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Prevenção do
Bullying contra
pessoas LGBTI
2.º Ciclo
2.º Ciclo
Ficha técnica
Título
Entidade responsável
Associação Plano i
Coordenação científica
Sofia Neves
Autoria
Marina Hintze, Luís Pinheiro, Sofia Queirós, Ana Luísa Abreu, Paula Allen e Sofia Neves
Colaboração
Inês Vieira, Rita Andrade, Joana Neiva, Lourenço Silva e Helena Rocha
Ilustração
Bealimalimão e Carlota Silva
Entidade financiadora
março de 2020
2.º Ciclo
ÍNDICE
INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 3
ENQUADRAMENTO TEÓRICO ........................................................................................... 4
1. OBJETIVOS GERAIS ....................................................................................................... 7
2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................................................. 7
3. CONTEXTO DA INTERVENÇÃO ..................................................................................... 8
4. ESTRUTURA DO PROGRAMA……………………………………………………………………………….……9
5. MATERIAIS ...............................................................................................................….10
5.1. Consentimento informado ................................................................................10
5.2. Folha de presenças ............................................................................................11
5.3. Ficha sociodemográfica .....................................................................................11
5.4. Ficha de diagnóstico de necessidades (pré-teste) ............................................11
5.5. Ficha de diagnóstico de resultados (pós-teste) ................................................11
5.6. Ficha de avaliação final do Programa................................................................12
6. DESCRIÇÃO DAS SESSÕES DO PROGRAMA ................................................................ 12
6.1. Sessão 0- O início d viagem ............ ………………………………………………………………13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS……………………………………………………………………………..……36
ANEXOS ........................................................................................................................... 40
2.º Ciclo
INTRODUÇÃO
A Associação Plano i é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS),
fundada em 2015, no Porto, que se norteia pelo primado dos Direitos Humanos.
Procura, como plasmado nos seus Estatutos, dar respostas concretas a um amplo
conjunto de questões sociais atuais, nomeadamente as relacionadas com a
desigualdade, a discriminação, a violência, a exclusão e a pobreza, promovendo a
igualdade através da difusão de discursos e práticas de inclusão.
O presente Manual de Formação para Formadores/as e Docentes foi elaborado pela
Associação Plano i no âmbito da construção de um Programa de Prevenção do Bullying
contra pessoas lésbicas, gays, bissexuais, trans e intersexo (LGBTI), composto por 6
kits, e da sua implementação junto de jovens que frequentam o Ensino Pré-escolar, o
1.º Ciclo, o 2.º Ciclo, o 3.º Ciclo, o Ensino Secundário e o Ensino Profissional. Este
Manual, em particular, destina-se ao 2.º Ciclo e serve para sustentar a utilização do
respetivo kit. O Programa foi financiado pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de
Género (CIG) ao abrigo do apoio técnico e financeiro prestado pelo Estado às
organizações não-governamentais que defendem e protegem os direitos de pessoas
LGBTI.
Todas as evidências científicas e estatísticas apontam para o facto da complexidade
e da gravidade do bullying se intensificar quando as vítimas apresentam especial
vulnerabilidade. Esta pode estar relacionada com fatores como a idade, a etnia, a
diversidade funcional, a orientação sexual, identidade e/ou expressão de género e
características sexuais. Nos casos em que o bullying é praticado em razão da
orientação sexual, identidade e/ou expressão de género e características sexuais, as
dinâmicas e as consequências tendem a ser mais gravosas, ainda que as denúncias ou
os pedidos de apoio sejam menos comuns. Tal deve-se, em larga medida, ao estigma
associado à revelação pública quer da orientação sexual, identidade e/ou expressão de
género e características sexuais, quer à condição de serem vítimas e estarem, por isso,
em maior risco de sofrer represálias. Toda a comunidade educativa deve estar, pois,
preparada para lidar de forma adequada com um fenómeno que exige competências
específicas e intervenções céleres e eficazes.
Tendo estes e outros aspetos em consideração, o presente Manual constitui-se
como uma ferramenta educacional, alicerçada em bases teóricas empiricamente
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ENQUADRAMENTO TEÓRICO
Na última década, Portugal tem vindo, de um modo cada vez mais afirmativo, a
reconhecer os direitos fundamentais das pessoas LGBTI, através da implementação de
Leis, políticas e medidas consideradas de extrema relevância para a sua proteção3. Não
só em Portugal, como também internacionalmente, são várias as estratégias
implementadas com o objetivo de diminuir o preconceito e a opressão face a estas
pessoas. Instrumentos como a Constituição da República Portuguesa e a Declaração
Universal dos Direitos Humanos, só para citar alguns exemplos, são inequívocos
quanto aos princípios da igualdade e não discriminação. Contudo, as ações negativas
face às pessoas LGBTI persistem em vários contextos (e.g., família, escola, local de
trabalho, estabelecimentos públicos) (António et al., 2012; Carneiro, 2009; Carvalhosa,
Moleiro, & Sales, 2009; Gato, Leme, & Leme, 2015; Moleiro et al., 2016; Queirós, 2018)
e são manifestadas por diferentes e diversos interlocutores (e.g., docentes, colegas,
profissionais da Administração Pública central) (Fish, 2006; FRA, 2014).
O bullying contra pessoas LGBTI é uma das formas de violência que mais se
manifesta em contexto escolar, envolvendo atitudes e comportamentos agressivos
1
https://www.cig.gov.pt/wp-content/uploads/2018/07/Resol_Cons_-Ministros_61_2018.pdf
2
Cf. https://www.dge.mec.pt/estrategia-nacional-de-educacao-para-cidadania
3
Destacam-se as seguintes:
Lei n.º 9/2010 de 31 de maio, com as alterações da Lei n.º 2/2016, de 29/02, que permite o casamento
civil entre pessoas do mesmo sexo.
Lei nº 143/2015, de 08/09, que permite a adoção por casais do mesmo sexo (e a co-adoção).
Lei n.º 38/2018 de 7 de agosto e Despacho n.º 7247/2019 de 16 de agosto, que reforçam o direito à
autodeterminação da identidade de género e expressão de género e estabelecem medidas
administrativas para a implementação do mesmo.
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(e.g., verbais, físicos, sexuais), praticados e/ou sofridos por uma pessoa ou por um
grupo de pessoas com base na orientação sexual não heterossexual (Oliveira, Pereira,
Costa, & Nogueira, 2010; Pereira, & Leal, 2002) e/ou identidade/expressão de género
trans e não-binária e/ou características sexuais ou no seu pressuposto (e.g., Poteat &
Espelage, 2005). A violência ocorre por via de uma relação desigual de poder, em que
as vítimas se encontram numa posição de desvantagem face à pessoa agressora ou ao
grupo e não conseguem, geralmente, defender-se de forma eficaz (Albino & Terêncio,
2012; Haltigan & Vaillancourt, 2014). Além da existência desta relação desigual de
poder, os comportamentos de bullying apresentam um carácter sistemático e
intencional (APAV, 2011; Cuellar & Acosta, 2013; Pinheiro, 2009), e tendem a estar
associados a estereótipos sobre as relações sociais de género, já que as pessoas LGBTI
são percebidas como transgredindo as normas de género (Neves et al., 2019). Quando
algum indivíduo contraria os estereótipos expectáveis de género, surgem quase de
forma automática dúvidas relativas à sua orientação sexual e/ou identidade/expressão
de género. A violência pode ser praticada presencialmente ou com recurso às
tecnologias de informação e comunicação, denominando-se nestas situações de
cyberbullying.
Em Portugal, o Código Penal (CP) não tipifica o bullying como crime, contudo os
comportamentos de violência a ele associados configuram um crime. Desta forma, os
comportamentos de bullying são criminalizados segundo o CP, através dos seguintes
artigos:
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1. OBJETIVOS GERAIS
Em função da temática em análise, foram delineados objetivos gerais e específicos.
Globalmente, este Manual propõe dar resposta aos seguintes objetivos gerais:
- Consciencializar os/as alunos/as para os Direitos Humanos;
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2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Através da implementação do presente Manual e da dinamização das atividades por
si propostas, pretende-se atingir os seguintes objetivos específicos:
- Capacitar os/as alunos/as para o conhecimento e a compreensão de conceitos
relacionados com a orientação sexual, identidade e/ou expressão de género e
características sexuais;
- Refletir sobre os mitos e as realidades relacionados com a orientação sexual e
identidade e/ou expressão de género e características sexuais;
- Promover a reflexão sobre as representações pessoais e sociais acerca das questões
LGBTI;
- Promover uma reflexão e uma análise crítica sobre atitudes que são naturalizadas em
contexto escolar e que se apresentam como preconceitos facilitadores da
discriminação contra as populações LGBTI;
- Promover uma educação para o respeito pela diversidade social e pela liberdade
individual;
- Sensibilizar e informar sobre as estruturas de apoio às vítimas.
3. CONTEXTO DA INTERVENÇÃO
A implementação do Programa de Prevenção do Bullying contra pessoas LGBTI
deverá fazer-se em meio escolar, preferencialmente em sala de aula. Se possível,
sugere-se que o espaço seja estruturado de forma a potenciar um ambiente seguro e
de interação horizontal.
4. ESTRUTURA DO PROGRAMA
O Programa é composto por sete sessões práticas (cf. Tabela 1), que devem ter
preferencialmente uma periodicidade semanal. Cada sessão foi desenvolvida e
adaptada tendo por base as características globais da fase desenvolvimental em que
os/as jovens se encontram nos respetivos ciclos de estudos, bem como a Literatura
especializada existente sobre o tema em apreço. As sessões podem ser aplicadas em
modo parcial ou total, mediante as necessidades da turma em questão. O tempo
médio de cada uma é de 45m, sendo que as sessões 0 e 6 poderão demorar um pouco
mais, tendo em conta, entre outros aspetos (e.g., apresentação do Programa), a
aplicação do pré e do pós-teste.
A sessão zero destina-se à apresentação do Programa, do/a formador/a ou
docente, da respetiva Instituição que representa (quando assim se justificar) e dos/as
alunos/as, assim como à realização de uma chuva de ideias sobre o conceito de
bullying. Posteriormente será solicitado aos/às participantes que preencham a ficha
sociodemográfica e a ficha de diagnóstico de necessidades(pré-teste).
Por sua vez, a primeira sessão objetiva abordar a temática do insulto, através da
reflexão sobre as motivações que o sustentam, os rótulos sociais que o legitimam e o
seu reconhecimento enquanto forma de violência.
A segunda sessão tem como finalidade a abordagem dos temas Género e
Igualdade, através da reflexão e desconstrução de estereótipos e papéis sociais de
género, como construções sociais motivadoras de discriminação, preconceito e
violência.
De seguida, na terceira sessão pretende-se clarificar o conceito de bullying, através
da sua definição, das tipologias, dos impactos para a saúde e bem-estar das vítimas.
A quarta sessão destina-se à tipificação legal dos comportamentos de violência
associados ao bullying. Pretende-se igualmente, capacitar os/as alunos/as para a
identificação de recursos, estratégias de apoio e sinais de alerta como formas de
prevenção e combate ao bullying.
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Tabela 1
Estrutura do Programa
5. MATERIAIS
Para a operacionalização e implementação do Programa, foram construídos e/ou
adaptados materiais de apoio às várias sessões4.
4
Alguns destes materiais foram adaptados do Programa de Prevenção da Violência no Namoro (PPVN),
promovido pela Associação Plano i e financiado pela Câmara Municipal de Matosinhos, assim como do
Manual de Formação para Professores/as do Programa de Prevenção da Violência Interpessoal para o
1.º e 2.º ciclos, publicado pela Associação Plano i.
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PROCEDIMENTOS
Recolha de consentimentos informados [5 m]
Antes do início da sessão, o/a formador/a ou docente deverá recolher os
consentimentos informados, previamente entregues aos/às encarregados/as de
educação.
Posto isto, o/a formador/a ou docente deverá solicitar que os/as alunos/as
preencham a folha de presenças (cf. anexo 2).
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Avaliação da sessão [5 m]
A sessão terminará com a avaliação da satisfação dos/as participantes (e.g., “O que
gostaram mais de fazer? O que gostaram menos?”).
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PROCEDIMENTOS
Chuva de ideias [5 m]
A sessão deverá ser iniciada com uma interação com os/as participantes, dando-
lhes as boas-vindas e explicando os conteúdos que serão abordados ao longo da
sessão. Deverá ser questionado o que se lembram da sessão anterior e que ideia global
têm sobre o que vai ser realizado com eles/as. Nesta fase, será preenchida a folha de
presenças.
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ou docente deve retirar cada papel e debater em grande grupo o significado das
palavras escritas pelos/as jovens, o que motivou o uso daquele insulto, expressão ou
ação e o que poderia ter sido feito de outra forma.
Ainda, de forma a promover a reflexão sobre o uso do insulto sugere-se que os/as
participantes respondam às seguintes questões:
o Pensem numa expressão desagradável, insulto ou ação agressiva que tenham feito
a alguém ou que tenha sido dirigida a vocês ou a alguém na vossa presença.
o O que acham que motivou este acontecimento? O que acham que a outra pessoa
sentiu? O que é que vocês sentiram?
o Repensem agora as ações e sugiram alternativas.
Com esta atividade, objetiva-se que os/as alunos/as (re)definam e reflitam sobre o
conceito de empatia e repensem o insulto como uma forma de violência. Como auxílio
e para compilar a atividade, o/a formador/a ou docente poderá fazer uso da
apresentação em PowerPoint.
Avaliação da sessão [5 m]
Por fim, a sessão cessará com a avaliação qualitativa da satisfação dos/as
participantes (e.g., “O que gostaram mais de fazer? O que gostaram menos?”).
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PROCEDIMENTOS
Chuva de ideias [5 m]
A sessão deverá ser iniciada com uma interação com os/as participantes, dando-
lhes as boas-vindas e explicando os conteúdos que serão abordados ao longo da
sessão. Deverá ser questionado o que se lembram da sessão anterior e que ideia global
têm sobre o que vai ser realizado com eles/as. Nesta fase, será preenchida a folha de
presenças.
Encaixotando [35 m]
Esta atividade visa a desconstrução dos estereótipos, papéis e relações sociais de
género, assim como a criação de um espaço de discussão sobre os mesmos. A
atividade deverá realizar-se com o recurso a cartões, 1 saco e 2 caixas. Os cartões
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deverão ser colocados no saco de forma a que os/as alunos/as os possam retirar de de
forma aleatória. As caixas deverão estar sinalizadas com as palavras “homem” e
“mulher”, respetivamente.
O/A formador/a ou docente deverá enquadrar os/as participantes sobre a
atividade: “Dentro do saco estão alguns cartões que contêm adjetivos, brinquedos,
cores, profissões, entre outras, assim como cartões em branco. Cada aluno/a deverá
retirar do saco um cartão, ler o seu conteúdo e atribuí-lo a uma das caixas: “homem”
ou “mulher”. No caso de retirar um cartão em branco, o/a aluno/a deverá dizer
alguma característica que habitualmente é atribuída mais a um determinado sexo,
escrevendo-a no cartão e colocando na caixa correspondente”.
No final da atividade, será promovida uma discussão em grande grupo sobre os
conteúdos de cada caixa, relacionando-os com o impacto dos estereótipos, papéis e
relações sociais de género no quotidiano dos/as alunos/as (e.g., violência de género) e
refletindo sobre como se pode alcançar a igualdade de género (e.g., não segmentar
brinquedos, partilhar as tarefas domésticas, promover a igualdade de oportunidades e
a liberdade de escolha).
Avaliação da sessão [5 m]
A sessão terminará com a avaliação da satisfação dos/as participantes (e.g., “O que
gostaram mais de fazer? O que gostaram menos?”).
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2.º Ciclo
PROCEDIMENTOS
Chuva de ideias [10m]
A sessão deverá ser iniciada com uma interação com os/as participantes, dando-
lhes as boas-vindas e explicando os conteúdos que serão abordados ao longo da
sessão. Nesta fase os alunos/as deverão preencher a folha de presenças.
O/A formador/a ou docente deverá promover uma chuva de ideias sobre a temática
do bullying e as suas tipologias e o impacto para a saúde e bem-estar das vítimas (e.g.,
“O que é o bullying? Que tipos de bullying conhecem? Como acham que as vítimas se
sentem? Que impactos o bullying tem para as suas vidas?”). As respostas deverão ser
escritas no quadro da sala de aula.
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Avaliação da sessão [5 m]
Por fim, a sessão cessará com a avaliação da satisfação dos/as participantes (e.g.,
“O que gostaram mais de fazer? O que gostaram menos?”).
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2.º Ciclo
PROCEDIMENTOS
Chuva de ideias [10 m]
A sessão deverá iniciar com uma interação com os/as participantes, dando-lhes as
boas-vindas e explicando os conteúdos que serão abordados ao longo da sessão. Nesta
fase os alunos/as deverão preencher a folha de presenças.
O/A formador/a ou docente deverá motivar uma chuva de ideias sobre a sessão
anterior, de modo a verificar e relembrar com os/as jovens os conteúdos previamente
falados.
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STOP5 [30 m]
A atividade tem como recurso um comando de papel (ver anexo 11), que deverá ser
distribuído por cada aluno/a.
A atividade decorre através de três casos práticos, sendo que cada caso prático
deverá ser lido em voz alta pelo/a formador/a ou docente. Todos/as os/as alunos/as
deverão ouvir com a máxima atenção a história. Deverão “clicar” no botão “STOP” do
comando e dizer “STOP” nos momentos em que identifiquem comportamentos ou
situações de violência.
Assim, nos momentos de “STOP”, deverá ser estimulado o debate, com base nos
tópicos sugeridos abaixo.
Caso 1
5
Atividade retirada de CenterVision (Cf. https://www.centervention.com/stop-think-activty-stop-think-
remote/)
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Caso 2
Caso 3
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2.º Ciclo
Pedro acaba por rir, enquanto tenta voltar a reaver o seu caderno.
Algumas pessoas observam a situação e, rindo-se, acabam por se
juntar ao grupo; outras, como estão a conversar entre si, decidem
ignorar a situação e continuar a conversa. Alguém intervém e critica
aquele comportamento, mas o grupo de rapazes argumenta que era
apenas uma brincadeira.
Avaliação da sessão [5 m]
A sessão cessará com a avaliação da satisfação dos/as alunos/as (e.g., “O que
gostaram mais de fazer? O que gostaram menos?”).
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2.º Ciclo
PROCEDIMENTOS
Chuva de ideias [10 m]
A sessão deverá iniciar com uma interação com os/as participantes, dando-lhes as
boas-vindas e explicando os conteúdos que serão abordados ao longo da sessão. Nesta
fase os alunos/as deverão preencher a folha de presenças.
O/A formador/a ou docente deverá motivar uma chuva de ideias sobre a sessão
anterior, de modo a verificar e relembrar com os/as jovens os conteúdos previamente
falados.
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2.º Ciclo
2 – Uma coisa que podes fazer para te acalmares quando estás irritado/a;
Debate [10 m]
Dando-se por terminado o jogo, a discussão deverá debruçar-se sobre uma análise
às respostas registadas na cartolina, alargando-se, assim, a discussão à seguinte
questão:
6
Atividade retirada de Ferreira, M., Abreu, A. L., & Neves, S. (2019). Programa de Prevenção da
Violência no Namoro – Manual de formação para formadores/as. 7.º, 8.º e 9.º anos de escolaridade.
Porto: Associação Plano i.
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Avaliação da sessão [5 m]
Por fim, a sessão cessará com a avaliação da satisfação dos/as participantes (e.g.,
“O que gostaram mais de fazer? O que gostaram menos?”).
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2.º Ciclo
PROCEDIMENTOS
Chuva de ideias [5 m]
A sessão deverá iniciar com uma interação com os/as participantes, dando-lhes as
boas-vindas e explicando os conteúdos que serão abordados ao longo da sessão. Nesta
fase os alunos/as deverão preencher a folha de presenças.
O/A formador/a ou docente deverá motivar uma chuva de ideias sobre a sessão
anterior, de modo a verificar e relembrar com os/as jovens os conteúdos previamente
falados.
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2.º Ciclo
Despedida do Programa [5 m]
Com o objetivo de promover a despedida do Programa e a celebração do seu fim,
o/a formador/a ou docente deverá proceder à entrega dos certificados de participação
(cf. anexo 15). Para o efeito, deverá ainda ser reforçada a participação ativa dos/as
alunos/as no decorrer do Programa.
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2.º Ciclo
GLOSSÁRIO
Assexual: Diz respeito à orientação sexual e refere-se à ausência de atração sexual
e/ou ao reduzido interesse na atividade sexual.
Bissexual: Diz respeito à orientação sexual e refere-se à atração emocional e/ou sexual
por pessoas de ambos os sexos.
Bullying: pode ser traduzido como todos os comportamentos e/ou atitudes
intencionais, agressivos/as e repetidos/as desempenhados/as por uma pessoa ou
um grupo face a outra/s pessoa/s e que causam dor, sofrimento e angústia. A
violência ocorre através de uma relação desigual de poder, em que a vítima se
encontra numa posição de desvantagem face ao/à agressor/a ou ao grupo e não
consegue, geralmente, defender-se de forma eficaz (Albino & Terêncio, 2012;
Haltigan & Vaillancourt, 2014). As agressões podem ser verbais, físicas ou
relacionais (Orue & Calvete, 2018).
Bullying contra pessoas LGBTI: forma de violência, caracterizada por comportamentos
agressivos (e.g., verbais, físicos, sexuais), exercidos por uma pessoa ou por um
grupo de pessoas com base numa orientação sexual não heterossexual (Oliveira,
Pereira, Costa & Nogueira, 2010) ou numa identidade de género trans e não-
binária.
Coming out: Quando a pessoa decide assumir a sua identidade de género e/ou
orientação sexual.
Expressão de género: Série de aspetos exibidos por uma pessoa (e.g., forma de vestir,
aspeto físico ou gostos) e que são entendidos como normativos ou não normativos
em função do que é esperado social e culturalmente a partir do sexo que lhe foi
atribuído à nascença.
Género: Construção social decorrente das expectativas criadas em torno da pertença
sexual. Ou seja, ser do sexo feminino ou ser do sexo masculino parece pressupor,
do ponto de vista social, uma associação a um determinado conjunto de
características, papéis e normas pré-determinadas.
Heteronormatividade: Quando se assume que a única orientação sexual é a
heterossexual, excluindo e marginalizando outras orientações sexuais.
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2.º Ciclo
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2.º Ciclo
Pessoas Trans: Pessoas cujo sexo que foi atribuído à nascença não está de acordo com
a sua identidade de género.
Sexo: Atribuído na altura do nascimento, aquando da observação dos órgãos genitais
do/a bebé que transmitem uma possibilidade daquele indivíduo se tratar de um
macho ou de uma fêmea.
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2.º Ciclo
Associação Plano i
o https://www.associacaoplanoi.org/
Centro Gis
o gis@associacaoplanoi.org
o Telefone de emergência 24h: 966090117
Casa Qui
o https://www.casa-qui.pt/
o geral@casa-qui.pt
o Telefone: 96 008 11 11
LGBTI Viseu
o https://lgbtiviseu.wixsite.com/
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2.º Ciclo
o lgbtiviseu@gmail.com
OPUS Diversidades
o https://www.opusgay.org/
o geral@opusgay.org
Pride Azores
o http://prideazores.blogspot.com/
o prideazores@gmail.com
Clube Safo
o www.clubesafo.com
o clubesafo@clubesafo.com
Rede Exaequo
o https://www.rea.pt/
o geral@rea.pt
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2.º Ciclo
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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2.º Ciclo
ANEXOS
ANEXO 1: Consentimento informado
Declaro que me comprometo a respeitar todas as diretrizes éticas por forma a que
este Programa seja realizada em condições de segurança e respeito pelas partes
envolvidas
______________________________________________________________________
40
2.º Ciclo
Turma:____ Escola:__________________________________
Nome Idade
41
2.º Ciclo
Ficha Sociodemográfica
Sobre ti
Idade: _____
Sexo: __________________
Parentesco ___________________
Idade ___
Escolaridade __________________
Profissão _____________________
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2.º Ciclo
Idade: __
Sexo: ___
Sim Não
1. O cor-de-rosa é para as meninas e o azul é uma cor para os meninos.
2. As raparigas não sabem jogar tão bem futebol como os rapazes.
3. Se um rapaz praticar ballet vai ser gozado pelas outras pessoas.
4. Os pais e as mães devem dividir as tarefas de casa.
5. Uma criança pode ter dois pais ou duas mães.
6. Existem trabalhos específicos para homens e outros para mulheres
7. Os verdadeiros homens não choram.
8. Os rapazes podem gostar de filmes de princesas.
9. As raparigas podem brincar com carrinhos.
10. Em algumas situações, a violência pode ser usada para resolver
problemas.
11. Se sei que existe bullying na minha escola devo denunciar, mesmo
que seja amigo/a dos/as agressores/as.
12. A violência praticada online não é tão grave porque não envolve
violência física.
13. Quando alguém está a ser gozado/a no recreio e eu rio-me e/ou
ignoro, não estou a fazer nada de mal.
14. As mulheres são melhores mães do que os homens.
15. Só sofre violência e agressão quem é fraco/a e frágil
16. Quando digo não, a pessoa deve respeitar a minha resposta.
17. Quem sente medo e/ou tristeza é uma pessoa fraca.
18. Os rapazes quando se zangam são mais violentos do que as raparigas.
19. O bullying é normal entre as crianças e/ou os/as jovens.
20. Gozar é uma forma de brincadeira.
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2.º Ciclo
Sim Não
1. O cor-de-rosa é para as meninas e o azul é uma cor para os meninos.
2. As raparigas não sabem jogar tão bem futebol como os rapazes.
3. Se um rapaz praticar ballet vai ser gozado pelas outras pessoas.
4. Os pais e as mães devem dividir as tarefas de casa.
5. Uma criança pode ter dois pais ou duas mães.
6. Existem trabalhos específicos para homens e outros para mulheres
7. Os verdadeiros homens não choram.
8. Os rapazes podem gostar de filmes de princesas.
9. As raparigas podem brincar com carrinhos.
10. Em algumas situações, a violência pode ser usada para resolver
problemas.
11. Se sei que existe bullying na minha escola devo denunciar, mesmo
que seja amigo/a dos/as agressores/as.
12. A violência praticada online não é tão grave porque não envolve
violência física.
13. Quando alguém está a ser gozado/a no recreio e eu rio-me e/ou
ignoro, não estou a fazer nada de mal.
14. As mulheres são melhores mães do que os homens.
15. Só sofre violência e agressão quem é fraco/a e frágil
16. Quando digo não, a pessoa deve respeitar a minha resposta.
17. Quem sente medo e/ou tristeza é uma pessoa fraca.
18. Os rapazes quando se zangam são mais violentos do que as raparigas.
19. O bullying é normal entre as crianças e/ou os/as jovens.
20. Gozar é uma forma de brincadeira.
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2.º Ciclo
Sexo: _____________
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4. O que menos gostei de aprender foi…
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Se quiseres deixar sugestões podes fazê-lo aqui:
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2.º Ciclo
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2.º Ciclo
Forte Beleza
Maquilhagem Falsidade
Sensível Agressividade
Engenharia
Professor/a
Ballet Bola
Boneca Desporto
47
2.º Ciclo
Esteticista Carinho
Acessórios Carros
Videojogos
Forças armadas
Vaidade Simpatia
48
2.º Ciclo
Discurso racista
Piadas homofóbicas
Isolar Aterrorizar
Ignorar Empurrar
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2.º Ciclo
50
2.º Ciclo
51
2.º Ciclo
52
2.º Ciclo
53
2.º Ciclo
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2.º Ciclo
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