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Contextualização:
Além dos impactos psicológicos imediatos, a violência doméstica também pode ter repercussões
a longo prazo no desenvolvimento das crianças, interferindo em sua capacidade de aprendizado,
socialização e formação de relacionamentos saudáveis. Esses efeitos negativos podem persistir
ao longo da vida adulta, afetando o bem-estar e a qualidade de vida das vítimas.
Diante desse contexto, torna-se fundamental uma abordagem sociojurídica eficaz para lidar com
a violência doméstica e proteger os direitos das crianças. É necessário não apenas punir os
agressores, mas também oferecer suporte psicológico e social às vítimas, garantindo que elas
recebam o apoio necessário para se recuperarem dos traumas vivenciados. Além disso, políticas
públicas e programas de prevenção são essenciais para combater as causas subjacentes da
violência doméstica e promover um ambiente seguro e saudável para o desenvolvimento das
crianças.
Problematização:
Essa questão nos leva a refletir sobre a complexidade desse fenômeno e suas implicações nas
esferas individual, familiar, social e jurídica. A partir dessa problematização, é possível explorar
diferentes perspectivas e aspectos relacionados à violência doméstica, como suas causas,
consequências, formas de prevenção e intervenção, bem como o papel das instituições e da
legislação na proteção dos direitos das crianças e adolescentes vítimas desse tipo de violência.
Objetivo Geral:
Objetivos Específicos:
Hipóteses
Metodologia:
Revisão Bibliográfica:
Será realizada uma revisão sistemática da literatura, por meio de consultas a bases de dados
acadêmicas, como PubMed, Scopus e Google Scholar, utilizando palavras-chave relacionadas à
violência doméstica, desenvolvimento psicológico de crianças e adolescentes, e aspectos
sociojurídicos. Serão selecionados estudos empíricos, revisões sistemáticas, meta-análises e
artigos teóricos relevantes para embasar a pesquisa.
Coleta de Dados:
Será conduzida uma coleta de dados qualitativa e quantitativa. Os dados quantitativos serão
obtidos por meio de análise de estatísticas oficiais sobre casos de violência doméstica contra
crianças e adolescentes, bem como relatórios de instituições governamentais e não
governamentais relacionados ao tema. Os dados qualitativos serão coletados por meio de
entrevistas semiestruturadas com profissionais da área jurídica e psicossocial, como advogados,
juízes, psicólogos e assistentes sociais, para obter insights sobre os desafios e oportunidades na
abordagem da violência doméstica.
Análise de Dados:
Os resultados obtidos serão interpretados à luz da literatura revisada e das teorias relevantes
sobre o tema. Serão exploradas as relações entre violência doméstica, desenvolvimento
psicológico de crianças e adolescentes, e aspectos sociojurídicos, com o objetivo de identificar
lacunas de conhecimento, desafios e oportunidades para intervenção e prevenção da violência
doméstica.
Discussão e Conclusão:
Para tanto, seguindo as premissas de Lima et al. (2019), a pesquisa utilizará uma abordagem
mista, combinando métodos quantitativos e qualitativos. Essa abordagem permite uma
compreensão mais completa e aprofundada do fenômeno em estudo, ao mesmo tempo em que
oferece a possibilidade de generalização dos resultados.
A violência doméstica pode assumir diversas formas, incluindo agressões físicas, psicológicas,
sexuais e negligência, sendo todas elas capazes de gerar traumas significativos no
desenvolvimento psicológico das vítimas. Conforme destacado por Souza (2019), o ambiente
familiar, que deveria ser um espaço de segurança e proteção, torna-se muitas vezes o cenário de
violência e medo para muitas crianças e adolescentes, comprometendo seu desenvolvimento
saudável.
Nesse contexto, é fundamental uma abordagem integrada que envolva não apenas o sistema
jurídico, mas também a sociedade como um todo. Como ressaltado por Nhampossa (2020), a
eficácia das leis e políticas de proteção à infância e adolescência depende não apenas de sua
existência, mas também de sua implementação efetiva e do envolvimento ativo de todas as partes
interessadas, incluindo governos, organizações da sociedade civil e comunidades locais.
Souza, C. M. (2019). Violência doméstica contra crianças e adolescentes: reflexões sobre o papel
da família e da sociedade. Revista Direitos Humanos e Democracia, 7(2), 89-102.