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UNIVERSIDADE BRASILEIRA EDUCACIONAL – UNIBR

CURSO DE PSICOLOGIA

ANA CAROLINA DOS ANJOS DA SILVA


GIULIANA DE SOUSA FURNO
IVAN WILLIAM UMGARELLI DOS SANTOS
JOSE CARLOS MARTINS DA SILVA
MATEUS SILVA DE SOUZA
NYCOLLE DE FARIA
VINICIUS CARDOSO DE SOUZA

OS EFEITOS DO BULLYING E SUAS CONSEQUÊNCIAS

SÃO VICENTE – SP
2023
RESUMO

O tema bullying assume pauta de discussão nas escolas. A identificação dessa problemática
apresenta-se como um ponto importante para que as escolas possam encontrar meios para
prevenção. O presente artigo tem como objetivo compreender sobre esse fenômeno e discutir
a prevenção no ambiente escolar apesar de ocorrer no contexto escolar ele não são somente
um problema das instituições educacionais, mas de toda a sociedade, pois suas consequências
causam graves danos psicológicos e negativos no desenvolvimento cognitivo, emocional,
físico e social da vítima. Pretendemos nesse estudo de revisão bibliográfica, abrir espaço para
reflexão sobre a temática e contribuir na busca de ações práticas para prevenção.

Palavras-chave: bullying, escola, prevenção

ABSTRACT

The topic of bullying is a topic of discussion in schools. The identification of this problem is
an important point for schools to find ways to prevent it. This article aims to understand this
phenomenon and discuss prevention in the school environment, although it occurs in the
school context, it is not only a problem for educational institutions, but for society as a whole,
as its consequences cause serious psychological and negative damage to development.
cognitive, emotional, physical and social status of the victim. In this bibliographical review
study, we intend to open space for reflection on the topic and contribute to the search for
practical actions for prevention.

Keywords: bullying, school, prevention


Introdução

Os estudos sobre bullying teve surgimento por volta do final dos anos 70 na Suécia e na
Dinamarca, sendo observado no ambiente escolar, e futuramente, em meados dos anos 80 os
estudos sobre bullying tomaram proporções maiores através de Dan Olweus na Noruega.
Os estudos de Dan não foram levados a sério inicialmente na época, até que em 1983 três
meninos noruegueses, na faixa etária entre 10 e 14 anos, cometeram suicídio e as causas
prováveis foram os maus-tratos sofridos na escola. E diante desse ocorrido Dan Olweus firma
ainda mais os estudos sobre o tema chegando a escrever suas conclusões em um livro
chamado Bullying at school: what we know and what we can do (Bullying na escola: o que
sabemos e o que podemos fazer). Neste Livro o autor dá sugestões para identificar as vítimas
e os agressores.
O tema chega ao Brasil na década de 90 a início de 2000, porém somente em 2015 que de fato
a primeira lei de combate ao bullying foi sancionada no país através da ex-presidente Dilma
Rousseff. Porém até os dias de hoje esse fenômeno vem se manifestando nas escolas e até
mesmo por meio da tecnologia nas redes sociais. Surgindo então, como objeto de pesquisa as
seguintes perguntas: Quais os meios de prevenir o bullying? Quais são as suas consequências
e como a psicologia, em seu âmbito escolar, pode contribuir para a prevenção e combate ao
bullying?
Dia 7 de abril, é o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência nas Escolas. A data foi
instituída em 2016, por meio da Lei nº 13.277. A escolha da data está relacionada à tragédia
que ocorreu em 2011, quando um jovem de 24 anos invadiu a Escola Municipal Tasso de
Oliveira, no bairro de Realengo, no Rio de Janeiro, e matou 11 crianças. A gravidade da
questão se confirma por meio de estudos recentes como Diagnóstico Participativo da
Violência nas Escolas, realizado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais
(FLACSO) em 2015, com apoio do MEC, que revelou que 69,7% dos estudantes declaram ter
presenciado alguma situação de violência dentro da escola. A preocupação com o fenômeno
fez com que o termo bullying fosse incluído também na Pesquisa Nacional da Saúde do
Escolar (PeNSE) de 2015.
Desenvolvimento

O bullying apesar de ser um fenômeno aparentemente comum, deve ser combatido e punido
efetivamente.
Nosso objetivo é por esse meio esclarecer e propagar informações que tragam a
conscientização que gere prevenção e aumentem o combate ao bullying, afinal, apesar de
ocorrer no contexto escolar ele não é somente um problema das instituições educacionais, mas
de toda a sociedade, pois, suas consequências causam graves danos psicológicos e negativos
no desenvolvimento cognitivo, emocional, físico e social.
Em fato mais recente de violência em ambiente escolar, no dia 13 de março de 2019, na
Escola Estadual Professor Raul Brasil, no município de Suzano, no estado de São Paulo, a
dupla de atiradores Guilherme Taucci Monteiro e Luiz Henrique de Castro, ambos os ex-
alunos, mataram cinco estudantes e duas funcionárias da escola. O bullying e a violência nas
escolas tornaram-se grandes problemas, que pais, educadores, governos e toda a sociedade
precisam enfrentar.
O bullying é caracterizado por agressões intencionais e repetitivas que ocorrem de maneira
física, verbal e/ou psicológica contra uma pessoa. Embora seja uma prática mais comum em
escolas, a situação pode acontecer em diferentes contextos sociais, como universidades,
ambientes de trabalho e, também, núcleo familiar. Inclusive, uma criança que vive em um
clima de desrespeito e assédio dentro de casa tende a ser a agressora, oprimindo os colegas. É
necessário lembrar que nem sempre esse problema aparece na forma de um olho roxo ou de
outros tipos de hematomas. Além disso, às vezes, um apelido, aparentemente inofensivo, pode
gerar danos irreparáveis no alvo da ofensa. Para compreender melhor, veja quais são os tipos
de bullying:
• Físico — violência física de todo tipo;
• Psicológico — intimidações, chantagens, calúnias e perseguições no que diz respeito à
religião, orientação sexual, aparência física etc;
• Verbal — apelidos maldosos, xingamentos e humilhações;
• Virtual — o cyberbullying acontece como ataques verbais e psicológicos por meio da
internet;
• Social — quando a pessoa é constantemente excluída das atividades e do convívio
social.
É válido ressaltar que o bullying não é uma “mera brincadeira de criança”, pois a prática pode
afetar uma pessoa de forma grave e abrangente. .
Muitas vezes, o bullying tem consequências devastadoras para suas vítimas, por isso quanto
mais cedo detectado, melhor. A seguir, confira alguns sinais que a criança pode apresentar
quando vivencia esse problema social:
• Está constantemente triste;
• Fica sempre isolada;
• Tem piora nas notas escolares;
• Anda com postura curva, olhando para os pés e evitando encarar outras pessoas;
• Pede muitas vezes para faltar às aulas;
• Tem mudanças extremas de humor;
• Aparece com hematomas.
Também é possível verificar algumas características apresentadas pelos autores do bullying.
Veja:
• Tem comportamento arrogante;
• Não sente empatia;
• Não se arrepende quando faz algo errado;
• Irrita-se e perde o controle com rapidez;
• Recorre ao uso da força por qualquer razão;
• Demonstra muita preocupação com a aparência.

As consequências do bullying podem marcar, negativamente, uma pessoa por muitos anos.
Isso acontece porque os traumas dessa infeliz experiência mexem com a saúde mental e física,
podendo, inclusive, significar risco de vida. Logo, é imprescindível notar os primeiros sinais e
reagir às ocorrências agilmente. A violência nas escolas afeta todos que estão a sua volta. As
consequências do bullying são tanto para os agressores, para as vítimas e também para os
alunos que testemunham a violência, são problemas físicos e psicológicos, ansiedade,
depressão a situação que podem levar ao suicídio e o homicídio. Os agressores também
sofrem consequências, como comportamentos antissociais, dificuldades em obedecer a regras
e reações agressivas.
Enfim, acreditamos que esse tema é de extrema relevância porque se trata principalmente da
saúde emocional, mental de uma sociedade como um todo. Atitudes como as relatadas pelos
professores colaboradores que presenciaram um coordenador de escola, culpando a vítima por
ser alvo de bullying, e ou professores sendo os agressores é inadmissível dentro ou fora dos
muros da escola.
Os profissionais da educação têm o dever de incentivar a solidariedade, a generosidade e o
respeito às diferenças por meio de conversas e campanhas de incentivo à tolerância. A
realização de trabalhos didáticos que incentivem a cooperação e a interpretação de diferentes
papéis também é boas atividades para trabalhar a empatia em sala de aula. Esse é o papel que
o professor deve ter, se estiver voltado para o auxílio de uma sociedade mais justa e mais
igualitária.
Conclusão

Para concluir foi possível verificar que o bullying apresenta diferentes consequências na
autoestima do aluno, tanto na vítima quanto no agressor.
Os trabalhos que visam à prevenção e redução do bullying devem ser estruturados conforme o
projeto pedagógico da escola, visando sempre à participação de alunos, pais e comunidade.
A escola desempenha um papel de grande importância no desenvolvimento social de crianças
e adolescentes e não pode ser considerada apenas como um espaço destinado à aprendizagem
formal ou ao desenvolvimento. Portanto, a escola precisa se transformar, adaptar-se à
realidade e às demandas culturais atuais e atuar no sentido de prevenir e controlar o bullying,
assim como outros comportamentos interativos inadequados e prejudiciais ao
desenvolvimento, e não funcionar como um agente mantenedor do sofrimento psicológico dos
envolvidos nessas situações.
Queremos referir que consideramos que esta temática e problemática não deveria ser
ignorada, as informações transmitidas é que muitas são as vítimas silenciosas que mais tarde
se revelam. O ignorar a existência de um problema desta índole poderá traduzir-se em
dificuldades acrescidas quer para alunos, quer para o contexto escolar em si. O importante é
conseguir fazer com que todos os seus intervenientes consigam percepcionar que existem
outras formas de agir perante a presença da violência em contexto escolar.
Referências Bibliográficas

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais:


apresentação dos temas transversais, ética / Secretaria de Educação Fundamental. –
Brasília: MEC/SEF, 1997.
FANTE, Cléo. Fenômeno bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a
paz. São Paulo: Verus, 2005.
FANTE, C. Fenômeno bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a
paz. 7. ed. Campinas: Verus, 2012.
OLIVEIRA, Willer.Carlos. de. O papel do Professor diante do Bullying na sala de aula.
EDUCERE - Revista da Educação, Umuarama, v. 18, n. 2, p. 297- 317, jul./dez. 2018.

http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/34487#:~:text=Tamb%C3%A9m
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