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FACULDADE DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ARAÇATUBA

BACHARELADO EM PSICOLOGIA

Lara Mazzetto Vilerá

PRÉ- PROJETO DE PESQUISA: ATUAÇÃO DE PSICÓLOGAS(OS)


NA REDE DE PROTEÇÃO ÀS CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM
SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA SEXUAL

ARAÇATUBA – SP
2021
Lara Mazzetto Vilerá

PRÉ- PROJETO DE PESQUISA: ATUAÇÃO DE PSICÓLOGAS(OS) NA


REDE DE PROTEÇÃO ÀS CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM
SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA SEXUAL

Trabalho apresentado como requisito para obtenção de nota na disciplina Técnicas de


Pesquisa referente ao 2º semestre do curso de Psicologia.
Profa. Me. Talita Barizon Poço

ARAÇATUBA – SP
2021
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...........................................................................................................

2. JUSTIFICATIVA..........................................................................................................

3. OBJETIVOS..................................................................................................................

4. METODOLOGIA.........................................................................................................

5. CRONOGRAMA...........................................................................................................

REFERÊNCIAS.................................................................................................................
1. INTRODUÇÃO

No último ano , o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) divulgou
o balanço do Disque 100 com dados sobre violência sexual contra crianças e adolescentes.
Houve 159 mil registros feitos pelo Disque Direitos Humanos ao longo de 2019 sendo que 11%
das denúncias que se referem a este grupo específico de violência. O que deve ser considerado
um número grande, visto que corresponde a 17 mil ocorrências - uma média de 45 abusos por
dia. A violência sexual envolve, muitas vezes, agressores familiares, presença de ameaças,
sentimentos de culpa, medo, vergonha e demais consequências para a vítima, além de possíveis
alterações na base familiar e outras mudanças de vida seguinte da situação de violência De
acordo com Kaplan e Sadock (1990), os maus-tratos na infância representam uma doença
médico-social que está assumindo proporções epidêmicas na população mundial. O abuso sexual
de crianças e adolescentes é um dos tipos de maus-tratos mais frequentes, gerando consequências
médicas e psicossociais que devem ser cuidadosamente estudadas e entendidas pelos
profissionais que atuam nessa área, afirma-se que o abuso sexual e suas consequências sobre a
saúde da vítima “são primeiramente uma violação dos direitos humanos, não escolhendo cor,
raça, credo, etnia, sexo e idade para acontecer” (CUNHA; SILVA; GIOVANETTI, 2008, p. 245).
Passar por uma experiência de abuso sexual pode afetar o desenvolvimento cognitivo, afetivo e
social de crianças e adolescentes de diferentes formas e intensidade. Os diversos fatores
associados ao abuso também devem ser considerados, visto que contribuem para o
desenvolvimento de consequências psicológicas severas para a criança, que se não tratadas
podem se perpetuar por toda a vida. As diversas formas de violência ou abuso afetam a saúde
mental da criança ou do adolescente, visto este se encontrar em um processo de desenvolvimento
psíquico e físico, produzindo efeitos danosos em seu desempenho escolar, em sua adaptação
social, em seu desenvolvimento orgânico. Vários estudos relacionam a violência doméstica com
o desenvolvimento de transtornos de personalidade, transtorno de ansiedade, transtornos de
humor, comportamentos agressivos, dificuldades na esfera sexual, doenças psicossomáticas,
transtorno de pânico, entre outros prejuízos, além de abalar a auto-estima, por meio da
identificação com o agressor, um comportamento agressivo (ROMARO; CAPITÃO, 2007, p.
121)
Considerando as informações anteriores, as questões a serem discutidas são: Qual o papel do
Psicólogo frente à violência sexual contra crianças e adolescentes? Como ele deve agir? Como
proteger e prevenir essa violência?
2. JUSTIFICATIVA

No total, em cinco meses incompletos de 2021, já foram registradas 6.091 denúncias, entre 1º de
janeiro e 12 de maio. Esses números representam 17,5% de aproximadamente 35 mil casos que
somam todos os tipos de violência contra crianças e adolescentes neste mesmo período. A
violência sexual sempre esteve presente, porém com a pandemia os números aumentaram
drasticamente e mostra-se ainda mais a necessidade de psicologos(as) na rede de proteção contra
essa violência.
Este projeto foi desenvolvido para mostrar o quão fundamental e importante é a atuação de
psicólogos(as) na rede de proteção contra violência sexual em crianças e adolescentes.
3. OBJETIVOS

Se olharmos no sentido da prevenção, a proteção de crianças e adolescentes vai além das ações
engendradas depois de uma ação violenta, com a finalidade de reparação de algum dano já
causado. Ademais, quando a violência já ocorreu, não apenas as crianças e os adolescentes
devem ser amparadas(os), mas também suas famílias e pares, assim como as(os) profissionais
que atuam junto à população necessitam de estrutura adequada e formação continuada. Além
disso, as políticas públicas precisam receber investimento adequado e serem revistas e
atualizadas constantemente, ações estas que devem emergir dos diversos espaços de controle
social. E a Psicologia pode contribuir em absolutamente todos esses cenários.
Acrescenta-se ainda a necessidade de ampliação da conexão entre a atuação e as discussões
acadêmicas que podem fortalecer os processos de formação e de capacitação de profissionais.
Essa integração pode tornar esses percursos mais consistentes, alimentados pela formulação de
conhecimento conectado com a realidade da atuação e as necessidades profissionais. Esse
movimento permite uma construção mais crítica e conjunta e pode reduzir as angústias e
ansiedades das(os) profissionais que lidam diariamente com essas demandas.
A Psicologia se baseia ao longo de sua história em intervenções com foco na fala e na expressão
direta. Com a ampliação do acesso a populações vulneráveis, em risco ou que vivenciaram
situações de violência cercadas de silêncio e isolamento, muitas vezes a expressão direta por
meio da verbalização não é uma opção., Torna-se, portanto, fundamental a construção de
estratégias que permitam o acesso a situações e sentimentos por diversos meios, tais como
dramatizações, dinâmicas ou objetos lúdicos (WOLFFet al. 2016), em especial nos casos de
abuso sexual que podem envolver ainda sentimentos de culpa e vergonha.
4. METODOLOGIA

De acordo com pesquisas, a violência sexual contra crianças e adolescentes aumentou em 50%
durante a pandemia. Será realizada uma pesquisa de coleta de dados no Conselho Tutelar,
CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) e até mesmo em sites. Com
isso será feita uma análise, juntamente com psicólogos que atuam em redes de proteção, para
saber como é estar inserido nessas redes de proteção e sobre a importância disso, em seguida
haverá uma comparação de dados e casos entre homens e mulheres, para que se correlacione
com o projeto.
5. CRONOGRAMA

Etapas Data
1. Revisão bibliográfica Janeiro/2022

2. Definição da pesquisa/objetivos Fevereiro/Março 2022

3. Elaboração do instrumento de
Abril/Junho 2022
pesquisa/Coleta de dados
4. Análise e discussão dos dados Julho/2022

5. Elaboração do relatório para de pesquisa Agosto/2022

6. Exame de Qualificação Setembro/2022

7. Redação final do Projeto Outubro/2022

8. Defesa Novembro/2022

8. Redação de artigos Dezembro/2022


REFERÊNCIAS

https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2020-2/maio/ministerio-divulga-dados-de-violen
cia-sexual-contra-criancas-e-adolescentes
Último acesso em 21 de Novembro.

https://www.extraclasse.org.br/geral/2021/05/mais-de-6-mil-denuncias-de-abuso-sexual-contra-c
riancas-foram-registradas-de-janeiro-a-maio-deste-ano/
Último acesso em 21 de Novembro.

Habigzang, L. F., Ramos, M. S., & Koller, S. H. (2011).


A revelação de abuso sexual: As medidas adotadas
pela rede de apoio. Psicologia: Teoria e Pesquisa,
27(4), 467-473. doi: 10.1590/S0102-
37722011000400010
https://doi.org/10.1590/S0102-3772201100

Atuação de Psicólogos em Alegações de Violência Sexual: Boas Práticas nas Entrevistas de


Crianças e Adolescentes
https://www.scielo.br/j/pusf/a/Wy5gyg9ZXh5hrwSyyQyS5Nw/?lang=pt

A revelação de abuso sexual: as medidas adotadas pela rede de apoio


https://doi.org/10.1590/S0102-37722011000400010

referências-técnicas-para-atuação-de-psicólogasos-na-rede-de-proteção-às-crianças-e-adolescent
es-em-situação-de-violência-sexual.pdf (cfp.org.br) (p.30).

https://site.cfp.org.br/publicacao/referencias-tecnicas-para-atuacao-de-psicologasos-na-rede-de-p
rotecao-as-criancas-e-adolescentes-em-situacao-de-violencia-sexual/ (p.69)

https://prefeitura.rio/assistencia-social-direitos-humanos/pandemia-aumentou-em-50-denuncias-
de-violencia-contra-criancas-e-adolescentes/ Último acesso em 20 de Novembro.

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