERANÇA LAURINDA FRANCISCO NHIUANE BIAS

Promulgada em, de de 2022

Publique-se.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

FILIPE JACINTO NYUSI

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ANEXO

Glossário

a) Actividade religiosa – aquela realizada, com o objectivo de exaltar, disseminar


e propagar uma religião;
b) Associação religiosa – toda organização, nacional ou estrangeira, ligada a uma
confissão religiosa que prossegue fins humanitários, filantrópicos ou sociais;
c) Culto religioso – conjunto de ritos e rituais que se prendem à adoração ou
homenagem à divindade
d) Confissão religiosa – instituição que se caracteriza por uma comunidade regida
por princípios específicos emanados por uma religião;
e) Doutrina – conjunto de princípios que servem de base a um sistema religioso,
sendo passível de divulgação, através de pregação, sermão, opinião,
ensinamento, textos de obras e outras formas de ensino e educação;
f) Fé – crença religiosa;
g) Instituições de ensino religioso – aquelas que são concebidas para o ensino
religioso e que estejam ligadas a uma confissão religiosa;
h) Intolerância baseada na religião – qualquer exclusão, restrição ou preferência
baseadas na religião;
i) Líder religioso – aquele que, de harmonia com a organização da confissão
religiosa, exerce sobre os fiéis qualquer espécie de jurisdição ou direcção e
orientação da fé;
j) Local de culto – lugar público onde de forma permanente é reservado para o
exercício da liberdade de religião e de culto.
k) Prática religiosa – actividade ritual por meio da qual as pessoas manifestam
de forma simbólica, através do seu comportamento, o relacionamento com o
sagrado;
l) Publicidade enganosa – é defraudação de espectativa legítima de outrem com
recurso a forma publicitária que se socorram da inverdade, omissão, exagero ou
ambiguidade;
m) Religião – conjunto de princípios, valores morais, crenças, rituais, doutrinas e
normas que unem o ser humano a uma divindade, dentro de um universo
histórico específico;
n) Usos e costumes – modo habitual de ser ou agir que se estabelece de forma
reiterada por actos geralmente aceite pela sociedade, dentro dos limites
estabelecidos por Lei;
o) Conselho – é um grupo composto de pessoas indicadas ao nível máximo da
Igreja; e

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p) Instituto – é uma instituição que lida com o serviço especifico e que tem um
propósito especifico.

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