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Lição sobre bullying usando duas maçãs

Uma forma bastante criativa e simples de sensibilizar as crianças sobre


os malefícios causados pelo bullying foi pensado pela professora britânica
Rosie Dutton. Ela pegou duas maçãs que eram aparentemente iguais e,
antes de entrar em sala, bateu uma delas delicadamente no chão. As
crianças não viram. Ao entrar, mostrou as duas frutas e os alunos
apresentaram semelhanças entre elas. Então, Rosie pegou a maçã que
bateu levemente no chão e começou a falar que não gostava dela,
incentivando as crianças a repetirem as críticas - ainda que não vissem
praticamente nenhuma diferença entre as duas frutas. Em seguida, pegou a
outra maçã e começou a falar bem dela, incentivando as crianças a fazerem
o mesmo. No final, pegou novamente as duas maçãs e perguntou sobre as
semelhanças entre elas - os alunos continuavam achando as mesmas. Rosie,
então, cortou as duas ao meio. A primeira maçã, xingada e maltratada,
estava machucada e molenga por dentro. A elogiada, clarinha e fresca.
Desta forma, os alunos entenderam a mensagem: "Acho que as crianças
tiveram uma espécie de iluminação naquele momento. Elas realmente
entenderam: o que vimos no interior das maçãs, os machucados, os
pedacinhos partidos, era como cada um de nós se sente quando alguém
nos maltrata com suas ações ou palavras", disse Rosie. Que tal experimentar
essa metáfora criativa em sala de aula?

Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/dino/5-jogos-educativos-para-
combater-o-bullying-em-sua-
escola,03157823d98c9cab916ef32b51b406991ojcfgou.html

Falar sobre o Bullying


Em primeiro lugar é preciso reforçar que o bullying não é normal, não faz parte de “ser criança”
ou “crescer”, não torna as crianças “mais fortes”. Antes de falar com os filhos sobre bullying é
importante que os Pais conheçam esta realidade.
O que é o Bullying?
O bullying corresponde a um comportamento intencionalmente agressivo, violento e
humilhante, que envolve um desequilíbrio de poder: as crianças que fazem bullying usam o seu poder
(a sua força física ou o acesso a alguma informação constrangedora, por exemplo) para controlar e
prejudicar outras crianças. É um comportamento repetido ao longo do tempo, que acontece mais do
que uma vez.
O bullying inclui comportamentos como ameaçar, espalhar boatos, atacar alguém fisicamente
(bater, arranhar, cuspir, roubar ou partir objectos) ou verbalmente (chamar nomes, provocar, dizer às
outras crianças para não serem amigas de uma delas, gozar) ou excluir alguém do grupo
propositadamente.
O bullying pode acontecer durante ou depois das horas escolares, dentro da escola mas também
fora (nos espaços circundantes, nos meios de transporte) e na internet (por exemplo, no Facebook ou
noutras redes sociais). Quer os rapazes quer as raparigas podem fazer bullying. As vítimas de bullying
também podem ser raparigas ou rapazes.

Como Podem os Pais Saber se o Filho Está a Ser Vítima de Bullying?


As crianças vítimas de bullying podem sentir-se constantemente com medo, ansiosas, com dores
físicas e dificuldade em concentrarem-se na escola. Em muitos casos as crianças vítimas de bullying
comprometem- se a permanecer em silêncio sobre as agressões como forma de evitar novas
retaliações. Não se sentem capazes de lidar com a situação, achando-se impotentes para resolver o
problema.
As crianças vítimas de bullying podem mostrar-se abatidas, com falta de paciência, mais alheadas
da família, mais introspectivas, zangadas ou muito irritáveis. Podem também não querer ir à escola,
apresentar alterações de humor, dificuldade de concentração, piores resultados na escola e queixas
físicas permanentes (dor de cabeça, de estômago, cansaço). No entanto, é preciso notar que estes
sinais nem sempre significam uma situação de bullying, podendo ser comuns a outros problemas ou
até ao período da adolescência.
Outros sinais a que pode estar atento: a criança aparece com a roupa em desalinho ou com os
materiais escolares estragados; tem nódoas negras ou feridas sem uma explicação coerente para elas;
escolhe um percurso pouco lógica para ir e voltar da escola; tem pesadelos ou chora durante o sono;
pede mais dinheiro ou rouba dinheiro de familiares; parece socialmente isolado, com poucos ou
nenhum amigo; evita determinadas situações (por exemplo, apanhar o autocarro para a escola).
Porque é que as crianças que são vítimas de bullying não contam aos pais ou a outras figuras
de autoridade? Porque têm medo de serem mais agredidos se contarem, por vergonha, por medo de
que não acreditem neles ou lhes dêem apoio, por medo que os culpem ou lhes exijam que reajam com
a mesma atitude.

Como Podem os Pais Saber se o Filho é um Bullie?


Uma criança ou adolescente que faz bullying pode apresentar alguns destes sinais:

 Tem uma grande necessidade de dominar ou subjugar os outros;

 Consegue o que quer com ameaças;

 Intimida os irmãos ou as crianças da vizinhança com quem brinca;

 Gaba-se da sua superioridade (real ou imaginária) sobre as restantes crianças;

 Zanga-se facilmente, é impulsiva e tem pouca tolerância à frustração;

 Tem dificuldade em obedecer a regras e em lidar com adversidades;

 Faz batota, mente;

 Tem um comportamento de oposição, de desafio à autoridade dos adultos (incluindo Pais e


Professores).
O Que Podem os Pais Fazer Face ao Bullying?
Os Pais podem ajudar os filhos a compreender o que é o bullying e como se podem defender,
de forma segura. Podem dizer aos filhos que o bullying é inaceitável e garantir que os filhos sabem
como procurar ajuda.
As crianças que sabem o que é o bullying conseguem identificá-lo e podem falar sobre isso se
acontecer com elas ou com outros. Os Pais podem encorajar os filhos a denunciar situações
de bullying a um adulto de confiança (Pais, Professores, Psicólogos, por exemplo). Mesmo quando não
conseguem resolver o problema diretamente, os Pais podem dar conforto, apoio e conselhos sobre
como lidar com um bullie (por exemplo, dizer “Pára” de forma direta e confiante ou ir simplesmente
embora, permanecer junto de adultos ou de outros grupos de crianças).
Os Pais podem manter uma comunicação e um diálogo aberto com os filhos (Comunicar com a
Minha Criança / Comunicar com o Meu Adolescente), falando com eles e ouvindo-os frequentemente,
fazendo perguntas sobre a escola e explorando as suas preocupações e receios.
Muitas vezes bastam 15 minutos diários de conversa para reassegurar às crianças que podem falar
com os Pais se tiverem um problema. Estas conversas podem surgir a partir de perguntas como “Diz-
me uma coisa boa/má que te tenha acontecido hoje”, “Como é a hora do almoço na escola? Sentas-te
com quem? E falam sobre o quê?”, “Em que é que és bom na escola? Qual é a característica de que
gostas mais em ti?”.
Os Pais podem encorajar os filhos a fazerem atividades de que gostem e a desenvolver
interesses que aumentem a sua confiança e lhes permitam fazer vários amigos. Estas atividades dão
oportunidade às crianças de fazer algo que gostam e conhecer pessoas com os mesmo interesses,
podendo ajudar a protege-los de comportamentos de bullying.
Os Pais podem dar o exemplo e mostrar aos filhos como tratar os outros com respeito. As crianças
aprendem com as acções dos adultos e, mesmo que não pareça, estão atentas à forma como os
adultos lidam com situações de stresse e conflitos, à forma como tratam os amigos, colegas de
trabalho e familiares. Os Pais podem também encorajar os filhos a ajudar os colegas que são vítimas
de bullying.
Os Pais podem ler os conteúdos sobre bullying disponíveis neste site em conjunto com os filhos
(Bullying? – Menu Crianças e Bullying – Menu Adolescentes).
Responder ao bullying com mais comportamentos agressivos, não resolve o problema: as respostas
agressivas tendem a levar a mais violência e mais bullying contra as vítimas. Por mais difícil que seja
para a criança (e para os pais) é importante falar sobre o bullying.

Como Podem os Pais Falar sobre Bullying com os Filhos?


É importante falar directamente sobre o bullying:

 O que é que significa bullying para ti?

 Como é que são as crianças que são bullies?

 Sentes receio de algum colega?

 Porque é que achas que as pessoas fazem bullying?

 Numa situação de bullying em que adultos confiavas?

 Já alguma vez sentiste medo de ir para escola por teres receio de ser vítima de bullying?

 O que achas que os Pais podem fazer para evitar situações de bullying/fazê-las parar?

 E tu, o que achas que podes fazer para evitar situações de bullying/fazê-las parar?

 A que jogos brincam na escola? Como decidem quem participa? Alguma vez deixaste, tu ou os
teus amigos, um colega de fora, de propósito? Achas que isso foi bullying? Porquê?

 O que fazes quando vês situações de bullying?

 Já viste amigos na tua escola serem vítimas de bullying? Como é que isso te fez sentir?

 Já alguma vez ajudaste alguém que estava a ser vítima de bullying? O que aconteceu?

Uma conversa só não chega. É preciso falar várias vezes sobre o tema!
Para algumas crianças pode ser difícil falar sobre situações de bullying e podem não responder a
perguntas directas sobre o tema. Nesses casos, em vez de perguntar directamente se estão a ser
vítimas de bullying, procure fazer questões sobre como foi o seu dia e observar alterações no seu
comportamento, dando-lhe oportunidades de falar consigo sobre como se sentem (Comunicar com a
Minha Criança e Comunicar com o Meu Adolescente).
Também pode aproveitar uma situação na televisão e usá-la como um início de conversa: o que
pensas sobre isto? Ou o que achas que aquela pessoa devia ter feito? Estas perguntas podem levar a
outras, como “Já viste situações destas acontecerem?”, “já experienciaste uma situação assim?.
Também pode ser útil falar sobre a própria experiência ou a de um membro da família.

O Meu Filho é Vítima de Bullying! O Que Posso Fazer?


Às vezes as crianças sentem que o bullying é culpa sua, que se tivessem agido de forma diferente,
não teria acontecido. Às vezes têm medo que o bullie descubra que contaram a alguém e que tudo
piore. Outras têm receio que os pais não acreditem nelas ou não façam nada para as ajudar ou que as
instiguem a lutar como resposta.
Se o seu filho teve coragem para partilhar consigo a sua experiência de bullying não menospreze ou
desvalorize a situação, ouça-o com atenção e empatia e elogie-o por ter tido essa coragem. Não o
culpe ou responda que terá de resolver o problema sozinho ou que o bullying “faz parte”. Não diga ao
seu filho para ignorar o bullying, isso só passará a mensagem que o bullying é algo a tolerar.
Não incentive a criança a responder ao bullie com mais comportamentos agressivos. Não vai
resolver o problema: as respostas agressivas tendem a levar a mais violência e mais bullying contra as
vítimas. Para além disso, é provável que só aumente a ansiedade da criança, que não se sente capaz
de responder dessa forma. Por mais difícil que seja para a criança (e para os Pais) é importante falar
sobre o bullying (em família e com um Psicólogo, se necessário).
Marque uma reunião e fale com a escola – com o Director de Turma ou o Psicólogo da escola. Torne
claro que procura a escola para encontrar uma solução conjunta e seja paciente, mantendo-se em
contacto com a escola enquanto o problema se resolve. Evite acusar a escola (os Professores, os
Assistentes Operacionais), mas sugira que haja um reforço da supervisão de adultos nas áreas onde
as situações de bullying costumam acontecer e garanta que há ajuda disponível para o seu filho
sempre que precise. Não deixe de informar a escola sempre que acontecer uma situação de bullying.
Encoraje o seu filho para que continue a falar consigo, diga-lhe que o ama frequentemente.
Lembre-o que não está sozinho. E enfatize que o é o bullie que se está a portar mal.
Ensine-lhe estratégias que lhe permitam manter-se seguro:

 Encoraje-o a ir-se embora, a ignorar o bullie e a contar a um adulto sempre que uma situação
de bullying ocorrer (ou achar que vai ocorrer).

 Encoraje-o a evitar situações de encontro com o bullie (por exemplo, usar uma casa de banho
diferente ou não ir ao cacifo se não estiverem várias pessoas por perto).

 Ajude-o a encontrar “locais de refúgio” se for perseguido por bullies e andar sempre
acompanhado de outras crianças e adultos.

 Ensine-o a denunciar uma situação de bullying. É mais provável que os adultos prestem
atenção se a criança descrever o que aconteceu e como se sentiu, quem o fez, o que fez para
tentar resolver o problema e uma explicação clara do que precisa do adulto.

 Leia em conjunto com o seu filho os conteúdos disponíveis neste site sobre Bullying
(Bullying? – Menu crianças e Bullying – Menu adolescentes).

 Encoraje o seu filho a fazer novos amigos. Um novo ambiente (uma nova actividade ou
desporto, por exemplo) pode oferecer uma nova oportunidade de “começar de novo”. Encoraje-
o também a contactar com outros colegas e amigos na escola.
Quando os nossos filhos são vítimas de bullying podemos sentir-nos zangados, magoados, culpados,
desesperados ou com medo. As nossas próprias memórias da infância podem ajudar-nos a empatizar
com a criança e a tentar encontrar soluções, mas também podem atrapalhar. É importante pensar
antes de reagir. Esteja preparado para ser honesto e dizer ao seu filho que não sabe como resolver o
problema, mas que vão encontrar uma solução em conjunto.
Se identifica sinais de bullying no seu filho e não sabe o que fazer com a situação, procure
ajuda. O Psicólogo da escola pode ajudar!

O Meu Filho é um Bullie! O Que Posso Fazer?


Se sabe ou reconhece sinais de que o seu filho possa fazer bullying é importante tentar ajudá-lo a
mudar os seus comportamentos e atitudes negativas face aos outros. As crianças que
fazem bullying têm maior probabilidade de se envolverem com comportamentos anti-sociais e
actividades criminosas no futuro.
Considere seriamente o problema e resista à tendência para negar ou desvalorizar a gravidade do
problema. O bullying não é um comportamento normal nem faz parte de crescer. Faça ver à criança
que o comportamento é inaceitável e que não o vai tolerar, tornando claro que o deve parar
imediatamente.
Não acredite em tudo o que o seu filho lhe diz. As crianças que fazem bullying são, geralmente, boas
manipuladoras e podem construir uma história em que se fazem parecer inocentes.
Passe mais tempo com o seu filho e monitorize atentamente as suas actividades e companhias.
Desenvolva um sistema de regras simples, sem deixar de oferecer elogios e reforços pelo
comportamento adequado. Ajude o seu filho, com base nos seus pontos fortes, a desenvolver padrões
de reacção menos agressivos e mais empáticos.
Não use castigos físicos – o que reforçará a crença de que a agressividade e o bullying são aceitáveis.
O comportamento incorrecto da criança deverá ser seguido de consequências negativas apropriadas.
Procure ajuda. Um Psicólogo pode ajudar!

Fonte: http://escolasaudavelmente.pt/pais/comunicar-com-os-filhos/falar-sobre-o-bullying

Conheça mais sobre o bullying na escola e


como este problema pode afetar a vida
de crianças e adolescentes.
Todos sabemos que, até pouco tempo, o que hoje reconhecemos como bullying era
visto como “briguinhas de criança”, implicâncias bobas e até brincadeiras normais,
como colocar apelido em um colega. Ou seja, o bullying sempre existiu, mas pouco
era sistematizado e estudado. Além disso, as famílias tinham menos informação para
lidar com esse problema e apenas os mais graves eram levados a sério pela família,
que junto à escola procurava intervir de alguma forma.

O bullying é, sim, um problema crônico na escola. Não surgiu ontem nem será
eliminado amanhã. Como, então, conviver com essa prática e minimizar seus efeitos
dentro do ambiente escolar?
A boa notícia é que, de alguns anos para cá, as instituições de ensino, as famílias e até
o governo têm percebido que esse é um problema grave nas escolas e que algumas
medidas precisam ser tomadas.

Leia mais sobre o bullying neste post e saiba por que ele é um problema crônico nas
escolas e como detectá-lo antes de ter consequências mais graves.

Bullying: um termo “novo” para uma prática antiga

O termo — que foi importado do inglês há pouco tempo, embora tenha um


equivalente na nossa língua (“bulimento”) — já se tornou popular entre os brasileiros,
mas a prática remonta a muito mais tempo. Para qualquer pessoa que perguntarmos,
dos mais novos aos mais velhos, teremos relatos sobre intimidação e violência nas
escolas, vividos por essas próprias pessoas ou por colegas.

A violência ou intimidação sistematizada de um indivíduo ou grupo contra outro(s)


individuo(s) ou grupo(s), sem motivo claro, de forma física e/ou psicológica,
intencional e continuada constitui um caso de bullying. No Brasil, a palavra “bullying” é
utilizada principalmente em relação aos atos agressivos entre alunos nas escolas.

Bullying na escola

Embora possa ocorrer — é verdade! — em ambiente de trabalho ou entre vizinhos,


por exemplo, a escola é o local mais suscetível à prática de bullying. As crianças e os
jovens, por estarem em fase de formação, também vivenciam necessidade de
autoafirmação e, às vezes, não estão acostumados a conviver com diferenças. Pode
vir daí a origem dessas práticas inaceitáveis de discriminação e superioridade.

No ambiente escolar, é importante ficar atento às formas que os agressores usam


para intimidar as vítimas. Elas são as mais diversas, como:

 dar empurrões e pontapés;

 insultar;

 criar boatos humilhantes;

 criar situações vexatórias;

 inventar apelidos que ferem a dignidade;


 captar e difundir imagens (inclusive pela internet, que configura um caso
de cyberbullying);

 ameaçar presencialmente e por mensagens;

 excluir de atividades sociais ou pedagógicas (como trabalhos em grupo).


Segundo o portal InfoEscola, as ameaças podem vir acompanhadas de extorsão,
sobretudo com alunos de 5ª e 6ª séries. Diversas são as consequências
do bullying para a vítima. Por isso a importância de família e escola dispenderem
esforços para combater essa prática. Quanto mais informações os alunos tiverem
sobre respeito, empatia, tolerância, diversidade e solidariedade, menores as chances
de desenvolverem atitudes discriminatórias.

Efeitos do bullying

Tanto vítimas quanto agressores podem sofrer consequências psicológicas dessa


situação de agressão, seja ela física ou psicológica. Baixa autoestima, dificuldade de
aprendizado, dificuldade de socialização, ansiedade, medo e até em alguns casos
depressão podem estar associados ao bullying.

Entre os pequenos, pode haver atraso no desenvolvimento e em alguns casos outra


consequência pode ser queda no rendimento e até mesmo evasão escolar.

O agressor

Uma prática importante, porém pouco difundida é a necessidade de olhar para o


agressor. Normalmente os agressores são as crianças com maior porcentagem de
reprovação. Em grande parte dos casos, relações familiares desestabilizadas fazem
parte da vida de quem pratica a violência sistematizada.

Ao invés de acusa-lo e castigá-lo, antes é preciso avaliar as condições desse aluno, sua
história, buscando identificar a melhor forma de agir e lidar com a situação como um
todo.

A vítima

Crianças e jovens que sofrem bullying podem apresentar alterações de


comportamento: ficam mais reclusas, antissociais e sofrem alterações repentinas de
humor. Também adoecem com mais frequência, porque ficam com a imunidade
baixa, e podem chegar em casa com fome (por terem tido o lanche roubado). No pior
dos casos, a vítima chega a ter pensamentos suicidas.

Se forem notados esses sintomas, ou se a criança altera seu comportamento de


alguma forma, a família deve conversar e procurar a escola. Quanto mais cedo for
detectada a prática do bullying, menos estragos ele deixará na vítima.

Dependendo do tempo que a prática se estendeu ou da gravidade e das


consequências emocionais, tanto o agressor quanto o agredido podem precisar de
atendimento psicológico.

Formas de combate

Como dito anteriormente, muitas frentes de combate ao bullying estão sendo


desenvolvidas. Esse é um problema que está na agenda da mídia — seja em
programas jornalísticos, seja em séries e filmes —, das instituições de ensino e do
governo.

Uma lei criada em 2015, a Lei Antibullying – 13.185/15, entrou em vigor em fevereiro
de 2016 e instituiu o Programa de Combate à Intimidação Sistemática. Pelos termos
dessa lei, constitui bullying “todo ato de violência física ou psicológica, intencional e
repetitivo que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo,
contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor
e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes
envolvidas”.

O texto da lei orienta a prevenção da prática por meio de práticas de orientação de


familiares, instrução de palestras, promoção de campanhas e fortalecimento da
cidadania. As ações de conscientização e combate ao bullying devem ser
tomadas por estabelecimentos de ensino, clubes e agremiações recreativas.

Diante do que foi exposto, é fundamental combater essa prática diariamente: ações
de conscientização que abordem a necessidade de derrubar preconceitos, incentivar
a cooperação e trabalhar para criar uma cultura de paz que envolvam família e escola
podem ser boas soluções para lidar com esse problema crônico.

Depois de ler este post, saiba também como ajudar no combate ao bullying na escola!

Fonte: https://escoladainteligencia.com.br/bullying-na-escola/
PLANO DE AÇÃO

Palestra: A palestra aborda a o conceito de Bullying, pois se tratando de uma palavra


estrangeira pode causar divergências quanto ao conceito no qual o termo é utilizado.
Utilizado para se referir a um tipo específico de um fenômeno violento, o Bullying é
caracterizado por peculiaridades nos quais são observados elementos específicos, como além da
participação de um autor, que assume o papel de agressor, o alvo, que assume o papel de vítima, e o
que torna esse comportamento tão específico é a presença de testemunhas que são denominadas de
espectadores que participam de forma ativa ou passiva nas situações, onde presenciam uma cena de
violência intencional que assume diversas formas de ser manifesta, de forma repetitiva
estabelecendo uma relação desproporcional em relação ao agressor dominante e o alvo subjugado
causando-lhe angustia e sofrimento.
Expondo as diversas formas em que o bullying acontece e suas características e as situações
em que ocorrem, dando subsídios para identificação e prevenção, expondo também
comportamentos pró-sociais que ajudam a combater tal fenômeno.
Utilizando recursos visuais e dinâmicas de grupo para exemplificar as situações e os danos
causados de forma que seja exposto de forma concreta suas consequências.

Roteiro da Palestra:

 Expondo o termo / conceito;


 Características do bullying;
 As classificações das ações do bullying;
 Os protagonistas;
 O Combate e prevenção;
 Dinâmica de grupo: Lição sobre bullying usando duas maçãs.

Uma forma bastante criativa e simples de sensibilizar as crianças sobre os malefícios


causados pelo bullying foi pensado pela professora britânica Rosie Dutton. Ela pegou duas maçãs
que eram aparentemente iguais e, antes de entrar em sala, bateu uma delas delicadamente no chão.
As crianças não viram. Ao entrar, mostrou as duas frutas e os alunos apresentaram semelhanças
entre elas. Então, Rosie pegou a maçã que bateu levemente no chão e começou a falar que não
gostava dela, incentivando as crianças a repetirem as críticas - ainda que não vissem praticamente
nenhuma diferença entre as duas frutas. Em seguida, pegou a outra maçã e começou a falar bem
dela, incentivando as crianças a fazerem o mesmo. No final, pegou novamente as duas maçãs e
perguntou sobre as semelhanças entre elas - os alunos continuavam achando as mesmas. Rosie,
então, cortou as duas ao meio. A primeira maçã, xingada e maltratada, estava machucada e molenga
por dentro. A elogiada, clarinha e fresca. Desta forma, os alunos entenderam a mensagem: "Acho
que as crianças tiveram uma espécie de iluminação naquele momento. Elas realmente entenderam: o
que vimos no interior das maçãs, os machucados, os pedacinhos partidos, era como cada um de nós
se sente quando alguém nos maltrata com suas ações ou palavras".

Fonte da dinâmica: https://www.terra.com.br/noticias/dino/5-jogos-educativos-para-combater-o-


bullying-em-sua-escola,03157823d98c9cab916ef32b51b406991ojcfgou.html

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