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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO


Gestão de Recursos Humanos na Função Publica

2º Ano, 2023, T/C

Tema:
Evolução histórica da Gestão de Recursos Humanos na Administração Publica
Moçambicana do estudo colonial ate aos nossos tempos de hoje

Discente:
Gloria Lopes Luís António

Quelimane. Novembro de 2023

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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED
FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO
Gestão de Recursos Humanos na Função Publica

2º Ano, 2023, T/C

Tema:
Evolução histórica da Gestão de Recursos Humanos na Administração Publica Moçambicana
do estudo colonial ate aos nossos tempos de hoje

Discente:
Gloria Lopes Luís António

Trabalho de carácter avaliativo, da disciplina de


Gestão de Recursos Humanos na Função Pública ,
dado como mecanismo parcial de obtenção de nota de
frequência. Leccionado por: Dr. Jorge Salvador
Cossa

Quelimane. Novembro de 2023

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Índice
1. Introdução ........................................................................................................................... 4

2. Objectivos ............................................................................................................................. 5

2.1. Objectivos gerais ................................................................................................................ 5

2.2. Objectivos Específicos ....................................................................................................... 5

3. Desenvolvimento Teórico ..................................................................................................... 5

3.1. Administração Pública depois da Independência ............................................................... 5

3.2. Administração Pública de Moçambique à luz da Constituição de 2004 ............................ 6

3.3. Órgãos Locais do Estado e a Gestão de Recursos Humanos.............................................. 7

3.4. Recrutamento e Selecção e Carreiras Profissionais na Função Pública de Moçambique .. 7

3.5.Modernização Administrativa no quadro da Reforma do Sector Público ........................... 7

3.6.Os objectivos da modernização da Administração Pública são: ......................................... 8

3.7. Profissionalização dos Funcionários do Sector Público ..................................................... 8

3.8. Conclusão ........................................................................................................................... 9

3.9. Referência Bibliográfica .................................................................................................. 10

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1. Introdução
O presente trabalho fala da evolução da gestão de recursos humanos na
administração pública Moçambicana do Estado Colonial aos nossos tempos, onde vamos
abordar aspectos relacionados com a Administração Pública depois da Independência, a
Administração Pública de Moçambique à luz da Constituição de 2004, Orgãos Locais do
Estado e a Gestão de Recursos Humanos, Recrutamento e Selecção e Carreiras
Profissionais na Função Pública de Moçambique, formação em Administração Pública, a
Modernização Administrativa no quadro da Reforma do Sector Público e por fim a
profissionalização dos Funcionários do Sector Público.

Os pressupostos da modernização da Administração Pública são a criação de uma


estrutura normativa necessária à adequação da administração ao novo quadro institucional
e o desenvolvimento de acções de formação e selecção com o objectivo de
profissionalizar a Função Pública e de institucionalizar mecanismos de controlo do mérito
técnico-profissional e do cumprimento das regras éticas e deontológicas por parte dos
funcionários.

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2. Objectivos
2.1. Objectivos gerais
 Analisar evolução da gestão de recursos humanos na administração pública
Moçambicana do Estado Colonial aos nossos tempos.
2.2. Objectivos Específicos
 Conhecer a evolução da gestão de recursos humanos na administração pública em
Moçambique;
 Abordar os aspectos gerais da administração pública depois da independência ao
nossos dias;
 Demostrar objectivos da modernização da Administração Pública.

3. Desenvolvimento Teórico
3.1. Administração Pública depois da Independência
Com a proclamação da independência nacional a 25 de Junho de 1975, nasceu a
República Popular de Moçambique, e entrou em vigor a nova constituição que se
designou de Constituição da República Popular de Moçambique. Esta definia
Moçambique como um Estado de Democracia Popular, onde o poder pertencia aos
operários e camponeses unidos e dirigidos pela FRELIMO.
O primeiro instrumento normativo aprovado para organizar a Administração
Pública foi o Decreto nº 1/75, de 27 de Junho, para o Aparelho de Estado Central que
definia as principais funções e tarefas de cada Ministério na realização do Programa Geral
de actividades do Conselho de Ministros, bem como delimitar as competências de cada
Ministério, estabelecendo a relação hierárquica dos diferentes serviços existentes ou a
serem criados.

Com a proclamação da independência e a adopção do modelo socialista, a


Administração Pública teve que se adequar para responder a necessidade de uma máquina
administrativa que se ajustasse aos interesses nacionais no quadro do cumprimento dos
objectivos de desenvolvimento e para o cumprimento das Directivas Económicas e
Sociais do III Congresso da FRELIMO, realizado em Fevereiro de 1977.
Foram recrutados muitos Moçambicanos para integrarem o Aparelho do Estado e
outros para gerirem empresas que haviam sido intervencionadas devido ao abandono das
mesmas pelos respectivos proprietários.

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3.2. Administração Pública de Moçambique à luz da Constituição de 2004
Da nova constituição destacam-se alguns aspectos fundamentais com respeito à
organização e funcionamento da Administração Pública em Moçambique
designadamente: a organização do poder político.
A Administração Pública serve o interesse público e na sua actuação respeita os
direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos. Os órgãos da Administração Pública
obedecem à Constituição e à lei e actuam com respeito pelos princípios da igualdade, da
imparcialidade, da ética e da justiça (Artigo 249 da Constituição da República).
A Administração Pública estrutura-se com base no princípio de descentralização
e desconcentração, promovendo a modernização e a eficiência dos seus serviços sem
prejuízo da unidade de acção e dos poderes de direcção do Governo.

A Administração Pública promove a simplificação de procedimentos administrativos e a


aproximação dos serviços aos cidadãos (artigo250).
O Decreto nº30/2001 de 15 de Outubro que aprova as Normas de Funcionamento dos
Serviços da Administração Pública estabelece os seguintes princípios da actuação da
Administração Pública:

 Princípio da legalidade;
 Princípio da prossecução do interesse público e protecção dos direitos a interesses
dos cidadãos;
 Princípio da justiça e da imparcialidade;
 Princípio da transparência da Administração Pública;
 Princípio da Colaboração da Administração com os particulares;
 Princípio da participação dos particulares;
 Princípio da decisão;
 Princípio da celeridade do procedimento administrativo;
 Princípio da fundamentação dos actos administrativos;
 Princípio da responsabilidade da Administração Pública;
 Princípio da igualdade e da proporcionalidade
O Decreto nº30/2001 estabelece, ainda, no domínio das suas garantias, a
imparcialidade às condições de impedimento; a competência, a delegação de
competência, a publicidade do acto de delegação ou subdelegação, os poderes do
delegante, a substituição ou acumulação de funções e a extinção da delegação entre outras
disposições inerentes à organização e procedimentos administrativos.

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3.3. Órgãos Locais do Estado e a Gestão de Recursos Humanos
Os órgãos locais do Estado, conforme os artigos 262, 263 e 264 da Constituição
da República têm como função a representação do Estado ao nível local para a
administração e o desenvolvimento do respectivo território e contribuem para a
integração e unidades nacionais.
No seu funcionamento, os órgãos locais do Estado, promovem a utilização dos
Recursos disponíveis e garantem a participação activa dos cidadãos e incentivam a
iniciativa local na solução dos problemas das comunidades. Na sua actuação, os órgãos
locais do Estado respeitam as atribuições, competências e autonomia das autarquias
locais.
A organização e funcionamento dos órgãos locais do Estado obedecem aos
princípios da desconcentração e da desburocratização administrativa, visando ao
descongestionamento do escalão central e a aproximação dos serviços públicos às
populações, de modo a garantir a celeridade e adequação das decisões às realidades locais.
3.4. Recrutamento e Selecção e Carreiras Profissionais na Função Pública de
Moçambique
Nos termos definidos no Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado o
ingresso na Administração Pública de Moçambique é feito por concurso público.
Contudo, os dirigentes com competência para nomear podem designar por escolha um
cidadão para exercer por contrato funções de direcção e chefia, quando não existir na
instituição pessoal com requisitos necessários para o exercício da mesma função.
Conforme a Constituição da República aprovada em 2004, o acesso à Função
Pública e a progressão nas carreiras profissionais não podem ser prejudicados em razão
da cor, raça, sexo, religião, origem étnica ou social ou opção político-partidária e obedece
estritamente aos requisitos de mérito e capacidade dos interessados (artigo 251, CRM).

3.5. Modernização Administrativa no quadro da Reforma do Sector Público


Para a coordenação política da Reforma do Sector Público foi criada uma
Comissão Interministerial da Reforma do Sector Público (CIRESP), que é apoiada por
uma Unidade Técnica da Reforma do Sector Público, unidade subordinada ao Ministério
da Função Pública.
Os pressupostos da modernização da Administração Pública são a criação de uma
estrutura normativa necessária à adequação da administração ao novo quadro institucional
e o desenvolvimento de acções de formação e selecção com o objectivo de
profissionalizar a Função Pública e de institucionalizar mecanismos de controlo do mérito

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técnico-profissional e do cumprimento das regras éticas e deontológicas por parte dos
funcionários.

a) Melhorar os níveis e qualidade de prestação directa de serviços aos cidadãos


passando a considerá-los como clientes, divulgando os seus direitos e melhorando as
condições do seu atendimento;

3.6. Os objectivos da modernização da Administração Pública são:


b) Reforçar o papel da AP enquanto agente da transformação da sociedade,
criando condições técnicas e organizacionais para a instituição de uma administração para
o desenvolvimento;

c) Criar um melhor ambiente na ecologia administrativa, formando servidores,


dignificando seu papel, promovendo maior justiça relativa, motivando e mobilizando para
o processo de mudança;

d) Contribuir para a melhoria da imagem da Administração Pública e dos


servidores

e) Promover a elevação dos níveis de eficiência e qualidade dos serviços e


assegurar a redução dos custos administrativos.

3.7. Profissionalização dos Funcionários do Sector Público


A melhoria da qualificação dos recursos humanos é fundamental para o sucesso
da Análise Funcional, porque é o garante de que as novas estruturas a serem criadas serão
competentes e adequadamente geridas. Por outro lado, no âmbito do desenvolvimento
dos recursos humanos está prevista a adopção de uma nova política salarial, que ligará a
remuneração ao desempenho e/ou gestão por resultados. Este elemento irá introduzir uma
maior competitividade pelos recursos humanos qualificados entre o sector público e o
sector privado e, reduzirá, em certa medida a fuga de quadros. Como resultado global, o
País tenderá a ter um padrão comum de qualificação de recursos humanos, facto que
reduzirá a busca pela contratação de mão-de-obra estrangeira.

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3.8. Conclusão
Durante a realização do presente trabalho, cheguei à conclusão que, a evolução
da gestão de recursos humanos na administração pública Moçambicana do Estado
Colonial aos nossos tempos, com a proclamação da independência e a adopção do modelo
socialista, a Administração Pública teve que se adequar para responder a necessidade de
uma máquina administrativa que se ajustasse aos interesses nacionais no quadro do
cumprimento dos objectivos de desenvolvimento e para o cumprimento das Directivas
Económicas e Sociais do III Congresso da FRELIMO, realizado em Fevereiro de 1977.
A organização e funcionamento dos órgãos locais do Estado obedecem aos
princípios da desconcentração e da desburocratização administrativa, visando ao
descongestionamento do escalão central e a aproximação dos serviços públicos às
populações, de modo a garantir a celeridade e adequação das decisões às realidades locais.
Nos termos definidos no Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado o
ingresso na Administração Pública de Moçambique é feito por concurso público.
Contudo, os dirigentes com competência para nomear podem designar por escolha um
cidadão para exercer por contrato funções de direcção e chefia, quando não existir na
instituição pessoal com requisitos necessários para o exercício da mesma função.

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3.9. Referência Bibliográfica

 Nelson Marconi (1999). Políticas integradas de recursos humanos para o setor


público. Biblioteca Virtual TOP sobre Gestión Pública

 Open Society Initiative for Southern Africa (2012 ).A Prestação Efectiva de
Serviços Públicos no Sector da Educação Um relatório publicado pelo AfriMAP.
COMPRESS

 Cláudia Costin; José Walter Vazquez Filho (1997).A Nova Política de Recursos
Humanos. Brasília – DF

 Harry Avon, Eliane Pires Navroski (2012 ). Recursos humanos na administração


pública. Curitiba-PR

REFERENCIA COMPLEMENTAR
 CAMARGO, Marculino. Fundamentos de ética geral e profissional. Petrópolis,
2014.

 REGO, Arménio; PINA, Miguel; CUNHA, Rita; CARDOSO, Carlos;


MARQUES, Carlos e GOMES, Jorge. (2010). Manual de Gestão de pessoas e do
Capital Humano. Lisboa

 CÂMARA, B. Pedro; GUERRA, B. Paulo; RODRIGUES, V. Joaquim (2001).


Humanator- Recursos Humanos e Sucesso Empresarial. 4ª Edição. Lisboa:
Publicações Dom Quixote.

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