Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
UnISCED
Nampula, Março, 2024
2
UnISCED
Índice
1. Introdução ........................................................................................................................... 4
Objetivos Gerais ..................................................................................................................... 4
Objetivos Específicos ............................................................................................................. 4
2. O DIREITO DISCRICIONÁRIO NA FUNÇÃO PÚBLICA EM MOÇAMBIQUE ........ 5
2.1. Conceito de direito discricionário ................................................................................... 5
2.2. Importância do direito discricionário em Moçambique .................................................. 6
3. Conclusão ........................................................................................................................... 8
4. Referencias Bibliográficas .................................................................................................. 9
4
1. Introdução
O direito discricionário refere-se à faculdade conferida pela lei a uma autoridade, geralmente
um funcionário público, para tomar decisões dentro de certos limites estabelecidos, sem a
obrigação de seguir um curso de acção específico pré-determinado. É importante ressaltar que
o direito discricionário não deve ser confundido com arbitrariedade. A discricionariedade
deve ser exercida de forma ética e responsável, respeitando os limites estabelecidos pela lei e
os princípios da administração pública.
De acordo com Luiz Alberto Blanchet (2006, P. 71) destaca a natureza da discricionariedade
como um princípio da actuação administrativa sujeito a limitações. Ele ressalta que a
discricionariedade se manifesta em situações em que a lei não estabelece de forma explícita e
literal como o agente público deve agir. Isso significa que, quando não há uma definição clara
na lei sobre a conduta a ser adoptada, é conferida ao agente público uma margem de
liberdade, um "poder-dever" ou "dever-poder", como alguns preferem chamar, para decidir
com base na conveniência e oportunidade, considerando o interesse público na situação
concreta.
Essa definição destaca que a discricionariedade permite ao administrador tomar decisões que
melhor atendam aos propósitos da lei, considerando a complexidade e as nuances do caso em
questão. Ao mesmo tempo, ressalta a responsabilidade do administrador em utilizar essa
margem de liberdade de maneira justa, razoável e compatível com o interesse público.
No entanto, é importante ressaltar que o exercício do direito discricionário deve ser pautado
pela razoabilidade, proporcionalidade e justiça, evitando arbitrariedades e desvios de conduta.
Em Moçambique, a legislação e os regulamentos específicos determinam os limites e as
condições para o exercício desse direito pelos funcionários públicos.
7
No entanto, é importante ressaltar que o uso da discricionariedade deve ser acompanhado por
mecanismos de controle e supervisão para evitar abusos ou desvios. A transparência nas
decisões, a prestação de contas e a participação da sociedade civil são fundamentais para
garantir que o direito discricionário seja exercido de forma ética e responsável.
3. Conclusão
4. Referencias Bibliográficas
Mello, C. A. B. de. (2003). Curso de Direito Administrativo. 22. ed. São Paulo: Malheiros.