Você está na página 1de 22

GRUPO SER EDUCACIONAL

CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU


CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA
MARTA BARBOSA FERREIRA

PROJETO DE PESQUISA – TCC

Prevenção e combate ao bullying no ambiente escolar

Recife/PE
2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................……………………3
1.1Tema ............................................................................................................…………....... 4
1.1.2Delimitação do Tema .............................................................................…………......... 4
1.2 Problema de Pesquisa ............................................................................…………........... 4
1.3 Justificativa ....................................................................................................…………... 4
2 OBJETIVOS ....................................................................................................………...... 6
2.1 Objetivo Geral .......................................................................................…………........... 6
2.2 Objetivos Específicos .................................................................................…………...... 6
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................……......... 7
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ...................................................……....... 19
4.1 Caracterização do estudo ..................................................................…………............... 19
4.2 Universo da pesquisa.............................................................................…………........... 19
4.3 Instrumentos de coleta de dados ......................................................…………............... 20
5 REFERÊNCIAS .............................................................................….………................. 21
1 INTRODUÇÃO

A proposta desta pesquisa consiste em refletir sobre a prevenção e combate ao


bullying no ambiente escolar. Pretende minimizar as consequências do bullying no processo
de aprendizagem apresentadas nos depoimentos relatados e contribuir no levantamento de
outras questões relevantes, tais como: A escola pode contribuir para compreender, combater e
previne os atos de Bullying nas escolas? Essas interrogações serão analisadas e refletidas
para despertar a comunidade escolar sobre a questão do bullying, como um problema real, em
nossas escolas particulares ou públicas, que deve ser ainda ampliada em pesquisa
posteriores.
O fenômeno bullying não é novo, expressa uma forma de violência que sempre esteve
presente nas escolas, onde os mais “fortes” oprimem os mais “frágeis”, onde estes se tornam
vítimas por vários motivos, mesmo os mais banais. O que mais preocupa é que nem sempre a
agressão é percebida pelos professores, coordenadores e diretores já que os alunos nem
sempre levam a informação até a equipe pedagógica da escola.
O bullying tem se mostrado cada vez mais presente no espaço escolar e os educadores
precisam estar atentos à identificação de agressores e agredidos de forma que seja preservada
a integridade física, psicológica, com garantia do aprendizado na sala de aula. Cabendo aos
docentes estarem atentos a esses tipos de comportamento entre os alunos em sala de aula e
nos intervalos onde se apresenta bastantes atos de bullying. Segundo MARTINEZ:

O bullying tem se mostrado cada vez mais presente no espaço escolar e os


educadores precisam estar atentos à identificação de agressores e agredidos
de forma que seja preservada a integridade física, psicológica, com garantia
do aprendizado na sala de aula. MARTINEZ 2011, p.9.

A violência que se presencia nas escolas é uma das facetas dos variados tipos de
violência que ocorrem na sociedade atual, sendo vivenciada na família, nos locais de trabalho,
nas ruas, influenciando as crianças, adolescentes e jovens e, assim, tendo graves repercussões
na escola (ROLIM, 2009).
As discriminações e os preconceitos presentes no espaço escolar também são
violências simbólicas utilizadas para manter os grupos subalternos nos lugares sociais para
eles construídos pela classe dominante. No espaço escolar, esses tratamentos distintos são
aflorados, ficam mais evidentes. A instituição escolar é, ao mesmo tempo, vítima e autora dos
processos violentos. Sabe-se que a violência acontece em todos os centros escolares com
maior ou menor intensidade. Portanto, é um fenômeno altamente complexo que requer
estudos e reflexões (FERNÁNDEZ, 2005).
Nessa perspectiva início este TCC apropriando do conceito de bullying descrito na
enciclopédia livre, a palavra Bullying significa: (anglicismo, bullying, pronuncia-
se AFI: [ˈbʊljɪŋ]) é um termo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica,
intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (do inglês bully, tiranete ou valentão) ou
grupo de indivíduos causando dor e angústia, sendo executadas dentro de uma relação
desigual de poder.

 Desestimular a prática do bullying e ciberbullying no ambiente escolar.

Nessa perspectiva, analisar as causas e efeitos desse comportamento, e apontar


contribuições para compreender, combater e preveni os atos de Bullying nas escolas,
estimulando os educadores a conscientizarem-se da necessidade de orientarem seus alunos no
sentido de desenvolver uma relação de paz e harmonia na família, na escola e na sociedade.

Esta pesquisa se alicerçar, essencialmente, em relatos de estudantes dos Anos Iniciais


do Ensino Fundamental de uma escola da Zona rural de Jaboatão dos Guararapes-PE. A partir
destes questionamentos, o presente estudo será desenvolvido como uma pesquisa
exploratória onde serão realizados entrevista, questionários, redes eletrônicas e descritivas,

1.1 1.1 TEMA


Prevenção e combate ao bullying no ambiente escolar
1.1.1 Delimitação do Tema

1.1.2 Prevenção e combate ao bullying no ambiente escolar na Escola Municipal Rural

Paulo Freire

1.2 PROBLEMA DE PESQUISA

Consequências do bullying no processo de aprendizagem

1.3 JUSTIFICATIVA

O bullying existe em todas as escolas, o grande diferencial entre elas é a postura que
cada uma tomará frente aos casos de bullying. Por incrível que pareça os estudos apontam
para uma postura mais efetiva contra o bullying entre as escolas públicas.
A escola é corresponsável nos casos de bullying, pois é lá onde os comportamentos
agressivos e transgressores se evidenciam ou se agravam na maioria das vezes. Em linhas
gerais o bullying é um fenômeno universal e democrático, pois acontece em todas as partes do
mundo onde existem relações humanas e onde a vida escolar faz parte do cotidiano dos
jovens.

A EMRPF não está imune a esse problema. Em relatos de estudantes dos Anos
Iniciais do Ensino Fundamental de uma escola da Zona rural de Jaboatão dos Guararapes-PE.
Evidenciou-se que existe violência entre alunos, de acordo com 89% dos estudantes que
participaram da pesquisa.

De acordo com Silva, vivemos tempos difíceis, em que a violência e a agressividade


infantojuvenil são crescentes e ameaçam a todos nós. Auxiliar e conduzir as novas gerações
na construção futura de uma humanidade mais justa e menos violenta é um imperativo de que
todos nós deveríamos nos incumbir, pois, a falta de conhecimento sobre a existência, o
funcionamento e frequência da violência entre estudantes propiciam o aumento no número e
na gravidade dos casos (SILVA, 2010).

No Brasil existe uma legislação específica sobre a violência escolar ou bullying. A Lei
nº 13.185 de 6 de novembro de 2015, institui o Programa de Combate à Intimidação
Sistemática (Bullying). O Artº 5º descreve que é dever do estabelecimento de ensino, dos
clubes e das agremiações recreativas assegurar medidas de conscientização, prevenção,
diagnose e combate à violência e à intimidação sistemática (bullying). Além da referida Lei,
podemos contar com ainda uma legislação específica para as crianças e os adolescentes, a Lei
nº 8.069, de 13 de julho de 1990, conhecida como ECA – o Estatuto da Criança e do
Adolescente, que prevê de forma clara, medidas de proteção e socioeducativas a jovens que
cometam atos infracionais, com a Lei maior do país, a Constituição Federal, de 1988 e nas
legislações educacionais existentes, tais como, a LDB- Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, Lei nº 9.394 de 20 de dezembro 1996, que estabelece as diretrizes da educação no
país.

A escola deve ser responsável por uma educação pautada em valores e na Cultura de
Paz, portanto, não pode se mostrar ausente no cumprimento de suas responsabilidades e do
cumprimento da legislação vigente bem como do seu próprio regulamento. A família que é a
principal responsável pela formação moral dos filhos, pela transmissão de valores, tais como,
honestidade, solidariedade, respeito, tolerância, tem se mostrado negligente nessa tarefa ou a
tem delegado à escola, esta por sua vez tem demonstrado não estar preparada para esta
função. Por este motivo, se faz necessário um maior envolvimento entre família e escola para
buscar soluções aos problemas vivenciados no ambiente escolar.

Diante de tal constatação faz necessário que a escola disponha de ações voltadas para a
conscientização, prevenção e enfrentamento ao bullying e ciberbullying junto aos estudantes
de maneira formal e sistemática durante todo o ano letivo, capaz de orientá-los acerca da
cidadania, do respeito, fomentando relacionamentos saudáveis e uma cultura de paz,
cumprindo assim com nossa missão de educar os jovens para serem cidadãos éticos,
responsáveis e capazes de conviver em sociedade.
2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Implementar ações de discussão, prevenção e combate ao bullying no ambiente


escolar

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Cumprir a Lei nº 13.185 de 06 de novembro de 2015.


 Identificar precocemente casos de bullying.
 Criar espaços no interior da escola para escuta e discussão sobre o tema.
 Mobilizar os discentes a reflexão sobre bullying, por meio das artes, literatura e
concursos.
 Orientar os pais sobre a temática.
 Estimular a empatia, respeito às diferenças, solidariedade, visando uma cultura de
paz.
 Mobilizar professores a trabalhar o tema em sala de aula.
 Esclarecer aos alunos o que é bullying e ciberbullying e as consequências na vida
dos outros.
 Desestimular a prática do bullying e ciberbullying no ambiente escolar.

3 REVISÃO DE LITERATURA OU FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

➢ Conceitos de bullying

. Para o desenvolvimento desta dissertação sentimos a necessidade de evidenciar o


conceito de Bullying por diversos pensadores. O termo bullying subentende-se que surgiu
na Noruega, na década de 80, de acordo com o dicionário Oxford (2010) deriva do inglês
bully que apresenta duas definições: como substantivo e como verbo. Como substantivo o
termo bully significa agressor e como verbo intimidar ficando seu derivado bullying
definido como comportamento agressivo. Podemos encontrar outras definições para esse
termo tais como: valentão, brigão, brutal, tirano, insolente, e também como verbo: maltratar,
perseguir, excluir, gozar, sacanear, ferir, bater, chutar, assediar, ofender, agredir, aterrorizar,
humilhar, amedrontar, intimidar, ignorar, colocar apelidos, entre outros.

No Brasil, o “Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa” indica a palavra bulir como


equivalente a mexer com, tocar, causar incômodo ou apoquentar, produzir apreensão
em, fazer caçoada, zombar e falar sobre, entre outros. Por isso, são corretos os usos dos
vocábulos derivados, também inventariados pelo dicionário, como bulimento (o ato ou efeito
de bulir e bulidor aquele que pratica o bulimento.

Em outros dicionários o Bullying é visto com um conjunto de atitudes que se


caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um
ou mais alunos contra um ou mais colegas, que ocorrem sem motivação causando dor,
angústia e sofrimento.

Portanto, a expressão bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa
valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça,
tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato. Acredita-“se que é uma das formas de
violência que mais cresce no mundo” e pode estar presente em todos os lugares.

A palavra bullying pode ser definida também como um comportamento cruel


intrínseco nas relações interpessoais, em que os mais fortes convertem os mais frágeis em
objetos de diversão e prazer, através de brincadeiras que disfarçam o propósito de maltratar e
intimidar, além de apresentar diversas manifestações taís como: insultos, intimidações,
apelidos cruéis, gozações que magoam profundamente, acusações injustas, atuação de grupos
que hostilizam, ridicularizam a vida de outros alunos levando-os a exclusão, além de danos
físicos, morais e meterias. É valido ressaltar que esse fenômeno pode ocorrer em qualquer
contexto social, como escolas, universidades, famílias, vizinhança e locais de trabalho. O que,
à primeira vista, pode parecer um simples apelido inofensivo pode afetar emocional e
fisicamente o alvo da ofensa.

O termo Bullying tem sido aceito por outros países para definir o desejo consciente e
deliberado de maltratar outras pessoas colocando-a sob tensão, esse fenômeno nas é uma
questão muito antiga tanto quanto a escola, porém com o passa dos anos essa nomenclatura
mudou para o termo bllying.

Na Noruega e na Dinamarca adota-se o termo mobbing; na sueca e na Finlândia


mobbning; na França, denominado barcèlement quotidièn; na Itália, de prepotenzar ou
bullismo; no Japão, é conhecido yjime; na Alemanha, como agressionen untershulern; na
Espanha, como acaso y amenaza entre escolares ou intimidación; em Portugal, como maus-
tratos entre pares. Esses termos são utilizados com significados e conotações diferentes.

Nos estados Unidos, é conhecido também como barassment, no Brasil, adotamos o


termo que, de maneira geral, é empregado na maioria dos países: bullying. Bully, traduzido
como valentão, “valentão”, “tirania”, e como verbo, “brutalizar”, “tiranizar”, “amedrontar”.
Assim sendo, por definição universal, bullying é um conjunto de atitudes agressivas,
intencionais e repetitivas que ocorrem sem motivações adotadas por um ou mais de pessoas,
causando dor, angustia e sofrimento.

Na visão de Gabriel Chalita, a palavra bullying pode ser também dividida em duas
categorias: bullying direto, que é a forma mais comum entre os agressores masculinos e as
atitudes mais usadas pelos bullies são os insultos, xingamentos, apelidos ofensivos por um
período prolongado, comentários racistas, físicas – empurrões, tapas, chutes – roubo, extorsão
de dinheiro, estragar objetos dos colegas e obrigar a realização de atividades servis e bullying
indireto, sendo essa a forma mais comum entre as meninas tendo como características
atitudes que levam a vítima ao isolamento social, podendo acarretar maiores prejuízos, visto
que pode gerar traumas irreversíveis ao agredido.
O bullying indireto também compreende atitudes de difamações, realização de fofocas
e boatos cruéis, intrigas, rumores degradantes sobre a vítima e seus familiares e atitudes de
indiferença. Em geral, a vítima teme o (a) agressor (a) em razão das ameaças ou mesmo a
concretização da violência, física ou sexual, ou a perda dos meios de subsistência. Onde 20%
dos acontecimentos as pessoas são simultaneamente vítimas e agressoras de bullying, ou seja,
em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas de assédio
escolar pela turma, casos que se tornaram problema mundial.
Há que se atentar, também, para uma forma mais recente de intimidação, chamada
cyberbullying, que se concretiza pela utilização de tecnologias de comunicação, como
computadores e celulares ligados à Internet, para a realização dessas violências. No Brasil, o
cyberbullying é muito comum nas redes de relacionamento social, nas quais mensagens
injuriosas são disseminadas rapidamente.
Devido ao fato de ser um fenômeno que só recentemente ganhou mais atenção, o
bullyng ainda não possui um termo específico consensual, existe, entretanto, alternativas
como ameaça, assédio e intimidação. A questão é bastante preocupante, por isso se deve levar
a sério, pois é necessário que todos se sintam compromissados para identificá-lo, preveni-lo e
combatê-lo.

Podemos perceber que o número de casos de bullying nas escolas têm crescido de
forma assustadora, percebermos que este fenômeno está ocorrendo nas escolas do mundo
inteiro, inclusive no Brasil, passando ser cada vez mais motivo de grandes investigações
científicas e discussões nacionais e internacionais, resultando em diversas definições.

A prática do bullying tem sido um dos vilões responsáveis por vários acontecimentos
trágicos no ambiente escolar, entre eles podem apontar assassinatos suicídios, fracasso escolar
entre outros. As consequências são tão cruéis, a ponto de afetar o estado físico e o psicológico
do ser humano, porque não dizer que afeta o corpo, a alma e o espírito.
Por não existir ainda uma palavra definitiva no dicionário da língua portuguesa capaz
de definir todas as formas de bullying, verificamos a seguir algumas ações que podem estar
presentes em casos de bullyng: Coloca apelidos; tiranizar; bater; roubar; fazer sofrer; agredir;
chutar; torturar; quebrar pertences; ofender; zoar; dominar; humilhar; excluir; encarnar;
discriminar; isolar; perseguir; ignorar; intimidar; aterrorizar; empurrar; sacanear; amedrontar;
dominar; ferir; afastar, entre outros.

➢ Tipos de bulliyng

Existem três grandes formas de classificarmos bullying. A primeira envolve


comportamentos “diretos e físicos”, o que inclui atos como agredir fisicamente, roubar ou
estragar objetos alheios, extorquir dinheiro, forçar comportamentos sexuais, obrigar a
realização de atividades servis, ou a ameaça desses itens. A segunda forma inclui
comportamentos “diretos e verbais”, como insultar, apelidar, “tirar sarro”, fazer comentários
racistas, homo fóbicos ou que digam respeito a qualquer diferença no outro. Por último, há os
comportamentos “indiretos” de bullying, como excluir sistematicamente uma pessoa, fazer
fofocas ou espalhar boatos, ameaçar excluir alguém de um grupo para obter algum
favorecimento ou, de maneira geral, manipular a vida social de outrem.
O bullying pode ser manifestado através de diversas formas de agressões, temos a
agressão física, onde o agressor agredir fisicamente sua vítima, ferindo-lhe com objeto ou
deixando marcas evidentes. Essa agressão pode ser mais agravante ainda, se o agressor estiver
sob o efeito do álcool.

Ocorre também, a agressão sexual, pois, o agressor abusa do poder que tem sobre a
vítima para obter gratificação sexual, sem o seu consentimento, induzido ou obrigada a
práticas sexuais com ou sem agressão física. A agressão sexual pode englobar também o
medo, a vergonha e a culpa sentida pela vítima.

A agressão verbal encontra-se mais em evidencia na parte interna e externa do espaço


escolar, normalmente é utilizada para oportuna e incomodar a vida das outras pessoas.
Podendo ser feita até através do silêncio, e pode chega a ser muito mais violento que os
métodos utilizados habitualmente, como as ofensas morais.

Da mesma forma, o bullying se revela através da agressão psicológica ou agressão


emocional, que é tão ou mais prejudicial que a física, sendo caracterizada pela rejeição,
discriminação, humilhação, desrespeito e punições exageradas, não deixando marcas
corporais visíveis, mas emocionalmente provoca cicatrizes para toda a vida.

O número de pessoas que sofrem esse tipo de agressividade tem crescido de forma
alarmante, em diversos lugares. Pois, pesquisas revelam que onde existe ajuntamento de
pessoas, tem alguém que já ou estar sofrendo bullying.

Como o bullying pode estar presente onde tem relacionamentos de pessoais, o


ambiente familiar não passa em branco, pois dentro do espaço doméstico existe também casos
de bullying, fatos esses que pode ser identificado como agressão infrafamiliar, que são
praticadas por algum membro da própria família. Essa agressão incluem: abuso físico, sexual
e psicológico, a negligência e o abandono.

Constatamos também nas identificações de bullying, um outro tipo de bullying muito


comum, mas, com bastante repercussão no ambiente educacional e em área de trabalho, que
se manifesta através da agressão moral, a mesma envolve caluniar, difamar ou injuriar a
honra.
Da mesma forma, a agressão patrimonial é uma demonstração de ato de bullying que
implique dano, perda, subtração, destruição ou retenção de objetos, documentos pessoais,
bens e valores para suas vítimas.
É crucial afirma que no bullying existir agressão fatal, em que o agressor agredir
outra pessoa, e consequentemente acaba causando a morte dela.
Porém, a agressão hostil é entendida como sendo todo tipo de agressão emocional que é
gerada pelo impulso, visando causar danos ao outro, independentemente de qualquer
vantagem que se possa obter, esse comportamento são de igual modo apresentado em caso de
bulying.
Mas, na agressão deslocada o sujeito dirige a agressão a um alvo que não é
responsável pela causa que lhe deu origem. Ou seja uma vitima de bullying descarrega através
dos impulso sua raiva, em pessoas inocente. Ou em se próprio praticando o suicídio.
O bullying é um fenômeno que ocorre com bastante dimensão, pois, esse tipo de
agressões pode ocorrer no interior e entorno das escolas, e no ambiente familiar, ou seja, onde
há relações interpessoais os casos de bullying sempre estão em evidências.

➢ Classificações, característica e consequências em pessoas envolvidas


em casos de bullying

Para melhor compreensão desse fenômeno se faz necessário uma classificação


dos envolvidos, nessa perspectiva é fundamental destacarmos:

A vítima típica, a mesma, é aquele aluno pouco sociável, que serve de bode
expiatório para uma pessoa ou um grupo e que sofre as consequências dos
comportamentos agressivos de outros e que não dispõe de recursos, status ou habilidades
para reagir ou fazer cessar essas condutas prejudiciais;

A vítima provocadora que é aquela que provoca e atrai reações agressivas sem
conseguir lidar com as consequências; é de modo geral tola, de costumes irritantes quase
sempre responsável por causar tensões no ambiente em que se encontra. Podendo também
ser hiperativa, inquieta, dispersiva e ofensora;

A vítima provocadora é aquele aluno que transferir os maus-tratos sofridos, e ao


passar por situações de sofrimento buscar indivíduos mais frágeis do que ele, para transformá-
los em bodes expiatórios, aumentando assim o número de vítimas do bullying;
O agressor é, sem dúvida, aquele que agride os mais fracos; e pode ser de ambos
os sexos, além disso, manifesta pouca empatia; seu desejo é dominar, ameaçar e subjugar
os outros para conseguir aquilo a que se propõe, e não aceitas ser contrariado; custa a
adaptar-se as normas, e geralmente são filhos de família desestruturada, com
comportamentos antissociais e com pouca ou nenhuma relação afetiva;

O espectador é aquele aluno que presencia o bullying, porém não é vítima nem
agressor, mas representa a maioria dos alunos que convive com o problema e adota a lei
do silêncio por temer ser transformado em novo alvo para o agressor.

➢ Características das vítimas de bullying

Após as agressões do bullying as vítimas costumam apresentar algum comportamento


que requere atenções profissionais, que são:

Durante o recreio está frequentemente isolado e separado do grupo, ou procura fica


próximo do professor ou de alguém adulto; na sala de aula tem dificuldade em falar diante dos
demais, mostrando-se inseguro ou ansioso; sentimentos de ansiedade e medo; pode tornar-se
adultos com sérios problemas de relacionamento; apresenta-se com aspecto contrariado, triste,
deprimido e aflito; faltam as aulas com frequência; costuma perde constantemente os seus
pertence; deficit de concentração e de aprendizagem; dificuldade em tirar dúvidas devido às
críticas; dificuldade de integração social; dificuldade para se expressar, falar em público,
liderar, tomar decisões; transtornos psicológicos graves (Depressão, stress, fobia social);
sentimentos de abandono; Auto estima rebaixada; dores de cabeça, de estômago, diarreia,
vômitos, febre, antecedendo o horário de ir à aula; pensamentos de vingança; mudar o trajeto
casa – escola – casa; Gosto pelo estudo individual; poucos amigos; evitar trabalhos de grupo
etc.”

Em alguns casos extremos, o bullying chega a afetar o estado emocional de tal maneira
que a vítima opta por uma solução trágica, como o suicídio.

Segundo Lins (2010, p.7):

Vítima típica: São aquelas que servem de “bode expiatório” para um


grupo. Geralmente são os alunos que apresentam pouca ou nenhuma
habilidade de socialização, são tímidas ou reservadas não conseguindo
reagir às provocações e agressões dirigidas a elas. Normalmente são mais
frágeis fisicamente, apresentando deficiência de coordenação motora,
extrema sensibilidade, passividade, submissão, insegurança, baixa auto-
estima, dificuldades de aprendizagem, ansiedade e aspectos depressivos.
Podem ser aquelas que apresentam alguma diferença que as destaca dos
outros como: são gordinhas ou muito magras, altas ou baixas demais; são
de raça, cor, credo, condição socioeconômica ou opção sexual diferentes.
Enfim, qualquer coisa que as diferencie, fugindo dos padrões impostos
por um determinado grupo ou indivíduo, pode ser motivo (sempre
injustificável) para ser escolhida como alvo das agressões. Vítima
provocadora: São aquelas capazes de despertar em seus colegas reações
agressivas contra si mesmas e com as quais não consegue lidar com
eficiência. Brigam ou discutem quando são insultadas ou atacadas, mas,
de maneira ineficaz exacerbando ainda mais as agressões dos outros. As
vítimas provocadoras são as que chamamos de “gênio ruim”. Nesse grupo
podemos incluir as crianças e jovens hiperativos e impulsivos, imaturos,
tolos, dispersivos e ofensores que acabam por criar um ambiente tenso ao
seu redor, facilitando e chamando a atenção dos agressores reais que se
aproveitam da situação para iniciar suas provocações sem mesmo serem
percebidos ou responsabilizados. Vítima agressora: A vítima agressora é
aquela que diante dos maus tratos sofridos reage igualmente com
agressividade ou reproduzindo-os como forma de compensação,
procurando outro alvo ainda mais frágil para canalizar toda a sua
insatisfação contida e reprimida pelas agressões anteriores. Essa tendência
tem sido observada entre as vítimas que assim expandem os resultados,
acionando o efeito cascata, aumentando o número de vítimas já tão
volumoso. O círculo vicioso instalado contribui para que o bullying se
transforme em um problema de difícil controle.

➢ Características do agressor

Os agressores apresentam características oposta: faz brincadeiras ou gozações, além de


rir de modo desdenhoso e hostil; Coloca apelidos ou chama pelo nome ou sobrenome dos
colegas, insulta, menospreza, ridiculariza, difama; Faz ameaças; Adota atitudes agressivas no
seio familiar (violência doméstica) ou no ambiente de trabalho; Comportamento antissocial;
Gosta de dar ordens; Procura dominar e subjugar os colegas; Adotar o habito de (incomodar,
intimidar, empurrar, picha, bater, dá socos, pontapés, beliscões, puxar os cabelos do outro);
Sempre estar envolvidos em desentendimentos; Toma dos outros colegas objetos que não são
seus; Frequentemente pertence à família desestruturadas, com pouco relacionamento afetivo
entre os membros familiares;

Acredita-se que os praticantes de bullying têm grande chance de tornarem adultos com
comportamento antissociais e violentos e na vida adulta pode se envolver em atos de
delinquência ou criminosos. Em alguns casos extremos, o praticante de bullyng chega efetuar
assassinatos e/ou suicídio; Absentismo e/ou abandono escolar; Costumam ter idade superior à
média de idades do grupo, é frequente terem repetido algum ano escolar.

No que respeita à aparência física, costumam ser os mais fortes da classe; Geralmente,
o rendimento escolar é baixo, com uma atitude negativa em relação à escola; Demonstram um
alto nível de agressividade e de ansiedade e acatam mal as normas; Manifestam uma alta
assertividade, que se traduz, por vezes, em atitude de desafio; Manifestam uma autoestima
ligeiramente alta; Nas suas relações sociais, o autocontrole é escasso, podendo dar lugar a
manifestações de conduta agressiva, impositiva, de teimosia e de indisciplina; O clima
sociofamiliar é percebido com um elevado grau de autonomia, uma importante organização
familiar e simultaneamente, um fraco controle sobre os seus membros; Vivem as relações
familiares com certo grau de conflito; Não gosta de aceitar o “não”; Reage com agressão
quando é contrariado; Não demonstra sentimento de compaixão com o próximo; Rotula seus
colegas com apelidos ridicularizadores; Gosta de levar vantagem em todas as situações; É
preconceituoso; Possui o hábito de mentir; É egoísta; Não respeita regras de jogos.

Segundo o site Wikipédia (2011,sp) pesquisas mostram que adolescentes agressores


muitas vezes possuem personalidades autoritárias, aliadas com uma forte necessidade de
dominar.

Wikipédia (2011,sp) :

"Se o comportamento agressivo não é desafiado na infância, há o


risco de que ele se torne habitual. Realmente, há evidência
documental que indica que a prática do bullying durante a infância
põe a criança em risco de comportamento criminoso e violência
doméstica na idade adulta."

➢ Os espectadores

De acordo com Silva (2010, sp) espectadores são alunos que seguem a “lei do
silêncio”. Observam a tudo, mas não toma partido, e também não saem em defesa do
agredido por receio de ser a próxima vítima. Existem dois tipos de espectadores; os
Espectadores ou testemunhas e os espectadores agressores. Os Espectadores ou testemunhas
são aqueles que observam a violência e aprendem a conviver com ela e não se sentem
incomodados diante das agressões assistidas. Já os espectadores agressores são aqueles que
sofrem, mas, ao mesmo tempo, agridem com atos de violência em algum outro ambiente
aonde se sinta numa pequena vantagem, muitas vezes ocorre dentro da família irmão ou
primo mais novo (ROSA, 2011, sp).

➢ Causas do bullying
As causas que faz com que o bullying ocorra, segundo os estudos de especialistas,
devem-se à um grau elevado de carência afetiva aliada a falta de limites impostas pelos pais
juntamente com os educadores e a vivência escolar com práticas educativas baseadas em
maus tratos físicos e psicológicos com explosões emocionais intensas. Os bullies sentem a
necessidade de reproduzir em outros indivíduos as violências e agressões sofridas, como
forma de se fazer notado e de exercer autoridade, muitas vezes para se autoafirmar para que
possam obter reconhecimento e satisfação pessoal. A falta de modelos educativos instrutivos
e mais humanos contribui também para que o bullying se manifeste, diante disso o
direcionamento do educando leva-o ao caminho da intolerância, onde é expressa pela não
aceitação das diferenças pessoais, intolerância e preconceito. Dessa forma o bullying
geralmente se inicia com a recusa de aceitação de uma diferença que envolva raça, religião,
condição econômica, deficiência física, diferença de ordem psicológica ou sexual ou ligada a
aspectos como força, coragem e mesmo habilidades esportivas ou intelectuais. (LINS, 2010).
Diante dos fatos faz-se necessário que a escola esteja preparada para desenvolver
projetos que supram, ou que ao menos tentem suprir a ausência de limites e boa educação
familiar, para que dessa forma a escola seja a referência não só educacional, mas norteadoras
de princípios dignos e humanos. (LINS, 2010).

➢ Consequências do bullying

Portanto, esse fenômeno não poupa nenhum envolvido. Causa sofrimento a todas as
vítimas, em maior ou menor proporção, pois suas consequências são diversas, dependendo
muito de cada individuo, suas vivências, sua predisposição genética, sua forma e intensidade
agressiva, pois muitas delas chegar a marcar profundamente, até mesmo na vida adulta.
E as possíveis consequências são: faltam as aulas constantemente; queda no
rendimento escolar; Falta de perspectiva; queda da autoestima; evasão escolar; retenção
escolar; descrença no poder público; sentimento de insegurança; troca de escola com
frequência; abandona os estudos; extrema depressão; constrói pouca amizade; cresce com
sentimento negativo; mais tarde pode ser praticador de bullying; resistência ou recusar ir à
escola; apresenta doença psicossomática; Existem diversos casos que muitos adolescentes ou
jovens acabam cometendo assassinato e suicídios; apresenta dificuldade na construção da
aprendizagem; Pode também desenvolver transtornos mentais; tem facilidade de desenvolver
comportamento agressivo ou depressivo; facilita o desenvolvimento de pensamento negativo,
e de vingança.
As consequências do bullying são devastadoras em todos os sentidos, afetam os
envolvidos em todos os níveis, sendo a vítima a que tem maior probabilidade de continuar
sofrendo seus efeitos pelo resto da vida. A vítima Pode ter prejuízos na formação de sua
personalidade, nas suas relações profissionais, constituição de família e educação dos filhos.
(LINS, 2010)

Para LINS (2010, p. 13)

bullying passou a ser considerado como “problema de saúde pública”, devendo ser
reconhecido e assistido por profissionais especializados da área. 15 Lins (2010,
p.11): - Sintomas psicossomáticos: cefaléia, cansaço crônico, insônia, dificuldades de
concentração, náuseas, diarréia, boca seca, palpitações, alergias, crises de asma,
sudorese, tonturas, tensão muscular entre outras; - Transtorno do pânico: caracteriza-
se por medo intenso, infundado e sem motivo aparente, acompanhado de grande
ansiedade e de uma série de sintomas físicos; - Fobia escolar: caracterizada pelo
medo intenso de freqüentar a escola o que resulta em repetências por faltas,
dificuldades de aprendizagem e evasão escolar; - Fobia social ou transtorno de
ansiedade social (TAS): também conhecida por timidez patológica. O indivíduo teme
se sentir o centro das atenções, ser julgado e avaliado, pode ainda apresentar
gagueira e ter “brancos” quando tenta se comunicar; - Transtorno de ansiedade
generalizada (TAG): faz a pessoa se preocupar com tudo ao seu redor, viver com
pressa e ter a impressão de que algo de mal vai acontecer, geralmente sofrem de
insônia e irritabilidade constante; - Depressão: trata-se de uma doença grave que
afeta o humor, os pensamentos, a saúde e o comportamento em geral, trazendo uma
sensação de tristeza, fraqueza contínua e de insatisfação com a vida. Muitas vítimas
de bullying, entretanto, são capazes de transformar a dor, as mágoas e o sofrimento
em superação e conseguem apesar de todos os revezes, fazer a sua história e ser
alguém de respeito e sucesso. Os danos aos agressores em geral se evidenciam pela
propensão a adotarem comportamentos delinquentes e a se relacionarem com seus
pares de contravenções e crimes. Suas ações se caracterizam num crescente de
violência tais como: agressões sem motivo aparente; uso de drogas; porte ilegal de
armas; furtos; indiferença à realidade que o cerca; não obediência às leis; formação
de quadrilhas, grupos de extermínio e ausência de respeito pelo semelhante. Aos
agressores resta apenas uma saída: ser lembrado pelos horrores, maldades e
sofrimentos que foi capaz de provocar em suas vítimas.

➢ O papel da escola frente ao bullying

Acredita-se que em todo ambiente pode ocorrer bullying, principalmente no espaço


escolar, pois, a escola que afirma não ter bullying, não sabe o que é, ou está negando sua
existência. Todavia, é melhor admitir para buscar de forma coletiva uma possível solução.
Os insultos do bullying prejudicam o processo ensino e aprendizagem, vez que o
estudante tende a se isolar do escolar e social, e não se apropria dos ensinamentos necessários
para sua formação quanto cidadão. Em outras situações o aluno se comporta de forma
hiperativa, cheio de inquietude, o que atrapalha a si e ao outro.

A escola, sem dúvida, é um local de formar cidadã, de direitos e deveres, amizade,


cooperação e solidariedade. Agir contra o bullying é, sem dúvida, o exercício de nosso ofício.
Devemos encarar este fenômeno como um problema a ser combatido constantemente, o que
só é possível com a capacitação dos educadores e o envolvimento das famílias e do Poder
Público.

Não existem simples resoluções para combater o bullying, mas podemos junto
encontrar um possível caminho para solucionar e/ou prevenção do bullying. Portanto, as
instituições devem ficar atentas a tudo que ocorre em seu interior, a exemplo de
relacionamento entre os estudantes: brigas, drogas, olhar diferenciado, silêncio exagerado,
entre outros. Já os pais devem ficar atentos quanto à mudança de comportamento de seus
filhos para agirem no momento oportuno.
Percebi no desenvolver desta pesquisa que a escola pode e deve contribuir de forma
significativa na superação das situações de bullying. Visto que, para a maioria das crianças a
escola tem sido o primeiro espaço fora da família, onde os alunos aprendem a se relacionar
socialmente, a conquistar e exercer gradualmente de forma plena sua autonomia e cidadania.
Mas, os casos de bullying no ambiente educacional, tem frustrado o cumprimento dessa
função. Pois, a escola sozinha fica impossibilitada a superar este fenômeno, mas, com as
colaborações da família, da psicanálise e dos demais profissionais que estão envolvidos com
o atendimento das crianças e dos adolescentes, os casos de bullying serão minimizados.
Sendo também, a família o primeiro agente da construção da identidade da criança,
compreendo que a mesma tem muito a contribuir junto a escola na superação do bullying,
por que as primeiras relações e socializações ocorrem no espaço familiar, pois, a família é
uma instituição que estabelece padrões, mornas e regras, que devem ser seguida por seus
membros, essas regras, reforçam a identidade e funcionamento da família, e para que esta
Unidade sobreviva há uma divisão de responsabilidade. Portanto, as interações que ocorrem
no meio deste grupo são fatores determinantes na formação da personalidade da criança e do
adolescente.
Diversos estudos apontam que os comportamentos agressivos e as discórdias entre os
pais, são os principais fatores causador dos transtornos de conduta das crianças. Tais
comportamentos são aprendidos e adquiridos a partir, da observação e imitação dos
comportamentos dos pais, durante o processo de desenvolvimento das primeiras etapas da
vida. Vários psicólogos apontam que os gestos, tons de voz, toques e expressões faciais,
marcam o proceder da criança até os sete anos de idade.

Mesmo sem perceber esses comportamentos são transmitidos para seus filhos, e uma
que vez incorporada, é reproduzida na escola, forma de vítimas ou como agressor. Mas se na
família predominar o amor, a compreensão, a dedicação, a afeição, o respeito, a solidariedade
e a união, teremos um ambiente saudável na escola. Nesta perspectiva a escola proporcionará
aos seus alunos situações de oportunidade onde eles adquirirão valores e conhecimentos
básicos para interagir de formas crítica e ativa na vida contemporânea da nossa sociedade.

E para que o combate ao bullying seja eficaz e seguro é fundamental a participação de


profissionais da saúde, pais e professores. A interação desses profissionais juntamente com os
professores se faz necessário para que se possa observar o comportamento do indivíduo na
escola, assim como as condições psicopedagógicas e ambiente físico do espaço escolar. É
importante que crianças e os adolescentes possuam boa relação com seus colegas na escola,
pois ao contrário, poderá ser prejudicada em relação ao desenvolvimento social, já que o
estresse psicossocial está envolvido na saúde do indivíduo. O indivíduo deve ser encorajado a
enfrentar o problema, participar de grupos sociais e ser incentivado a comunicar a alguém
caso sofra alguma agressão ou mesmo presencie atos de violência. Já em relação aos
educadores é preciso que sejam treinados para que 18 possam identificar o bullying, aprender
a lidar com os alunos envolvidos no processo e dar o devido encaminhamento quando
necessário aos profissionais da saúde. (Almeida et al., 2000)

4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O presente trabalho foi dividido em etapas compreendidas entre a parte de revisão


bibliográfica e a pesquisa. A revisão da bibliografia foi dividida em três momentos.
O primeiro momento buscou conceituar o bullying; segundo momento descreve suas
características do bullying e no terceiro momento relatou as consequências do bullying.
Na segunda etapa tratou sobre o papel da escola frente ao bullying. Após essa
abordagem teórica, foi realizada uma pesquisa quantitativa com posterior análise dos dados
levantados e reflexão sobre os resultados obtidos.

4.1 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO

Esta pesquisa se basear, essencialmente, em obras de autores diversos, analisando


vários conceitos teóricos a respeito do assunto. E a partir dessas investigações o estudo foi
desenvolvido como uma pesquisa mista, ou seja, bibliográfica e quantitativa, incluindo em sua
estratégia a utilização de questionário impresso, onde os casos foram analisados, com o
objetivo de identificar as possíveis causas, buscando contribuir para um melhor desempenho
escolar.

4.2 UNIVERSO PESQUISADO

Esta pesquisa se alicerçar, essencialmente, em conceitos teóricos de diversos


escritores, tais como: Josevaldo Araújo, Líns,Gabriel Chalita, Cleo Fante, entre outros, além
dos dados coletados de estudantes dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, do 3º ao 5º ano,
de uma escola da Zona rural de Jaboatão dos Guararapes-PE.
Envolvendo um alto número de respondentes, onde os resultados gerados são tidos
como uma representação real de todo um recorte desse publico alvo da pesquisa.

4.3 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

Passaremos a apresentação de análises das informações coletados pelo questionário.

Instrumento Universo Finalidade do Quantidades de


de coleta de pesquisado Instrumento estudantes dos Anos
dados Iniciais do Ensino
Fundamental, do 3º ao 5º
ano que já foram vítimas
do bullying

Questionários 80 estudantes dos Identificar o número Acerca de 95%


Anos Iniciais do de estudantes que já
foram vítimas do
Ensino
bullying
Fundamental, do
3º ao 5º ano

Quadro 1- Instrumento de coleta de dados.


Fonte: CAVALCANTI e MOREIRA (2008)

5 REFERÊNCIAS

ARAÚJO, Josevaldo . Bullying na escola. Recife, Pernambuco: 3ª Edição, editora


Universidade de Pernambuco, 2010.
CHALITA, Gabriel. Pedagogia da amizade: Bullying- o sofrimento das vítimas e dos
agressores. 3. Ed. São Paulo: Gente, 2008.

FANTE, Cleo. Fenômeno bullying: como Prevenir a violência nas escolas e educar para a
paz. Campinas, São Paulo: 2ª edição, Editora Versus, 2005.

OLWEUS, Dan. 1993. Bullying at school: what we know and what we can do. London,
Lackwell.

PEDRA, José Augusto – Bullying escolar – Perguntas e respostas; Ed Artmed, 2008.

REVISTA CONSTRUIRNOTICIAS: o fenômeno bullying nas relações interpessoais.


Recife, Pernambuco, maio/junho, 2008.

SILVA, G. J. Bullying: quando a escola não é um paraíso. J.Mund Jov., n.364, 2006.

LINS, R. C. B. S. Bullying: Que fenômeno é esse? Rev. Pedag., vol. Inaugural, 2010.

LOPES, N. A. A. L. Bullying: comportamento agressivo entre estudantes. J. Pediatr., vol.81,


n.5, 2005.

ROSA, A. P. BULLYING - 2ª parte. Disponível em:


http:www.acontecedigital.com.br/bullying2.php .Acesso em 09 de março de 2011 às 14:00
horas.

ALMEIDA, K. L.; SILVA, A. C.; CAMPOS, J. S. Importância da identificação precoce da


ocorrência do bullying: uma revisão de literatura. Rev. Pediatri, 9(1): 8-16, jan./jun. 2008.

Você também pode gostar