Você está na página 1de 52

[Digite aqui]

i
Autores

Suzana Portuguez Viñas


Roberto Aguilar Machado Santos Silva
Santo Ângelo, RS, Brasil
2022
Supervisão editorial: Suzana Portuguez Viñas
Projeto gráfico: Roberto Aguilar Machado Santos Silva
Editoração: Suzana Portuguez Viñas

Capa:. Roberto Aguilar Machado Santos Silva

1ª edição

2
Autores

Suzana Portuguez Viñas


Pedagoga, psicopedagoga, escritora,
editora, agente literária
suzana_vinas@yahoo.com.br

Roberto Aguilar Machado Santos Silva


Membro da Academia de Ciências de Nova York (EUA), escritor
poeta, historiador
Doutor em Medicina Veterinária
robertoaguilarmss@gmail.com

3
Dedicatória
ara todos os mestres, pedagogos, psicopedagogos, psicólogos e

P crianças
Suzana Portuguez Viñas
Roberto Aguilar Machado Santos Silva

4
Só é possível ensinar
uma criança a amar,
amando-a.
Johann Goethe

5
Apresentação
mbora o bullying às vezes seja visto como “parte do

E crescimento” ou “crianças sendo crianças”, imagine a


criança que é importunada todos os dias,
fisicamente, socialmente ou por meio de cyberbullying. O bullying
seja

é uma forma prevalente de violência juvenil, particularmente em


ambientes escolares. Conforme ilustrado nos exemplos, é definido
pelo comportamento agressivo (ou seja, comportamento
intencional e maldoso) que ocorre repetidamente ao longo do
tempo e no contexto de um desequilíbrio de poder. Os alunos
precisam que a escola seja um clima positivo onde se sintam
seguros. Isso reduz seu próprio estresse e potencial agressão,
permitindo que eles se concentrem no aprendizado necessário
para que tenham sucesso em suas vidas. Felizmente, existem
ações que os alunos e funcionários da escola podem tomar para
prevenir o bullying e o assédio nas escolas e para criar um clima
escolar mais positivo. A cultura da violência escolar não pode ser
impactada apenas trabalhando apenas com agressores e vítimas.
É preciso uma ação consistente e unida de todos – alunos,
funcionários da escola, administradores e pais.
Leia o Pequeno Manual para saber mais sobre o bullying e como
poder ter um clima escolar positivo.
Suzana Portuguez Viñas
Roberto Aguilar Machado Santos Silva

6
Sumário

Introdução.....................................................................................8
Capítulo 1 - Bullying nas escolas: tudo o que você precisa
saber..............................................................................................9
Capítulo 2 - Cyberbullying: o que você precisa saber............24
Capítulo 3 - Assediado ou perseguidor? O verdadeiro drama
do bullying escolar.....................................................................30
Epílogo.........................................................................................35
Bibliografia consultada..............................................................37

7
Introdução

P
ensar que seu filho pode sofrer bullying é uma realidade
muito difícil para muitos pais aceitarem. Assumindo que
seu filho é um valentão, deve ser na mesma medida ou
maior. Relacionamentos abusivos no ambiente escolar Não são
coisas de criança, Não fazem parte do que se tem que viver e
Não devem ser normalizados.
Segundo a psicóloga Ana Villarrubia (2022) o bullying escolar é
coisa de adulto. A criança é uma vítima e não um carrasco, e
então constrói sua personalidade com base em suas primeiras e
mais relevantes experiências de vida.

8
Capítulo 1
Bullying nas escolas:
tudo o que você precisa
saber

N
ão importa se você é estudante, educador, pai de
criança ou adolescente ou membro da comunidade.
Todos têm um papel na prevenção do bullying escolar, e
a maioria das pessoas direta ou indiretamente participou,
testemunhou ou experimentou alguma forma de bullying nas
escolas.
Existem vários tipos de bullying para conhecer e diferentes
maneiras pelas quais educadores, escolas e pais podem ajudar a
acabar com o bullying na escola.
Descubra abaixo as causas e os efeitos do bullying, o que fazer
se você ou seu filho estiver sofrendo bullying.

Definição de bullying
O bullying deve atender a certos requisitos para ser considerado
bullying. São eles: mal-intencionado, desequilíbrio de poder,
repetição, angústia e provocação. O bullying escolar pode ocorrer
nas escolas, no campus ou fora da escola, mas é devido às
relações criadas no ambiente escolar.
9
Tipos de bullying

1. Bullying direto e bullying indireto


O bullying direto é diferente do bullying indireto, pois o bullying
direto envolve o contato direto com a pessoa que está sendo
intimidada. Indireto pode não.
Um exemplo de bullying direto seria jogar algo em uma pessoa ou
gritar palavras ofensivas para ela.
Um exemplo de bullying indireto pode ser espalhar rumores sobre
um colega de classe.

2. Cyberbullying
Cyberbullying é qualquer tipo de bullying que acontece online.
Podem ser comentários ofensivos em um site pessoal ou
mensagens privadas enganosas.

3. Bullying Físico
O bullying físico sempre envolve contato físico com a outra
pessoa. Isso pode significar corpo a corpo, mas também pode
significar jogar itens, tropeçar ou provocar outros para causar
danos físicos a uma pessoa.

4. Bullying emocional
10
O bullying emocional envolve o uso de maneiras de causar dano
emocional a outra pessoa. Isso pode incluir dizer ou escrever
coisas ofensivas, fazer com que outras pessoas se juntem a um
indivíduo, ignorar propositalmente ou espalhar rumores.

5. Bullying sexual
O bullying sexual refere-se a qualquer tipo de bullying, feito de
qualquer maneira, relacionado ao gênero ou sexualidade de uma
pessoa. Os exemplos podem incluir forçar alguém a cometer atos
íntimos, fazer comentários sexuais ou toques indesejados.

6. Bullying verbal
Bullying verbal significa usar qualquer forma de linguagem para
causar sofrimento à outra pessoa. Os exemplos incluem o uso de
palavrões, linguagem ofensiva, comentários negativos sobre a
aparência de uma pessoa, uso de termos depreciativos ou
provocações.

7. Bullying no Ensino Superior


Muitas pessoas assumem erroneamente que o bullying acaba no
ensino médio, mas o bullying ainda ocorre no ensino superior.
Isso pode acontecer de várias formas e vem com desafios
especiais devido aos alunos que moram longe de casa e, em
muitos casos, por conta própria.
11
Fatos e estatísticas sobre bullying e
assédio nas escolas
1. Mais de um em cada cinco alunos relata ter sofrido bullying na
vida
2. Os alunos vítimas de bullying relataram que o bullying ocorreu
nos seguintes locais:
. 42% no corredor ou escada da escola
. 34% dentro da sala de aula
. 22% no refeitório
. 19% fora da escola
. 10% no ônibus escolar
. 9% no banheiro ou vestiário
3. Os motivos de bullying relatados com mais frequência pelos
alunos incluem:
. Aparência física
. Etnia
. Gênero
. Incapacidade
. Religião
. Orientação sexual
4. Programas de prevenção de bullying nas escolas diminuem o
bullying em até 25%.

Efeitos do bullying: como o bullying


afeta as crianças
12
1. As Consequências
Aqueles que sofreram bullying podem ter baixa auto-estima, o que
pode levar à depressão. Algumas vítimas de bullying apresentam
sofrimento físico e/ou emocional como resultado do bullying
escolar. Adolescentes que sofreram bullying são mais propensos
a desenvolver depressão na idade adulta.
2. Vitimização crônica
Infelizmente, algumas crianças são vítimas de bullying crônico,
ocorrendo várias vezes por semana. Isso é mais comum no
ensino fundamental e pode levar a dias de aula perdidos. É de
extrema importância que as escolas intervenham e intervenham
em casos de bullying crônico para evitar danos a longo prazo.

Quais são as principais causas do


bullying?
Há muitos fatores que entram em jogo que podem resultar em
bullying. Se houver alunos com tendências ao bullying, e o clima
escolar permitir, é provável que ocorra o bullying. O bullying pode
ser resultado de uma situação doméstica difícil, baixa auto-estima
ou habilidades sociais pobres.

O que fazer se seu filho sofrer


bullying
13
É difícil para um pai descobrir que seu filho está sofrendo bullying,
mas saiba que você pode fazer algo a respeito.
Primeiro, certifique-se de documentar a instância de bullying,
obtendo o máximo de detalhes possível. Você também deve
documentar o impacto que isso tem em seu filho para ajudar a
escola a entender como o bullying está afetando a educação da
criança. Verifique se o bullying violou alguma lei e, por fim, envie
uma reclamação por e-mail sobre o bullying para a escola do seu
filho.

Relutância em relatar
A maioria dos alunos não denuncia o bullying nas escolas para os
adultos. Isso pode ser devido ao medo de retaliação, não querer
preocupar os pais, ter vergonha de que eles não podem se
defender, sentir que nada pode mudar a situação e temer que o
professor ou os pais piorem a situação.
Há também uma relutância em relatar ter testemunhado um
incidente, por razões semelhantes. A denúncia de bullying
aumentará com os programas antibullying porque os alunos se
sentirão mais confiantes em suas próprias habilidades para
intervir e nas habilidades da escola para fazer a diferença.

Vítimas de bullying
A maioria dos agressores intimida crianças da mesma série na
escola, mas às vezes o agressor é mais velho. Ter um grande
14
círculo de amigos tende a reduzir a probabilidade de uma criança
sofrer bullying, enquanto uma criança um pouco mais fraca
fisicamente, menor e não assertiva tem maior probabilidade de
sofrer bullying.

Soluções comuns de bullying que


não são bem-sucedidas
O bullying é um problema sério que requer um esforço longo e
consistente para se manter longe de sua escola. Algumas escolas
trazem um palestrante e realizam uma assembléia anti-bullying,
ou realizam uma semana de conscientização sobre o bullying.
Apenas um evento não é suficiente, no entanto. É preciso haver
um programa de longo prazo para criar soluções de longo prazo.

O que funciona para prevenir o


bullying
As escolas precisam ter políticas em vigor e procedimentos que
sejam aplicados. Trazer o antibullying para todas as partes do
currículo também pode ajudar bastante. Por exemplo, os
professores de artes da linguagem podem encontrar os romances
necessários que dão aos alunos empatia pelos outros.

15
Por que as crianças se tornam
valentões na escola
As pessoas costumavam pensar que os valentões ou têm baixa
auto-estima e fazem bullying para se sentirem melhor, ou vêm de
lares complicados.
Agora, mais pesquisas foram feitas sobre o assunto e muitos
concluem que, embora os tópicos mencionados ainda sejam
relevantes, um novo pensamento é que os agressores estão mais
altos na escala social e empurram os outros para baixo para
permanecer no topo da hierarquia.

Problemas relacionados
Existem vários tipos relacionados de bullying que refletem o que
acontece durante o bullying nas escolas. Esses problemas
relacionados incluem bullying em centros de detenção juvenil,
bullying para manter ou ganhar membros de gangues jovens e
alunos intimidando professores.

Comportamento de bullying
O bullying ocorre em todas as áreas do mundo, apesar das
grandes diferenças culturais entre alguns países.
Com as meninas, é mais provável que o bullying seja indireto e
elas intimidam outras meninas.

16
Com os meninos, o bullying geralmente é direto e os meninos
intimidam meninos e meninas. Os meninos tendem a intimidar
mais do que as meninas e, em muitos casos, o bullying ocorre em
grupos. O bullying nas escolas tende a diminuir por volta dos 14-
15 anos.

O que faz um valentão?


Os valentões da escola tendem a compartilhar traços comuns,
como agressividade, dominante, inteligência e capacidade de
leitura ligeiramente abaixo da média, e são de popularidade média
na escola. Muitos sugerem que os agressores podem ter
habilidades sociais ruins, ter baixos níveis de empatia e podem
não cooperar.

Como escolas, pais e educadores


podem prevenir o bullying nas
escolas

1. O que é Clima Escolar?


O clima escolar é a qualidade geral e o caráter da vida escolar.
Um clima escolar positivo ajuda bastante na prevenção do
bullying nas escolas. Os professores e administradores podem
incentivar um clima escolar positivo implementando o seguinte:

17
2. Ensine bondade e empatia
As crianças devem saber desde cedo que efeito seu
comportamento tem sobre os outros. Eles devem ser ensinados a
ver as perspectivas dos outros para ajudá-los a entender outras
pessoas emocionalmente.

3. Identificar comportamentos e sinais


de alerta
Os professores geralmente estão ocupados, mas se o tempo for
gasto identificando sinais de alerta de bullying e interrompendo
esses pequenos comportamentos imediatamente, o sofrimento
futuro pode ser evitado. Exemplos de “comportamentos de
gateway” incluem revirar os olhos, xingar, olhar prolongado, virar
as costas, ignorar e rir cruelmente ou encorajar os outros a rir.

4. Crie oportunidades para conexões


Faça a escola ou a sala de aula parecer uma comunidade.
Quando os alunos sentem que seus colegas são parte de seu
grupo ou comunidade, eles estarão menos propensos a intimidar
e mais propensos a enfrentar o bullying de outros alunos e
quebrar a comunidade que ajudaram a construir.

5. Use as artes
18
As artes podem ser uma ferramenta poderosa para ajudar os
alunos a refletir e se expressar quando se trata de bullying nas
escolas. Por exemplo, os alunos podem escrever uma história
criativa sobre bullying. Pode haver uma competição para criar
cartazes artísticos anti-bullying que serão colocados na escola, e
os 3 primeiros receberão uma recompensa. As possibilidades são
infinitas.

6. Participe de simulações
Uma ideia interativa divertida para ajudar a reduzir o bullying na
escola é fazer com que os alunos participem de simulações
juntos. Peça a uma turma que represente uma situação de
bullying em conjunto e explore formas alternativas de lidar com o
conflito. Isso aumentará sua empatia e os ajudará a se unirem
para encontrar soluções para o bullying.

7. Traga soluções pacíficas


Soluções pacíficas são as respostas ao bullying, não espalhando
mais ódio. Não intimide um agressor, nem incentive o ódio ou a
violência no aluno que está sendo intimidado.

8. Remova rótulos, comportamentos de


endereço

19
Rotular uma criança como um valentão não ajuda a situação.
Professores e pais devem olhar para os comportamentos de
bullying em vez de identificar quem é um “bully”.

9. Defina regras claras e executáveis


Se o bullying faz parte das regras da escola e da sala de aula, é
provável que haja uma melhor prevenção do bullying nas escolas.
As regras devem ser em termos positivos, abranger vários
cenários e ser apropriadas à idade.

10. Recompense o comportamento


positivo
Quando os alunos fazem algo ruim, eles são chamados. Quando
um aluno faz algo bom, é importante chamar a atenção para isso
também. Isso mostra à sala de aula que a má atenção não é o
único tipo de atenção.

11. Use comunicação aberta


A comunicação é fundamental na prevenção do bullying. Quando
as crianças sentem que podem conversar com adultos em sua
comunidade, elas são mais propensas a denunciar o bullying e a
evitar o bullying trabalhando seus sentimentos verbalmente.

20
12. Monitorar os pontos quentes
Identifique áreas da escola, ou certos locais que parecem ter
muitos incidentes de bullying e tenha um monitor de classe ou
funcionários da escola patrulhando a área.

13. Cada criança é diferente


Lembre-se de que cada criança responderá de maneira diferente
ao sofrer bullying e quando for repreendida por bullying. Adapte
seus métodos para cada criança.

14. Ouça!
Faça perguntas, mantenha-se envolvido e fique por dentro do que
está acontecendo na escola.

15. Aja
Se você descobrir que está acontecendo bullying na escola, tome
medidas para evitá-lo. Comece identificando a situação e as
causas do brainstorming. Converse com seu filho se você for um
pai, ou com todas as crianças envolvidas se você for um
professor. Crie um plano de ação para prevenir o bullying e
desmarque os próximos passos se isso não parar.

21
16. Conecte-se
Ajude seu filho ou aluno a se conectar com outros amigos criando
grupos de brincadeiras, sessões de estudo ou oferecendo-se para
levá-los à casa de amigos nos fins de semana. Quanto mais
conectado seu filho estiver, menor a probabilidade de sofrer
bullying.

17. Confie que seu filho ficará bem


Pode ser difícil saber que seu próprio filho está sofrendo bullying,
mas com seu apoio e esforços isso pode desaparecer. Lembre-se
que com o tempo, seu filho ficará bem.

Existe alguma coisa que eu possa


fazer se observar o bullying?
Claro! Defenda o aluno e deixe o agressor saber que o bullying
não é bom. Interrompa o bullying com segurança fazendo uma
pergunta ao agressor ou pedindo que ele vá a algum lugar com
você. Se você se sentir desconfortável em entrar, entre em
contato com um adulto o mais rápido possível. Certifique-se de
relatar o incidente.

Medindo sua eficácia


22
1. Tanto antes como depois de implementar medidas anti-bullying,
é aconselhável fazer pesquisas para medir a eficácia de um
programa. Exemplos de pesquisas incluem:
2. Percentual de vítimas por tipo de bullying.
3. Número de vítimas e número de agressores.
4. Número de alunos que conhecem o bullying e sabem como
intervir.
5. Atendimento, comportamento e disciplina de agressores e
vítimas.
6. Taxas de bullying em 'pontos quentes'.

O bullying nas escolas é uma questão difícil de resolver, mas se


escolas, pais e alunos se comprometerem a interromper a
prevenção e a ação, isso pode ser interrompido.

23
Capítulo 2
Cyberbullying: o que você
precisa saber

C
yberbullying é quando uma pessoa usa a tecnologia
digital para deliberada e repetidamente assediar,
humilhar, constranger, atormentar, ameaçar, perseguir
ou intimidar outra pessoa.
O cyberbullying acontece de muitas maneiras diferentes – em
mensagens de texto, e-mails e jogos online e em plataformas de
mídia social como TikTok, YouTube, Snapchat, Instagram e
Facebook.
Exemplos de cyberbullying incluem deliberada e repetidamente:
• postar ou enviar mensagens que ameacem ou coloquem as
pessoas para baixo.
• deixar as pessoas fora de jogos online ou fóruns sociais.
• espalhar rumores desagradáveis online sobre pessoas.
• configurar contas falsas ou desagradáveis de mídia social
usando fotos reais e detalhes de contato.
• trollar ou perseguir pessoas online.
• compartilhar ou encaminhar informações pessoais de pessoas
sem sua permissão.
• postar fotos ou vídeos ofensivos ou embaraçosos de pessoas
sem a permissão delas.
• assediar outras pessoas em ambientes virtuais ou jogos online.

24
O cyberbullying pode acontecer a qualquer hora do dia ou da
noite, em qualquer lugar com acesso à internet ou celular.

O cyberbullying é prejudicial. Nunca é legal, engraçado ou OK. Se


você está preocupado que seu filho esteja sofrendo cyberbullying,
procure sinais como mudanças na escola e na vida social do seu
filho, uso de tecnologia e emoções e comportamento. É
importante saber identificar sinais de cyberbullying e ajudar seu
filho. Você pode tomar medidas para parar o cyberbullying.

Efeitos do cyberbullying
O cyberbullying muitas vezes deixa crianças e adolescentes com
baixa auto-estima, menos interesse na escola e baixo
desempenho acadêmico. Crianças e adolescentes que sofrem
cyberbullying podem se sentir confusos com as mudanças em
seus grupos de amizade. Eles também podem se sentir sozinhos,
solitários e isolados.
O cyberbullying pode levar a problemas de saúde mental, como
depressão, ansiedade, estresse e pensamentos suicidas.

Se seu filho tem uma deficiência ou já está passando por um


problema de saúde mental, como depressão ou ansiedade, isso
pode torná-lo mais vulnerável ao cyberbullying.

25
Cyberbullying: como falar sobre
isso com crianças e adolescentes
Conversar com seu filho é uma das melhores maneiras de ajudá-
lo a evitar o cyberbullying. É melhor começar a falar sobre
cyberbullying quando seu filho começar a usar a mídia social ou
quando ele tiver um telefone celular.
Aqui estão algumas coisas sobre as quais você pode falar:
• Como é o cyberbullying – por exemplo, 'Cyberbullying é enviar
mensagens de texto maldosas, espalhar rumores nas mídias
sociais, agrupar ou excluir deliberadamente alguém em um jogo
online ou compartilhar uma foto embaraçosa com outras pessoas'.
• Como pode ser a sensação de sofrer cyberbullying – por
exemplo, ‘Ser cyberbullying pode fazer você se sentir muito
chateado e solitário. Isso pode fazer com que você não queira
participar de atividades onde a pessoa que está fazendo o
bullying pode estar’.
• O que acontece quando as pessoas sofrem cyberbullying – por
exemplo, 'Pessoas que sofrem cyberbullying podem parar de se
sair bem na escola'.

Conversas compreensivas e de apoio podem ajudar seu filho a


evitar ou lidar com o cyberbullying.

26
O cyberbullying pode se tornar um bullying presencial. E o bullying
face a face pode se tornar cyberbullying. Crianças e adolescentes
podem experimentar cyberbullying e bullying presencial ao
mesmo tempo.

Regras da tecnologia para ajudar


crianças e adolescentes a evitar
cyberbullying
Você pode ajudar seu filho a evitar o cyberbullying:
• concordar com regras familiares claras.
• ter um plano de mídia familiar que cubra o uso de celular,
computador ou tablet de todos.

Por exemplo, o cyberbullying geralmente acontece à noite por


meio de mensagens de texto e imagens compartilhadas. Pode
ajudar ter uma regra familiar de que todos desligam os
dispositivos à noite e os deixam em uma área familiar.

Dicas práticas para ajudar crianças


e adolescentes a se manterem
seguros online
Aqui estão algumas coisas simples que seu filho pode fazer para
se manter seguro online e evitar cyberbullying:

27
• Aceite apenas as pessoas que eles conhecem como amigos e
seguidores online. Se o seu filho adicionar alguém que ele
realmente não conhece como 'amigo' ou 'seguidor', isso dará a
essa pessoa acesso a informações sobre seu filho que podem ser
usadas para bullying.
• Não forneça senhas. Algumas crianças e adolescentes dão suas
senhas a amigos como um sinal de confiança, mas uma senha dá
a outras pessoas o poder de se passar por seu filho online.
• Verifique ou atualize as configurações de privacidade para que
estranhos não possam ver as fotos ou informações pessoais do
seu filho. Seu filho também pode verificar se suas postagens e
fotos não podem ser compartilhadas por outras pessoas.
• Pense antes de postar. Se seu filho postar comentários
pessoais, fotos ou vídeos, ele poderá receber atenção indesejada
ou comentários negativos. As pessoas podem capturar ou baixar
os comentários e fotos e compartilhá-los e publicá-los em
qualquer lugar. Eles também podem estar disponíveis online por
um longo tempo.
• Informar a você, a um professor ou outro adulto de confiança se
estiverem preocupados com algo que esteja acontecendo online.
Isso inclui ver alguém sofrendo cyberbullying.

Como o cyberbullying é diferente de


outros bullying

28
O cyberbullying é diferente de outros tipos de bullying, tanto para
a pessoa que faz o bullying quanto para a pessoa que está sendo
intimidada.
As pessoas que intimidam outras pessoas geralmente agem com
mais ousadia online do que se estivessem cara a cara com outras
pessoas. Enviar insultos remotamente e anonimamente faz com
que as pessoas que praticam o bullying se sintam mais seguras e
poderosas. Se eles pudessem ver as respostas físicas ou
emocionais ao seu comportamento de bullying, eles poderiam ser
menos propensos a se comportar dessa maneira.
Para as pessoas que sofrem bullying, o cyberbullying é difícil de
lidar. Como os adolescentes usam celulares e internet o tempo
todo, o bullying pode acontecer 24 horas por dia, não apenas
quando estão na escola. As pessoas que sofrem cyberbullying
podem não saber quem está fazendo o bullying ou quando
atacarão em seguida. Isso pode fazer com que os adolescentes
se sintam inseguros, mesmo quando estão em casa.
Mensagens de bullying postadas online são muito difíceis de se
livrar. Essas mensagens podem ser encaminhadas
instantaneamente e vistas por muitas pessoas, em vez de apenas
algumas pessoas presentes em situações de bullying face a face.

29
Capítulo 3
Assediado ou perseguidor?
O verdadeiro drama do
bullying escolar

S
egundo Ana Villarrubia (2022), psicóloga, pensar que seu
filho pode sofrer bullying é uma realidade muito difícil
para muitos pais aceitarem. Assumindo que seu filho é
um valentão, deve ser na mesma medida ou maior.
Relacionamentos abusivos no ambiente escolar não são coisas
de criança, não fazem parte do que se tem que viver e não devem
ser normalizados
Bullying é coisa de adulto. A criança é uma vítima e não um
carrasco, e então constrói sua personalidade com base em suas
primeiras e mais relevantes experiências de vida.
Na Espanha, cerca de 30% das crianças assediam
unilateralmente outras, e cerca de 10% das crianças na escola
são vítimas desses abusos. Se os números parecem
desproporcionais, é porque muitos dos assediadores modificam
alternadamente seu papel de assediado com o de assediador
(sim, embora pareça um paradoxo, é), dependendo da posição
que possam ocupar no grupo a que desejam pertencer, ou seja,
dependendo da maneira como podem sobreviver.

30
Como pano de fundo alarmante, quase 50% das crianças
espanholas não praticam bullying ou são intimidadas, mas
crescem e são educadas em um contexto em que essas
dinâmicas perversas estão na ordem do dia, convivem com elas e
são testemunhas passivas do sofrimento alheio sem sequer
denunciá-lo, sem contar em casa, sem aparentemente chamar a
atenção, sem se envolver, sem despertar o menor instinto
protetor. Estamos fazendo algo errado.
E o que estamos fazendo tão mal não é falar de bullying com
todos os seus derivados e circunscrever isso a um pátio de
escola. O bullying escolar é resultado de um problema
educacional e psicológico que, claro, é redirecionável e deve ser
redirecionado. O fracasso social não é o assédio em si, também,
mas o verdadeiro fracasso como sociedade é não atender a isso e
olhar para o outro lado. A escola que acolhe um caso de bullying
não é pior do que aquela que o acolhe e não o administra
adequadamente, revitimizando os vulneráveis e condenando os
aparentemente poderosos a perpetuar suas dificuldades
intrínsecas para relações sociais saudáveis e igualitárias.
Nós tendemos a colocar o foco na vítima, e isso é apenas um
ponto de partida interessante. A criança vítima de bullying é quase
indistintamente um menino ou uma menina, geralmente tem entre
7 e 13 anos, exibe em maior proporção algum tipo de atributo que
pode arbitrariamente torná-lo 'diferenciado' do resto ou do que o
grupo entende como normativo e tende a gostar de atividades que
podem ser menos frequentes ou mais extraordinárias do que

31
aquelas que podem ser presumidas para uma criança de sua
idade.
A criança vítima de bullying é punida, indefesa, pelo simples fato
de existir, é rejeitada por aquele grupo de iguais de cuja aceitação
sente que precisa. Por isso, emerge nele o desamparo e a
tristeza, por isso sente medo e ansiedade, e por isso a construção
de sua auto-estima e de sua personalidade também estão em
perigo. A criança vítima de bullying consegue facilmente
somatizar todo o seu sofrimento psíquico e sofre de forma
integral, além de vivenciar um sentimento de culpa que lhe é
muito difícil de manejar.
Mas também devemos nos preocupar com o perfil da criança
agressora, aquela que não pode ser reconhecida como importante
se não for pelo exercício da violência física ou psicológica, aquela
que precisa da submissão do outro para poder se posicionar no
mundo, que não sabe canalizar suas frustrações senão
enterrando-as, que não se coloca no lugar do outro porque isso
significaria um colapso para ele e sua saúde emocional precária,
aquele cujo eu -conceito é construído com base na anulação do
próximo e na aniquilação de todos os rivais.
O valentão, antes de se tornar um perigo social, também não é
profundamente vulnerável?
E, por fim, não devemos agir também diante da passividade do
grupo que o silencia, que perpetua a culpa do assediado e que,
direta ou indiretamente, admira um líder frágil cuja força reside
apenas na malícia, no narcisismo vazio e na falta de empatia?

32
Visto dessa forma, nenhum de nós quer ser pai de uma criança
intimidada, nem de uma criança intimidadora, nem de um
observador passivo. O bullying escolar pode e deve ser
combatido, temos as ferramentas para isso, tanto individual
quanto coletivamente. Cada criança com sequelas psicológicas
decorrentes de experiências traumáticas desse tipo representa
uma falta de vulnerabilidade para todos, como sociedade, em lidar
com esse problema.

O papel da família e da escola


É claro que a família será uma das principais fontes de proteção
tanto para a criança intimidada quanto para a criança
intimidadora. A família é quem deve reconhecer a situação em
primeira instância, garantir um clima de confiança e comunicação
com a criança, avaliar a necessidade de prestar apoio psicológico
especializado ao seu filho e aproximar-se do ambiente escolar
com uma atitude conciliadora (antes de apresentar uma
reclamação, se necessário).
Paralelamente, há muito que se exige da escola: ativar
convenientemente um protocolo de ação, investigar o que
aconteceu, conversar e coordenar com as famílias e com todos os
agentes envolvidos, trabalhar com os alunos, promover oficinas
de habilidades sociais e mudar padrões de interação entre alunos,
etc

33
E por último, considerando a sociedade como um todo, sabendo
tudo o que sabemos agora, você não acha que há muito que cada
um de nós pode fazer? Talvez essas bases devam nos fazer
refletir...

34
Epílogo

A
ntes de encerrar, gostaríamos de apontar brevemente
alguns aspectos dos problemas do agressor/vítima, que
a nosso ver os tornam atraentes e interessantes tanto do
ponto de vista de pesquisa quanto de intervenção/prevenção:
. Os comportamentos e reações implicados estão ancorados em
um contexto social, e há um foco principal no(s)
perpetrador(es)/agressor(es), alvos/vítima(s), espectadores e
grupo(s) de pares. Geralmente, isso implica uma atenção mais ou
menos direta à dinâmica de poder no grupo de pares.
. Uma parte considerável do que caracteriza os problemas do
agressor/vítima pode ser conceituada em uma estrutura analítica-
causal. Os comportamentos e reações implicados representam
experiências reais de pares (possíveis fatores causais) com
consequências muitas vezes bastante sérias de curto e longo
prazo para os indivíduos envolvidos e suas famílias e parceiros.
Esses problemas também constituem um grande problema de
saúde pública, não totalmente realizado, com grandes custos para
a sociedade.
. Uma descrição simples dos problemas geralmente fornece uma
boa justificativa para a intervenção sobre a qual é relativamente
fácil chegar a um consenso (pelo menos em princípio): nenhuma
aceitação. O sofrimento da(s) vítima(s) é a principal motivação por
trás da intervenção, e isso pode estar ligado à Convenção das

35
Nações Unidas sobre os Direitos da Criança e à obrigação das
escolas de fornecer um ambiente de aprendizagem seguro para
todas as crianças (possivelmente expresso na legislação ). A
prevenção de tais problemas também representa grandes ganhos
para a sociedade.
. O trabalho antibullying, em particular do tipo de toda a escola,
fornece um bom ponto de entrada para mudanças positivas na
escola ou desenvolvimento organizacional em geral, o que
beneficiará todos os alunos da escola.

36
Bibliografia consultada

A
ANDREOU, E. Bully/victim problems and their association with
coping behaviour in conflictual peer interactions among school-
age children. Educational Psychology, v. 21, p. 59-66, 2001.

B
BALDRY, A. C.; FARRINGTON, D. P. Types of bullying among
Italian school children. Journal of Adolescence, v. 22, p. 423-
426, 1999.

BALL, H. A.; ARSENEAULT, L.; TAYLOR, A.; MAUGHAN, B.;


CASPI, A.; MOFFITT, T. E. Genetic and environmental influences
on victims, bullies and bully-victims in childhood. Journal of Child
Psychology and Psychiatry, v. 49, p. 104-112, 2008.

37
BOULTON, M. J.; BUCCI, E.; HAWKER, D. D. Swedish and
English secondary school pupils' attitudes toward, and
conceptions of, bullying: concurrent links with bully/victim
involvement. Scandinavian Journal of Psychology, v. 40, p.
277-284, 1999.

C
CARNEY, A. G.; MERRELL, K. W. Perspectives on understanding
and preventing an international problem. School Psychology
International, v. 22, p. 364-82, 2001.

CRAIG, W. M.; PEPLER, D. J. Peer processes in bullying and


victimization: an observational study. Exceptionality Education
Canada, v. 5, p. 81–95, 1995.

CRAIG, W. M.; PEPLER, D. J. Observations of bullying and


victimization in the school yard. Canadian Journal of School
Psychology, v. 13, p. 41-59, 1997.

CRAIG, W. M. The relationship among bullying, victimization,


depression, anxiety and aggression in elementary school children.
Personality and Individual Differences, v. 24, p.123-130, 1998.

38
CRAIG, W. M.; HENDERSON, K.; MURPHY, J. G. Prospective
teachers’ attitudes towards bullying and victimisation. School
Psychology International, v. 21, p. 5-21, 2000.

CRAIG, W.; HAREL, Y. Bullying, physical fighting, and


victimization. In: Young People’s Health in Context:
international report from the HBSC 2001/02 survey. C. Currie
et al. Eds. WHO Policy Series: Health policy for children and
adolescents Issue 4, WHO Regional Office for Europe,
Copenhagen. 2004.

D
DEPARTMENT FOR CHILDREN, SCHOOLS AND FAMILIES
(DCSF). The characteristics of bullying victims in schools.
DCSF-RBX-09-14. 2008.

39
FARRINGTON, D. P.; TTOFI, M. M. Effectiveness of programs
to reduce school bullying. Systematic Review for: The Campbell
Collaboration Crime and Justice Group. 2009.

FARRINGTON, D. P.; TTOFI, M. M. Bullying as a predictor of


offending, violence and later life outcomes. Criminal Behavior
and Mental Health, v. 21, n. 2, p. 90-98, 2011.

G
Italo A. Gutierrez Oswaldo Molina Hugo Ñopo Stand Against
Bullying: An Experimental School Intervention. IZA DP, n. 11623,
48 p., 2018.

H
HOULSTON, C.; SMITH, P. K.; JESSEL, J. Investigating the
extent and use of peer support initiatives in English schools.
Educational Psychology, v. 29, p. 325-344, 2009.

40
J
JAMES, A. 2010. School bullying. Disponível em: <
https://www.researchgate.net/publication/264166903_School_bully
ing/link/53d0ec6a0cf2f7e53cfbb2cd/download > Acesso em: 27
mar. 2022.

K
KANETSUNA, T.; SMITH, P. K. Pupil insights into bullying, and
coping with bullying: a bi-national study in Japan and England.
Journal of School Violence, v. 1, p. 5-29, 2002.

M
MENESINI, E.; ESLEA, M.; SMITH, P. K.; GENTA, M. L.;
GIANETTI, E.; FONZI, A.; et al. A cross-national comparison of

41
children’s attitudes towards bully/victim problems in school.
Aggressive Behavior, v. 23, p. 1-13, 1997.

MENESINI E.; MELAN E.; PIGNATTI B. Interactional styles of


bullies and victims observed in a competitive and cooperative
setting. The Journal of Genetic Psychology, v. 3, p. 261-281,
2000.

MENESINI, E.; FONZI, A.; SMITH, P. K. Attribution of meanings to


terms related to bullying: a comparison between teacher's and
pupil's perspectives in Italy. European Journal of Psychology of
Education, v. 17, p. 393-406, 2002.

MORITA, Y.; SOEDA, H.; SOEDA, K.; TAKI, M. Japan. In: The
nature of school bullying: a cross-national perspective. P. K.
Smith, Y. Morita, J. Junger-Tas, D. Olweus, R. Catalano, and P.
Slee. Eds. London and New York: Routledge. 1999. pp 309-323.

42
NAYLOR, P.; COWIE, H.; COSSIN, F.; BETTENCOURT, R.;
LEMME, F. Teachers’ and pupils’ definitions of bullying. British
Journal of Educational Psychology, v. 76, p. 553-576, 2006.

O
OLWEUS, D. Aggression in the schools: bullies and whipping
boys. Washington, DC: Hemisphere. 1978.

OLWEUS, D. Aggressors and their victims: bullying at school. In:


Disruptive Behaviours in schools. N. Frude and H. Gault Eds.
New York: Wiley. 1984. pp 57-76.

OLWEUS, D. Bullying at school: what we know and what we


can do. Oxford: Blackwell. 1993.

OLWEUS, D. Bully/victim problems in school: facts and


intervention. European Journal of Psychology of Education, v.
12, p. 495-510, 1997.

OLWEUS, D. Bullying at school: basic facts and effects of a school


based intervention program. Journal of child psychology and
psychiatry, v. 35, n. 7, p. 1171-1190, 1994.

43
OLWEUS, D. Sweden. In: The nature of school bullying: a
cross-national perspective. Smith, P. K., Morita, Y., Junger-Tas,
J., Olweus, D., Catalano, R. and Slee, P. Eds London and New
York: Routledge. 1999. pp 7-27.

O’MOORE, M. Critical issues for teacher training to counter


bullying and victimization in schools. Aggressive Behavior, v. 26,
p. 99-111, 2000.

ÖSTERMAN, K.; BJORKQVIST, K.; LAGERSPETZ, K. M.;


KAUKIAINEN, A.; HEUSMANN, R. L.; FRACZEK, A. Peer and self
estimated aggression in 8-year-old children from five ethnic
groups. Aggressive Behavior, v. 20, p. 411-428, 1994.

P
PEPLER, D. J.; CRAIG, W. M.; ZIEGLER, S.; CHARACH, A. An
evaluation of an antibullying intervention in Toronto schools.
Canadian Journal of Community Mental Health, v. 13, p. 95-
110, 1994.

PEPLER, D. J.; CRAIG, W. M.; ROBERTS, W. L. Playground


observations of aggressive and nonaggressive children. Merrill
Palmer Quarterly, v. 44, 55-76,

44
1998.

PEPLER, D.; CRAIG, W.; YUILE, A.; CONNOLLY, J. Girls who


bully: A developmental and relational perspective. In: Aggression,
antisocial behavior, and violence among girls: a
developmental perspective. M. Putallaz, and K. L. Bierman. Eds.
New York: Guildford. 2004. pp 90-109.

PEPLER, D. J.; CRAIG, W. M.; CONNOLLY, J. A.; YUILE, A.;


MCMASTER, L.; JIANG, D. A developmental perspective on
bullying. Aggressive Behavior, v. 32, p. 376-384, 2006.

PEPLER, D.; JIANG, D.; CRAIG, W.; CONNOLLY, J.


Developmental trajectories of bullying and associated factors.
Child Development, v. 79, p. 325-338, 2008.

R
RADLOFF, L. S. The CES-D scale: A self report depression scale
for research in the general population. Applied Psychological
Measurements, v.1, p. 385-401, 1977.

RIGBY, K. Consequences of bullying in schools. Canadian


Journal of Psychiatry, v. 48, n. 9, p. 583-590, 2003.

45
S
SALMIVALLI, C.; LAGERSPETZ, K.; BJORKQVIST, K.;
OSTERMAN, K.; KAUKIAINEN, A. Bullying as a group process:
participant roles and their relations to social status within the
group. Aggressive Behavior, v. 22, p. 1-15, 1996.

SALMIVALLI, C., LAPPALAINEN, M.; LAGERSPETZ, K. M. J.


Stability and change of behavior in connection with bullying at
school: a two year follow up. Aggressive Behavior, v. 24, p. 205-
218, 1998.

SALMIVALLI, C. Participant role approach to school bullying:


implications for interventions. Journal of Adolescence, v. 22, p.
453-459, 1999.

SALMIVALLI, C.; KAUKIAINEN, A.; LAGERSPETZ, K. M. J. Self-


evaluated self-esteem, peer evaluated self-esteem, and defensive
egotism and predictors of adolescents' participation in bullying
situations. Personality and Social Psychology Bulletin, v. 25, p.
1268-1278, 1999.

46
SALMIVALLI, C. Is there an age decline in victimization by peers
at school? Educational Research, v. 44, p. 269-278, 2002.

SALMIVALLI, C. Bullying and the peer group: a review.


Aggression and Violent Behavior, v. 15, n. 2, p. 112-120, 2010.

SCHAFER, M.; KORN, S.; BRODBECK, F. C.; WOLKE, D.;


SCHULZ, H. Bullying roles in changing contexts: the stability of
victim and bully roles from primary to secondary school.
International Journal of Behavioral Development, v. 29, p. 323-
335, 2005.

SMITH, P. K.; SHARP, S. The problem of school bullying. In:


School bullying: Insights and perspectives. P. K.Smith and
S.Sharp. Eds. London, UK: Routledge. 1994. p 1-19.

SMITH, P. K.; LEVAN, S. Perceptions and experiences of bullying


in younger pupils. British Journal of Educational Psychology,
v. 65, p. 489-500, 1995.

SMITH, P. K., MADSEN, K. C.; MOODY, J. C. What causes the


age decline in reports of being bullied at school? Towards a
developmental analysis of risks of being bullied. Educational
Research, v. 41, p. 267-285, 1999.

SMITH, P. K.; SHU, S. What good schools can do about bullying:


findings from a survey in English schools after a decade of

47
research and action. Childhood: A Global Journal of Child
Research, v. 7, p. 193-212, 2000.

SMITH, P.; COWIE, H.; OLAFSSON, R.; LIEFOOGHE, A.


Definitions of bullying: a comparison of terms used, and age and
gender differences, in a fourteen-country international comparison.
Child Development, v. 73, p. 1119-1133, 2002.

SMITH, P. K. Bullying: recent developments. Child and


Adolescent Mental Health, v. 9, n. 3, September, p. 98-103,
2004.

SMITH, P. K.; MAHDAVI, J.; CARVALHO, M.; FISHER, S.;


RUSSELL, S.; TIPPETT, N. Cyberbullying: Its nature and impact
in secondary school pupils. Journal of Child Psychology and
Psychiatry, v. 49, p. 376-385, 2008a.

SMITH, P. K.; SMITH, C.; OSBORN, R.; SAMARA, M. A content


analysis of school antibullying policies: progress and limitations.
Educational Psychology Practice, v. 24, p. 1-12, 2008b.

STASSEN-BERGER, K. Update on bullying at school: science


forgotten? Developmental Review, V. 27, P. 90-126, 2007.

STOP BULLYING. What Is bullying. Disponível em: <


https://www.stopbullying.
gov/bullying/what-is-bullying > Acesso em: 27 mar. 2022.

48
SUTTON, J.; SMITH, P. K.; SWETTENHAM, J. Social cognition
and bullying: social inadequacy or skilled manipulation? British
Journal of Developmental Psychology, v. 17, p. 435- 450, 1999.

SWAIN, J. What does bullying really mean? Educational


Research, v. 40, p. 358-364, 1998.

T
TAPPER, K.; BOULTON, M. J. Victim and peer group responses
to different forms of aggression among primary school children.
Aggressive Behavior, v. 31, p. 238-253, 2005.

V
VILLARRUBIA, A. ¿Acosado o acosador? El auténtico drama del
bullying escolar. Disponívem em: <
https://www.elmundo.es/yodona/actualidad/2022/
03/25/623c897d21efa006288b45b2.html > Acesso em 28 mar.
2022.

49
50
51

Você também pode gostar