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FAEP – FACULDADE DE EDUCAÇÃO PAULISTANA

CURSO DE PEDAGOGIA

ANALUCIA VICENTE NETO

BULLYING: COMO TRABALHAR NA ESCOLA?

SÃO PAULO
2020

FACULDADE DE EDUCAÇÃO PAULISTANA – Rua Cordeiro da Silva, 165 – Parada de Taipas – São Paulo/SP
Analucia Vicente Neto

BULLYING: COMO TRABALHAR NA ESCOLA?

Artigo apresentado à F a c u l d a d e d e E d u c a ç ã o P a u l i s t a n a ,
como requisito parcial para a obtenção do título de
Graduado em Pedagogia.
.

São Paulo
2020
1

BULLYING: COMO TRABALHAR NA ESCOLA?

Resumo: Este estudo trata do Bullying no contexto social e educacional e como este
fenômeno pode ser trabalhado no âmbito escolar com ações preventivas. A forma
mais frequente de violência contra crianças e adolescentes é a que ocorre entre eles
próprios, conhecida como bullying. Trata-se do conjunto de comportamentos
agressivos e repetitivos de opressão, tirania, agressão e dominação de uma pessoa
ou grupos sobre outra pessoa ou grupos, subjugados pela força dos primeiros.
Como o tema deste estudo é “Bullying: um fenômeno social ou educacional” esta
pesquisa contemplou as diversas faces que este crescente fenômeno vem
apresentando e que nós como educadores, não podemos ficar a sombra dessa triste
realidade como meros espectadores. A metodologia de estudo utilizada foi a revisão
de literatura.

Palavras-chave: Bullying- violência- fenômeno social- educacional.

1. INTRODUÇÃO

O bullying é uma sucessão de comportamentos antissociais e na maioria das


vezes se concentra dentro de instituições escolares ocasionado por crianças e
jovens a fim de “marcar território”. O termo Bullying é um termo inglês não havendo
tradução para o português. O que foi achado até o momento sobre seu significado
foi que seria igual ou equivalente a valentão, brigão com intenções de tiranizar e
intimidar.
A hipótese de estudo pauta-se na questão de que a forma mais frequente de
violência contra crianças e adolescentes e que ocorre entre eles próprios é
conhecida como bullying e compõe um conjunto de comportamentos agressivos e
repetitivos de opressão, tirania, agressão e dominação de uma pessoa ou grupos
sobre outra pessoa ou grupos, subjugados pela força dos primeiros.
De acordo com Aramis (2005) o bullying ocorre com acontecimentos repetitivos
e constantes ao ponto de causar danos psíquicos ao alvo sem falar outros vários
fatores que interferem no desenvolvimento do indivíduo.
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Várias são as formas de intimidações do praticante desse ato como agredir


verbalmente xingando, insultando, colocando apelidos, principalmente quando se trata
de um indivíduo que carrega alguns estigmas como: usar óculos, ser gordinho, ou
tímido. Os agressores desrespeitam todas as formas de convivência básica usando
de total covardia desse estigma para tiranizar, humilhar, entre outros.
Este estudo tem como justificativa reafirmar que o Bullying compõe um
fenômeno mundial praticado em ambientes sociais e, em especial, nas escolas, e
que é incontestável a importância de medidas preventivas que possam ser
trabalhadas nas escolas para evitar a triste realidade vivida por crianças e
adolescentes que sofrem bullying.
O bullying pode ser detectado na infância onde pode ser notada de como as
crianças interagem umas com as outras já aos três anos de idade o futuro causador
de bullying demonstra atitudes de rejeição aos coleguinhas separando e escolhendo
com quem irá brincar, cabe aos responsáveis notarem esse comportamento no início
pois o fato de ser apenas uma questão de afinidades não justifica sua seriação aos
demais, futuramente com a aprovação dessa atitude ela certamente dará como uma
normalidade desencadeando atitudes reprováveis e sucessivas escolhas entre os
amiguinhos, e amiguinhas desrespeitando assim comportamentos fundamentais para
a boa convivência social. (SILVA, 2009, p.35)
Para Fante (2005) o bullying só ocorre se houver um contexto social onde os
indivíduos estejam envolvidos em relacionamentos duradouros, como acontece no
ambiente escolar, quando a convivência é cotidiana. Sem esse cenário, a
caracterização dos atos agressivos repetitivos torna-se improvável. Mesmo em
condições em que a forma de contato seja virtual (Internet, celulares etc.), deve ser
entendido que se trata de uma forma de relacionamento estabelecida em um
determinado espaço de tempo e com uma frequência também definida.
O problema central deste estudo é: Como o bullying nas escolas está
contribuindo com fatores como o aumento evasão escolar, baixa autoestima da
criança, depressão e aprendizado prejudicado, dentre outros?
O objetivo geral deste estudo foi analisar as causas do grande aumento de
ocorrências de Bullying no contexto educacional e suas consequências na vida do
indivíduo.
Os objetivos específicos contemplados foram: descrever as ações que
caracterizam o Bullying; analisar o perfil dos alunos que cometem e dos que sofrem
3

Bullying numa abordagem sociocultural; mapear ações preventivas que podem ser
abordadas na escola para minimizar os casos de Bullying.
Trata-se de um estudo de revisão de literatura, sendo esta caracterizada por
Cristante (2011) como método possível de avaliar o conhecimento produzido em
pesquisas prévias, destacando conceitos, procedimentos, resultados, discussões e
conclusões relevantes para seu trabalho. A revisão da literatura tem relevante papel
no conhecimento e na discussão de realidades, de ações e programas. Destaca-se
ainda pela capacidade de percepção de determinados aspectos, à medida que se
conhece diferentes contextos e realidades a respeito do tema que está sendo
abordado. Desta forma, a escolha do método se justifica devido à coerência com o
objetivo proposto para o presente estudo.

2. BULLYING: UM FENÔMENO DE VIOLÊNCIA SOCIAL

De acordo com Abramovay (2002), bullying é uma palavra inglesa que


identifica praticamente todos esses maus comportamentos, não havendo termo
equivalente em português. Bully é traduzido como brigão, valentão. tirano; como
verbo, significa tiranizar, oprimir, amedrontar, ameaçar, intimidar, maltratar.
Como o tema deste estudo é o bullying escolar, vamos defini-lo como atitudes
agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas
por um ou mais estudantes contra outro(s), causando dor e angústia, e executadas
dentro de uma relação desigual de poder, tornando possível a intimidação da vítima.
Nota-se que o bullying apresenta três elementos fundamentais: são atos
repetitivos, comportamentos danosos e deliberados, existindo sempre uma
assimetria imprópria de poder entre o agressor e a sua vítima.
Para Bauman (2001, p.19)
O bullying só ocorre se houver um contexto social onde os indivíduos
estejam envolvidos em relacionamentos duradouros, como acontece no
ambiente escolar, quando a convivência é cotidiana. Sem esse cenário, a
caracterização dos atos agressivos repetitivos torna-se improvável. Mesmo
em condições em que a forma de contato seja virtual (Internet, celulares
etc.), deve ser entendido que se trata de uma forma de relacionamento
estabelecida em um determinado espaço de tempo e com uma frequência
também definida.

Percebe-se atualmente que o comportamento agressivo entre os estudantes


foi por muito tempo considerado como um “rito de passagem benigno”, sugerindo
tratar-se de um fator importante na formação do caráter de crianças e adolescentes,
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e essencial para a construção de uma vida adulta saudável. Hoje se sabe que esse
entendimento é totalmente falso.
Desta forma, o bullying não é um fenômeno isolado, exclusivo de culturas
específicas, mas, sim, prevalente no mundo todo, encontrado em todas as escolas,
independente das características sociais, culturais e econômicas de seus usuários.
Para Abramovay (2002, p.40) as preocupações com o fenômeno bullying, em
sua grande maioria, cresceram a partir das publicações internacionais na década de
1990. Nessa mesma época, diversas campanhas e programas conseguiram
identificar e reduzir a incidência de comportamentos agressivos nas escolas,
principalmente na Europa.

2.1 Definições e concepções

Segundo Aramis (2005) existem experiências exitosas, realizadas com maior


frequência nos cenários escolares, voltadas à redução do comportamento antissocial
e agressivo entre crianças e adolescentes, que incluem a melhoria da competência e
da capacidade social em relação aos colegas e à promoção de comportamentos
positivos, amigáveis e cooperativos. Esses programas, entre os quais se incluem as
ações antibullying, estão entre as estratégias mais eficazes de prevenção contra a
violência juvenil (Organização Mundial de Saúde), na redução significativa dos
comportamentos antissociais (Centro de Estudos de Prevenção da Violência – USA)
e na melhoria do relacionamento social entre crianças e adolescentes. Eles também
parecem ser mais efetivos quando implantados em instituições de educação infantil
e de ensino fundamental.
Aramis (2005, p.65) classifica o bullying pelas formas de agressão e tipos de
danos:*
 Bullying verbal: apelidar, falar mal e insultar;
 Bullying moral: difamar, disseminar rumores e caluniar;
 Bullying sexual: assediar, induzir ou abusar;
 Bullying psicológico: ignorar, excluir, perseguir, amedrontar, aterrorizar,
intimidar, dominar, tiranizar, chantagear e manipular;
 Bullying material: destroçar, estragar, furtar, roubar;
 Bullying físico: empurrar, socar, chutar, beliscar, bater; e,
 Bullying virtual ou cyberbullying: divulgar imagens, criar comunidades,
enviar mensagens e invadir a privacidade, com o intuito de assediar a
vítima ou expô-la a situações vexatórias.
*Fonte: Estado de Santa Catarina – Lei n.º 14.651, de 12 de janeiro de 2009.
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De acordo Debarbieux (2002) nem todas as agressões podem ser


classificadas como bullying, mas todos os atos de bullying são agressões danosas e
derivadas de comportamentos hostis e prepotentes, não importando a forma como
são praticados. Existem dois critérios de classificação baseados nas circunstâncias
em que as vítimas são agredidas e no tipo de agressão sofrida. As ações diretas são
as praticadas diretamente contra os alvos (“cara a cara”), enquanto as indiretas não
exigem a presença física dos alvos para que sejam efetivadas (“pelas costas”). Em
um ataque direto, a vítima vê o seu agressor; em um ataque indireto, a vítima é
ferida, mas nem sempre sabe a quem culpar.
Para Debarbieux (2002, p.83)

O bullying direto é subdividido em físico (bater, chutar, tomar pertences),


verbal (apelidos, insultos), gestual, sonoro ou relacional (sinais, imitações,
sons simulados, atitudes preconceituosas, sexuais ou discriminatórias) etc.
Entende-se como bullying indireto: a disseminação de histórias
desabonadoras, exclusão, ameaças, furtos, danos materiais etc. O bullying
indireto facilita a prática de agressões, dificulta a sua detecção e
praticamente impossibilita a autodefesa.

Uma das formas de bullying indireto que interfere no relacionamento social,


também chamado de bullying social, incorre em excluir um colega de um grupo de
conversa ou da participação em alguma atividade coletiva. Outra possibilidade é a
indiferença diante da aproximação do alvo, ou a disseminação de histórias
desabonadoras.
Uma modalidade de bullying indireto, que foge dos moldes tradicionais desse
fenômeno, é o bullying digital ou cyberbullying, que utiliza as novas tecnologias de
informação e da comunicação para a execução de comportamentos deliberados,
repetidos e hostis.
As crianças frequentemente desaprovam as agressões físicas, mas se
envolvem em outras formas de intimidação social, sem perceber que também são
danosas e que, da mesma forma, podem causar graves consequências.
Para os adultos, professores e pais, identificar o bullying indireto é mais difícil,
o que impede uma intervenção imediata. Assim ocorre com situações de bullying
relacional (exclusão), verbal (difamação), cyberbullying, entre outros.
Algumas características da prática de bullying modificam-se de acordo com a
idade dos protagonistas: a prevalência de bullying já é detectada na educação
infantil, a partir dos 3 anos, e atinge sua maior incidência na faixa de 11 a 13 anos,
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quando as crianças passam pelas experiências da pré-puberdade e puberdade e se


tornam socialmente mais qualificados, passando a ser fundamental a aceitação
pelos seus pares. A partir daí, os números começam a decrescer. Os meninos mais
novos utilizam o bullying físico com mais frequência, quando comparados aos mais
velhos. Quanto mais jovens forem as crianças frequentemente agressivas, maiores
serão os riscos de apresentarem comportamentos antissociais mais tarde.
Segundo Aramis (2005, p.49) o bullying escolar é um importante problema de
saúde pública, que atinge de 20% a 40% da população de estudantes e exige
demandas crescentes de atenção e intervenção. É consenso que os alvos de
violência, sejam eles quais forem, se praticados com frequência, apresentam uma
característica evolutiva, em que os níveis de agressividade e gravidade são
crescentes e persistentes.
Inúmeras são as situações bastante preocupantes em nosso meio. O crime
organizado consegue agregar às suas tropas, adolescentes cada vez mais jovens.
Por outro lado, na classe média, grupos denominados pitboys se organizam com o
objetivo de praticar atos violentos e discriminatórios.
Para Bauman (2001, p.32):

O bullying é um fenômeno sistêmico, que existe em função de atitudes


individuais e coletivas e do contexto social determinados pelos níveis de
tolerância e valores gerados por influências familiares, sociais e da própria
escola. Portanto, todos os componentes da comunidade escolar são
protagonistas efetivos, diretos ou indiretos, das ações de bullying.

Bauman (2001) pontua que entre os estudantes, quatro tipos de participação


podem ser identificados:
 Agressores ou autores – são os que adotam comportamentos
agressivos contra alguns de seus colegas.
 Vítimas ou alvos – são os que sofrem as agressões repetitivas.
 Alvos/autores – são os que ora agridem e ora são vítimas.
 Testemunhas ou observadores – são os que não se envolvem
diretamente em atos de bullying, mas os assistem e convivem em um
meio onde ocorrem.

Os papeis assumidos pelos estudantes alvos/autores de bullying guardam


uma relação lógica com os anos que cursam, ou seja, entre os estudantes dos anos
iniciais, a frequência de alvos era maior, enquanto nos anos mais avançados,
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predominavam os autores. Essa constatação sugere que a relação desigual de


poder, necessária à prática de bullying, seja exercida pelos estudantes maiores e
mais velhos, sobre os menores e mais jovens.

A participação de cada criança ou adolescente diante de situações de


bullying é dinâmica e circunstancial. Não há como estabelecer critérios
rígidos sobre o comportamento adotado pelos indivíduos. Ninguém agride o
tempo todo ou é agredido a todo momento. Os estudantes transitam entre a
figura de agentes (Belli, 2008, p.23)

De acordo com Belli (2008) os autores, alvos e alvos/autores, não só atuam


de diferentes formas nos atos de bullying, como também demonstram diferentes
comportamentos sociais, em função do momento e da situação vivenciada. Há que
se considerar algumas características individuais que conduzem a criança ou o
adolescente à adoção de um desses papéis.
O bullying na escola é considerado a forma mais frequente de violência contra
crianças e adolescentes. A presença desse tipo de comportamento deriva ou gera
uma grande variedade de problemas de ordem comportamental, emocional e social.
Diversos autores identificaram quais poderiam ser os fatores predisponentes
que indicariam a maior ou menor probabilidade de os estudantes atuarem como
alvos e/ou autores na infância ou adolescência. Atualmente, admite-se a existência
de 13 desses fatores, sendo que oito representam características individuais e cinco,
fatores contextuais. (BAUMAN, 2001)
De acordo com Belli (2008) os fatores individuais que contextualizam ações
de Bullying são:

1. Gênero – há diferenças na prática de bullying, quando analisados


grupos exclusivos do sexo masculino, feminino ou mistos.
2. Idade – entre as diversas faixas etárias avaliadas, observando-se
algumas diferenças nas atitudes relacionadas ao bullying, incluindo os
tipos de agressões, a prevalência de autores e alvos, a frequência dos
atos de bullying etc.
3. Comportamento exteriorizado – definido como ações que fogem do
controle, por serem caracterizadas por atitudes desafiadoras,
agressivas, discordantes etc.
4. Sintomas internalizados – são alterações menos explícitas, que
refletem sentimentos mais íntimos, incluindo introversão, depressão,
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ansiedade e fobia etc.


5. Competência social – avaliação global das habilidades sociais do
indivíduo, que o tornam capaz para interagir efetivamente com os
outros, e saber evitar ou inibir comportamentos socialmente
inaceitáveis.
6. Autopercepção – são pensamentos, conceitos e atitudes sobre si
mesmo, como a autoestima, respeito próprio, auto-imagem etc.
7. Percepções sobre os outros – são pensamentos, conceitos e
atitudes relacionados a terceiros, com base em padrões normativos,
empatia e atrativos.
8. Desempenho acadêmico – avaliado pelos processos tradicionais de
avaliação do aprendizado.

Belli (2008) pontua que existem também fatores predisponentes contextuais


que favorecem a ocorrência do Bullying:

1. Ambiente doméstico/familiar – fatores identificados como derivados do


ambiente familiar, incluindo conflitos com os pais, pouca coesão familiar,
relação pais e filhos (participação), condições socioeconômicas, estilos de
cuidados dos responsáveis.
2. Ambiente escolar – envolve o grau de respeito, o tratamento equitativo dos
estudantes por parte dos professores e funcionários, bem como o sentimento
de pertencimento dos escolares em relação à escola.
3. Fatores comunitários – baseados nas características da população e das
regiões de moradia em que vivem as crianças e adolescentes, incluindo
indicadores socioeconômicos, índices de violência e indicadores de
desenvolvimento humano (IDH).
4. Status social – reflete a qualidade das relações entre as crianças de
adolescentes com seus pares, observando-se o grau de rejeição, isolamento,
popularidade, simpatia, empatia etc.
5. Influência dos pares – refere-se ao impacto positivo ou negativo de seus
colegas em relação à adaptação na escola, por exemplo, a aceitação dos
identificados como fora dos padrões, as atividades prossociais dos grupos e a
valorização dos comportamentos adequados e inadequados.
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Bauman (2001) ressalta que o bullying ocorre dentro de um contexto social


composto pela influência de características individuais das crianças e adolescentes
envolvidos, e do cenário onde ocorre. Portanto, a análise do impacto com base nas
características individuais, sem considerar as influências externas, limita a
percepção sobre o bullying, destacando as qualidades pessoais, em vez do caráter
contextual que facilita a ocorrência desses incidentes. A aplicação de critérios que
levem em conta as pessoas e seus ambientes promoverá um melhor entendimento
sobre as condições favoráveis à ocorrência de bullying e suas possíveis
consequências, para os indivíduos e os locais onde ocorre.
De acordo com Blainey (2007) diversos fatores individuais e contextuais são
considerados relevantes na identificação dos três grupos de personagens ativos –
autores, alvos e alvos/autores – e na organização de programas de prevenção e
intervenção do bullying. Embora alguns desses fatores predisponentes se mostrem
mais presentes do que outros em cenário de bullying, todos eles devem ser
lembrados em pelo menos um dos seguintes grupos:

 Autor típico – exibe comportamento


exteriorizado, apresenta sintomas internalizados, competência
social e desafios acadêmicos; possui atitudes e pensamentos
negativos sobre os outros, percepção negativa sobre si
mesmo, dificuldades de solucionar problemas ou conflitos com
os colegas; provêm de ambiente familiar conflituoso ou com
supervisão pobre; seu conceito sobre a escola é provavelmente
negativo; tende a ser influenciado por fatores comunitários e
por seus pares de forma imprópria. Três fatores principais:
comportamento exteriorizado, percepções sobre os outros e
influência dos pares.
 Alvo típico – demonstra sintomas
internalizados; adota comportamento externalizado; possui
habilidades sociais deficientes, autopercepção negativa, e
dificuldades na solução de problemas sociais; provém de
ambientes negativos na família, comunidade e escola;
apresenta alto nível de rejeição e isolamento pelos
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companheiros. Dois fatores preponderantes: sintomas


internalizados e status social.
 Alvo/Autor típico – associa problemas
internalizados e externalizados; engloba atitudes e conceitos
negativos de si e dos outros; possui baixa competência social,
habilidades inadequadas ou insuficientes para solucionar
problemas sociais e baixo desempenho acadêmico; é rejeitado
e excluído por seus colegas, além de sofrer influências
negativas deles. Sete prognósticos identificados:
comportamento externalizado, competência social,
autopercepção, desempenho acadêmico, ambiente escolar,
status social e influência dos pares.

2.2 Causas principais


Desta forma pode-se concluir que existem fatores que, embora não sejam
determinantes para a ocorrência de bullying, agem como facilitadores para a sua
existência ou perpetuação entre os estudantes. São circunstâncias relacionadas aos
contextos sociais, como a família, a escola e a comunidade:

 O comportamento agressivo é essencial para o surgimento do autor, mas


seu comportamento será incentivado se seus atos representarem ganhos
sociais, materiais ou pessoais.
 A tolerância ou a negação ao bullying pelos adultos é a essência básica
para a impunidade e o incentivo para o crescimento da agressividade, da
vitimização e da omissão.
 Para que as crianças submissas e solitárias se tornem alvos de bullying é
necessário que haja crianças agressivas no grupo e que o contexto social
seja tolerante a isso.
 As relações sociais desempenham um papel fundamental na perpetuação
do bullying.
 A convivência em ambientes onde as vitimizações dos alvos sejam diárias,
induzem ao entendimento que se tratem de atos banais e que não mereçam
atenção ou intervenção.
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 Em grupos sociais onde haja crianças agressoras, o comportamento


agressivo pode se tornar uma regra, e os atos de bullying acabam se
tornando um meio para a manutenção do poder.
 A grande maioria dos estudantes-testemunhas reprova os atos de bullying,
mas também demonstra descrença sobre as possibilidades de as escolas
intervirem com eficácia.
 Ao observarem as agressões, muitos podem acreditar que adotar esse tipo
de comportamento seja o melhor caminho para alcançar a popularidade ou
poder, e tentam se transformar em autores de bullying. (BLAINEY, 2007,
p.59)

A maioria dos alvos de bullying sofrem agressões com grande frequência e


por longos períodos, demonstrando que é realmente muito difícil se livrar dessa
situação quando não se tem a ajuda de colegas, professores e pais.
De acordo com Bauman (2001) os estudantes-alvos do sexo feminino
admitem ser vítimas, mais frequentemente, de apelidos e difamações (fofocas),
enquanto, entre os de sexo masculino, as agressões físicas e ameaças surgem logo
após os apelidos.

A situação pode se agravar por não disporem de recursos, status ou


habilidade para reagir ou fazer cessar o bullying. Muitas vezes se tornam
pouco sociáveis, sentem-se inseguros e desesperançados quanto à
possibilidade de se adaptarem ao grupo. Acabam tendo poucos amigos ou
perdendo as amizades que conquistaram. Dificilmente participam de
brincadeiras coletivas, por medo da rejeição ou por optarem pelo
isolamento.( Bauman, 2001, p.48)

Bauman (2001) afirmam que as vítimas sentem-se infelizes, sofrem com o


medo, a vergonha, a depressão e a ansiedade. Muitos acreditam que sejam
merecedores dos maus-tratos sofridos.
Podem evitar a escola e o convívio social, como proteção contra novas
agressões. Queixas de indisposição, dores de cabeça ou de barriga, na hora de ir
para a escola, podem se tornar frequentes. Alguns se sentem tão oprimidos, que
acabam tentando ou cometendo suicídio.
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Segundo dados da ABRAPIA o bullying ocorre em todas as escolas,
independentemente de sua tradição, localização ou poder aquisitivo dos alunos.
Pode-se afirmar que está presente, de forma democrática, em 100% das escolas em
todo o mundo, públicas ou particulares. O que pode variar são os índices
encontrados em cada realidade escolar. Isso decorre do conhecimento da situação e
da postura que cada instituição de ensino adota, ao se deparar com casos de
violência entre os alunos.
As Varas da Infância e da Adolescência têm recebido um número cada vez
mais significativo de denúncias relativas às práticas de bullying. No entanto, um
dado chama a atenção: quase a totalidade das denúncias é relativa a agressões
ocorridas em escolas públicas, onde a tutela do Estado é direta. Isso aponta para
uma realidade preocupante: muitas escolas particulares abafam os casos de bullying
em suas dependências por receio de perderem “clientes”.
Além de apresentar qualidade de ensino, a boa escola não é aquela onde o
bullying necessariamente não ocorra, mas sim aquela que, quando ele existir, sabe
enfrentá-lo com coragem e determinação. A omissão é danosa para todos, pois
dificulta e até impossibilita as ações preventivas que poderiam coibir a proliferação
do problema.
Segundo a ABRAPIA (2009) não se pode esquecer que o bullying é um
fenômeno de mão dupla, ou seja, ocorre de dentro para fora da escola e vice-versa.
Em função disso, muitas tragédias que acontecem nas imediações das escolas, em
shoppings, danceterias, festas, ruas ou praças públicas foram motivadas e iniciadas
dentro do ambiente escolar.
Para Bauman (2009) todas as vezes que sucedem atos de violência e
criminalidade entre jovens, as autoridades de segurança pública devem considerar a
possibilidade concreta do fenômeno bullying em suas investigações. Inúmeros
suicídios, assassinatos e lesões corporais graves entre adolescentes poderiam ser
evitados se houvesse uma política séria de enfrentamento dos casos de bullying.
Não é apenas fora do país que encontramos casos extremos da prática de
bullying e suas vítimas. Aqui, no Brasil, vários episódios já foram registrados e
amplamente divulgados pela imprensa.

1
Abrapia: Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência:
www.abrapia.org.br, ativo em 07/06/09.
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Torna-se viável, diante deste cenário que medidas de lei, assim como a
imprensa e os grandes veículos de comunicação que têm como tarefa divulgar o
assunto, contribuir para a conscientização de toda a sociedade. Somente desta
forma poderemos despertar as autoridades e exigir delas a criação de políticas
capazes de prevenir o bullying e/ou minimizar os efeitos individuais e coletivos desse
fenômeno.
No Brasil, as pesquisas e a atenção voltadas ao tema ainda se dão de forma
incipiente. A Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à
Adolescência (Abrapia) se dedica a estudar, pesquisar e divulgar o fenômeno
bullying desde 2001. No período compreendido entre novembro e dezembro de 2012
e março de 2013, a Abrapia realizou uma pesquisa, por meio de questionários
distribuídos a alunos de 5ª a 8ª série de 11 escolas (nove públicas e duas
particulares), no estado do Rio de Janeiro. Os resultados apontaram alguns dados
bastante significativos:
 Dos 5.482 alunos participantes, 40,5% (2.217) admitiram
ter tido algum tipo de envolvimento direto na prática do bullying, seja
como alvo (vítima) seja como autor (agressor).
 Houve um pequeno predomínio do sexo masculino
(50,5%) sobre o sexo feminino (49,5%) na participação ativa das
condutas de bullying.
 As agressões ocorrem principalmente na própria sala de
aula (60,2%), durante o recreio (16,1%) e no portão das escolas
(15,9%).
 Em torno de 50% dos alvos (vítimas) admitem que não
relataram o fato aos professores, tampouco aos pais.

Sobre os dados citados, cabem algumas considerações: tanto meninas


quanto meninos se envolvem nos comportamentos de bullying. No entanto, as
meninas tendem a praticar agressões na forma de terror psicológico e na
manipulação de outras meninas contra as “colegas-alvo”.
Contudo vale ressaltar que, se a maioria das agressões ocorre no território
escolar, especialmente nas salas de aula, os professores e as demais autoridades
da instituição educacional estão falhando na identificação do problema. Isso pode
ocorrer por desconhecimento ou por negação do fenômeno.
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Em seus estudos sobre bullying Bauman (2009) afirma que além de os bullies
escolherem um aluno-alvo que se encontra em franca desigualdade de poder,
geralmente este também já apresenta uma baixa autoestima. A prática de bullying
agrava o problema preexistente, assim como pode abrir quadros graves de
transtornos psíquicos e/ou comportamentais que, muitas vezes, trazem prejuízos
irreversíveis.
2.3 Diferentes manifestações psíquicas nas vítimas de Bullying

Resultados importantes apontados por Bauman (2009) são os problemas


físicos e psíquicos apresentados pelas vítimas do Bullying sendo que os principais
especificados por ele são:

 Sintomas psicossomáticos

As vítimas tendem a apresentar diversos sintomas físicos, entre os quais


podemos destacar: cefaleia (dor de cabeça), cansaço crônico, insônia, dificuldades
de concentração, náuseas (enjoo), diarreia, boca seca, palpitações, alergias, crise
de asma, sudorese, tremores, sensação de “nó” na garganta, tonturas ou desmaios,
calafrios, tensão muscular, formigamentos.
Vale a pena ressaltar que estes sintomas, sejam isolados ou múltiplos,
costumam causar elevados níveis de desconforto e prejuízos nas atividades
cotidianas do indivíduo.
 Transtorno do pânico

Dos casos clínicos das vítimas do bullying, este é um dos mais


representativos do sofrimento humano. Caracteriza-se pelo medo intenso e
infundado, que parece surgir do nada, sem qualquer aviso prévio. O indivíduo é
tomado por uma sensação enorme de medo e ansiedade, acompanhada de uma
série de sintomas físicos (taquicardia, calafrios, boca seca, dilatação da pupila,
suores etc.), sem razão aparente. Um ataque de pânico dura, em média, entre vinte
e quarenta minutos. Esse curto espaço de tempo é um dos momentos mais
angustiantes que um indivíduo pode vivenciar. Muitos relatam a sensação de estar
sofrendo um ataque cardíaco, de que vai enlouquecer, de estranheza de si mesmo e
de que pode morrer a qualquer momento. Quem passa por crises de pânico acaba
por desenvolver o “medo de ter medo”, ou seja, nunca sabe quando uma nova crise
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ocorrerá. Ultimamente o transtorno do pânico já pode ser observado em crianças


bem jovens (6 a 7 anos de idade), muito em função de situações de estresse
prolongado a que são expostas. O bullying, certamente, faz parte dessa condição.

 Fobia escolar

Caracteriza-se pelo medo intenso de frequentar a escola, ocasionando


repetências por faltas, problemas de aprendizagem e/ou evasão escolar. Quem
sofre de fobia escolar passa a apresentar diversos sintomas psicossomáticos e
todas as reações do transtorno do pânico, dentro da própria escola; ou seja, a
pessoa não consegue permanecer no ambiente onde as lembranças são
traumatizantes. Muitas podem ser as causas da fobia escolar: problemas emocionais
no ambiente doméstico; ansiedade de separação – quando a criança se vê separada
dos pais e teme pelo novo ambiente que terá que enfrentar; problemas físicos e
psíquicos; e a prática do bullying. Em relação a esta última, inevitavelmente, todos
saem perdendo: a criança, os pais, a escola, a sociedade como um todo. Quem
desiste precocemente da escola perde a oportunidade de construir uma base sólida
para a descoberta e o desenvolvimento de seus talentos essenciais, alterando a rota
de seus propósitos existenciais e sociais.
 Fobia social (transtorno de ansiedade social – TAS)

Quem apresenta fobia social, também conhecida por timidez patológica, sofre
de ansiedade excessiva e persistente, com temor exacerbado de se sentir o centro
das atenções ou de estar sendo julgado e avaliado negativamente. Assim, com o
decorrer do tempo, tal indivíduo passa a evitar qualquer evento social, ou procura
esquivar-se deles, o que traz sérios prejuízos em suas vidas acadêmicas,
profissional, social e afetiva. Como é possível um fóbico social proferir uma palestra,
participar de reuniões de negócios, apresentar trabalhos escolares ou encontrar
parceiros, se ele tem pavor de ser ridicularizado pelas pessoas? Para determinados
fóbicos sociais, tomar um simples cafezinho ou assinar um cheque na frente de
alguém pode ser uma tarefa impossível de ser cumprida. Ele também pode
apresentar gagueira ou ter verdadeiros “brancos” ao tentar se comunicar. O fóbico
social de hoje pode ter o transtorno deflagrado em função das inúmeras
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humilhações no seu passado escolar; danos e sofrimentos que são capazes de se


refletir por toda uma existência.
 Transtorno de ansiedade generalizada (TAG)

A ansiedade generalizada é uma sensação de medo e insegurança


persistente, que não “larga do pé”. A pessoa que sofre de TAG preocupa-se com
todas as situações ao seu redor, desde as mais delicadas e importantes até as mais
corriqueiras. Ela amanhece o dia com a nítida sensação de que se esqueceu de
fazer alguma coisa imprescindível ou de que não vai dar conta dos seus afazeres.
Geralmente são pessoas impacientes, que vivem com pressa, aceleradas,
negativistas e que têm a impressão constante de que algo ruim pode acontecer a
qualquer momento. Elas costumam sofrer de insônia, irritabilidade e, sem tratamento
adequado, os sintomas podem se exacerbar e provocar outros transtornos muito
mais graves.

 Depressão

A depressão não é apenas uma sensação de tristeza, de fraqueza ou de


“baixo astral”. É muito mais do que isso: trata-se de uma doença que afeta o humor,
os pensamentos, a saúde e o comportamento. Os sintomas mais característicos de
um quadro depressivo são: tristeza persistente, ansiedade ou sensação de vazio;
sentimento de culpa, inutilidade e desamparo; insônia ou excesso de sono; perda ou
aumento de apetite; fadiga e sensação de desânimo; irritabilidade e inquietação;
dificuldades de concentração e de tomar decisões; sentimentos de desesperança e
pessimismo; perda de interesse por atividades que anteriormente despertavam
prazer; ideias ou tentativas de suicídio.
A depressão em crianças e em adolescentes foi, por muito tempo, ignorada
ou subdiagnosticada. Porém, atualmente, os estudos sugerem um alto nível de
incidência de sintomas depressivos na população escolar. Atualmente o número de
suicídios entre os adolescentes vem apresentando aumento significativo,
configurando-se em uma das principais causas de morte nessa faixa etária.
Sabe-se que os adolescentes apresentam oscilações de humor e mudanças
relevantes de seus hábitos e costumes. Isso faz parte da natureza humana e deve
ser encarado como algo próprio da idade. Porém, é recomendável ficar de olhos
bem abertos quando esses jovens deixam de levar uma vida normal, com
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rebaixamento de sua autoestima, irritabilidade, isolamento, baixo desempenho


escolar, dificuldades em suas relações sociais e familiares. Em vez de pensar
apenas em drogas, más companhias ou namoros frustrados, não se pode perder de
vista que uma situação de bullying pode estar por trás disso.

2.4 Propostas de trabalho na escola


O trabalho com projetos nas escolas são importantes alternativas para
prevenir ações de Bullying no cenário escolar. Reunir os alunos em trabalhos
coletivos que demonstrem os prejuízos causados por ações de violência podem ser
a metodologia mais eficaz para a formação consciente dos alunos neste contexto.
Utilizar filmes, dramatizações, situações do cotidiano para debate, sequências
didáticas, palestras, pesquisas na internet, trabalho de campo com entrevistas na
comunidade podem auxiliar os alunos a mudar atitudes na escola que
consequentemente o farão atuar melhor em sua vida em sociedade.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Concluiu-se com este estudo que o Bullying não é um fenômeno exclusivo de


alguns países e pode ser encontrado em todas as escolas do mundo. Por essa
razão, é possível observar que programas antibullying vêm sendo desenvolvidos em
diversos países com o intuito claro de reduzir esse tipo de comportamento violento
entre os jovens.
A luta antibullying deve ser iniciada desde muito cedo, já nos primeiros anos
de escolarização. A importância da precocidade das ações educacionais se deve ao
incalculável poder que as crianças possuem para propagar e difundir ideias. Elas
facilmente se transformam em agentes multiplicadores, capazes de educar, por vias
alternativas, seus familiares e funcionários domésticos, criando-se, assim, um círculo
virtuoso no empenho pela paz.
Nessa luta épica, cujo cenário principal é a escola e os atores principais são
os profissionais de educação, estão em jogo os bens mais preciosos da
humanidade: a solidariedade, o respeito às diferenças, a tolerância, a cooperação, a
justiça, a dignidade, a honestidade, a amizade e o amor ao próximo.
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Para que essa batalha tenha um final feliz, devemos fortalecer nossos
guerreiros: exigir políticas públicas e privadas que disponibilizem recursos
significativos para a formação intelectual, técnica, psicológica e pessoal de nossos
educadores. Somente dessa forma eles poderão ter o comprometimento, o
engajamento e a segurança de que necessitam para abraçar de corpo e alma essa
causa heroica: educar nossas crianças e adolescentes para uma vida de cidadania
plena, em que direitos e deveres que hoje só existem no papel sejam de fato
exercidos e respeitados no dia a dia.
Este estudo demonstrou que a escola é um local de formação e
transformação para a vida em sociedade, onde os alunos, mediante ações
preventivas e de conscientização podem mudar comportamentos e assim ter uma
vida saudável para seu desenvolvimento ético-cidadão.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABRAPIA: Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à


Adolescência: www.abrapia.org.br, ativo em 07/03/19.
ABRAMOVAY, Miriam. Escola e violência. Unesco, 2002.
ANDREASEN, Nancy C. Admirável Cérebro Novo: vencendo doença mental na era
do genoma. São Paulo: Artimed, 2005.
ARAMIS, A. Lopes Neto. Bullying. Comportamento agressivo entre estudantes. Rio
de Janeiro: Jornal de Pediatria, 2005. 81 (5 Supl.):S164-S172. Disponível em
www.scielo.br/pdf/jped/v81n5s0/v81n5Sa06.pdf
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.
________________. Vida para Consumo. Rio de Janeiro: Zahar, 2009.
________________. A Arte da Vida. Rio de Janeiro: Zahar, 2009.
BAXTER, John. Steven Spielberg: biogragia não autorizada. T & B: Madri, 2007.
BBC News, UK: Education. Beckham backs anti-bullying drive:
http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/education/4247149.stm, ativo em 07/03/19.
BEAUDOIN, Marie-Nathalie e Taylor, Maureen. Bullying e Desrespeito: como acabar
com essa cultura na escola. Porto Alegre: Artimed, 2006.
BELLI, Amadio Alexandra. TDAH! E agora? São Paulo: STS, 2008.
BLAINEY, Geoffrey. Uma Breve História do Mundo. São Paulo: Fundamento
Educacional, 2007.
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DEBARBIEUX, E.; BLAYA, C. (orgs) (2002) Violências nas escolas e políticas


públicas. Brasília, UNESCO.

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