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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA

Mylena da Silva Audizio


Gabrielli da Silva Montesano
Thainara dos Santos Silva Conceição
Vinicius Furtado Corrêa

Resenha Crítica

Rio de Janeiro
2022.1
Mylena da Silva Audizio
Gabrielli da Silva Montesano
Thainara dos Santos Silva Conceição
Vinicius Furtado Corrêa

Resenha Crítica

Resenha crítica do artigo sugerido como


Atividade Prática Supervisionada 2, da
disciplina Psicologia Jurídica, no curso de
psicologia na UNISUAM – Centro
Universitário Augusto Motta, com o objetivo
de conferir nota para composição de média
da A2, tendo como professora: Elen Mara
Gomes de Leo.

Rio de Janeiro
2022.1
ZAVALA, Camila Parisi; ELMOR, Paulo Mateus; LOURENCO, Lelio Moura.
Instrumentos de identificação da alienação parental no contexto jurídico: uma revisão
sistemática da literatura. Gerais, Rev. Interinst. Psicol., Belo Horizonte , v. 14, n. spe, p.
1-20, dez. 2021 . Disponível em <http://dx.doi.org/10.36298/gerais202114e17359>. acesso
em 17 de junho de 2022.
(Início VINICIUS)
O texto versa sobre a diferença entre alienação parental (AP) - um conjunto de
comportamentos que, de forma consciente ou inconsciente, pode provocar prejuízos no
relacionamento da criança e seu genitor e a síndrome da alienação parental (SAP) um
distúrbio da infância que aparece quase exclusivamente no contexto de disputas de custódia
de crianças. Apesar de serem parecidos, são distintos e até mesmo controversos pela falta de
evidências nos textos classificatórios, como o CID e o DSM.

O texto também versa sobre as etapas legais dentro do processo aberto para
investigação de AP, dentro desse processo cabe ao psicólogo executar a avaliação do estado
psicológico por meio da perícia psicológica forense. Sendo aconselhado ao profissional
psicólogo o uso de testagem dentro do processo de avaliação e utilização dos mesmos como
embasamento da perícia gerando resultados mais assertivos e menos questionáveis.

Além disso, o texto versa sobre uma revisão de literatura executada pelos autores, que
tiveram por resultado a observação de que embora o tema alienação parental (AP) seja um
assunto latente nacional e internacionalmente. ainda há pouquíssimos estudos teóricos que se
debruçam sobre o tema a fim de desenvolver seus aspectos extensivamente e também validar
ou não a eficácia dos instrumentos de testagem geralmente utilizados - atualmente para
definir o que é ou não uma situação de alienação parental.

Palavras chaves: alienação parental, síndrome da alienação parental, testagem, perícia,


perito, questionário.

(Thainara)
A problemática inicial abordada por este artigo é a alienação parental e os
instrumentos de avaliação, logo nos leva a refletir sobre a real definição de alienação sendo
caracterizado por conjunto de comportamentos que, de forma consciente ou inconsciente,
podem provocar prejuízos no relacionamento da criança e seu genitor. Ou seja, através da
possibilidade desta alienação poderá ser solicitado uma perícia psicológica a fim de sanar
algumas questões específicas biopsicossociais desta criança e/ou adolescente.
Através de estudos na área foi indicado que somente uma pequena porcentagem
desses profissionais psicólogos utilizam de testagem psicológica para embasar seus
relatórios que por sua vez não seriam a maneira mais correta de elaboração de um relatório
com fins judiciais, os recursos para avaliação de alienação ainda são de fatos restritos pois
são uma área ainda em avanço e pesquisas, não possuindo recursos psicométricos
dispostos em específicos para tal.

(Gabrielli)

FINAL (Milena)

O presente artigo tem por objetivo discutir a importância da psicologia jurídica, é o


campo da psicologia que agrega os profissionais que se dedicam à interação entre a
psicologia e o direito. A principal função dos psicólogos no âmbito da justiça é auxiliar em
questões relativas à saúde mental dos envolvidos em um processo. É um dos campos de
conhecimento e de investigação dentro da psicologia, com importantes colaborações nas
áreas da cidadania, violência e direitos humanos. É de suma importância o papel do psicólogo
que atua nessas esferas da justiça, contribuindo para sua efetivação e na busca de
possibilidades para o bem estar e recuperação do indivíduo. Nesse ponto vale chamar a
atenção, tendo em vista ser essa uma questão social, pois reflete plenamente na sociedade, na
qual, todos, de alguma maneira fazemos parte. Destaca-se ainda que há um longo caminho a
trilhar no entendimento e caracterização da área. É uma grande importância o papel do
psicólogo que atua nessas esferas da justiça, contribuindo para sua efetivação e na busca de
possibilidades para o bem estar e recuperação do indivíduo. Pretendeu-se, por meio desta
revisão, analisar a qualidade dos instrumentos psicológicos utilizados para avaliação da
alienação parental em diferentes países. Em relação à quantidade de instrumentos disponíveis
para avaliar indicadores de alienação parental, tanto no Brasil quanto em outros países, por
meio desta revisão constatou-se que existem apenas onze instrumentos para isso. Quanto às
propriedades psicométricas, todos os estudos apresentaram evidências de precisão, sendo
dois desses desenvolvidos no Brasil. Destaca se que, apesar da alienação parental ser um
fenômeno psicológico empiricamente pouco investigado no mundo, os instrumentos
desenvolvidos pelos pesquisadores brasileiros apresentaram evidências de validade
satisfatórias, o que demonstra o esforço desses autores na construção de medidas de
alienação parental que atendam aos critérios nacionais e internacionais para produção de
testes psicológicos (CFP, 2018). Todavia, é importante ressaltar que, além da
demonstração de evidências de validade e precisão, também é necessário investimento em
estudos de normatização, a fim de se garantir que o processo de testagem psicológica
possa, de fato, oferecer informações mais próximas à realidade dos indivíduos avaliados.

A importância desta revisão é demonstrada pelo fato de ser um dos poucos estudos
que se propõem a estudar o assunto explicitado e a apresentar o panorama de pesquisas que
vêm sendo realizadas a respeito das ferramentas mais recentes e também das mais
tradicionais, já amplamente utilizadas. Contudo, é imprescindível que mais dessas pesquisas
sejam desenvolvidas com foco nesses instrumentos, especialmente as de validação para o
contexto brasileiro, já que a maioria das medidas explicitadas nesta revisão foram construídas
e utilizadas em outros países, podendo não ser favoráveis para utilização no Brasil, devido a
diferenças culturais. Da mesma forma, é necessário que essa temática, ainda timidamente
discutida na literatura, seja mais abordada por pesquisadores que estudam a Alienação
Parental como forma de contribuir com o avanço científico. Quanto aos profissionais que
atuam em casos que envolvem suspeita de Alienação Parental, as pesquisas com foco em
instrumentos podem contribuir para uma compreensão e avaliação mais acuradas da dinâmica
das famílias em litígio. No entanto, é importante ressaltar que o trabalho do psicólogo não
deve ser reduzido à produção de provas objetivas e ao diagnóstico de atos de alienação
parental. Dessa forma, cabe ao psicólogo considerar a subjetividade do seu trabalho, apontar
caminhos para a solução do conflito familiar e se atentar à importância da intervenção, seja
no momento de devolver os resultados à família avaliada, seja no encaminhamento. Assim,
ao serem consideradas a individualidade e a complexidade de cada família em litígio e
quando há a preocupação em orientar tais famílias, os prejuízos causados pela dinâmica
familiar conflituosa podem ser amenizados. Concluindo, o rigor técnico é de suma
importância para uma adequada condução das perícias em casos que envolvem suspeita de
Alienação Parental. Porém, como evidenciado acima, a atuação do psicólogo não se restringe
à técnica, devendo considerar as melhores formas de intervir junto às famílias que buscam
auxílio no Poder Judiciário.
Bibliografia:

AZEVEDO, Mariza Seixas T. Comissão de Direitos Humanos – Conselho Federal de


Psicologia/SP. In: CONGRESSO IBERO-AMERICANO DE PSICOLOGIA JURÍDICA, 3.,
2000, São Paulo. Anais… São Paulo: Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2000.

BECHELLI, L. P. de C.; SANTOS, M. A. dos. O paciente na Psicoterapia de Grupo. Rev


Latino-am Enfermagem 2005. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/rlae/v13n1/v13n1a19.pdf>. Acesso em: 27 de fevereiro, 2018.

COLEGIO OFICIAL DE PSICÓLOGOS DE ESPAÑA. Perfiles profissionales del


psicólogo. Madrid, 1998.

FOUCAULT, Michel. A verdade e as formas jurídicas. Rio de Janeiro: Nau, 1974.

POPOLO, Juan H. del. Psicologia judicial. Mendonza: Ediciones Juridicas Cuyo, 1996.

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