Você está na página 1de 8

Universidade Licungo

Departamento de Letras e Humanidade


Curso de Direito

Tema
Liberdade de Culto

Quelimane, 15 de Março de 2021


Dausse José Taibo
Flora Francisco António

Tema
Liberdade de Culto

Licenciatura em Direito, cadeira


Direito Fundamental, lecionado por
Prof. Dr. Ricardo Raboco

Quelimane, 15 de Março de 2021


Índice

Introdução........................................................................................................................2

Objetivo geral...................................................................................................................2

Objetivos Específicos.......................................................................................................2

Conceptualização da Liberdade de culto......................................................................2

Democracia e liberdade de culto....................................................................................4

Importância da Liberdade de culto...............................................................................4

Pressuposto do direito de liberdade de cultos...............................................................4

Estado Laico.....................................................................................................................5

Referencia Bibliográficas................................................................................................5
Introdução

O presente trabalho tem como abordagens, Liberdade de Culto tem uma


extrema importância, em qualquer país, para todas as pessoas. Ou seja é a forma de
respeitar a individualidade e, assim, um exemplo de tolerância. Ela deve se manifestar,
inclusive, àqueles que não têm qualquer credo e, portanto, não cultuam nenhuma
divindade, no entanto a liberdade de culto é reconhecida com a Revolução Francesa de
1789, e salientar que liberdade de culto é um direito que todo cidadão tem.

1.Objetivo geral
1
Liberdade de Culto no Ordenamento Jurídico Moçambique

2.Objetivos Específicos
a) Reconhecimento da laicidade no Ordenamento jurídico moçambicano
b) A liberdade da religião no ordenamento jurídico moçambicano

Conceptualização da Liberdade de culto


Liberdade é entendida como a possibilidade de fazer tudo o que não prejudica os
outros.
Logicamente, esta concepção da liberdade pode ser projetada sobre as crenças
religiosas.
Não respeitar as ideias religiosas implicaria em opor-se à liberdade de expressão,
prevista no número 1 do artigo 48 CRM. A liberdade de expressão constitui um especto
fundamental em qualquer sistema político de caráter democrático. Na República de
Moçambique vigora um Estado de direito Democrático baseado no pluralismo jurídico,
conforme regem os artigos 3 e 4 da CRM. A democracidade se baseia na igualdade de
todos os indivíduos e, paralelamente, nas ideias de pluralidade e tolerância. Neste
sentido, não haveria pluralidade nem tolerância se as crenças religiosas não pudessem
ser expressas publicamente com total liberdade.

O Culto é entendido como sendo a homenagem prestada ao que é considerado sagrado


ou divino ou seja a maneira através da qual uma divindade é adorada.
Segundo os artigos 18 e 21 da carta da Declaração Universal dos Direitos Humanos
de 1948, afirma-se que a religião de um indivíduo deve ser respeitada, seja na esfera
privada como na pública, de igual modo, o direito de mudar de religião é reconhecido.
A liberdade de culto é um direito fundamental embora não seja uma realidade
reconhecida em todo o mundo.

Durante séculos, a Inquisição perseguiu todos aqueles que praticavam suas crenças
religiosas contrárias ao catolicismo. Aquele que acreditavam em doutrinas não
reconhecidas pela Igreja e as expressavam em particular ou em público era considerado
um blasfemador, que poderia ser julgado e punido por isso (a penalidade usual por
heresia era a maldição).

2
Se tomarmos como referência a história do México, a mesma é marcada por relações
tensas entre a igreja e o estado (a Guerra Cristela entre 1926 e 1929 é um claro exemplo
da luta de poder entre a religião e a política).

Contudo, a Liberdade de cultos configura-se em um direito que todo cidadão tem. Este
direito está assegurado na Constituição da Republica de Moçambique é inviolável a
liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos
religiosos e garantida, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.

Trata-se de reconhecer que todo indivíduo deve ser respeitado por suas convicções e
práticas religiosas. Isto significa que ninguém deve ser obrigado a renunciar suas
crenças, nem ser vítima de algum tipo de coação a este respeito.

Democracia e liberdade de culto


A democracia, tal como entendemos hoje, é uma realidade relativamente recente, uma
vez que suas origens mais próximas são encontradas na Revolução Francesa de 1789.
Foi precisamente neste contexto histórico que foi proclamada a Declaração dos Direitos
do Homem e do Cidadão. Neste texto se enfatiza uma ideia fundamental, a liberdade.
Neste sentido.

Segundo o escritor baiano e deputado, Jorge Amado (CEERT, 2019, p. 01), estima-se
que mais de 200 milhões de cristãos sejam perseguidos em todos os Anos e com a
promulgação da nova Carta Magna de 1946, propôs um artigo para a Constituição que
reafirmava a importância da liberdade religiosa.

Importância da Liberdade de culto


A liberdade de cultos é de extrema importância, em qualquer país, para todas as
pessoas. Ou seja é a forma de respeitar a individualidade e, assim, um exemplo de
tolerância. Ela deve se manifestar, inclusive, àqueles que não têm qualquer credo e,
portanto, não cultuam nenhuma divindade. A importância desta liberdade ganha
contornos mais expressivos na atualidade, quando percebemos uma crescente onda de
intolerância e o surgimento de movimentos violentos, ligados a manifestações políticas
de direita. Isto não significa que todos os que se identificam com ideias de direita sejam
violentos. Contudo, é necessário e urgente o entendimento sobre a liberdade do outro
para promover o respeito e a segurança.
3
Pressuposto do direito de liberdade de cultos
De acordo os números abaixo do artigo 54⁰ da Constituição da Republica de
Moçambique, constituem pressupostos os seguintes

1. Liberdade de praticar ou de não praticar uma religião.


2. De não discriminação, perseguição, prejudicado, privado de direito, beneficiado
ou isento de deveres por causa da sua fé, convicção ou prática religiosa.
3. De prosseguir livremente os seus fins religiosos, possuir e adquirir bens para
materialização dos seus objetivos.
4. De assegurar a proteção aos locais de culto.

Estado Laico
Também é imprescindível entender que nosso país é um estado laico desde a
Constituição no entanto, a laicidade é a forma institucional que toma nas sociedades
democráticas a relação política entre o cidadão e o Estado, e entre os próprios cidadãos.
No início, onde e das religiões, não exercendo o Estado qualquer poder religioso e as
igrejas qualquer poder político.
Portanto, Estado e Religião devem ter uma relação de respeito.

Segundo o artigo 12⁰ da CRM, ilustra que,


1. A Republica de Moçambique é um Estado laico,
2. A Laicidade assenta na separação entre o Estado e as Confissões Religiosas,
3. As confissões religiosas são livres na sua organização e no exercício das suas
funções e de culto e deve conformar-se com as leis do Estado.
4. O Estado reconhece e valoriza as atividades das confissões religiosas visando
promover um clima entendimento, tolerância, paz e o esforço da unidade
nacional, o bem-estar espiritual e material dos cidadãos e o desenvolvimento
econômico e social.

4
Referencia Bibliográficas

Artigo 54 / de 16 de Novembro de 2004 da Republica de Moçambique, constituição da


república, que assegura, LIBERDADE DE CONSCIENCIA, DE RELEGIAO E DE
CULTO, Artigo 12 / de 16 de Novembro de 2004 da Republica de Moçambique,
constituição da república, que assegura, O ESTADO LAICO.

Conceito. Com > Liberdade-culto

Você também pode gostar