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Tangará da Serra – MT
2022
LEIDIANE PEREIRA DA SILVA
Tangará da Serra – MT
2022
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LEIDIANE PEREIRA DA SILVA
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“Como fica forte uma pessoa quando está
segura de ser amada!” – Sigmund Freud
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Leidiane Pereira da Silva. Reflexo da violência doméstica na personalidade da
criança. 2022. 29 folhas. Trabalho de Conclusão de curso da Pós em Psicoterapia e
Psicopatologia do Adolescente– FACULESTE, Tangará da Serra-MT, 2022.
RESUMO
ABSTRACT
The reflection that domestic violence causes in the child's personality are considered
serious, and may thus suffer its effects in the short and long term. Children are more
vulnerable, without means of defense, even when domestic violence is not directed
directly at the child, as the child may develop problems such as psychological
trauma. The research was carried out through the research of articles and
dissertations in the form of a descriptive and qualitative bibliographic review
published from 1990 onwards with the objective of collecting information about the
reflection that domestic violence can cause in the child's personality, such as trauma
and psychological problems. Based on the survey carried out, it is suggested that
social services should pay more attention to the family; helping parents/guardians to
deal with the agent causing the violence, as well as supporting victims, an efficient
form of treatment that reduces psychological damage.
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
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LISTA DE TABELAS
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................11
2. VIOLÊNCIA NO AMBITO FAMILAR.....................................................................13
3. VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS.......................................................................16
4. REFLEXOS DA VIOLÊNCIA SOBRE A PERSONALIDADE DA
CRIANÇA...................................................................................................................20
CONSIDERAÇOES FINAIS...................................................................................24
REFERÊNCIAS.....................................................................................................25
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1. INTRODUÇÃO
10
serviços sociais junto a família; auxiliando os pais/responsáveis a lidarem com os
agentes causadores da violência bem como o amparo às vítimas; uma vez que a
forma eficiente de tratamento reduz os danos psicológicos decorrentes e influência
nas relações sociais
Com base nisso, nesta presente pesquisa, foi realizado um levantamento de
informações sobre o reflexo da violência doméstica na personalidade da criança, os
principais tipos de violência, as particularidades e os impactos causados na
personalidade da criança.
Sendo assim este presente trabalho foi realizado mediante revisão
bibliográfica, sendo uma pesquisa qualitativa e descritiva em livros, dissertações e
artigos disponíveis em obras literárias e sítios eletrônicos, com obras publicadas a
partir do ano de 1990. Utilizar-se-á levantamentos de dados como bases de
pesquisa seguras, sites como Google Acadêmico, Capes, Scielo e livros de autores
renomados relacionados à violência doméstica no contexto familiar.
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2. VIOLÊNCIA NO ÂMBITO FAMILIAR
Como autor enfatiza acima, as crianças têm o direito de serem tratadas com
respeito e cuidado.
Violência física: Todo ato de agressão, danos físicos que deixam lesões,
marcas psíquicas e afetivas. Desde um simples tapa até ao espancamento
fatal. Violência sexual: Geralmente o abusador é alguém de confiança da
criança, que utiliza várias táticas para atingir seus objetivos, não chegando
haver necessariamente uma relação sexual para configurar o abuso.
Violência psicológica: Toda ação que se manifesta na desvalorização da
criança/ou adolescente, com ameaças, humilhação, ridicularização,
causando sentimento de culpa, insegurança, magoa, sofrimento mental e
afetivo, que podem acompanha-lo por toda vida. Negligencia: caracteriza-se
essa forma de violência pela falta de cuidados físicos, emocionais e sociais.
Crianças e adolescentes mal cuidados sem boas condições de
desenvolvimento físico moral, cognitivo, psicológico, afetivo e educacional.
Trabalho infantil: violência atribuída a falta de condição e pobreza em que
vivem as famílias, que necessitam da participação dos filhos para o
complemento da renda familiar.
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quando acontece na infância antes de uma pessoa atingir a plena maturidade e
desenvolvimento. (ABRANCHES e ASSIS, 2011).
Segundo os autores LIMA; SOUZA; SILVA (2017), a violência doméstica é um
ato de violência que ocorre no seio da família, principalmente pela pessoa que
reside parcial ou integralmente em tal ambiente. O agressor não precisa ser um
membro da família, portanto, pode ser alguém que não seja parente consanguíneo
ou parente da vítima, como um funcionário (as).
O autor SOUSA (2013), pontua que é no ambiente familiar da criança onde
tem a maior contribuição para o seu desenvolvimento e, portanto, pode ter impacto
na sua vida adulta. Quando a família é configurada para ser conflituosa, perigosa e
imprevisível, pode desencadear tensão emocional, juntamente com medo,
insegurança e instabilidade. Esse clima perturbador não é propício para o
desenvolvimento infantil.
De acordo com Dias (2013), diz que São consideradas as consequências da
violência doméstica na vida da criança, a curto prazo: pesadelos repetitivos, raiva,
culpa, vergonha, medo, ansiedade e depressão fóbica, distúrbios psicossomáticos,
isolamento social e sentimentos de estigmatização. Além disso, podem ser
considerados danos a longo prazo como transtornos psiquiátricos, dissociação
afetiva, pensamentos invasivos, pensamentos suicidas, fobias agudas, ansiedade
intensa, depressão, isolamento, raiva, culpa, sentimento crônico de perigo e
confusão, pensamento ilógico, imagens distorcidas da realidade, dificuldades em
resolver problemas interpessoais
A violência pode afetar a criança/adolescente direta ou indiretamente,
podendo serem testemunhas, ver, ouvir ou conviver com situações de violência,
conforme aponta a autora (KITZMANN, 2007, p. 2) “aponta que evidências
crescentes mostram que crianças vítimas de violência doméstica correm maior risco
de problemas psicossociais”.
Segundo a mesma autora citada acima, “relata que os problemas dessas
crianças são semelhantes aos das vítimas de abuso físico; como testemunha a
13
violência doméstica pode assustar as crianças e perturbar seriamente suas vidas
sociais, alguns especialistas começaram a ver a violência doméstica como uma
forma de abuso emocional”.
Vivenciar a violência doméstica familiar impacta na vida dos indivíduos não
apenas em seus relacionamentos afetivos, como modelo de relacionamento
amoroso, mas também em outros contextos, legitimando a violência como estratégia
de resolução de conflitos nas mais diversas situações (Reis; Prata; Parra, 2018, p.
3).
No Brasil, a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, Conhecida como o
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), propõe semelhante à Constituição
Federal de 1988 e Convenção de 1989 sobre o tratamento de crianças e
adolescentes como indivíduos tem direitos como qualquer outra pessoa. O ECA é o
principal regulamento o poder de proteger menores no Brasil, tratar pessoas como
crianças Adolescentes incompletos entre doze e doze 10 e dezoito anos.
Famílias que contém características violentas tem alguns comportamentos
específicos como a forma de se comunicar reproduzindo comentários ofensivos,
fatos dos quais eles podem não estar cientes, mas é detectável facilmente por
terceiros. Costumam se fechar também, mantendo relações próximas com amigos
ou outros parentes. Isso é configurado como Estratégias para eliminar problemas e
evitar que sejam descobertos (SOUSA, 2013).
14
3. VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇA
Essa constatação confirma que o trauma sofrido afeta toda a vida da vítima,
não apenas na infância.
De acordo com autora DOTTI (2014, p.174) relata que o problema com a
violência doméstica contra a crianças é que as mesmas estão em processo de
formação, então, quando se tornam vítimas de maus tratos e abuso, afeta
diretamente como elas pensam, se comportam, sentem e demostram.
Crianças que sofrem qualquer forma de abuso durante os primeiros anos de
vida são mais propensas a desenvolver sofrimento psicológico, ansiedade,
depressão, problemas relacionados ao sono, depressão pensamento intrusivo,
dificuldade de concentração, problemas alimentares e violação das regras sociais.
(DORNELLES et al, 2021).
Segundo associação Brasileira de Saúde Coletiva (2019) mostram
resultados surpreendentes sobre a violência doméstica contra crianças, mostrando
que a forma de violência mais comum nas unidades de saúde, contra crianças e
adolescentes de 0 a 13 anos, é o estupro, que ocorre na residência da vítima em
58% dos casos. Entre os jovens de 10 a 19 anos, a violência sexual também é a
violência mais comum, principalmente contra meninas. Os principais agressores são
pais biológicos, padrastos, parentes, namorados ou pessoas conhecidas da vítima.
De acordo com a pesquisa realizada pelos autores (Brito, A.M. et al, 2005)
15
apontada na tabela 1, ilustra as variações das modalidades de violência cometidas
pelo pai e pela mãe. Observamos que a negligência, quando não associada a outras
formas de violência, prevalece quando a mãe é agressora. A violência sexual
associada ou não a outras modalidades só aparece quando o pai é agressor.
Variações das modalidades de violência cometidas pelo pai e pela mãe:
16
não ser considerado comportamento abusivo, será repetido como
comportamento disciplinar normal (Azevedo e Guerra, 1994).
17
Ciclo da violência contra crianças e adolescentes:
18
4. REFLEXOS DA VIOLÊNCIA SOBRE A PERSONALIDADE DA CRIANÇA.
19
Consequências da violência doméstica para o desenvolvimento da criança/adolescente:
20
É na infância que os principais traços da personalidade e da mente do
indivíduo se originam. Por essa razão, a criança/adolescente deve possuir
um grande vínculo afetivo com sua família, considerando que ela é a base
para as suas futuras relações sociais com o mundo exterior (DOTTI, 2014
p.172).
21
Segundo o Ministério da Saúde (2010) a rede de atendimento do SUS é
uma área designada para a identificação, acolhimento, tratamento, notificação,
cuidado e proteção de crianças e adolescentes em situação de violência, bem como
para fornecer orientação para as famílias.
Para promover a prevenção da violência infantil o ministério da saúde (2010)
pontua que:
A promoção da saúde e da cultura de paz e a prevenção de violências
contra crianças e adolescentes é papel de todos. Devem abranger ações
coletivas, envolvendo instituições de educação e ensino, associações,
grupos formais e informais e lideranças comunitárias e juvenis, dentre
outros, como parceiros fundamentais.
Como resultado, a prevenção da violência por meio de redes de educação e
apoio contribui de forma mais efetiva para o combate à violência infantil.
De modo geral, a prevenção da violência contra crianças e adolescentes é de
extrema importância na sociedade, dada a magnitude de suas consequências físicas
e psicológicas. Para que essa prevenção seja efetiva, o Ministério da Saúde (2002)
em sua cartilha sobre violência doméstica destaca as seguintes formas de
prevenção:
-Informar os pais e comunidade sobre as necessidades de crianças e
adolescentes, esclarecendo seus direitos e normas protegidas.
-Identificar pais e mães de alto risco no período pré-natal e perinatal
desenvolvendo grupos de autoajuda para pais e mães
-Incentivar o envolvimento dos pais nos cuidados com o bebê.
-Facilitar o acesso à educação e serviços de apoio contribuir para o
fortalecimento das relações do menor com sua família e amigos contribuir
para o desempenho e desenvolvimento do adolescente, respeitando os
novos valores.
-Organizar grupos de discussão com profissionais de outras áreas
relacionadas
Enfatizando assim a importância de educar os cidadãos, pais e responsáveis
sobre a natureza da violência infantil, a fim de prevenir novas vítimas.
Ainda segundo o ministério da saúde (2002) A terapia familiar sistêmica em
casos de violência doméstica é muito importante, pois ajuda os membros da família
a refletir e conscientizá-los sobre isso. Assim passando a ter mais conhecimento e
compreensão sobre o funcionamento familiar.
22
A literatura sugere que o trabalho com os pais é uma importante
estratégia para reduzir e prevenir a violência doméstica e os problemas
comportamentais da criança-adolescente. Segundo alguns autores, o
desenvolvimento deste tipo de intervenção permite à família recuperar o seu próprio
respeito na relação pais-filhos e serve de suporte social para quem participa (Costa,
Penso & Almeida, 2005; Rios & Williams, 2008; Rufatto, 2006).
23
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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25
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