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UnISCED
Nampula, Março, 2024
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UnISCED
Índice
1. Contextualização ............................................................................................................ 4
1.1. Problematização........................................................................................................... 5
1.2. Questões de pesquisa ................................................................................................... 5
1.2. Objectivos .................................................................................................................... 5
1.1. Metodologia ................................................................................................................. 5
2. O IMPACTO DA VIOLÊNCIA DOMESTICA NO DESENVOLVIMENTO
PSICOLÓGICO DO MENOR ........................................................................................... 6
2.1. O direito e a violência doméstica contra crianças em Moçambique. .......................... 8
3. Conclusão ....................................................................................................................... 9
Bibliografia ....................................................................................................................... 10
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1. Contextualização
A violência doméstica é um problema sério que afecta milhões de crianças em todo o mundo,
tendo consequências significativas para a saúde e o bem-estar das vítimas. A violência tem
sido uma parte provável da história da experiência humana e que suas consequências podem
ser observadas em diferentes situações e contextos ao redor do mundo. O Relatório Mundial
sobre Violência e Saúde é mencionado como fonte de informações sobre o impacto
devastador da violência, apontando que mais de um milhão de pessoas perdem suas vidas a
cada ano e muitas outras sofrem lesões fatais decorrentes da violência auto-infligida,
interpessoal ou colectiva. Esses dados evidenciam a gravidade do problema e a necessidade
de esforços contínuos para prevenir e combater a violência em todas as suas formas. (KRUG;
DAHLBERG; MERCY; ZWI; LOZANO, 2002).
Algumas Causas da violência doméstica podem ser facilmente identificadas, enquanto outras
estão enraizadas em aspectos culturais e económicos mais amplos da vida humana. O
Relatório Mundial sobre Violência e Saúde, ressalta a interacção de factores biológicos e
individuais com factores familiares, comunitários, culturais e externos na predisposição à
agressão e na criação de um ambiente propício à violência. Essa abordagem reconhece que a
violência é influenciada por uma variedade de factores complexos e interconectados, indo
além de explicações simplistas, e destaca a importância de abordagens holísticas na prevenção
e mitigação da violência. (KRUG et al., 2002, p. 3).
As consequências da violência domestica podem ser muito sérias, especialmente para crianças
tanto para os adolescentes, cujo desenvolvimento psicológico é fortemente influenciado pelas
experiências familiares. O ambiente familiar é considerado um espaço crucial para o
desenvolvimento físico, mental e psicológico dos seus membros, mas ressalta a necessidade
de superar a ideia de que a família é uma instituição intocável e livre de conflitos. Reconhece-
se a importância de romper com esse mito e denunciar actos violentos às autoridades
competentes, a fim de que medidas adequadas possam ser tomadas para proteger as vítimas e
prevenir a perpetuação da violência. Com isso há necessidade de enfrentar o problema da
violência doméstica de forma aberta e eficaz, buscando garantir a segurança e o bem-estar das
pessoas afectadas.
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1.1. Problematização
Como a violência doméstica impacta o desenvolvimento psicológico das crianças? Quais são
as lacunas no sistema sociojurídico que dificultam a protecção efectiva dos menores em
situações de violência doméstica?
1.2. Objectivos
Objectivo Especifico:
1.1. Metodologia
O presente trabalho foi produzido através de consultas de fontes bibliografia, foi realizada
uma revisão abrangente da literatura existente sobre o tema, incluindo estudos psicológicos,
pesquisas sociais e analises jurídicas relacionadas ao impacto da violência domestica no
desenvolvimento psicológico de menores.
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As crianças expostas à violência doméstica podem sofrer de ansiedade, medo, baixa auto-
estima, dificuldades de concentração, comportamento agressivo, dificuldades no
relacionamento com os outros e até mesmo sintomas de estresse pós-traumático. Esses efeitos
podem afectar seu desempenho escolar, relacionamentos futuros e saúde mental.
É crucial fornecer apoio e intervenção adequados para crianças que foram expostas à
violência doméstica, a fim de ajudá-las a superar esses desafios e se recuperar
emocionalmente.
A violência doméstica pode ser definida como:
Partindo desse pressuposto nota-se que, quando uma criança enfrenta dificuldades emocionais
em casa, como resultado de dinâmicas familiares disfuncionais ou de violência doméstica,
isso pode impactar significativamente sua capacidade de aprendizado e expressão na escola.
de que algo está errado na dinâmica familiar e que a criança está enfrentando desafios
emocionais que precisam ser abordados.
Portanto, é crucial que os educadores estejam atentos a esses sinais e possam oferecer apoio
emocional e académico adequado para ajudar a criança a superar essas dificuldades e a se
desenvolver de maneira saudável. De acordo com Guerra de Azevedo (2001) considera-se
quatro tipos de violência.
A violência física é caracterizada pelo uso de força física para discipliná-las,
resultando em dor ou lesão corporal. Isso pode variar desde um simples tapa até
agressões mais graves, podendo ser infligida pelos próprios pais ou responsáveis como
um meio de impor controle sobre as crianças.
A violência sexual refere-se a qualquer acto ou interacção sexual entre um adulto (ou
mais) e uma criança ou adolescente, com o objectivo de estimular sexualmente a
vítima ou obter satisfação sexual por meio dela. Isso pode incluir abuso sexual,
exploração sexual, exposição a conteúdo inadequado, entre outras formas de violência
de natureza sexual.
A violência psicológica consiste em qualquer interferência negativa por parte de
adultos sobre as crianças, resultando em um comportamento destrutivo por parte
destas. Em alguns casos, mães (e também pais) podem utilizar métodos de disciplina
prejudiciais que envolvem humilhação, gritos, comparações desfavoráveis e
chantagem emocional. Essas práticas podem ter um impacto extremamente negativo
no desenvolvimento emocional e psicológico da criança, minando sua autoconfiança e
autoestima.
Quando uma criança é constantemente exposta a esse tipo de comportamento por parte de um
cuidador, ela pode internalizar mensagens negativas sobre si mesma, o que pode levar a
problemas de auto-estima, ansiedade, dificuldades de relacionamento e até mesmo questões
de saúde mental mais sérias no futuro. É fundamental promover práticas parentais positivas e
saudáveis que se baseiem no afecto, na comunicação respeitosa e na busca por soluções
construtivas para lidar com comportamentos inadequados. A educação baseada no respeito
mútuo e na empatia é fundamental para o bem-estar emocional da criança.
Negligência – esta pode ser considerada também como descuido, ausência de auxilio
financeiro, pondo a criança em situações precárias, isto é, desnutrição, baixo peso,
doenças e falta de higiene.
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3. Conclusão
Terminado o trabalho, conclui-se que violência doméstica pode ser definida de acordo com
Azevedo e Guerra (2001), como sendo todo acto ou omissão, praticado por pais, parentes ou
responsáveis contra crianças e/ou adolescentes que, sendo capaz de causar dano físico, sexual
e/ou psicológico à vítima.
Contudo, espera-se obter uma compreensão aprofundada do impacto da violência doméstica
no desenvolvimento psicológico dos menores sob uma perspectiva sócio-jurídica. As
descobertas deste trabalho poderão informar políticas públicas mais eficazes, bem como
práticas jurídicas que visem proteger os direitos das crianças e adolescentes expostos à
violência doméstica, contribuindo assim para a promoção de ambientes familiares mais
seguros e saudáveis.
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Bibliografia
GIL, A. C. (2008). Como elaborar projectos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas.
Krug, E. G. (2002). et al. The world report on violence and health. The lancet, v. 360, n. 9339,
p. 1083-1088.