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DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Solange Miranda68
Aline de Souza Gonçalves69
Mônica Natali Santos 67
Silvia Regina Dos Santos 67
Samara Mamedi de Paula70
Lilian Pereira de Medeiros Guimarães 71
Resumo
Os crimes cometidos com requintes de crueldade sempre ganham destaque pelo seu
caráter absurdo, violento e às vezes sem nenhuma explicação que justifique a ação. A
violência é multifacetada, não se restringe somente aos atos de grandes proporções,
algumas vezes a violência se utiliza de situações não explicitas, incluindo-se nesta
parte da violência: o racismo, preconceito, ofensas, calunia, misoginia e difamação.
Assim o estudo da Psicopatologia Forense é de grande importância para a Psicologia
Jurídica, pois, os portadores de transtornos de personalidade se envolvem, com certa
frequência, em condutas criminosas e, consequentemente em processos judiciais,
especialmente. Baseando-se nisso, o presente artigo teve como objetivo fazer um
levantamento bibliográfico com pesquisa nos bancos de dados sobre as
psicopatologias com maiores incidências criminais e como são feitas as analises,
intervenções e possíveis tratamentos na psicologia forense criminal.
72
Palavras chaves: psicologia, transtornos, jurídico, crimes.
68
Graduanda do 9º período do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera de São José dos Campos-
SP psicologialindas@gmail.com
69
Graduandas do 9º período do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera de São José dos Campos-
SP
70
Graduanda do 10º período do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera de São José dos Campos-
SP
71
Doutora pela PUC- Campinas em Psicologia como Ciência e Profissão e professora do curso de
Psicologia da Faculdade Anhanguera de São José dos Campos- SP
Introdução
Instrumentos de Avaliação
De acordo com Rovinski (2004), o objetivo da avaliação forense frequentemente dirige-
se a eventos definidos de forma mais restrita, relacionados ao foco determinado pelo
sistema legal. O objetivo final será sempre responder a uma questão expressa pelo juiz.
Diante disso, a busca de recursos que instrumentalizem o psicólogo nessa avaliação é
vital para o diagnóstico.
Segundo Rovinski e Elgues (1999) apud Davoglio, (2010), uma pesquisa realizada no
Rio Grande do Sul com psicólogos forenses constatou que 87% dos pesquisados
utilizavam instrumentos além da avaliação clínica, preferencialmente, técnicas projetivas
e gráficas. A tendência à utilização de instrumentos padronizados na Psicologia Forense
é comum em outros países, ainda que estes nem sempre atendam as especificidades
de avaliação decorrente da demanda legal, no que se refere à relevância e credibilidade.
Sem a intenção de esgotar o tema, este artigo teórico discute as implicações da
presença de comportamentos antissociais e traços psicopatas no âmbito da avaliação
psicológica forense, priorizando o contexto brasileiro. Dando ênfase às técnicas e
instrumentos de avaliação, partiu-se de uma revisão da literatura em base de dados
(Medline, Pubmed, Scielo) e em material bibliográfico relacionado, com a utilização de
descritores amplos, em inglês e português, como: Avaliação Forense, Psicopatia,
Transtorno de Personalidade Antissocial. O material encontrado foi publicado,
principalmente, nas últimas duas décadas, sendo que as publicações nacionais são
bastante reduzidas em relação às internacionais (Davoglio, 2010).
O campo que trata da intersecção entre a Psicologia e a deliberação legal ainda é
carente de pesquisas empíricas no Brasil, a despeito da sua relevância e aplicabilidade
social. Este campo tem por função produzir conhecimentos nesta interface, investigando
como os conteúdos e processos psicossociais, presentes no contexto social da
deliberação forense, impactam na tomada de decisão de jurados, juízes, promotores e
advogados de defesa. Entende-se que o contexto de deliberação forense
é uma situação social particular, regida por regras da doutrina jurídica, mas como
qualquer situação social, a forma como os indivíduos envolvidos interpretam e se
comportam exerce um papel importante sobre os resultados da deliberação (Pilati e
Silvino, 2009).
Ainda segundo Pilati e Silvino (2009), a interface psicologia social e lei é relativamente
antiga e possui pujante produção científica na literatura internacional. Esta produção
científica abarca uma grande variedade de tópicos e adotam múltiplos referenciais
teóricos da psicologia, sociologia, antropologia e direito. Há uma grande quantidade de
tópicos de interesse, o que resulta em diversidade de contribuições teóricas e
metodológicas.
Afonso e Senra (2015), apontam que o ensino de Psicologia Jurídica se encontra da
seguinte forma: O Sudeste brasileiro encontra-se como o primeiro indicado em que diz
respeito à quantidade de estados pertencentes e a quantidade de estados que
apresentam a pós-graduação, sendo composto por quatro Estados, no mesmo encontra-
se destes três em que há a presença de pós-graduação, somente o estado isento da
mesma é o Espírito Santo. O Nordeste está abaixo, o mesmo é composto por nove
estados, sendo destes, cinco tem a presença da pós-graduação. Os autores analisam
que o percurso histórico da área de especialização em Psicologia Jurídica indicou pouca
exploração dentro do campo acadêmico. Taborda (2004) apud Flávia (2014), afirma
que em uma avaliação pericial é comum que a simulação se faça presente, pois o
examinando poderá omitir informações que possam prejudicá-lo e potencializar as que
ele acredita que possam auxiliá-lo. Deste modo, o “perito deverá estar atento a essa
possibilidade e buscar confirmar por fontes colaterais a fidedignidade do que é afirmado”
pelo examinando em sua entrevista.
Segundo Carolo(2005), existem muitas criticas acerca dos criterios diagnosticos de
simulação indicados pelo DSM-IV, devido ao fato da existencia de uma grande
diversidade de condutas enganosas na realidade clinica. Existem muitos transtornos em
que o individuo mente, engana ou não coopera, o que pode levar a classificar como
simuladores sujeitos com transtornos reais; ou seja, um falso positivo.
Conclusão
Referências
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