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1245Temas para Redação

Temas contemporâneos:
O papel da escola, A escolha da profissão, Transtornos alimentares na
adolescência, Família, Escolhas sexuais, A valorização das
diferenças individuais, de género, étnicas e sociocultural.

Bullying

Bullying é uma palavra de origem inglesa que designa atos de agressão e


intimidação repetitivos contra um indivíduo que não é aceito por um grupo,
geralmente na escola.
"A prática do Bullying consiste em um conjunto de violências que se repetem
por algum período. Geralmente são agressões verbais, físicas e psicológicas
que humilham, intimidam e traumatizam a vítima. Os danos causados pelo
Bullying podem ser profundos, como a depressão, distúrbios
comportamentais e até o suicídio."
"O que é Bullying?
Bullying é uma palavra que se originou na língua inglesa. “Bully” significa
“valentão”, e o sufixo “ing” representa uma ação contínua. A palavra Bullying
designa um quadro de agressões contínuas, repetitivas, com características
de perseguição do agressor contra a vítima, não podendo caracterizar uma
agressão isolada, resultante de uma briga."
"As agressões podem ser de ordem verbal, física e psicológica, comumente
acontecendo as três ao mesmo tempo. As vítimas são intimidadas, expostas
e ridicularizadas. São chamadas por apelidos vexatórios e sofrem variados
quadros de agressão com base em suas características físicas, seus hábitos,
sua sexualidade e sua maneira de ser.

As vítimas de Bullying podem sofrer agressões de uma pessoa isolada ou de


um grupo. Esse grupo pode atuar apenas como “expectadores inertes” da
violência, que indiretamente contribuem para a continuidade da agressão.

Normalmente, chamamos de Bullying o comportamento agressivo sistemático


cometido por crianças e adolescentes. Quando um comportamento parecido
acontece entre adultos, geralmente no ambiente de trabalho, classificamos o
ato como assédio moral.

As discussões sobre o Bullying são relativamente recentes, chamando a


profunda atenção dos especialistas em comportamento humano apenas nas
últimas duas décadas. Até a década de 1970, não se falava sobre Bullying. O
comportamento agressivo e a perseguição sistemática de algumas crianças
contra outras era visto como um traço comportamental natural, afirma Cleo
Fante, especialista no assunto.

Comumente, o Bullying é uma prática injusta, visto que os agressores ou


agem em grupo (ou com o apoio do grupo) ou agem contra indivíduos que
não conseguem se defender das agressões. Apesar de considerarmos o
sofrimento da vítima, também devemos tentar entender o comportamento dos
agressores. Muitas vezes, são jovens que passam por problemas
psicológicos ou que sofrem agressões no ambiente familiar e na própria
escola, e tentam transferir os seus traumas por meio da agressividade contra
os outros.

Bullying escolar

As vítimas do Bullying sentem-se impotentes diante das agressões.


O Bullying pode acontecer no condomínio, na vizinhança, em grupos ou
agremiações esportivas etc., mas o local onde mais acontece esse tipo de
crime é na escola. Fatores sociológicos e psicológicos explicam esse
fenómeno: é na escola onde os jovens passam grande parte de seu tempo e
interagem com um número maior de pessoas.

Também é na escola o lugar onde os reflexos da sociedade fazem com que


se crie uma espécie de micro-organismo social, que tende a recriar a
sociedade em um espaço menor e isolado. A sociedade em geral é agressiva
e excludente, e esses fatores tendem a se repetir entre os jovens no âmbito
escolar.

Na escola, os cruéis padrões de beleza e comportamento ditados pela


sociedade aparecem como normas. Em geral, um grupo dominante reafirma
e dita esses padrões dentro do âmbito escolar, fazendo com que se
estabeleça uma regra (a normalidade) e tudo aquilo que fuja dessa regra seja
considerado como inferior e digno de sofrimento e exclusão. O grau de
popularidade dos que se consideram superiores e a sua maior aceitação pelo
grupo fazem com que eles se sintam no direito de tratar mal aqueles que não
são populares e não se enquadram no padrão do grupo.

Além da intimidação, da perseguição e da violência psicológica, o bullying


pode levar à violência física. Os profissionais da educação devem ficar
atentos para evitar os casos de Bullying e resolver a situação,
conscientizando os agressores e auxiliando as vítimas.

Consequências do Bullying

O Bullying provoca o isolamento social da vítima.


As consequências do Bullying podem ser devastadoras e irreversíveis para a
vítima. Os primeiros sintomas são o isolamento social da vítima, que não se
vê como alguém que pertence àquele grupo. A partir daí, pode haver uma
queda no rendimento escolar, queda na autoestima, quadros de depressão,
transtorno de ansiedade, síndrome do pânico e outros distúrbios psíquicos.
Quando não tratados, esses quadros podem levar o jovem a tentar o suicídio.

Se os traumas do Bullying não forem tratados, a vítima pode guardar aquele


sofrimento em seu subconsciente, que virá a se manifestar diversas vezes
em sua vida adulta, dificultando as relações pessoais, a vida em sociedade,
afetando a sua carreira profissional e até levando ao desenvolvimento de
vícios em drogas e álcool.

Como identificar o alvo do Bullying


O alvo usual do Bullying é o tipo de pessoa que não se enquadra nos
padrões sociais tidos como normais, por"

"
O Bullying provoca o isolamento social da vítima.
As consequências do Bullying podem ser devastadoras e irreversíveis para a
vítima. Os primeiros sintomas são o isolamento social da vítima, que não se
vê como alguém que pertence àquele grupo. A partir daí, pode haver uma
queda no rendimento escolar, queda na autoestima, quadros de depressão,
transtorno de ansiedade, síndrome do pânico e outros distúrbios psíquicos.
Quando não tratados, esses quadros podem levar o jovem a tentar o suicídio.

Se os traumas do Bullying não forem tratados, a vítima pode guardar aquele


sofrimento em seu subconsciente, que virá a se manifestar diversas vezes
em sua vida adulta, dificultando as relações pessoais, a vida em sociedade,
afetando a sua carreira profissional e até levando ao desenvolvimento de
vícios em drogas e álcool.

Veja também: Quais os riscos que a ansiedade pode trazer para o aluno?

Como identificar o alvo do Bullying


O alvo usual do Bullying é o tipo de pessoa que não se enquadra nos
padrões sociais tidos como normais, por questões físicas, psicológicas ou
comportamentais. Geralmente, os agressores procuram alguém que seja
diferente para ser a sua vítima: pessoas com excesso de peso ou magras
demais, pessoas de estatura menor, pessoas que não se enquadram no
padrão de beleza ditado pela sociedade, pessoas de condição
socioeconómico inferior, homossexuais, transexuais, pessoas com
dificuldade de aprendizagem ou muito estudiosas etc.

É preciso ficar atento ao comportamento dos jovens, sobretudo quando eles


apresentarem baixa autoestima, falta de vontade de ir à escola, dificuldade
de aprendizagem e comportamento auto depreciativo ou auto destrutivo. Se o
jovem apresentar um quadro semelhante, a família e a escola devem entrar
em ação para investigar o que se passa, a fim de colocar um ponto final em
uma possível intimidação sistemática e oferecer o auxílio e o conforto de que
a vítima necessita no momento.

Como solucionar o Bullying


A violência não é combatida com mais violência. Às vezes, punições aos
agressores são necessárias quando estes extrapolam qualquer limite
razoável, porém, na maioria das vezes, os agressores também são jovens
que sofrem por algum motivo. Nesses casos, a melhor maneira de solucionar
o problema é pelo diálogo e conscientização. É necessário conscientizar
aqueles que assistem, repetem ou indiretamente contribuem com o Bullying,
pois eles também mantêm o sistema de agressividade funcionando.
Para além das campanhas governamentais e não governamentais, é
necessário que as famílias unam-se com os profissionais da educação para
que todos possam trabalhar na conscientização de seus filhos e no apoio
emocional de que as vítimas do Bullying necessitam.

Lei sobre o Bullying escolar


No dia 6 de novembro de 2016, foi sancionada no Brasil pela presidente
Dilma Rousseff a Lei 13.185, que institui o Programa de Combate à
Intimidação Sistemática. A lei composta por oito artigos torna a luta contra o
Bullying escolar uma política pública de educação e implementa uma série de
ações que visam a erradicar o Bullying por meio de campanhas publicitárias,
capacitação dos profissionais da educação para lidarem com casos de
Bullying e o diálogo mais estreito entre a escola e a família. Veja a
transcrição do artigos 2º, 3º e 4º dessa lei:

Art. 2º Caracteriza-se a intimidação sistemática (Bullying) quando há violência


física ou psicológica em atos de intimidação, humilhação ou discriminação e,
ainda:

I - ataques físicos;
II - insultos pessoais;
III - comentários sistemáticos e apelidos pejorativos;
IV - ameaças por quaisquer meios;
V - grafites depreciativos;
VI - expressões preconceituosas;
VII - isolamento social consciente e premeditado;
VIII - pilhérias.

Parágrafo único. Há intimidação sistemática na rede mundial de


computadores (cyberbullying), quando se usarem os instrumentos que lhe
são próprios para depreciar, incitar a violência, adulterar fotos e dados
pessoais com o intuito de criar meios de constrangimento psicossocial.

Art. 3º A intimidação sistemática (Bullying) pode ser classificada, conforme as


ações praticadas, como:

I - verbal: insultar, xingar e apelidar pejorativamente;


II - moral: difamar, caluniar, disseminar rumores;
III - sexual: assediar, induzir e/ou abusar;
IV - social: ignorar, isolar e excluir;
V - psicológica: perseguir, amedrontar, aterrorizar, intimidar, dominar,
manipular, chantagear e infernizar;
VI - físico: socar, chutar, bater;
VII - material: furtar, roubar, destruir pertences de outrem;
VIII - virtual: depreciar, enviar mensagens intrusivas da intimidade, enviar ou
adulterar fotos e dados pessoais que resultem em sofrimento ou com o intuito
de criar meio de constrangimento psicológico e social.

Art. 4º Constituem objetivos do Programa referido no caput do art. 1º :


I - prevenir e combater a prática da intimidação sistemática (Bullying) em toda
a sociedade;
II - capacitar docentes e equipes pedagógicas para a implementação das
ações de discussão, prevenção, orientação e solução do problema;
III - implementar e disseminar campanhas de educação, conscientização e
informação;
IV - instituir práticas de conduta e orientação de pais, familiares e
responsáveis diante da identificação de vítimas e agressores;
V - dar assistência psicológica, social e jurídica às vítimas e aos agressores;
VI - integrar os meios de comunicação de massa com as escolas e a
sociedade, como forma de identificação e conscientização do problema e
forma de preveni-lo e combatê-lo;
VII - promover a cidadania, a capacidade empática e o respeito a terceiros,
nos marcos de uma cultura de paz e tolerância mútua;
VIII - evitar, tanto quanto possível, a punição dos agressores, privilegiando
mecanismos e instrumentos alternativos que promovam a efetiva
responsabilização e a mudança de comportamento hostil;
IX - promover medidas de conscientização, prevenção e combate a todos os
tipos de violência, com ênfase nas práticas recorrentes de intimidação
sistemática (Bullying), ou constrangimento físico e psicológico, cometidas por
alunos, professores e outros profissionais integrantes de escola e de
comunidade escolar."

Veja mais sobre "Bullying" em:


https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/Bullying.htm

O PAPEL DA ESCOLA NA SOCIEDADE


INTRODUÇÃO
Neste contexto, abordaremos o conceito da escola, e o papel fundamental
que ela tem na sociedade. Também, traremos atenção, ao papel que ela tem
segundo a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), os Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCNs) que foi elaborado pelo Ministério da Educação (MEC) e a
importância nos dias atuais.

Abordaremos com clareza, alguns artigos e práticas que a escola contém


quando se fala sobre a importância do seu papel na sociedade, trazendo o
professor, a comunidade e a forma de avaliação como transmissores de
normas e valores.

A importância da organização curricular, que chega a levar a ética para o


centro de reflexão e do exercício da cidadania. Como também, as medidas
tomadas pela equipe de gestão escolar para que a escola possa
disponibilizar diversas formas de ampliar o conhecimento de seus alunos,
como também o interesse da sociedade.

Com base na pesquisa realizada, percebe-se que realmente é possível


canalizar o poder da educação como objeto de mudança, quebra de
paradigmas e transformação social.
Pretende-se através da abordagem do tema sugerido, levar a comunidade
escolar a refletir sobre a importância do papel social que ela exerce sobre a
sociedade local em que está inserida, e canalizar este recurso na formação
do caráter social da sua clientela. Este artigo também pretende viabilizar
discussões por parte de equipes pedagógicas sobre o papel social da escola,
onde a mesma esteja realmente voltada para uma visão de socialização dos
grupos que de alguma forma se relaciona com ela.

Sendo assim, tendo a sociedade local como coadjuvante na construção


educacional e na formação social dos indivíduos sob a responsabilidade e
regência da escola. A escola precisa repensar sobre que tipo de sociedade
ela pretende construir, haja vista que ela tem participação preponderante na
formação do caráter social dos indivíduos, e, portanto, tem em suas mãos o
poder de intervenção pelos mecanismos da educação, consolidar as relações
sociais de acordo com os padrões.

DESENVOLVIMENTO
Na maioria das vezes, nos perguntamos: O que é escola? E qual é a função
que ela tem na sociedade? A reposta a essas perguntas, podem surgir de
várias maneiras, mas temos que ter em mente uma resposta clara e objetiva
quando se fala em escola e sociedade.

A escola é um local de ressignificação dos conteúdos, pois precisa promover


a interação, estritando os laços com a comunidade, sendo uma instituição
que tem um papel essencial na sociedade, tendo como função, trazer juntos
de seus objetivos a formação do caráter, valores e princípios morais, que
direcionará o aluno a utilizar conhecimentos aprendidos de maneira eficaz,
para que sejam aplicados em favor da sociedade e de uma realidade melhor
para todos. Contudo, a escola precisa repensar sobre que tipo de sociedade
ela pretende construir,

O papel da escola na sociedade é socializar o conhecimento, seu dever é


atuar na formação moral dos alunos, é essa soma de esforço que promove o
pleno desenvolvimento o indivíduo como cidadão. Com isso, a escola passa
a ser o lugar onde a criança deverá encontrar os meios, para que possa se
preparar para realizar seus objetivos vividos a cada dia.

Os professores e toda a comunidade escolar, a forma de avaliação, passam


a ser os transmissores de normas e valores que norteiam e prepara o
indivíduo para viver coletividade. A vida em sociedade, passam a ser
importantes pois deve fazer parte, com clareza, da organização curricular,
levando em si a ética ao centro de reflexão e do exercício da cidadania.

Com isso, formar uma escola democrática, deve está sempre atenta à
qualidade do relacionamento entre seus alunos, professores, pais e
dirigentes, já que praticam as relações sociais. A LDB, traz o dever da escola,
como compromisso de educar os alunos dentro dos princípios democráticos.
Observaremos, então o que os Parâmetros Curriculares Nacionais
elaborados pela Secretaria de Educação Fundamental do Ministério da
Educação (MEC), em 1998, ressaltando os objetivos do ensino fundamental
que os alunos sejam capazes de:

Compreender a cidadania como participação social e política, assim como


exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia a
dia, atitudes de solidariedades, cooperação e repúdio às injustiças,
respeitando o outro e exigindo para si mesmo o respeito;
Posicionar-se d maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes
situações sociais, utilizando o código como forma de mediar conflitos e de
tomar decisões coletivas;
Conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais,
materiais e culturais como meio para construir progressivamente a noção de
identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinência do país;
Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro, bem
como aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se
contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe
social, crenças, de sexo, de etnia ou de outras características individuais e
sociais;
Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente,
identificando seus elemento e as interações entre eles, contribuindo até
novamente para a melhoria do ambiente;
Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de
confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de
inter-relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na
busca de conhecimento e no exercício da cidadania;
Conhecer o próprio corpo dele e cuidar, valorizando e adotando hábitos
saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com
responsabilidade em relação à sua saúde e a saúde coletiva;
Utilizar as diferentes linguagens-verbais, musical, matemática, gráfica,
plástica e corporal- como meio para produzir, expressar, atendendo a
diferentes intenções e situações de comunicação;
Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos ara
adquirir e construir conhecimentos;
Questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los,
utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a
capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua
adequação.
Com isso, a função da escola é realizar a mediação entre o conhecimento
prévio dos alunos e o conhecimento formal, sistematizado, possibilitando
formas de acesso ao conhecimento científico

Luckesi (1992, p. 119), explica que “o ato de planejar não pode relegar
nenhum procedimento de análise, uma vez que esse ato deve ser ao mesmo
tempo político, social, científico e técnico.”

Logo a escola deve proporcionar momentos de formação continuada


almejando qualificar o trabalho ali desenvolvido. Dessa forma, o gestor
escolar precisa oferecer condições para que haja estudos em grupo,
promoção de palestras, aquisição de acervos bibliográficos e periódicos que
auxiliem a coordenação pedagógica na organização de formação continuada.

Segundo Paulo Freire (2001), “o Brasil foi inventado de cabeça para baixo,
autoritariamente. Precisamos reinventá-lo em outros termos.” Segundo a Lei
de Diretrizes e Bases, “o ensino nos seguintes princípios: Vinculação entre
educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.” (LDB, Art. 3º, XI). A
escola tem como papel social a tarefa de, principalmente, encaminhar ações
por meios de processos educativos que venham despertar o compromisso
social dos indivíduos, das entidades sociais, objetivando fazer uma só
aliança, capaz de promover mudanças e transformações no cumprimento do
dever educacional.

Para Godotti (2001), a pedagogia é revolucionária, significa que ela não


esconde as relações existentes entre educação e sociedade, entre educação
e poder, ou seja, ela não esconde o papel ideológico, político, da educação.

Sempre estamos nos perguntando qual é a finalidade da educação? Ao longo


dos anos, muitos autores, se compeliram em compreender o real papel da
escola, perante a sociedade. A instituição de ensino foi concebida com o
principal objetivo de originar grandes transformações que causariam nos
indivíduos e na sociedade. Ir à escola, ocupar um lugar na sala de aula,
deixou de ser um lugar privilegiado, sacralizado e de acesso restrito ao
conhecimento e a informação, para ser um recinto aberto, amplo, onde todos
poderiam aprender e desenvolver suas capacidades de inter-relacionar-se,
construindo assim, múltiplos saberes. Existem ainda, muitas ideias que estão
enraizadas na nossa forma de pensar sobre a educação e seu papel junto à
sociedade.

Sabemos que a escola, é um dos primeiros contatos que o indivíduo faz com
as responsabilidades do dia a dia. Entendemos que isso é um pontapé inicial
para ter uma vida profissional de sucesso. Na escola é possível aprender a
cumprir horários e regras, isso deixa claro que o papel da escola é formar
estudantes que vislumbrem um futuro profissional baseado nos preceitos
aprendidos nas bancas escolares.

A escola prepara a criança para conviver socialmente, e isso significa que os


estudantes aprendem a conviver com grupos de pessoas aleatórias e com
eles participam de reuniões, encontros, eventos e trabalhos. É na escola que
se aprende as convenções da sociedade e ela é responsável.

A escola também prepara para as diferenças, que existem entre cada


indivíduos. Isso é totalmente o oposto à segregação, mas sim, celebrar a
união em um mesmo ambiente e mostrar o quão saudável isso pode ser para
ambas partes.

As escolas contemporâneas devem manter programas de inclusão e


incentivar entre seus alunos compartilhamentos de experiências e o respeito
e admiração entre as disparidades, sejam elas de raça, físicas, religiosas,
sexuais, de gênero, de classe social ou de origem.

REFERÊNCIAS
https://scholar.google.com.br / Visualizado em 10 de março de 2020

https://nucleodoconhecimento.com.br / Visualizado em 10 de març0 de 2020

BRASIL. MEC-Coordenação de educação infantil- DPEIEF/SEB-Revista


CRIANÇA- do professor de educação infantil. Brasília, DF, nº 42, dez./2006.

NOBRE, Francisco. Edileudo, SULZART, Silvano. O papel social da escola.


Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 08,
Vol. 03, pp. 103-115, Agosto de 2018.

http://www.ensino.eu/ensino-magazine/dezembro-2017/opiniao/
opapeldasociedadenaescolaatual.aspx / Visualizsdo em 11 de março de 2020

https://www.estudokids.com.br/qual-o-papel-da-escola/ Visulaizado em 11 de
março de 2020

Adriana Santos

Estudante de Pedagogia

A ESCOLHA PROFISSIONAL E A IMPORTÂNCIA DO AUTO


CONHECIMENTO

Você já parou para pensar quais as consequências de terminar o primeiro


semestre da faculdade querendo desistir do curso ou chegar ao último ano e
a sua única vontade ser a de abandonar aquela profissão que vem estudando
há alguns anos?

Pois é… Não é só o investimento financeiro, mas também o emocional e às


vezes a sensação de “tempo perdido”. É por isso que, neste conteúdo, vamos
explicar qual a importância do auto conhecimento na escolha profissional.

Para se ter mais segurança na escolha profissional, conhecer a si mesmo é


crucial. Algumas pessoas têm mais facilidade para pensar sobre elas
mesmas e suas atitudes, mas esse pode não ser um processo tão natural
para outras pessoas e, muitas vezes, elas podem precisar de ajuda de um
orientador profissional.

Por que o auto conhecimento é importante para a escolha da profissão?


A escolha da profissão vem carregada de responsabilidade, mas também
vem em meio a um turbilhão de sentimentos e uma intensa correria. Estudar
para a prova do Enem, terminar o ensino médio e ainda ter vida social e
familiar pode ser muita coisa para nossas cabecinhas.
Além disso, algumas pessoas têm a sorte de saber que carreira vai seguir
desde cedo, no entanto, outros precisam de tempo para definir essa
importante escolha.

Para começar, temos que tomar a decisão, normalmente, quando ainda


somos jovens e estamos em constantes mudanças. Sim, somos
metamorfoses ambulantes.

Embora viver tudo isso e considerar o peso da escolha possa lhe deixar
nervoso, conhecer a si próprio será um dos principais fatores na hora de
escolher a profissão.

Além disso, o auto conhecimento não é importante apenas para a escolha do


ofício, mas sim para descobrir suas habilidades, qualidades, pontos a
melhorar e se compreender profundamente.

O que também é importantíssimo para relacionamentos, trabalhar resiliência,


traçar metas e para crescer em todos os aspectos da sua vida.

Buscas internas e externas


Antes de buscar informações sobre profissões, faculdade e mercado de
trabalho, é muito importante que você dedique um tempo para se conhecer.
Conhecendo bem a si mesmo, é possível considerar profissões com mais
influências internas que externas.

Realizar a escolha profissional, às vezes pode passar por um baixo nível de


reflexão, podendo a carreira ser escolhida pela influência da família, dos
amigos, da cultura e da mídia – sem desmerecer a influência desses fatores.
Porém, para a primeira escolha é importante passar por um processo mais
pessoal de introspecção e não somente na procura fora de si (fatores
externos).

Decisão consciente
O auto conhecimento por parte do jovem é valioso. Entende-se que o papel
do orientador profissional não é dar uma resposta pronta ao orientando, mas
facilitar para que se chegue a uma decisão pessoal responsável.

O processo de escolha é sempre do sujeito. Por isso, conhecer suas


habilidades, seus interesses pessoais, valores, influências familiares, sociais
e expectativas é imprescindível para esta tomada de decisão consciente.

Euforia e angústia
Esse momento pode se mesclar por vários sentimentos, como euforia e
angústia.

Angústia pelas incertezas do que virá acontecer: qual curso escolher, se será
aprovado ou não no vestibular e/ou ENEM, pressão familiar e social, entre
outros fatores.
Euforia por estar prestes a vivenciar o ritual de passagem de um possível
ingresso no Ensino Superior, que se constitui como marco de crescimento em
nossa cultura de inserção a uma vida adulta.

Logo, em meio a esse turbilhão de emoções e novidades, conhecer e refletir


sobre o que você gosta e não gosta, sobre suas características pessoais,
suas preferências, bem como compreender situações que lhe incomodam,
quais atividades proporcionam prazer ou sentimento de autor realização e
com que tipo de grupos sociais tem mais afinidade.

Como escolher a profissão com base no auto conhecimento?


Não existe a profissão perfeita
Não existe uma profissão em que todo mundo poderia se dar bem. Na
verdade, o que faz desse mundo cheio de oportunidades, curiosidade e
conhecimento, é justamente a diversidade e as diferenças de personalidade.

Nossas escolhas são únicas e individuais. Por essa razão, mesmo que os
seus amigos de infância ou irmãos sejam parecidos com você em muitas
coisas, eles acabam escolhendo carreiras tão diferentes.

Embora não exista uma profissão perfeita para todo mundo, existe uma
profissão que será perfeita para você. Uma carreira que vai trazer realização
pessoal, mas também na qual se sentirá completo e feliz ao levantar pela
manhã para trabalhar.

Conheça suas aptidões


Alguns indicadores podem nortear sua escolha. Em um exercício de auto
conhecimento, reflita sobre quais são seus gostos pessoais e as habilidades
que possui nativamente, confira algumas questões a responder:

Quais as matérias na escola em que você se deu bem naturalmente em


todos esses anos?

Quais são seus medos e limitações?

Existe algum gênero literário que você prefere ou séries que você não se
cansa de assistir?

Que tarefas você consegue realizar muito bem sem muito esforço mental ou
reclamar? Muitas vezes, fazemos bem porque gostamos de fazer.

Além disso, ouça o que as pessoas próximas têm a falar sobre você, afinal,
muitas vezes enxergam coisas que não vemos. Busque novas experiências e
liste suas qualidades e defeitos em um exercício de imparcialidade.

Analisar essas questões é muito importante. Afinal, imagine que a profissão é


algo que você quer fazer durante muito tempo. Determinando as áreas que
estão dentro das suas habilidades e interesses pessoais, muito
provavelmente se dará bem na profissão, direcionando para a melhor
escolha.
Pense o futuro
Essas percepções sobre si mesmo permitirão conhecer a ponta do iceberg de
quem você é, sendo importante para uma tomada de decisão mais
identificada.

Nesse sentido, o auto conhecimento se torna essencial para o processo de


escolha profissional, podendo compreender o que está acontecendo consigo
e muitas vezes ajudando a aliviar ansiedades e promovendo bem-estar.

Além disso, é importante identificar ou iniciar a construção dos seus valores,


princípios de vida. A escolha profissional faz parte de um projeto que implica
pensar o futuro, construir um cenário de realizações de interesses e desejos.
Nesse processo, o auto conhecimento se faz necessário.

Ser livre de pressões externas


Escolher o curso da faculdade não é importante apenas para você, muitas
vezes é importante para toda a família. Muitos pais projetam seus desejos
nos filhos ou gostariam que seguissem suas profissões. Isso faz a pressão vir
de todos os lados.

No entanto, a escolha da carreira é muito importante e incluir as expectativas


de terceiros, mesmo pai e mãe, pode ser prejudicial a longo prazo.

Se você ama a profissão de um deles, sente que faz parte daquilo e que
gostaria muito de segui-los, isso pode ser ótimo, mas as motivações
precisam ser reais e baseadas em você.

Por exemplo, se você ia visitar seu pai no trabalho, sempre se via no


escritório tendo o mesmo papel, ajudava ele em casa com as tarefas
atrasadas, pode ser que seja sim uma ótima opção.

No entanto, saiba separar as realizações que quer para você das realizações
que esperam de você. Essas expectativas podem trazer alguns bloqueios na
sua escolha, porém, resista e pense que é o seu futuro em jogo.

Pense nas suas prioridades


Escolher a profissão com base apenas na remuneração também pode não
ser a melhor escolha. Isso acontece porque pode trazer muitos prejuízos a
longo prazo, como a infelicidade e ter que mudar de profissão após anos de
formado sem se identificar.

A produtividade, a relação com o emprego, os colegas e até onde você pode


ir na sua carreira podem estar diretamente associados com o que gosta de
fazer e a sua felicidade.

Os rumos do mercado levam para onde?


Embora seja importante trabalhar com algo que goste e não focar apenas na
remuneração, é importante saber quais são as tendências do mercado de
trabalho.
Isso será crucial para definir os planos para uma carreira de sucesso, mas
também trabalhar com algo que goste.

Além disso, as profissões e as tendências do mercado de trabalho sofrem


constantes mudanças, por isso é preciso pensar a longo prazo. Conhecer a
rotina das profissões também pode ser ótimo para ajudar na escolha.

Após refletir sobre tudo isso que trouxemos aqui, você estará bem mais perto
de saber como fazer essa importante escolha. Lembre-se que nunca é tarde
para recomeçar e você pode mudar e descobrir novos rumos, para isso,
sempre pode fazer uma segunda graduação.

Você já sabe quais são as diferenças entre as graduações de bacharelado,


licenciatura e tecnólogo? Se não, clique aqui para conferir.

Roberta Maria Fernandes Cavalcante


Psicóloga, orientadora profissional e de carreira

Quais os principais transtornos alimentares em adolescentes?


A adolescência é um período cheio de altos e baixos. Distúrbios psicológicos
tornam essa época algo muito mais difícil. Transtornos alimentares em
adolescentes vêm crescendo no Brasil e no mundo. Por isso, entender as
“bandeiras vermelhas” deles pode ajudar a percebê-los. E, principalmente,
aprender a lidar com elas antes que seja tarde. Confira neste artigo!

O que causa transtornos alimentares em adolescentes?


Os transtornos alimentares em adolescentes são um problema multicausal.
Então, eles podem vir das mais variadas fontes, desde a busca excessiva
pelo corpo perfeito até distorção de proporcionalidade. A busca pelo corpo
perfeito, por exemplo, vem pela referência. Seja ela pelas redes sociais,
influenciadoras digitais ou mesmo pela referência entre os colegas de escola.

Somado às influências externas, existem outros transtornos que favorecem o


desenvolvimento dos distúrbios alimentares. Ansiedade e depressão são
alguns deles. Transtornos desse tipo foram favorecidos pela pandemia da
COVID-19 e continuam a provocar pesadelos na rotina das pessoas.

Primeiramente, deve-se entender ser comum que o jovem modifique seu


comportamento ao longo dos anos. Por conta disso, muitos transtornos
alimentares em adolescentes são diminuídos, até que seja tarde demais.
Porém, o número vem crescendo e preocupando autoridades internacionais.

A insatisfação com o corpo e a distorção da imagem no espelho são sintomas


característicos que fomentam comportamentos negativos. Esses são
perigosos à própria vida, por tentar atingir um padrão estético que não existe.

Quando questões relacionadas à imagem se tornam uma obsessão, o


adolescente aborda exclusivamente sobre o assunto no cotidiano familiar.
Nesse momento, é preciso ligar um “pisca alerta”, porque o transtorno
alimentar pode estar avançando.

Outro agravante são os adolescentes já diagnosticados com transtornos


mentais. Problemas alimentares em adolescentes são, assim, mais
desafiadores quando se unem a outros tipos. Porque isso torna o tratamento
mais difícil. Sintomas como baixa autoestima, culpa, culto excessivo ao
corpo, entre outros, devem ser analisados com cuidado. Eles podem ser
bandeiras vermelhas para problemas maiores.

Transtornos alimentares em adolescentes!


Quais os transtornos alimentares mais comuns em adolescentes?
Anorexia
Aqui há a necessidade de manter um peso abaixo do padrão, motivado por
uma visão distorcida do corpo. Este é um dos transtornos mais perigosos
porque pode fragilizar o metabolismo. Desse modo, a anorexia pode provocar
alterações cardíacas, aumento do colesterol, alto risco de hipotensão, entre
outros casos.

Compulsão alimentar
Neste caso, há ingestão de grande quantidade de alimentos de uma vez e
com frequência. Essa ingestão ocorre mesmo sem a presença de fome. A
pessoa perde o controle sobre o que está ingerindo e em qual quantidade.
Assim, a compulsão alimentar pode levar a aumento de peso significativo, e
colaborar para outros problemas, como baixa autoestima e ansiedade.

Bulimia
Pessoas com esse distúrbio consomem uma quantidade excessiva de
comida. Assim, essa ação é seguida por medidas para perder peso, como a
indução ao vômito. Os vômitos ocorrem em 80% dos casos, porém, há outros
mecanismos compensatórios, como o uso de diuréticos, laxantes, jejuns e
muito exercício físico.

Tare (Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo)


Este é um transtorno mais comum em crianças e se caracteriza por não
comer certo grupo de alimentos. Desse modo, ele causa forte restrição
alimentar.

ESCOLHAS SEXUAIS
Orientação Sexual e Identidade de Gênero

Mais de 30 identidades de gênero já foram reconhecidas


A sexualidade e as diferentes formas de vivência das relações afetivas
são aspectos da vida humana que despertam a curiosidade e geram
polêmica em alguns grupos sociais. Para entender como o ser humano
relaciona-se, é preciso conhecer os conceitos de orientação sexual e
gênero, primeiramente.
Orientação Sexual

A orientação sexual é a atração ou ligação afetiva que se sente por


outra pessoa. Indivíduos que gostam de outros do sexo oposto (homem
que se interessa por mulher ou mulher que se interessa por homem) são
chamados de heterossexuais (ou heteroafetivos).
Quando o interesse é por uma pessoa do mesmo sexo, a pessoa é
denominada como homossexual (ou homoafetiva). No caso dos homens,
são popularmente chamados de gays, enquanto as mulheres são
conhecidas como lésbicas.
Existem as pessoas que sentem atração por homens e mulheres. Trata-
se dos bissexuais (ou biafetivos). Há também os assexuais, indivíduos
que não se interessam sexualmente ou de forma afetiva por nenhum
gênero.
A orientação sexual (hétero, homo ou bi) não possui explicação científica
e também não é uma escolha, por isso o termo “opção sexual” não é
correto. A pessoa descobre-se ao longo de seu desenvolvimento e, a
partir daí, tem noção de sua atração por um ou mais gêneros.
Outro termo que não deve ser utilizado é “homossexualismo” ou
“bissexualismo”, já que o sufixo - ismo refere-se a doenças. A mudança
na nomenclatura para o sufixo - dade, que significa vivência ou prática,
foi estabelecida em 1993, após a Classificação Internacional de Doenças
(CID) deixar de considerar as práticas homoafetivas como doenças.
O reconhecimento da homoafetividade como prática normal ligada à
orientação sexual do ser humano sofre constantemente com o
preconceito. Em 1999, gays, lésbicas e bissexuais ganharam uma
importante luta: a proibição da realização de terapias curativas feitas por
psicólogos, decisão tomada pelo Conselho Federal de Psicologia.

Gênero

Outro fator fundamental para entendermos as relações humanas e a


forma como o ser humano define-se como “persona” é o gênero.
O gênero é o sexo (do ponto de vista físico) com o qual a pessoa nasce,
ou seja, masculino e feminino. Há as exceções, como os hermafroditas
(intersexo ou terceiro sexo), pessoas que possuem as duas genitálias ou
sistemas reprodutores mistos.
No entanto, a forma como uma pessoa sente-se em relação ao próprio
corpo e como ela define-se vão além do seu “sexo” de nascimento.

Identidade de Gênero

Apesar dos padrões hetero normativos da sociedade, existem as pessoas


que não se identificam com o seu gênero. Os transgêneros são pessoas
que nascem com um determinado “sexo”, mas se enxergam com o
gênero oposto. Eles dividem-se em transexuais e travestis.

As travestis nascem com o corpo masculino, mas se identificam com a


figura feminina. Com isso, elas optam por fazer modificações que vão
desde o vestuário até o uso de hormônios, por exemplo. Apesar da
identificação com o gênero oposto, as travestis reconhecem seu sexo de

As (os) transexuais, por sua vez, não conseguem conviver de forma


saudável com o seu gênero, já que, do ponto de vista psicológico, essas
pessoas sentem-se como se tivessem nascido em um corpo errado. As
(os) trans fazem tratamentos hormonais para alcançar a aparência
desejada, modificar a voz e, com a autorização psiquiátrica, realizam a
mudança de sexo e outras intervenções cirúrgicas.
Vale lembrar que transgêneros costumam procurar atendimento
especializado para que as mudanças possam ser feitas em seu corpo. Os
acompanhamentos psiquiátrico e psicológico são fundamentais para que
a pessoa tenha certeza de sua necessidade em encontrar o seu novo
gênero.
Uma confusão muito comum é entre os conceitos de travesti e drag
queen. As travestis são pessoas que levam a figura feminina para o seu
dia a dia por identificação pessoal. Já as drag queens são artistas
(homens ou mulheres) que se “montam” (cabelo, maquiagem, roupas e
acessórios) com a intenção de divertir e expressar sua arte. Ser drag não
está relacionado à orientação sexual, já que héteros também podem
incorporar tais personagens.

Nomenclatura

Desde 2008, o Brasil adota como nomenclatura oficial o


termo LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros). O T da sigla
representa as travestis e transexuais. Antigamente, era comum o uso da
sigla GLS (Gays, Lésbicas e Simpatizantes), mas as demais orientações
eram excluídas e optou-se por uma reformulação dessa nomenclatura.
Outros países utilizam siglas diferentes, agregando o I ao LGBT para
representar os intersexuais. Há, ainda, grupos representativos que
acrescentam o Q para referir-se também aos chamados "queers",
pessoas que não se limitam a nenhuma nomenclatura (binária ou não) e
estão abertas a relacionarem-se com diferentes gêneros. Os queers vão
além da sexualidade e da aparência física, eles discutem os papéis
sociais de homens e mulheres e representam o desvio do que é
condicionado pela sociedade conservadora.
Com a vasta quantidade de nomenclaturas, muitas dúvidas surgem sobre
como se referir à pessoa, se deve-se usar ele, ela, o ou a. Por exemplo, o
correto é falar “a” travesti, já que a figura social é feminina, a pessoa
identifica-se como mulher. Já em relação ao transexual, o tratamento vai
depender se o indivíduo identifica-se como homem ou mulher.
Novas nomenclaturas podem surgir nos próximos anos, o que mudará o
que conhecemos atualmente. Independentemente de orientação sexual
ou identidade de gênero, deve prevalecer o respeito ao indivíduo pela
maneira como ele ou ela se identifica.
Publicado por Lorraine Vilela Campos

A FAMÍLIA NA ATUALIDADE

Formações familiares, sociedade moderna, família na atualidade,


responsabilidades, escolas, violência...

RESUMO

Este estudo diz respeito as formações familiares que se modificaram ao


longo dos tempos devido à vários fatos relacionados ao desenvolvimento da
sociedade moderna, não seguindo mais aos padrões patriarcais. A família na
atualidade vem ressaltando também as responsabilidades destas famílias e
seu compartilhamento com as escolas, sem deixar de enfatizar todos os
problemas relacionados à violência.

Palavras-chave: Família, Educação, Responsabilidade

1 INTRODUÇÃO

Podemos perceber que do início do século XIX até os dias de hoje houveram
grandes modificações na instituição família.

A sociedade moderna caracteriza-se por grandes mudanças nos campos da


economia, da política e da cultura, afetando significativamente todos os
aspectos da existência pessoal e social. Essas mudanças repercutem
fortemente na vida familiar, desde o modelo de formação até o provedor do
sustento, entre outros aspectos.

O presente estudo vai ressaltar essas mudanças sociais e culturais que


caracterizam a sociedade moderna, as relações familiares e principalmente
os tipos de formação das famílias atuais que são totalmente diferentes e mais
diversificadas que as famílias de antigamente.

2 A HISTÓRIA DAS FAMÍLIAS

Podemos dizer que na sociedade burguesa a formação familiar era ligada


aos laços sanguíneos e a habitação em comum cujos membros se limitavam
ao pai, mãe e filhos, sendo que o pai era o provedor do sustento, tinha
contato com a vida social e o mercado de trabalho, já a mãe tinha como
obrigações os cuidados domésticos e com os filhos, desta forma a esposa e
filhos deviam obediência irrestrita oa seu provedor, esse modelo de formação
familiar era conhecido como patriarcal e nessa época o casamento era ligado
aos negócios e tido como união eterna.

Com todas as mudanças na sociedade esse modelo já ganhou outros


contornos, diversas necessidades levaram a mulher a se introduzir no
mercado de trabalho, o que fez com que se tornasse peça importante no
provimento financeiro da família, não sendo raros os casos em que é a única
provedora. Tal fato, por sua vez, vem promovendo o afastamento precoce
dos filhos do convívio familiar e assim fazendo com que dividam o
compromisso de educar com a escola, com tudo isso a figura do pai passou a
ser ou mais presente na educação dos filhos ou em alguns casos a formação
familiar não conta mais com essa figura, pois já existem muitos casos de
mães solteiras, viúvas ou separadas que comandam a família, o que não é
diferente com os pais que muitas vezes também estão a frente de suas
famílias sem a ajuda de uma companheira. Outros aspectos culturais e de
comportamentos ligados à família também mudaram, como por exemplo: os
casamentos passaram a ser realizados não mais como um negócio, mais sim
por interesses individuais, ou seja, do casal, a relação entre pais e filhos se
tornou mais íntima, trazendo uma educação mais liberal e a fígura paterna
passou a não ser mais vista apenas como o provedor do sustento fazendo
com que fosse cobrado dele mais participação na educação dos filhos e nos
assuntos domésticos em geral.

Hoje em dia não podemos mais falar da família brasileira de um modo geral,
pois existem várias tipos de formação familiar coexistindo em nossa
sociedade, tendo cada uma delas suas características e não mais seguindo
padrões antigos, nos dias atuais existem famílias de pais separados,
chefiadas por mulheres, chefiadas por homens sem a companheira, a
extensa, a homossexual, e ainda a nuclear que seria a formação familiar do
início dos tempos formada de pai, mãe e filhos, mas não seguindo os
padrões antiquados de antigamente.

Mesmo com toda essa diversidade podemos citar algumas características


que as famílias atuais vem apresentando em comum como, a diminuição do
número de membros, de casamentos religiosos, aumento na participação
feminina no mercado de trabalho, participação de vários membros da família
em sua econômia, o chefe da família tende a ser mais velho, quanto mais rica
mais chefes responsáveis pela família, quanto mais pobre mais os filhos
contribuem na renda familiar.

Desta forma podemos afirmar que apesar de todas os mudanças que


aconteceram ao longo de todos esses anos na instituição famíliar o fato de
ela não se basear mais no casamento típico e religioso é a mais marcante
delas, pois hoje em dia até o Código Civil já fez mudanças em relação a
união dos casais, entre outras mudanças.

3 A FAMÍLIA E A ESCOLA

Como vimos a organização da família vem se transformando com o passar


dos tempos, porém, em todos os tempos e seja qual for sua formação a
família deve desempenhar funções educativas, transmitir valores culturais,
fornecer modelos de formação para o indivíduo viver socialmente e
estabelecer suas relações. A família é o primeiro grupo de mediação do
indivíduo com o mundo social e é responsável pela sua sobrevivência física e
mental, no seio familiar também deve se concretizar o exercício dos direitos
da crianças e do adolescente, como cuidados essenciais para possibilitar seu
crescimento e desenvolvimento, antes de seu nascimento o indivíduo já
ocupa um lugar na família, desta forma a função da família é tão importante
que, na sua ausência deve-se oferecer à criança e ao adolescente uma
“família substituta” ou instituição que se responsabilize pela transmissão
desses valores e condição para inserção na vida social. Os pais são para os
filhos os primeiros modelos de como os adultos se comportam, de como ser
homem ou ser mulher, a criança incorporará a cultura que a família reproduzir
em seu interior.

Mas nos dias de hoje devido a vários motivos, como por exemplo a inserção
da mulher no mercado de trabalho a família passou a dividir a função de
introduzir o indivíduo na sociedade com instituições educacionais como:
creches, pré-escolas e escolas e isso acontece em todas as classes sociais.
A escola acabou se tornando uma das instituições sociais de maior
importância em mediar esta relação entre indivíduo e sociedade
caracterizando a transmissão cultural, de valores morais, de comportamento
e socialização, é uma instituição que trabalha a serviço da sociedade
acupando grande parte da vida de seus alunos e cada vez mais substituindo
as famílias em ensinamentos como: orientação sexual, profissional, valores e
ideais, ou seja a vida como um todo. Em todo esse processo é muito
importante que família e escola sejam parceiras, comprometendo-se com a
educação das crianças e adolescentes mantendo-se sempre em ligação,
buscando compreender o processo de educação como algo a ser partilhado.
De acordo com Silva: “A escola não deveria viver sem a família e nem a
família deveria viver sem a escola. Uma depende da outra na tentativa de
alcançar o maior objetivo, qual seja, o melhor futuro para o filho e educando
e, automaticamente, para toda a sociedade.”
Um dos assuntos de maior polêmica entre família e escola é o estudo da
sexualidade, “Quem deve passar estes ensinamentos à criança e ao
adolescente?” Na maioria das vezes os pais ainda se sentem constrangidos
em falar deste assunto com seus filhos e jogam a responsabilidade para a
escola que nos dias de hoje já exerce um grande papel neste sentido. A
Família está envolvida neste processo desde a concepção e deve iniciar a
educação sexual desde o nascimento da criança, desta forma é de
responsabilidade primária da família esta orientação devendo depois ser
articulado com a escola, já que tem a função de formadora, a escola deve
saber como prosseguir com as orientações de forma a desenvolver um
indivíduo saudável. Mas nem sempre é assim, em muitos casos os pais não
conversam com as crianças em casa e a repreendem quando elas querem
saber algo que esteja relacionado a sexualidade, então só quando a criança
passa a frequentar a escola que começa a sua orientação. De certa forma
este comportamento por parte da família acaba tornando a criança um adulto
sexualmente reprimido ou permissivo de mais, sendo que nenhum dos casos
é considerado correto. A atual educação sexual aborda dois pontos
principais: informações biológicas (reprodução, gestação, menstruação,
órgãos sexuais...) e as normas, moral e juízos de valor, ou seja assuntos que
tem de ser tratados em conjunto família e escola e não podem ser ignorados
por nenhuma das duas partes pois se trata de orientar corretamente um
indivíduo para que ele se comporte de maneira correta perante a sociedade e
principalmente na fase da adolescência que é o período onde esse indivíduo
vai se afirmar perante a sociedade e consolidar todas as orientações para ele
passadas. Segundo Gonçalves:

Na verdade, somos todos responsáveis pela educação sexual. Os


educadores, formais ou não, devem se policiar sobre o trabalho que vem
sendo feito, pois devemos todos nos preocupar com o desenvolvimento
saudável e a qualidade de vida de nossas crianças e adolescentes.

Mas neste jogo de empurra que se torna este assunto entre família e escola,
surge uma grande “vilã” com cara de boa moça neste processo de
aprendizagem que é a MÍDIA. Ela invade nosso cotidiano e entra em nossas
casas chamando atenção de nossos filhos, no mundo em que vivemos hoje,
onde a maioria dessas crianças e adolescentes passam a maior parte do
tempo em frente a TV ou ao computador navegando pela internet, estão lá a
qualquer horário e momento na grande maioria dos programas, apelo sexual,
incitação à violência e ridicularização das pessoas, principalmente em horário
impróprio para exibição, ou na internet onde você entra em um site de
culinária por exemplo e lá esta uma foto de uma mulher se mostrando com
uma roupa imprópria ou até mesmo sem roupa. Em propagandas, desenhos,
novelas, programas de humor, músicas entre outos meios hoje em dia, existe
incitação a violência, ao desrespeito e principalmente apelo sexual, então
podemos concluir que esta educação deve sim ser compartilhada entre a
família e a escola pois, só os pais tem como controlar o que seu filho assiste,
escuta ou acessa pela internet e as escolas tem como controlar o que
acontece dentro de seus domínios. É claro que os meios de comunicação
não trazem só coisas ruins, mas são a grande maioria hoje, e muitos pais não
tem mais tempo de controlar o que chega até seus filhos, por estarem na
correria do dia-a-dia, mas acima de tudo todos os pais devem tirar um tempo
para conversar com seus filhos e estreitar relações, isso pode ajudar e muito
neste processo.

4 VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

A violência doméstica é considerada um problema universal que não


distingue sexo e nem classe social, contudo geralmente acontece com
mulheres, crianças e adolescentes e podemos dizer que se divide em quatro
tipos diferentes, sendo, violência sexual, física, psicológica e a negligência
familiar, esta considerada a mais fácil de ser detectada.

4.1 VIOLÊNCIA SEXUAL

É entendida como atos de natureza sexual impóstos a um indivíduo, sob


assédio verbal, abuso dos limites corporais ou psicológicos. Várias são as
conseqüências de um abuso sexual e podemos classificar como físicas e
psicológicas, na questão física as mais frequentes são: hematomas,
queimaduras, lesões nas genitais, doenças sexualmente transmissíveis (DST
´s), e na questão psicológica são: dificuldades de adaptação afetiva,
interpessoal, depressão entre outras.

Em qualquer uma dessas situações, as relações são marcadas por muito


sofrimento e insatisfação, levando a conseqüências graves como: o uso de
drogas, disturbios sexuais, problemas de personalidade, agressão e fuga do
lar, e muitas vezes o indivíduo que sofre este tipo de agressão também à
comete um dia.

4.2 VIOLÊNCIA FÍSICA

Caracteriza-se por uma ação proposital por parte de um agente agressor, que
provoque dano físico à criança ou adolescente, famílias que tem esta prática
em seu meio costumam ter algumas características: a violência é usada para
disciplinar, a criança ou adolescente é visto como objeto ao demonstrar seus
desejos sofrem agressões, há grandes conflitos familiares, guarda-se um
segredo sobre este tipo de ato, esse tipo de violência traz conseqüências
físicas e picológicas terríveis que costumam levar a mais violência. Apesar de
não haver estudos que comprovem tal teoria o chamado “tapinha disciplinar”
é considerado pela opinião pública, pais e educadores como positivo.

4.3 VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA

É o ato cometido por um adulto em elação a uma criança ou adolescente de


forma constante que vem desvalorizá-la, bloqueá-la, interferindo de forma
negativa e causando-lhe sofrimento mental, É comum mas ao mesmo tempo
a mais difícil de ser detectada, principalmente por não deixar marcas visíveis
e fáceis de perceber. Não se pode assegurar com precisão as conseqüências
da violência psicológica, no entanto ela compromete o desenvolvimento da
criança e do adolescente como um todo.
4.4 NEGLIGÊNCIA FAMILIAR

Este tipo de violência ocorre com freqüência e é fácil de ser detectado, trata-
se da falta de ações por parte da família perante aos aspectos médicos,
educacionais, higiênicos, de supervisão e físicos e pode ser manifestada de
maneiro moderada ou severa, outra maneira de se eercer a negligência é o
abandono por parte do responsável e as consequências também são físicas
e psicológicas e de acordo com o tipo de negligência cometido.

5 CONCLUSÃO

O que pode-se concluir com este trabalho é que existem hoje em dia muitos
tipos de familias e que esta instituição atual em nada se parece com o
modelo patriarcal, pois até aquelas semelhantes na formação são bem
diferentes no modelo de educação, mas nem por isso se desviou os deveres
que a família tem em relação a educação, provimento do sustento, condições
de vida dignas e de respeito perante ao indivíduo que a forma. A formação
familiar é diversificada sim, mas nem de longe pode ser negligente ou
empurrar essas responsabilidades para as intituições educacionais, o que
pode ser feito é em parceria com a mesma, ambas tomem atitudes que
façam com que o crescimento do indivíduo e sua inserção na sociedade
sejam saudáveis.

6 REFERÊNCIAS

SILVA. Daniela Regina da, Psicologia Geral e do Desenvolvimento, Indaial,


Ed, ASSELVI, 2005

SILVA. Sonia das Graças Oliveira. A relação Família/Escola, Disponível em:


http://www.artigos.com/artigos/humanas/educacao/a-relacao-familia
%10escola-3012/artigo/ Acesso em: 26/06/2008

GONÇALVES. Carolina. Educação Sexual: responsabilidade de quem?


Disponível em: http://www.linavida.com.br/artigo06.html. Acesso em:
26/06/2008

Publicado por: ANDRESSA CARVALHO

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