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Recife/PE
2022
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................……………………3
1.1Tema ............................................................................................................…………....... 4
1.1.2Delimitação do Tema .............................................................................…………......... 4
1.2 Problema de Pesquisa ............................................................................…………........... 4
1.3 Justificativa ....................................................................................................…………... 4
2 OBJETIVOS ....................................................................................................………...... 6
2.1 Objetivo Geral .......................................................................................…………........... 6
2.2 Objetivos Específicos .................................................................................…………...... 6
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................……......... 7
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ...................................................……....... 19
4.1 Caracterização do estudo ..................................................................…………............... 19
4.2 Universo da pesquisa.............................................................................…………........... 19
4.3 Instrumentos de coleta de dados ......................................................…………............... 20
5 REFERÊNCIAS .............................................................................….………................. 21
1 INTRODUÇÃO
A violência que se presencia nas escolas é uma das facetas dos variados tipos de
violência que ocorrem na sociedade atual, sendo vivenciada na família, nos locais de trabalho,
nas ruas, influenciando as crianças, adolescentes e jovens e, assim, tendo graves repercussões
na escola (ROLIM, 2009).
As discriminações e os preconceitos presentes no espaço escolar também são
violências simbólicas utilizadas para manter os grupos subalternos nos lugares sociais para
eles construídos pela classe dominante. No espaço escolar, esses tratamentos distintos são
aflorados, ficam mais evidentes. A instituição escolar é, ao mesmo tempo, vítima e autora dos
processos violentos. Sabe-se que a violência acontece em todos os centros escolares com
maior ou menor intensidade. Portanto, é um fenômeno altamente complexo que requer
estudos e reflexões (FERNÁNDEZ, 2005).
Nessa perspectiva início este TCC apropriando do conceito de bullying descrito na
enciclopédia livre, a palavra Bullying significa: (anglicismo, bullying, pronuncia-
se AFI: [ˈbʊljɪŋ]) é um termo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica,
intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (do inglês bully, tiranete ou valentão) ou
grupo de indivíduos causando dor e angústia, sendo executadas dentro de uma relação
desigual de poder.
Paulo Freire
1.3 JUSTIFICATIVA
O bullying existe em todas as escolas, o grande diferencial entre elas é a postura que
cada uma tomará frente aos casos de bullying. Por incrível que pareça os estudos apontam
para uma postura mais efetiva contra o bullying entre as escolas públicas.
A escola é corresponsável nos casos de bullying, pois é lá onde os comportamentos
agressivos e transgressores se evidenciam ou se agravam na maioria das vezes. Em linhas
gerais o bullying é um fenômeno universal e democrático, pois acontece em todas as partes do
mundo onde existem relações humanas e onde a vida escolar faz parte do cotidiano dos
jovens.
A EMRPF não está imune a esse problema. Em relatos de estudantes dos Anos
Iniciais do Ensino Fundamental de uma escola da Zona rural de Jaboatão dos Guararapes-PE.
Evidenciou-se que existe violência entre alunos, de acordo com 89% dos estudantes que
participaram da pesquisa.
No Brasil existe uma legislação específica sobre a violência escolar ou bullying. A Lei
nº 13.185 de 6 de novembro de 2015, institui o Programa de Combate à Intimidação
Sistemática (Bullying). O Artº 5º descreve que é dever do estabelecimento de ensino, dos
clubes e das agremiações recreativas assegurar medidas de conscientização, prevenção,
diagnose e combate à violência e à intimidação sistemática (bullying). Além da referida Lei,
podemos contar com ainda uma legislação específica para as crianças e os adolescentes, a Lei
nº 8.069, de 13 de julho de 1990, conhecida como ECA – o Estatuto da Criança e do
Adolescente, que prevê de forma clara, medidas de proteção e socioeducativas a jovens que
cometam atos infracionais, com a Lei maior do país, a Constituição Federal, de 1988 e nas
legislações educacionais existentes, tais como, a LDB- Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, Lei nº 9.394 de 20 de dezembro 1996, que estabelece as diretrizes da educação no
país.
A escola deve ser responsável por uma educação pautada em valores e na Cultura de
Paz, portanto, não pode se mostrar ausente no cumprimento de suas responsabilidades e do
cumprimento da legislação vigente bem como do seu próprio regulamento. A família que é a
principal responsável pela formação moral dos filhos, pela transmissão de valores, tais como,
honestidade, solidariedade, respeito, tolerância, tem se mostrado negligente nessa tarefa ou a
tem delegado à escola, esta por sua vez tem demonstrado não estar preparada para esta
função. Por este motivo, se faz necessário um maior envolvimento entre família e escola para
buscar soluções aos problemas vivenciados no ambiente escolar.
Diante de tal constatação faz necessário que a escola disponha de ações voltadas para a
conscientização, prevenção e enfrentamento ao bullying e ciberbullying junto aos estudantes
de maneira formal e sistemática durante todo o ano letivo, capaz de orientá-los acerca da
cidadania, do respeito, fomentando relacionamentos saudáveis e uma cultura de paz,
cumprindo assim com nossa missão de educar os jovens para serem cidadãos éticos,
responsáveis e capazes de conviver em sociedade.
2 OBJETIVOS
➢ Conceitos de bullying
Portanto, a expressão bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa
valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça,
tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato. Acredita-“se que é uma das formas de
violência que mais cresce no mundo” e pode estar presente em todos os lugares.
O termo Bullying tem sido aceito por outros países para definir o desejo consciente e
deliberado de maltratar outras pessoas colocando-a sob tensão, esse fenômeno nas é uma
questão muito antiga tanto quanto a escola, porém com o passa dos anos essa nomenclatura
mudou para o termo bllying.
Na visão de Gabriel Chalita, a palavra bullying pode ser também dividida em duas
categorias: bullying direto, que é a forma mais comum entre os agressores masculinos e as
atitudes mais usadas pelos bullies são os insultos, xingamentos, apelidos ofensivos por um
período prolongado, comentários racistas, físicas – empurrões, tapas, chutes – roubo, extorsão
de dinheiro, estragar objetos dos colegas e obrigar a realização de atividades servis e bullying
indireto, sendo essa a forma mais comum entre as meninas tendo como características
atitudes que levam a vítima ao isolamento social, podendo acarretar maiores prejuízos, visto
que pode gerar traumas irreversíveis ao agredido.
O bullying indireto também compreende atitudes de difamações, realização de fofocas
e boatos cruéis, intrigas, rumores degradantes sobre a vítima e seus familiares e atitudes de
indiferença. Em geral, a vítima teme o (a) agressor (a) em razão das ameaças ou mesmo a
concretização da violência, física ou sexual, ou a perda dos meios de subsistência. Onde 20%
dos acontecimentos as pessoas são simultaneamente vítimas e agressoras de bullying, ou seja,
em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas de assédio
escolar pela turma, casos que se tornaram problema mundial.
Há que se atentar, também, para uma forma mais recente de intimidação, chamada
cyberbullying, que se concretiza pela utilização de tecnologias de comunicação, como
computadores e celulares ligados à Internet, para a realização dessas violências. No Brasil, o
cyberbullying é muito comum nas redes de relacionamento social, nas quais mensagens
injuriosas são disseminadas rapidamente.
Devido ao fato de ser um fenômeno que só recentemente ganhou mais atenção, o
bullyng ainda não possui um termo específico consensual, existe, entretanto, alternativas
como ameaça, assédio e intimidação. A questão é bastante preocupante, por isso se deve levar
a sério, pois é necessário que todos se sintam compromissados para identificá-lo, preveni-lo e
combatê-lo.
Podemos perceber que o número de casos de bullying nas escolas têm crescido de
forma assustadora, percebermos que este fenômeno está ocorrendo nas escolas do mundo
inteiro, inclusive no Brasil, passando ser cada vez mais motivo de grandes investigações
científicas e discussões nacionais e internacionais, resultando em diversas definições.
A prática do bullying tem sido um dos vilões responsáveis por vários acontecimentos
trágicos no ambiente escolar, entre eles podem apontar assassinatos suicídios, fracasso escolar
entre outros. As consequências são tão cruéis, a ponto de afetar o estado físico e o psicológico
do ser humano, porque não dizer que afeta o corpo, a alma e o espírito.
Por não existir ainda uma palavra definitiva no dicionário da língua portuguesa capaz
de definir todas as formas de bullying, verificamos a seguir algumas ações que podem estar
presentes em casos de bullyng: Coloca apelidos; tiranizar; bater; roubar; fazer sofrer; agredir;
chutar; torturar; quebrar pertences; ofender; zoar; dominar; humilhar; excluir; encarnar;
discriminar; isolar; perseguir; ignorar; intimidar; aterrorizar; empurrar; sacanear; amedrontar;
dominar; ferir; afastar, entre outros.
➢ Tipos de bulliyng
Ocorre também, a agressão sexual, pois, o agressor abusa do poder que tem sobre a
vítima para obter gratificação sexual, sem o seu consentimento, induzido ou obrigada a
práticas sexuais com ou sem agressão física. A agressão sexual pode englobar também o
medo, a vergonha e a culpa sentida pela vítima.
O número de pessoas que sofrem esse tipo de agressividade tem crescido de forma
alarmante, em diversos lugares. Pois, pesquisas revelam que onde existe ajuntamento de
pessoas, tem alguém que já ou estar sofrendo bullying.
A vítima típica, a mesma, é aquele aluno pouco sociável, que serve de bode
expiatório para uma pessoa ou um grupo e que sofre as consequências dos
comportamentos agressivos de outros e que não dispõe de recursos, status ou habilidades
para reagir ou fazer cessar essas condutas prejudiciais;
A vítima provocadora que é aquela que provoca e atrai reações agressivas sem
conseguir lidar com as consequências; é de modo geral tola, de costumes irritantes quase
sempre responsável por causar tensões no ambiente em que se encontra. Podendo também
ser hiperativa, inquieta, dispersiva e ofensora;
O espectador é aquele aluno que presencia o bullying, porém não é vítima nem
agressor, mas representa a maioria dos alunos que convive com o problema e adota a lei
do silêncio por temer ser transformado em novo alvo para o agressor.
Em alguns casos extremos, o bullying chega a afetar o estado emocional de tal maneira
que a vítima opta por uma solução trágica, como o suicídio.
➢ Características do agressor
Acredita-se que os praticantes de bullying têm grande chance de tornarem adultos com
comportamento antissociais e violentos e na vida adulta pode se envolver em atos de
delinquência ou criminosos. Em alguns casos extremos, o praticante de bullyng chega efetuar
assassinatos e/ou suicídio; Absentismo e/ou abandono escolar; Costumam ter idade superior à
média de idades do grupo, é frequente terem repetido algum ano escolar.
No que respeita à aparência física, costumam ser os mais fortes da classe; Geralmente,
o rendimento escolar é baixo, com uma atitude negativa em relação à escola; Demonstram um
alto nível de agressividade e de ansiedade e acatam mal as normas; Manifestam uma alta
assertividade, que se traduz, por vezes, em atitude de desafio; Manifestam uma autoestima
ligeiramente alta; Nas suas relações sociais, o autocontrole é escasso, podendo dar lugar a
manifestações de conduta agressiva, impositiva, de teimosia e de indisciplina; O clima
sociofamiliar é percebido com um elevado grau de autonomia, uma importante organização
familiar e simultaneamente, um fraco controle sobre os seus membros; Vivem as relações
familiares com certo grau de conflito; Não gosta de aceitar o “não”; Reage com agressão
quando é contrariado; Não demonstra sentimento de compaixão com o próximo; Rotula seus
colegas com apelidos ridicularizadores; Gosta de levar vantagem em todas as situações; É
preconceituoso; Possui o hábito de mentir; É egoísta; Não respeita regras de jogos.
Wikipédia (2011,sp) :
➢ Os espectadores
De acordo com Silva (2010, sp) espectadores são alunos que seguem a “lei do
silêncio”. Observam a tudo, mas não toma partido, e também não saem em defesa do
agredido por receio de ser a próxima vítima. Existem dois tipos de espectadores; os
Espectadores ou testemunhas e os espectadores agressores. Os Espectadores ou testemunhas
são aqueles que observam a violência e aprendem a conviver com ela e não se sentem
incomodados diante das agressões assistidas. Já os espectadores agressores são aqueles que
sofrem, mas, ao mesmo tempo, agridem com atos de violência em algum outro ambiente
aonde se sinta numa pequena vantagem, muitas vezes ocorre dentro da família irmão ou
primo mais novo (ROSA, 2011, sp).
➢ Causas do bullying
As causas que faz com que o bullying ocorra, segundo os estudos de especialistas,
devem-se à um grau elevado de carência afetiva aliada a falta de limites impostas pelos pais
juntamente com os educadores e a vivência escolar com práticas educativas baseadas em
maus tratos físicos e psicológicos com explosões emocionais intensas. Os bullies sentem a
necessidade de reproduzir em outros indivíduos as violências e agressões sofridas, como
forma de se fazer notado e de exercer autoridade, muitas vezes para se autoafirmar para que
possam obter reconhecimento e satisfação pessoal. A falta de modelos educativos instrutivos
e mais humanos contribui também para que o bullying se manifeste, diante disso o
direcionamento do educando leva-o ao caminho da intolerância, onde é expressa pela não
aceitação das diferenças pessoais, intolerância e preconceito. Dessa forma o bullying
geralmente se inicia com a recusa de aceitação de uma diferença que envolva raça, religião,
condição econômica, deficiência física, diferença de ordem psicológica ou sexual ou ligada a
aspectos como força, coragem e mesmo habilidades esportivas ou intelectuais. (LINS, 2010).
Diante dos fatos faz-se necessário que a escola esteja preparada para desenvolver
projetos que supram, ou que ao menos tentem suprir a ausência de limites e boa educação
familiar, para que dessa forma a escola seja a referência não só educacional, mas norteadoras
de princípios dignos e humanos. (LINS, 2010).
➢ Consequências do bullying
Portanto, esse fenômeno não poupa nenhum envolvido. Causa sofrimento a todas as
vítimas, em maior ou menor proporção, pois suas consequências são diversas, dependendo
muito de cada individuo, suas vivências, sua predisposição genética, sua forma e intensidade
agressiva, pois muitas delas chegar a marcar profundamente, até mesmo na vida adulta.
E as possíveis consequências são: faltam as aulas constantemente; queda no
rendimento escolar; Falta de perspectiva; queda da autoestima; evasão escolar; retenção
escolar; descrença no poder público; sentimento de insegurança; troca de escola com
frequência; abandona os estudos; extrema depressão; constrói pouca amizade; cresce com
sentimento negativo; mais tarde pode ser praticador de bullying; resistência ou recusar ir à
escola; apresenta doença psicossomática; Existem diversos casos que muitos adolescentes ou
jovens acabam cometendo assassinato e suicídios; apresenta dificuldade na construção da
aprendizagem; Pode também desenvolver transtornos mentais; tem facilidade de desenvolver
comportamento agressivo ou depressivo; facilita o desenvolvimento de pensamento negativo,
e de vingança.
As consequências do bullying são devastadoras em todos os sentidos, afetam os
envolvidos em todos os níveis, sendo a vítima a que tem maior probabilidade de continuar
sofrendo seus efeitos pelo resto da vida. A vítima Pode ter prejuízos na formação de sua
personalidade, nas suas relações profissionais, constituição de família e educação dos filhos.
(LINS, 2010)
bullying passou a ser considerado como “problema de saúde pública”, devendo ser
reconhecido e assistido por profissionais especializados da área. 15 Lins (2010,
p.11): - Sintomas psicossomáticos: cefaléia, cansaço crônico, insônia, dificuldades de
concentração, náuseas, diarréia, boca seca, palpitações, alergias, crises de asma,
sudorese, tonturas, tensão muscular entre outras; - Transtorno do pânico: caracteriza-
se por medo intenso, infundado e sem motivo aparente, acompanhado de grande
ansiedade e de uma série de sintomas físicos; - Fobia escolar: caracterizada pelo
medo intenso de freqüentar a escola o que resulta em repetências por faltas,
dificuldades de aprendizagem e evasão escolar; - Fobia social ou transtorno de
ansiedade social (TAS): também conhecida por timidez patológica. O indivíduo teme
se sentir o centro das atenções, ser julgado e avaliado, pode ainda apresentar
gagueira e ter “brancos” quando tenta se comunicar; - Transtorno de ansiedade
generalizada (TAG): faz a pessoa se preocupar com tudo ao seu redor, viver com
pressa e ter a impressão de que algo de mal vai acontecer, geralmente sofrem de
insônia e irritabilidade constante; - Depressão: trata-se de uma doença grave que
afeta o humor, os pensamentos, a saúde e o comportamento em geral, trazendo uma
sensação de tristeza, fraqueza contínua e de insatisfação com a vida. Muitas vítimas
de bullying, entretanto, são capazes de transformar a dor, as mágoas e o sofrimento
em superação e conseguem apesar de todos os revezes, fazer a sua história e ser
alguém de respeito e sucesso. Os danos aos agressores em geral se evidenciam pela
propensão a adotarem comportamentos delinquentes e a se relacionarem com seus
pares de contravenções e crimes. Suas ações se caracterizam num crescente de
violência tais como: agressões sem motivo aparente; uso de drogas; porte ilegal de
armas; furtos; indiferença à realidade que o cerca; não obediência às leis; formação
de quadrilhas, grupos de extermínio e ausência de respeito pelo semelhante. Aos
agressores resta apenas uma saída: ser lembrado pelos horrores, maldades e
sofrimentos que foi capaz de provocar em suas vítimas.
Não existem simples resoluções para combater o bullying, mas podemos junto
encontrar um possível caminho para solucionar e/ou prevenção do bullying. Portanto, as
instituições devem ficar atentas a tudo que ocorre em seu interior, a exemplo de
relacionamento entre os estudantes: brigas, drogas, olhar diferenciado, silêncio exagerado,
entre outros. Já os pais devem ficar atentos quanto à mudança de comportamento de seus
filhos para agirem no momento oportuno.
Percebi no desenvolver desta pesquisa que a escola pode e deve contribuir de forma
significativa na superação das situações de bullying. Visto que, para a maioria das crianças a
escola tem sido o primeiro espaço fora da família, onde os alunos aprendem a se relacionar
socialmente, a conquistar e exercer gradualmente de forma plena sua autonomia e cidadania.
Mas, os casos de bullying no ambiente educacional, tem frustrado o cumprimento dessa
função. Pois, a escola sozinha fica impossibilitada a superar este fenômeno, mas, com as
colaborações da família, da psicanálise e dos demais profissionais que estão envolvidos com
o atendimento das crianças e dos adolescentes, os casos de bullying serão minimizados.
Sendo também, a família o primeiro agente da construção da identidade da criança,
compreendo que a mesma tem muito a contribuir junto a escola na superação do bullying,
por que as primeiras relações e socializações ocorrem no espaço familiar, pois, a família é
uma instituição que estabelece padrões, mornas e regras, que devem ser seguida por seus
membros, essas regras, reforçam a identidade e funcionamento da família, e para que esta
Unidade sobreviva há uma divisão de responsabilidade. Portanto, as interações que ocorrem
no meio deste grupo são fatores determinantes na formação da personalidade da criança e do
adolescente.
Diversos estudos apontam que os comportamentos agressivos e as discórdias entre os
pais, são os principais fatores causador dos transtornos de conduta das crianças. Tais
comportamentos são aprendidos e adquiridos a partir, da observação e imitação dos
comportamentos dos pais, durante o processo de desenvolvimento das primeiras etapas da
vida. Vários psicólogos apontam que os gestos, tons de voz, toques e expressões faciais,
marcam o proceder da criança até os sete anos de idade.
Mesmo sem perceber esses comportamentos são transmitidos para seus filhos, e uma
que vez incorporada, é reproduzida na escola, forma de vítimas ou como agressor. Mas se na
família predominar o amor, a compreensão, a dedicação, a afeição, o respeito, a solidariedade
e a união, teremos um ambiente saudável na escola. Nesta perspectiva a escola proporcionará
aos seus alunos situações de oportunidade onde eles adquirirão valores e conhecimentos
básicos para interagir de formas crítica e ativa na vida contemporânea da nossa sociedade.
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
5 REFERÊNCIAS
FANTE, Cleo. Fenômeno bullying: como Prevenir a violência nas escolas e educar para a
paz. Campinas, São Paulo: 2ª edição, Editora Versus, 2005.
OLWEUS, Dan. 1993. Bullying at school: what we know and what we can do. London,
Lackwell.
SILVA, G. J. Bullying: quando a escola não é um paraíso. J.Mund Jov., n.364, 2006.
LINS, R. C. B. S. Bullying: Que fenômeno é esse? Rev. Pedag., vol. Inaugural, 2010.