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O IMPACTO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NA SAÚDE MENTAL E NO

BEM-ESTAR DE CRIANÇAS E JOVENS

Projeto de Investigação

LAMEGO, JANEIRO DE 2023


O IMPACTO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NA SAÚDE MENTAL E NO
BEM-ESTAR DE CRIANÇAS E JOVENS

Projeto de Investigação

Licenciatura em Serviço Social


Unidade Curricular de Métodos e Técnicas de Investigação em Ciências Sociais

Estudantes:
29029, Carolina Rodrigues
29027, Dina Perpétuo
28726, Helena Marques
28737, Margarida Caramona
28757, Marta Vital

LAMEGO, JANEIRO DE 2023


ÍNDICE

I – OBJETO E OBJETIVOS DO ESTUDO..........................................................................................5

I.1 – Apresentação do Problema em Investigação....................................................................5

I.2 – Delimitação da abordagem..............................................................................................5

I.3 – Justificação e relevância do estudo..................................................................................6

I.4 – Apresentação do Problema de investigação.....................................................................8

I.5 – Eventual estrutura do trabalho........................................................................................9

II – METODOLOGIA...................................................................................................................10

II.1 – Métodos de abordagem e procedimentos....................................................................10

II.2 – Técnicas de recolhas de dados......................................................................................10

II.3 – Delimitação do universo/população.............................................................................12

II.4 – Técnicas de amostragem...............................................................................................13

III – REVISÃO DE LITERATURA....................................................................................................14

III.1 – Violência doméstica....................................................................................................14

III.2 – Tipos de violência........................................................................................................14

III.3 – Impactos na saúde mental e bem-estar.......................................................................16

III.4 – Intervenções de apoio.................................................................................................16

III.5 – Medidas de prevenção................................................................................................18

IV – CRONOGRAMA..................................................................................................................20

V – INSTRUMENTO DE PESQUISA..............................................................................................21

BIBLIOGRAFIA...........................................................................................................................22
I – OBJETO E OBJETIVOS DO ESTUDO

I.1 – Apresentação do Problema em Investigação


O tema em estudo neste projeto de investigação é sobre o impacto da violência doméstica na
saúde mental e no bem-estar de crianças e jovens. A razão pela qual escolhemos esta temática
deriva da perceção de que, mesmo nos dias atuais do século XXI, persistem várias manifestações
de violência doméstica e os seus impactos, especialmente na saúde mental e no bem-estar dos
indivíduos em vários contextos.

Este projeto visa abordar medidas para prevenir as situações de violência doméstica. Ao concluir
este trabalho, esperamos adquirir um conhecimento mais aprofundado sobre este tema e,
simultaneamente, compartilhar conhecimento e promover ações que sensibilizem as pessoas
acerca das diversas maneiras de previr e combater a violência doméstica, com foco nos efeitos
prejudiciais à saúde mental e ao bem-estar emocional de crianças e jovens.

I.2 – Delimitação da abordagem


Este projeto de investigação tem como objetivos gerais compreender os obstáculos com que as
vítimas se deparam, quais os sintomas que prevalecem e como esses influenciam as suas vidas, e
também quais as medidas de intervenção que podem ser aplicadas para facilitar uma reintegração
bem-sucedida na sociedade. Isso envolve compreender as abordagens práticas e estratégias
utilizadas por assistentes sociais e também por outros profissionais, que atuam na prevenção à
violência doméstica. É importante perceber que a violência doméstica se pode manifestar de
diferentes maneiras e contextos, seja no ambiente escolar, familiar ou até mesmo no local de
trabalho, muitas das vezes de maneira silenciosa.

De acordo com APAV (2021), a violência é um fenómeno presente nos diversos âmbitos da vida.
Trata-se de um problema social e racional. A violência doméstica é uma das maiores causas de
mortalidade infantil. A violência contra crianças pode assumir diversas formas, incluindo no
contexto familiar, online, etc.

O impacto da violência nas crianças e jovens é muito variável. Pode provocar graves prejuízos para
o bem-estar e desenvolvimento global com consequências que poderão persistir ao longo de todo
o percurso de desenvolvimento e ciclo de vida. Esta exposição de violência na infância pode afetar

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sintomatologia psicopatológica e comportamento desviante, o que pode aumentar o risco de
experiências adversas, incluindo o abuso.

O papel do assistente social neste tipo de situações é sempre muito importante, pois são temas
muito complicados e muitos dos jovens não o conseguem dirigir da forma correta. Também é
crucial, as escolas fazerem várias sessões sobre este tipo de temas mais delicados, o que ajuda
bastante a certas vítimas a pedirem ajuda e a contarem a sua situação.

Procurar-se-á, ainda, caracterizar o perfil do indivíduo que vivencia estes acontecimentos,


experimentar diferentes percursos de aprendizagem e utilização, tendo em conta variáveis como a
idade, o sexo, tipos de violência, a sua relação com o agressor, entre outras a considerar
oportunamente, assim existindo uma reprodução de desigualdades sociais. Finalmente,
relacionar-se-ão os comportamentos desses jovens nas escolas, ao pé de outras pessoas, para ver
como se comportam perante outras pessoas.

No que se refere às limitações que o estudo poderá encerrar parece-nos relevante assinalar que:

1. Este estudo será limitado a crianças e jovens que estão a passar por estes episódios de
violência e, portanto, mais suscetível de ter um papel ativo na ajuda psicológica e
social;
2. A dificuldade inerente à captação dos “quadros mentais” ou das representações
sociais de cidadania dos alunos e dos pais. Acreditamos, todavia, ser possível, com a
ajuda de todos, facilitar este processo.

I.3 – Justificação e relevância do estudo


O estudo inerente ao impacto da violência doméstica na saúde mental e no bem-estar de crianças
e jovens está muito relacionado com o que eles vivem dentro de casa e também pelas diversas
formas de violência que podem estar a sofrer, tais como, violência física, sexual e psicológica. Este
documento apresenta um projeto de investigação sobre o impacto da violência doméstica na
saúde mental e no bem-estar de crianças e jovens, com foco na avaliação das disciplinas de apoio
e que é extremamente relevante no contexto atual.

O estudo visa investigar a violência doméstica como um problema que afeta não apenas os
adultos, mas também as crianças e jovens que estão involuntariamente envolvidos nesse tipo de
trauma. O projeto também aborda a definição de violência doméstica e debate os diferentes tipos

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de violência. Além disso, são apresentados os objetivos, a metodologia e o cronograma do projeto
de investigação.

É importante explicar a relevância e o porquê deste estudo ser necessário e relevante no contexto
atual por várias razões, abrangendo questões socias, económicas e de saúde. De acordo com
Benavente (s.d), Martins (2009) e Silva (2021), ao longo do estudo vamos perceber vários
impactos e consequências que são manifestadas pelas crianças e jovens que sofrem de violência
doméstica, estes são:

1. Impacto na saúde mental e física: A exposição à violência levará a problemas de saúde


mental e física, como ansiedade, depressão, transtorno de stresse pós-traumático e
comportamentos autodestrutivos. Compreender esses impactos é fundamental para fornecer
orientações adequadas e apoio psicológico, assim reduzindo o sofrimento das vítimas;

2. Impacto no bem-estar: A violência doméstica afeta níveis do bem-estar geral das


crianças e jovens, interferindo no seu desenvolvimento emocional, social e acadêmico. Posto isto,
investigar esses efeitos ajuda a identificar estratégias de apoio e proteção que podem melhorar a
qualidade de vida dos indivíduos;
3. Consequências a longo prazo: A exposição à violência doméstica na infância ou
adolescência está associada a um maior risco de perpetuação da violência no futuro, a problemas
de relacionamento interpessoal, e assim prejudicar o desenvolvimento social, emocional e
cognitivo das vítimas. Ao entender as implicações de longo prazo, podemos realizar intervenções
e medidas cautelosas mais eficazes;
4. Prevenção e intervenção: Para reduzir a ocorrência de violência, a investigação é
importante para desenvolver estratégias e programas eficientes de prevenção e
intervenção. Essas informações são essenciais para promover mudanças sociais e garantir a
proteção de crianças e jovens que vivem em ambientes violentos;
5. Relações interpessoais: A violência doméstica pode interferir no desenvolvimento
emocional de crianças e jovens, e pode ter um impacto negativo nas suas relações. Esses, podem
ter dificuldade em estabelecer relacionamentos saudáveis, laços de segurança e durabilidade,
confiar em outras pessoas e expressar emoções de maneira adequada;
6. Impacto no desempenho educacional: Crianças e jovens que vivenciam violência
doméstica podem ter dificuldades em se concentrar na escola, o que pode afetar seu
desempenho acadêmico, desenvolvimento social e educacional. As vítimas tendem a apresentar
problemas de aprendizagem, falta de motivação e até mesmo absenteísmo escolar;

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7. Risco de perpetuação da violência: Alguns jovens expostos à violência doméstica
podem manifestar um comportamento agressivo em resposta ao trauma. Esses que vivenciam
violência doméstica têm maior probabilidade de continuar num ciclo de violência em seus
relacionamentos futuros. Eles acreditam que a violência é uma forma aceitável de resolver
conflitos, repetindo os padrões aprendidos em casa. Portanto, a investigação é necessária para
acabar com esse ciclo e criar sociedades mais seguras.
Do nosso ponto de vista sensitivo e pessoal, o interesse por esta temática decorre da empatia e
compaixão que temos pelas vítimas de violência doméstica, da prevenção e mudança social, e da
curiosidade sobre como a violência doméstica afetará na saúde mental e bem-estar de crianças e
jovens.
Assim, o tema proposto para este projeto de investigação desempenha um papel fundamental na
disseminação de conhecimentos, na prevenção da violência doméstica e no apoio às vítimas. É
uma forma significativa de cooperar para a proteção e bem-estar das crianças e jovens da
sociedade e uma contribuição essencial para a construção de uma sociedade mais segura, justa e
equitativa, onde toda a gente tem chance de desfrutar de vidas saudáveis e livres de violência.

I.4 – Apresentação do Problema de investigação


A violência doméstica é uma preocupação global, representa um abuso de poder devastador que
ocorre dentro das relações familiares, e que afeta indivíduos em todo o mundo. O problema de
investigação consiste no impacto da violência doméstica nas crianças e jovens.

O objetivo é analisar de que forma a violência doméstica influência e afeta o desenvolvimento


psicossocial, emocional e cognitivo das vítimas, bem como identificar as suas consequências a
curto e longo prazo. Além disso, este projeto de investigação procura compreender os elementos
que atuam como fatores de proteção e resiliência, com o propósito de reduzir o impacto da
violência doméstica nestas faixas etárias. Isso envolve uma análise aprofundada dos efeitos
negativos dessa experiência, e a identificação dos fatores/intervenções adequados que possam
promover um ambiente seguro, bem-estar e a capacidade de recuperação das vítimas.

Com base no problema de investigação, o nosso estudo procura responder às seguintes perguntas:
1. Quais são os diferentes tipos de violência doméstica que afetam crianças e jovens?
2. Quais são as possíveis consequências psicossociais da violência doméstica na vida das
crianças e dos jovens de curto e longo prazo?
3. Quais são as estratégias de intervenção e prevenção que podem ser eficazes na
redução do impacto da violência doméstica nas crianças e nos jovens?

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4. Quais são os recursos para ajudar na saúde mental das crianças e jovens que são
vítimas de violência doméstica?
5. Como sensibilizar a sociedade e promover uma cultura de não violência para prevenir
a violência doméstica contra crianças e jovens?

As principais variáveis do nosso estudo podem ser:

1. Idade das vítimas;


2. Género;
3. Tipos de violência;
4. Relação com o agressor;
5. Frequência e duração dos episódios de violência;
6. Fatores familiares;
7. Fatores socioeconómicos;
8. Saúde mental;
9. Intervenções de apoio.

I.5 – Eventual estrutura do trabalho


Ao avaliar o problema de investigação para o qual nos propomos obter resposta, os eixos teóricos
que nos orientam e a pesquisa empírica que projetamos vir a realizar, acreditamos que o trabalho
final terá como eventual estrutura:

1. Uma introdução que apresente o tema, os objetivos da pesquisa, e as razões pelas quais
escolhemos o tema do trabalho de pesquisa;

2. Um primeiro capítulo que refira as questões de investigação, a abordagem e


metodologia utilizadas para a parte prática;

3. Um segundo capítulo caracterizador do eixo teórico da violência doméstica;

4. Um terceiro capítulo que relacione a saúde mental e bem-estar de crianças e jovens


com a violência doméstica;

5. Um quarto capítulo que explique todas as questões relativas a como a violência


doméstica influência/afeta a saúde metal e o bem-estar de crianças e jovens;

6. Um capítulo de apresentação e análise dos dados;

7. As conclusões.

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II – METODOLOGIA

II.1 – Métodos de abordagem e procedimentos


Dado o nosso objeto de estudo pela sua natureza multidimensional (o que se torna mais
complicado a sua definição precisa), no presente trabalho, decidimos o tema do projeto e
realizamos uma pesquisa descritiva e bibliográfica que visa, por um lado, identificar conexões
entre diferentes variáveis ou, por outro lado, descrever minuciosamente as características de uma
certa população ou fenómeno, que normalmente, emprega-se técnicas padronizadas de recolha
de dados, como o questionário e a observação sistemática. Este tipo de pesquisa tem como intuito
analisar características específicas como a idade, sexo e nível de escolaridade, concentra-se em
avaliar o nível de atendimento dos órgãos públicos e também, tentam identificar a existência de
associações entre variáveis independentes atributivas.

A metodologia utilizada neste projeto de investigação foi de natureza exploratória e descritiva,


com uma abordagem quantitativa através de um questionário bem organizado para alcançar
dados objetivos sobre o impacto da violência doméstica na saúde mental e no bem-estar das
crianças e jovens, reconhecendo os fatores ou variáveis que cooperam para o progresso destes
problemas.

II.2 – Técnicas de recolhas de dados


As técnicas de recolha de dados utilizadas para este projeto de investigação sobre o impacto da
violência doméstica na saúde mental e no bem-estar das crianças e jovens, podem variar
dependendo dos objetivos do estudo e da metodologia adotada. No entanto, há técnicas usadas,
tais como a pesquisa bibliográfica e descritiva, que é a revisão de literatura sobre esta temática,
abrangendo sites, relatórios e artigos científicos que estabelecem uma base de conhecimento
sobre este assunto, como também recolha de dados com inquérito por questionário.

A técnica de utilizamos para a recolha de dados foi um inquérito por questionário. É um


instrumento de recolha de dados que consiste num conjunto de questões fechadas (que oferecem
opções de resposta, de maneira a facilitar a analise quantitativa), dicotómicas (só há duas
possibilidades de resposta), de escolha múltipla (apresenta um número limitado de respostas
possíveis),perguntas demográficas (informações sobre características pessoais) e perguntas de
avaliação ou abertas apresentadas por escrito às pessoas, neste caso podem ser feitas a
profissionais de saúde, pais/cuidadores e a crianças e jovens, em papel ou online. Esta técnica é

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utilizada com o objetivo de obter informações e conhecimentos sobre opiniões, sentimentos,
situações vividas, crenças, expetativas, entre outros. É uma técnica de observação que se
fundamenta na análise em dados não disponíveis, onde obtemos explicações através das
respostas das pessoas às perguntas do inquérito por questionário.

A observação é um procedimento científico e uma técnica de recolha de dados quando: tem um


objetivo claro, a observação deve ser feita com um objetivo já definido, como testar uma hipótese
e formulação de problemas, ou como reunir dados para uma pesquisa; é planejada
sistematicamente, levando em consideração os fatores que podem influenciar os resultados, como
o espaço/sítio, o tempo, e o método de observação; é regularmente registada e relacionada a
proposições mais gerais; é submetida a verificação e controlo de validade e precisão.

Este estudo prioriza a recolha de informação alusiva às crianças e adolescentes vítimas de


violência doméstica, visa compreender com que frequência isto acontece e de como cada
indivíduo reage a essa violência. Este estudo irá ser realizado através de questionários com uma
observação participante (como é um estudo de grupos de pequenas dimensões) que abrange na
participação real de nós como observadores na vida dos indivíduos de forma artificial.

Elaboraríamos um questionário válido, confiável, fácil de se perceber e curto, com apenas 20


perguntas. Seriam respostas dicotómicas, como “sim” ou “não”; perguntas de avaliação, como
“Em uma escala de 1 a 5, você sente que há apoio suficiente disponível para ajudar crianças e
jovens no contexto de violência doméstica?” ou “Na sua opinião, quais são as estratégias de
intervenção mais eficazes para ajudar os indivíduos a lidar com o impacto da violência
doméstica?” ou “Como descreveria a influência da violência doméstica na saúde mental destas
crianças e jovens?”; perguntas demográficas, como “Qual é a sua idade?” ou “Qual é o seu
género?” ou “Qual é o seu relacionamento com as crianças ou jovens que passam por violência
doméstica?”; perguntas de escolha múltipla, como por exemplo, “Como avalia o apoio fornecido
pelas instituições ou profissionais para as crianças no contexto de violência doméstica? Escolha
uma opção: a) Excelente; b) Bom; c) Normal; d) Insatisfatório; e) Péssimo. Ou “Quais das
sequentes estratégias de intervenção, acha que são mais eficientes para ajudar crianças e jovens a
defrontar o impacto da violência? Escolha até duas opções: a) Grupos de apoio; b) Intervenções
Jurídicas; c) Educação sobre a violência doméstica; d) Aconselhamento psicológico; e) outras.

O questionário deverá ser realizado num local publico, podendo afixar panfletos na escola, com
informações sobre o objetivo do estudo, como participar e também conversar com os professores
e funcionários para que possam incentivar os alunos a participar, de modo a conseguir com que as

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pessoas que não possam ter acesso ao email, conseguirem responder. As questões devem se focar
com base nos objetivos gerais do estudo, por isso evidenciar os fatores que impedem a saída do
contexto onde estão inseridos, como o medo, a dependência e a falta de apoio social e como a
violência doméstica afeta a capacidade de lidar com certas situações ao longo da vida cotidiana.
As perguntas do questionário devem se fixar na prevalência de sintomas de ansiedade, depressão
ou stress em indivíduos que passaram esse tipo de maus-tratos e como podem perturbar, por
exemplo, no seu desempenho escolar, relações sociais e bem-estar geral das crianças e jovens, e
para finalizar salientar as intervenções que são eficientes na redução dos impactos da violência na
saúde mental e no bem-estar, e nas advertências para implementação de políticas e programas
que apoiem a reintegração das vitimas na sociedade.

II.3 – Delimitação do universo/população


O universo/população de um estudo é um conjunto de elementos que ao terem certas
caraterísticas são alvo de estudos. Sobre “O Impacto da Violência Doméstica na Saúde Mental e no
Bem-Estar de Crianças e Jovens”, um universo mais restrito que poderia envolver apenas crianças
e jovens que vivem em uma determinada comunidade. O local pelo qual optámos para a
realização deste projeto de investigação foi a Escola Básica e Secundaria da Sé, em Lamego, a
população poderia ser definida como todos os alunos da escola, com idade entre os 9 e 18 anos e
tais como alguns profissionais que lá trabalham. Neste caso, o estudo seria capaz de suprir
informações/conhecimentos mais específicos sobre esta temática.

A amostra a selecionar no que diz respeito a este determinado universo será de tipo não
probabilística ou não representativa (pode ser esclarecida como uma amostra de alunos que são
voluntários para participar do estudo) e dentro deste será a amostra “bola de neve”, por
considerarmos: 1) que esta técnica é útil em situações em que a amostra desejada, é composta
por casos excecionais, ou seja, casos que raramente são encontrados; 2) que envolve a realização
de um inquérito sumario com um grande número de pessoas, com o objetivo de identificar
aquelas que possuem essa tal caraterística “excecional” procurada.

A seleção da escola para este estudo dependerá da colaboração e da disponibilidade das


entidades responsáveis para o efeito e de alguns critérios que atentamos a priori pertinentes para
o estudo:

1. Ambiente geográfico;

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2. O tipo de violência;

3. A idade;

4. A presença de outros fatores de risco.

Estes critérios são totalmente flexíveis e passiveis, podendo ser ajustados e complementados
conforme necessário. Com plena consciência do que sugerimos, reconhecemos que poderá haver
situações imprevisíveis, mas contendo potencialidade significativas e informações que podem
influenciar ajustes e redefinições nas ideias apresentadas até o momento.

II.4 – Técnicas de amostragem


Começamos a observar as experiências e perceções de crianças, jovens ou profissionais em
relação ao impacto da violência doméstica na Escola da Sé em Lamego utilizando uma
amostragem “bola de neve” para identificar os participantes. Optamos por direcionar esta escolha
de amostra, no nosso projeto de investigação, uma decisão alinhada aos nossos interesses. Como
somos estudantes da ESTGL (Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego), a relevância
dessa amostragem torna-se evidente, uma vez que a escola escolhida para realização do nosso
questionário está localizada nas proximidades, disponibilizando-nos maior facilidade de acesso.

Desenvolveremos um questionário abrangente que acoste perguntas relacionadas com o tema do


nosso projeto de investigação, como também as perceções dos participantes. Iriamos selecionar
alguns alunos e profissionais iniciativos da Escola da Sé para participar do nosso estudo, podendo
ser feito em cooperação com a administração escolar. De maneira a divulgar e distribuir o
questionário, entregávamos os mesmos aos participantes iniciais, onde era necessário esclarecer o
propósito do estudo e a relevância das suas respostas. No fim do questionário, poderíamos
adicionar uma questão que solicite aos participantes que assinalem outros indivíduos que possam
estar dispostos a compartilhar as suas vivências. De seguida, entrar em contato com os alunos
assinalados pelos participantes iniciais e dar-lhes o inquérito por questionário, e repetir
sucessivamente esse processo até obtermos a quantidade pretendida de questionários
respondidos ou até alcançar a saturação de informações.

É crucial garantir que os participantes estejam cientes da natureza deste estudo, destacando a
importância da confidencialidade e do direito de recusar a participação, e também certificar-nos
de ter o consentimento informado de cada participante. Esta técnica de amostragem com

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questionário, facilita de uma maneira mais eficiente de identificar indivíduos no contexto escolar,
cumprindo a privacidade e estimulando a participação voluntária.

III – REVISÃO DE LITERATURA

III.1 – Violência doméstica

A violência doméstica é um comportamento agressivo que viola os direitos humanos e pode ter
impactos na saúde física e mental. O agressor tenta exercer o controlo sobre a vítima, de maneira
sutil e psicológica, restringindo a sua liberdade e autonomia. A violência doméstica, também
conhecida como violência intrafamiliar, é um tema que prejudica imensas famílias resultando em
traumas, não só em adultos, mas também em crianças e jovens que são involuntariamente
envolvidas para esse tipo de trauma.

Segundo Hildebrand, Celeri, Morcillo, & Zanolli (2015), a violência é responsável por ser a terceira
maior causa de mortalidade na população geral, e a principal entre os adolescentes e crianças a
partir de um ano de idade. Isso destaca a gravidade da situação, salientando que a violência tem
um impacto desproporcional nas faixas etárias mais jovens.

A violência doméstica é caraterizada por atos de violência física, sexual e psicológica que ocorre no
ambiente familiar, relativamente a pessoas que convivem no mesmo espaço doméstico ou ainda
sobre ex-cônjuges, ex-companheiros/as, pais de filhos em comum, ascendentes ou descendentes
(Clifton, 2022).

III.2 – Tipos de violência

Para compreendermos melhor esta temática, é crucial analisar os diferentes tipos de violência
doméstica. Este conjunto diversificado de abusos inclui violência física, sexual, psicológica, verbal,
social, financeira e perseguição. Neste contexto, exploraremos esses tipos de violência para
promover a conscientização e encorajar a procura de soluções que ajudem a diminuir esse ciclo de
abuso.

Violência física: Em termos mais simples, implica propositadamente, por parte do agressor, que
envolve usar força física para prejudicar alguém, de modo a causar danos físicos, emocionais e
psicológicos. A violência física pode ser de diferentes maneiras como pontapés, chapadas, socos,

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empurrões, utilização de objetos para infligir lesões. Além das lesões físicas, que podem variar de
hematomas a lesões internas graves. As vítimas enfrentam um sofrimento emocional, envolvendo
ansiedade, depressão e trauma (Henrique, Violência Física: Compreensão dos Danos e
Consequências Legais, 2023).

Violência sexual: Refere-se a um comportamento nos quais os indivíduos são forçados a praticar
em atividades sexuais (Cotrim, 2021). De acordo com Fávero (2017), é essencial reconhecer que a
violência sexual não necessariamente implica agressão física. Há uns anos, costumava-se
considerar um ato como violência sexual apenas se houvesse evidências físicas visíveis. No
entanto, isso não abrangia situações em que uma pessoa era assediada, coagida a testemunhar
cenas de sexo entre terceiros, entre outros comportamentos não físicos. Atualmente, abrangemos
uma vasta variedade de comportamentos que constam violência sexual, de maneira a reconhecer
que a manipulação, assédio entre outras formas de influência psicológica que podem,
eventualmente, gerar impactos prejudiciais. Neste tipo de casos, as vítimas podem-se sentir
obrigada a agir contra a sua vontade, fica sem controlo no seu próprio corpo e emoções, impondo
o silêncio e mantendo-a presa na situação de violência, causando ainda mais sofrimento.

Violência psicológica: Quando as pessoas pensam em violência, a imagem predominante costuma


ser de agressões físicas, e as agressões psicológicas muitas das vezes não são reconhecidas como
forma de violência. Este tipo de violência consiste num conjunto de atitudes verbais ou não
verbais, por parte intencional do agressor com o propósito de provocar sofrimento psicológico e
emocional. A sociedade tem de entender que a violência psicológica é tão prejudicial quanto a
violência física, provoca danos emocionais e psíquicos, afeta o equilíbrio afetivo, a autoestima e o
bem-estar (Blog de Saúde Mental, 2021).

Segundo a Ordem dos Psicólogos (s.d.) e Arquejada (2020), os comportamentos de violência


emocional e psicológica englobam uma variedade de ações que causam danos à saúde mental e
emocional da vítima. Isso pode incluir práticas como violência verbal, como insultos, humilhações,
ameaças verbais para inferiorizar o indivíduo, criticar, fazer chantagem, manipular e ameaçar. O
agressor, por vezes, demostra indiferença, ignora, despreza e desvaloriza a vítima, culpa a vítima
de tudo, vitimiza-se, entre outros.

Violência social: Lima (s.d.) afirma que este tipo de violência está ligado ao isolamento da vítima,
onde o agressor controla a sua vida social. Por exemplo, envolve impedir que a pessoa receba
visitas, controla o telemóvel, seja por chamadas ou mensagens, e até mesmo restringir a liberdade
do indivíduo.

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Violência económica/financeira: é uma forma de abuso que envolve o controlo indevido dos
recursos financeiros de uma pessoa por parte do agressor, com o objetivo de exercer um poder e
controlo sobre a vítima. Esta forma de violência cria uma dependência da vítima em relação ao
agressor, onde essa fica sem autonomia económica e essa manipulação financeira visa restringir a
liberdade e independência (Conceição & Vieira, 2023).

III.3 – Impactos na saúde mental e bem-estar

A experiência da violência doméstica, seja ela física, sexual, psicológica, económica ou outra
maneira de abuso, pode desencadear uma série de efeitos na saúde mental e bem-estar das
vítimas. Ao aprofundar os impactos, procuramos não apenas identificar os desafios enfrentados
pelos indivíduos, mas também promover uma compreensão mais profunda para desenvolver
estratégias de intervenção mais eficazes.

De acordo com Louro (2023), as crianças e jovens não apenas enfrentam impactos físicos, mas
também sofrem consequências profundas em termos psicológicos, que pode levar a traumas de
maneira a surgir ansiedade ou depressão e também problemas de autoestima; emocionais, onde
as vítimas podem sentir medo, tristeza, raiva e confusão devido à constante exposição à violência,
falta de confiança e dificuldade em expressar as suas emoções.

Benavente (s.d.) acrescenta que crianças e jovens que sofrem de violência doméstica apresentam
impactos comportamentais podendo exibir um comportamento agressivo, enquanto outras
podem-se tornar retraídas e preferem isolar-se, também podem sentir-se culpadas, tristes,
podendo afetar a sua alimentação e o sono.

Femmes (2023) diz que as vítimas ainda sofrem com impactos sociais, tendo o indivíduo vítima de
violência, dificuldade em estabelecer e manter relacionamentos devido à falta de confiança.
Podem-se sentir isoladas socialmente, evitando interações sociais devido ao medo, ansiedade ou
depressão. Devido à exposição contínua a um ambiente disfuncional, as crianças e jovens podem
também mostrar um desinteresse escolar ou académico e pode haver atrasos no seu
desenvolvimento.

A presença de violência cria um contexto prejudicial que molda o desenvolvimento integral das
vítimas, de modo a deixar marcas duradouras na vida dessas pessoas.

III.4 – Intervenções de apoio

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As intervenções de apoio em situações de violência doméstica são fundamentais para
proporcionar um ambiente seguro para as vítimas e para ajudar na sua recuperação.

Conforme a Segurança Social (2023), o centro de apoio familiar e aconselhamento parental, a


equipa de rua de apoio a crianças e jovens, o acolhimento familiar e acolhimento residencial, são
apoios sociais às vítimas que estejam em situações de perigo. O centro de apoio familiar e
aconselhamento parental destina-se às famílias com crianças e jovens e ajuda a prevenir e lidar
com situações de risco psicossocial, tem como objetivos:

1. Prevenção de situações de risco e de perigo;


2. Avaliação de dinâmicas de risco e proteção das famílias;
3. Desenvolvimento de competências parentais, pessoais e sociais;
4. Preparar as famílias;
5. Melhoria das interações familiares;
6. Prevenção da separação de crianças e jovens;
7. Aumento da resiliência;
8. Reintegração familiar;
9. Reforçar a qualidade das relações da família (Segurança Social, 2023).

Já a equipa de rua de apoio a crianças e jovens apoia as vítimas que não estão inseridas a nível
sociofamiliar, nos quais os seus principais objetivos são:

1. Reintegração na família, escola e sociedade;


2. Edificação de um projeto de vida saudável;
3. Prevenção primária da toxicodependência;
4. Despistar situações de risco ao nível do jovem consumidor;
5. Prevenção de doenças sexualmente transmissíveis;
6. Promover o contacto com as famílias e o envolvimento da comunidade (Segurança Social,
2023).

O acolhimento familiar representa uma iniciativa destinada a garantir os direitos e a proteção,


sendo uma medida transitória e temporária. Procura assegurar o bem-estar temporário, com a
perspetiva de retorno à família biológica ou meio original de vida. Tem como objetivos:

1. Fornecer todos os cuidados diários à criança, incluindo acompanhamento e atenção


personalizada;
2. Estabelecer laços afetivos sólidos e seguros com as vítimas;
3. Demonstrar paciência, perseverança e flexibilidade;

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4. Empatia e capacidade para auxiliar a criança na compreensão dos seus próprios
sentimentos;
5. Abertura para colaborar com a família da criança;
6. Inclusão da criança na sua rede social composta por familiares ou amigos;
7. Colaboração efetiva com a equipa de profissionais;
8. Desenvolvimento de habilidades para promover a própria valorização pessoal, social,
acadêmica e profissional;
9. Criação de condições favoráveis para a construção da identidade e integração da história
de vida (Santa Casa Misericórdia de Lisboa, s.d.; Segurança Social, 2023).

Segundo o Instituto da Segurança Social (2014), para receber esse apoio em situações de violência
doméstica, os indivíduos devem contactar:

1. Segurança Social;
2. Polícia de Segurança Pública;
3. Linha 144 (linha de apoio para as vítimas em Portugal);
4. Centros de atendimento;
5. Comissão para a cidadania e igualdade de género (entidade governamental que trabalha
para promover a igualdade de género e oferece orientação);
6. Sistema de Informação a Vítimas de Violência Doméstica – 800 202 148;
7. Câmaras municipais.

Estes recursos são essenciais para garantir que as vítimas de violência doméstica tenham acesso a
ajuda e apoio.

III.5 – Medidas de prevenção

Para garantir o desenvolvimento saudável e seguro de crianças e jovens, é essencial prevenir a


violência doméstica. Vamos falar sobre algumas medidas de prevenção que visam criar ambientes
protetores e relacionamentos saudáveis desde a infância.

Segundo a APAV (s.d.), as medidas de prevenção devem ser feitas com o apoio de guias ou
manuais, que ajudam à implementação, possibilitam a replicação consistente em diferentes
contextos e ao seu fácil uso e devem ser estruturadas com base numa fundamentação teórica,
que são adaptadas ao nível de desenvolvimento dos destinatários. De modo a garantir o
cumprimento dos objetivos estabelecidos, esta medida tem de atentar a uma abordagem
integrada aos fatores de risco e proteção, assim respeitando o modelo de prevenção definido e a

18 | P á g i n a
sua integridade. O mesmo autor ainda acrescenta que as iniciativas de prevenção incorporam uma
avaliação independente, isto quer dizer que foi realizada por entidades externas à equipa
responsável pela implementação, onde usam metodologias sustentadas para identificar as
mudanças.

Uma maneira de prevenção é desenvolver programas educacionais nas escolas para ensinar às
crianças sobre a importância de relacionamentos saudáveis, assim a progredir para um respeito
mútuo e de maneira a identificar e fazer denuncia de comportamentos abusivos. Outra medida de
prevenção é promover campanhas de sensibilização, onde informam sobre os impactos da
violência doméstica em crianças e jovens, campanhas de denúncia e linhas diretas, estabelecer
serviços de aconselhamento em escolas para as crianças se sentirem mais seguras e onde possam
criar um ambiente confortável para puderem compartilhar as suas experiências.

Segundo o SNS (2019), nesse ano, o Governo autorizou algumas medidas de prevenção contra a
violência doméstica, que tem como objetivo implementar ações estratégicas para integrar o
equilíbrio das bases de dados oficiais relacionadas com esta temática para uma gestão mais
eficiente. Desenvolveram um guia detalhado para orientar os profissionais nas primeiras 72 horas
depois da queixa, assim criando planos de intervenção e segurança para as vítimas, estabeleceram
redes de intervenção urgente (24horas), implementaram um portal online, e também
desenvolveram um plano anual de formação para todos os profissionais envolvidos na prevenção
da violência doméstica.

A Estratégia Nacional para a Igualdade e a Não Discriminação (ENIND) estabelece uma visão de
longo prazo até 2030, incorporando três planos de ação que delimitam objetivos estratégicos,
bem como medidas a serem implementadas nos seguintes domínios:

1. Plano de Ação para a Igualdade entre Mulheres e Homens (PAIMH): define estratégias
para promover a igualdade de género entre mulheres e homens da sociedade;
2. Plano de Ação para a Prevenção e o Combate à Violência Contra as Mulheres e a Violência
Doméstica (PAVMVD): estabelece medidas para prevenir a violência contra mulher,
também a incluir a violência doméstica, com o objetivo de criar ambientes seguros e
proteger as vítimas;
3. Plano de Ação para o Combate à Discriminação em razão da Orientação Sexual, Identidade
e Expressão de Género, e Características Sexuais (PAOIEC): aborda a discriminação com
base na orientação sexual, identidade e expressão de género, e características sexuais,
visando criar uma sociedade mais inclusiva e igualitária.

19 | P á g i n a
Conforme Diário da República (2023) a Resolução do Conselho de Ministros n.º 92/2023, de 14 de
agosto, avalia o período de execução anterior (2018 a 2021) e aprova os planos de ação para o
período atual de 2023 a 2026. Esses planos refletem o compromisso contínuo do Governo em
promover a igualdade, prevenir a violência e combater a discriminação em várias frentes (pp.12-
13).

20 | P á g i n a
IV – CRONOGRAMA

Tabela 1. Cronograma

1 a 15 16 a 31 1 a 15 16 a 30 1 a 15 16 a 31 1 a 19
OUT OUT NOV NOV DEZ DEZ JAN
Definição do tema e exploração bibliográfica
Definição do objeto e dos objetivos do
trabalho
Elaboração da revisão de literatura

Definição da metodologia e instrumento(s)

Entrega da versão final

Defesa/discussão do projeto

21 | P á g i n a
V – INSTRUMENTO DE PESQUISA

O presente questionário insere-se na disciplina de Métodos e Técnicas de Investigação em Ciências


Sociais da Licenciatura em Serviço Social da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego –
Politécnico de Viseu, no âmbito deste trabalho académico intitulado “O Impacto da Violência
Doméstica em Crianças e Jovens”. O nosso principal objetivo é compreender o impacto nas suas
vidas depois de vivenciar algo tão traumático. A informação recolhida será mantida no anonimato
e confidencialidade e será de uso exclusivo para a presente investigação.

Agradecemos a sua colaboração e disponibilidade, tendo a certeza de que a sua participação será
uma mais-valia para a investigação e para a prática profissional.

1. Identificação

1.1Idade.

1.2 Sexo

2. Relato da sua experiência após estar seguro numa instituição

2.1 Na tua cidade alguma vez experienciaste ou foste vítima de algum tipo de violência
doméstica?

2.2 Para si, qual é o conceito de violência doméstica?

2.3 Quais os principais fatores que colaboram para a violência doméstica?

2.4 Terão os jovens conhecimento suficiente sobre a violência doméstica?

2.5 Que tipos de apoios serão necessários para combater tal agressão?

2.6 Qual o papel das redes sociais neste combate à violência entre os jovens?

22 | P á g i n a
BIBLIOGRAFIA

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