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LEIS
LIBERDADE
RELIGIOSA
E CRIMES CONTRA A
HONRA
LIBERDADE RELIGIOSA E CRIME CONTRA A HONRA
Art. 208 - Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir
ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto
religioso:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
VI - e inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o
livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção
aos locais de culto e a suas liturgias;.
CAPÍTULO I - Princípios
Artigo 1.º - Liberdade de consciência, de religião e de culto
A liberdade de consciência, de religião e de culto é inviolável e garantida a todos em conformidade com
a Constituição, a Declaração Universal dos Direitos do Homem, o direito internacional aplicável e a
presente lei.
Artigo 2.º - Princípio da igualdade
1 — Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, perseguido, privado de qualquer direito ou
isento de qualquer dever por causa das suas convicções ou prática religiosa.
2 — O Estado não discriminará nenhuma igreja ou comunidade religiosa relativamente às outras.
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LIBERDADE RELIGIOSA E CRIMES CONTRA A HONRA
Artigo 27.º - Actividades com fins não religiosos das igrejas e demais comunidades religiosas
As igrejas e outras comunidades religiosas podem ainda exercer actividades com fins não religiosos que
sejam instrumentais, consequenciais ou complementares das suas funções religiosas, nomeadamente:
a) Criar escolas particulares e cooperativas;
b) Praticar beneficência dos crentes, ou de quaisquer pessoas;
c) Promover as próprias expressões culturais ou a educação e a cultura em geral;
d) Utilizar meios de comunicação social próprios para o prosseguimento das suas actividades.
Artigo 29.º - Utilização para fins religiosos de prédios destinados a outros fins
1 — Havendo acordo do proprietário, ou da maioria dos condóminos no caso de edifício em propriedade
horizontal, a utilização para fins religiosos do prédio ou da fracção destinados a outros fins não pode ser
fundamento de objecção, nem da aplicação de sanções, pelas autoridades administrativas ou
autárquicas, enquanto não existir uma alternativa adequada à realização dos mesmos fins.
2 — O disposto no n.o 1 não prejudica os direitos dos condóminos recorrerem a juízo nos termos gerais.
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LIBERDADE RELIGIOSA E CRIMES CONTRA A HONRA
CAPÍTULO IV - Estatuto das igrejas e comunidades religiosas
Artigo 36.º - Inscrição de organização representativa dos crentes residentes em território nacional
1 — As igrejas e comunidades religiosas que tenham âmbito supranacional podem instituir uma
organização representativa dos crentes residentes no território nacional, que requererá a sua própria
LIBERDADE RELIGIOSA E CRIME CONTRA A HONRA
inscrição no registo, em vez da inscrição da parte da igreja ou comunidade religiosa existente no território
nacional.
2 — A inscrição está sujeita às mesmas condições da inscrição de igrejas ou comunidades religiosas de
âmbito nacional.
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LIBERDADE RELIGIOSA E CRIMES CONTRA A HONRA
e) Estudar a evolução dos movimentos religiosos em Portugal e, em especial, reunir e manter actualizada
a informação sobre novos movimentos religiosos, fornecer a informação científica e estatística necessária
aos serviços, instituições e pessoas interessadas e publicar um relatório anual sobre a matéria;
f) Elaborar estudos, informações, pareceres e propostas que lhe forem cometidos por lei, pela Assembleia
da República, pelo Governo ou por própria iniciativa.
2 — A Comissão elabora o seu próprio regulamento interno.
Artigo 63.º - Confissões religiosas e associações religiosas não católicas actualmente inscritas
1 — As confissões religiosas e as associações religiosas não católicas inscritas no correspondente registo
do departamento governamental competente conservam a sua personalidade jurídica e a sua capacidade,
passando a estar sujeitas à presente lei quanto às suas actividades religiosas, nos termos do artigo 44.º
2 — As mesmas confissões e associações podem requerer a sua conversão em uma pessoa colectiva
religiosa, nos termos dos artigos 34.º a 40.º , mediante o preenchimento dos respectivos requisitos, no
prazo de três anos desde a entrada em vigor da presente lei.
3 — Se o não fizerem, passarão a estar inscritas apenas no Registo Nacional das Pessoas Colectivas,
para onde serão remetidos os processos e os documentos que serviram de base aos respectivos registos.
4 — Passado o prazo referido no n.º 2, é extinto o actual registo de confissões religiosas e associações
religiosas não católicas do Ministério da Justiça.
Você já deve ter ouvido falar em calúnia, difamação e injúria. Mas conhece as diferenças entre esses três
tipos de crimes contra a honra? Saiba o que caracteriza cada um, qual a pena prevista para os ofensores e
ainda como proceder se for vítima de um desses crimes.
Cada vez mais as pessoas encontram espaço, principalmente na Internet, para expor suas opiniões e
difundir fatos - verdadeiros ou falsos, que podem denegrir a imagem de alguém. Nosso Código Penal
considera como crime a violação da honra de um indivíduo. Assim, quem é ofendido, tem todo o
respaldo da Lei para ingressar uma ação contra o ofensor.
Conheça as particularidades de cada um dos crimes contra a honra.
1) Calúnia
Calúnia é fazer uma acusação falsa, dizendo que uma pessoa cometeu um crime. Por exemplo, acusar
alguém de roubo, sendo que essa pessoa não cometeu o crime.
Para quem levanta uma calúnia, a pena é detenção de seis meses a dois anos e o pagamento de uma
multa. Também são punidas as pessoas que sabem que a acusação é falsa e difundem a informação.
2) Difamação
Difamação é denegrir a reputação de uma pessoa ao relatar um fato (não um crime)verdadeiro ou
falso. Um exemplo para esse caso seria afirmar que um funcionário trabalhava sob o efeito de álcool.
Trabalhar alcoolizado não é considerado um crime, mas essa acusação seria negativa para a imagem
da pessoa e a prejudicaria. Um difamador tem como pena detenção de três meses a um ano e o
pagamento de uma multa.
3) Injúria
Quem comete injúria está ofendendo a dignidade de uma pessoa com insultos e xingamentos. Ou
seja, utilizar adjetivos negativos para se referir a uma pessoa, afetando a sua dignidade ou autoestima.
Além da forma verbal ou escrita, a injúria também pode acontecer fisicamente, com um tapa no rosto, por
exemplo, que é considerado humilhante.
A pena para o crime de injúria é a detenção de um a seis meses ou o pagamento de multa. Se a ofensa
estiver relacionada a etnia, raça, religião ou alguma deficiência, a injúria é considerada discriminatória
e a pena nesse caso é maior: reclusão de um a três anos e pagamento de multa.
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LIBERDADE RELIGIOSA E CRIMES CONTRA A HONRA
Respeitando esse prazo, é possível ajuizar uma ação penal ou indenizatória reunindo provas suficientes
e contratando um advogado. Se o prazo de seis meses não for cumprido, a ação penal já não poderá ser
encaminhada, restando apenas a possibilidade de ação civil deindenização por danos morais, com
prazo de três anos da data da ofensa.
Se você precisar encaminhar alguma demanda referente a um crime contra a honra, procure um advogado
especializado em direito penal. Ele está preparado para lhe orientar no que for necessário.
São três os crimes contra a honra tipificados pelo nosso código penal:
Em muitas situações, tanto o leigo como os operadores do direito, confundem os três institutos.
Enxergo de forma bem natural essa confusão, pois devido aos detalhes que cada instituto possui,
se pouco explorados, causam certa dificuldade de definição.
O texto, aqui descrito, não tem o caráter de aprofundar-se nos pormenores peculiares de cada
instituto, por isso a doutrina é sempre muito bem recomendada para um conhecimento mais
aprofundado do assunto em tela, pois, SOMENTE, escreverei sobre o caput de cada tipicidade.
Calúnia
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
Exceção da verdade
I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por
sentença irrecorrível;
III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença
irrecorrível.
Visando tutelar a honra objetiva do ser humano, ou seja, aquela que diz respeito sobre o que
outras pessoas pensam do indivíduo caluniado, o objeto jurídico a ser tutelado é a qualidade física,
intelectual, moral e demais dotes que a pessoa humana possui.
Curioso e importante sobressaltar o que caracteriza a calúnia, muitas vezes confundida com os
outros dois tipos penais que veremos no decorrer do texto.
Para que se caracterize a calúnia, deve haver uma falsa imputação de fato definido como
crime (não se admitindo fato definido como contravenção penal, que poderá ser
tipificado em outro dispositivo) de forma determinada e específica, onde, outrem
toma conhecimento.
Não basta simplesmente ser uma afirmação vaga sem nenhuma descrição do fato criminoso como,
por exemplo, dizer que tal pessoa é um ladrão.
LIBERDADE RELIGIOSA E CRIME CONTRA A HONRA
Deve haver uma “narrativa” do fato falsamente imputado, com o mínimo de entendimento que
tal fato tenha “começo meio e fim” (ainda que de forma não detalhada). Exemplo a ser dado é o
de uma pessoa imputar a outra, falsamente, a seguinte situação: “A roubou B porque este não
havia-lhe pago uma dívida que contraíra meses atrás”.
A narrativa, ainda que breve, teve começo: “A roubou B”; meio: “porque B não havia-lhe pago
uma dívida”; e fim : “contraída meses atrás”.
Difamação
Exceção da verdade
Assim como no crime de Calúnia, aqui, protege-se a honra objetiva (já descrita no crime de
Calúnia) do sujeito.
No mesmo sentido, Fernando Capez diz que não deve o fato imputado revestir-se de
caráter criminoso; do contrário, restará configurado o crime de Calúnia. A imputação de
fato definido como contravenção penal caracteriza o crime em estudo.
Não é necessário que a imputação seja falsa, ocorrendo o crime em tela no momento em que é
levado a outrem os fatos desabonadores de um determinado indivíduo (sujeito passivo). É a
imputação de um fato ofensivo à reputação.
Por fim, o fato deve ser concreto; determinado, não sendo preciso ser descrito em detalhes, porém,
a imputação vaga e imprecisa pode ser classificada como Injúria.
Se divulgo que “João” traiu a empresa que trabalhou para ir trabalhar em uma empresa
concorrente, configura o crime em tela. Diferente é a situação se eu divulgar que “João” é um
traidor (genericamente), que configurará o crime de Injúria.
Importante destacar as palavras de Nelson Hungria: “Em caso de dúvida, a solução deve ser no
sentido de reconhecimento de Injúria, que é menos severamente punida que a difamação (in
dubio pro reo)”.
Injúria
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LIBERDADE RELIGIOSA E CRIMES CONTRA A HONRA
II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio
empregado, se considerem aviltantes:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência.
§ 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem
ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência: (Redação dada pela Lei nº 10.741,
de 2003)
Ao contrário da Calúnia e Difamação, o bem jurídico tutelado, aqui, é a honra subjetiva que é a
constituída pelos atributos morais (dignidade) ou físicos, intelectuais, sociais (decoro) pessoais
de cada indivíduo.
Não há, no crime em tela, imputação de fatos precisos e determinados, mas apenas fatos genéricos
desonrosos ou de qualidades negativas da vítima, com menosprezo, depreciação etc.
No crime de Injúria não há a necessidade que terceiros tomem ciência da imputação ofensiva
bastando, somente, que o sujeito passivo a tenha, independentemente de sentir-se ou não atingido
em sua honra subjetiva. Se o ato estiver revestido de idoneidade ofensiva, o crime estará
consumado.
Por outro lado, mesmo que a Injúria não seja proferida na presença do ofendido e este tomar
conhecimento por terceiro, correspondência ou qualquer outro meio, também configurará o
crime em tela.
O objetivo maior deste trabalho é trazer aos amados líderes evangélicos um conhecimento profundo e seguro sobre as leis que englobam o
universo cristão, baseados nos instrumentos de leis oficiais da nação brasileira.
Eu penso que o segundo livro que um pastor deve mais conhecer (o primeiro, claro, a Biblia Sagrada), deveria ser os livros de leis federativas,
a saber, Constituição Federal, Código Civil, Novo Código Civil, Código de Processo Civil, Código Penal, Código de Processo Penal, tendo em
vista seu papel como juiz de paz eclesiástico, conforme visto na apostilha anterior de nosso curso.
Que Deus abençoe a cada um e que sejais sempre excelentes ministros, não tendo nada do que se envergonhar, conhecendo e sabendo
manusear a palavra da verdade e justiça, cumprindo bem o ministério que deus vos confiou.