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BULLYING NA ESCOLA:

UMA REFLEXÃO SOBRE


SUA GRAVIDADE

Barbara Barretto
Fernanda Sardenberg
Natacha Santucci
Vamos conversar?
Nossa roda de conversa é um espaço para
discussão sobre a prática do bullying na escola,
onde queremos que vocês, além de aprenderem
coisas novas, se sintam seguros para
expressar seus sentimentos e opiniões, para
juntos refletirmos sobre soluções para o
problema.

Sua voz é muito importante!


Vamos responder
essas perguntas,
rapidinho?
Você sabe o que é bullying?
São atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem
motivação clara, praticadas por uma pessoa (bully) ou grupo de pessoas com
o objetivo de agredir outra pessoa (ou grupo de pessoas), causando dor,
angústia e humilhação, e executadas dentro de uma relação desigual de
poder.
O termo bullying vem da
palavra bully, que, em inglês,
significa "valentão",
o autor das agressões.
Como exemplos de agressões temos:
1. Física: empurrar, socar e chutar;

2. Psicológica: perseguir, amedrontar, intimidar e manipular;

3. Moral: espalhar fofocas e boatos;

4. Verbal: xingar, ofender ou colocar apelidos para humilhar;

5. Sexual: assédio ou abuso (físico ou verbal);

6. Social: isolar ou excluir um colega do grupo;

7. Material: roubo, furto, destruição de materiais (ou fazer


extorsão/chantagem: exigir dinheiro ou bens mediante de ameaças);

8. Virtual (cyberbullying): praticado na internet, como nas redes sociais.


Vamos ver um vídeo
para entender melhor?

https://youtu.be/psieH5qBIpk
Você já sofreu, viu
ou praticou bullying?
Vamos agora falar sobre a gravidade do bullying?
Você sabe o que causa o bullying?
O bullying escolar acontece por causa da intolerância diante da diferença do outro. Quando um estudante
observa uma característica física ou de comportamento que acha esquisita, ele responde com violência
repetida ou a ridicularização da vítima, excluindo colegas com quem não possui identificação.

Além disso, sabemos que os agressores na maioria das vezes são crianças que estão passando por algum tipo
de problema, principalmente quando:
1. não sentem que recebem muita afetividade nos vínculos familiares,
2. recebem uma educação com poucos limites e,
3. quando observam conflitos serem resolvidos com o uso da violência (verbal ou física).

As inseguranças podem se tornar agressão geralmente porque:


1. precisamos de mais limites para nossos comportamentos.
2. sofremos algum tipo de agressão por parte de adultos e acabamos repetindo esse comportamento.
O bullying pode gerar graves consequências a todos!
Observadores/testemunhas:
• Baixo desempenho escolar por conta do estresse emocional, indisciplina e dificuldades de
concentração.
• Relações de confiança com professores e colegas prejudicados.
• Desenvolvimento de sentimentos de impotência, medo e insegurança.
Agressores:
• Na escola – dificuldades em estabelecer relacionamentos saudáveis ​e duradouros, pois o
comportamento agressivo pode afastar os outros e isolá-los dos demais colegas, além de
dificuldade em se concentrar nas aulas, podendo enfrentar consequências disciplinares.

• Na sociedade – maior chance de cometer atos infracionais (crimes não graves cometidos por
menores de idade, como tráfico de drogas e furtos).

• Em casa - se envolvendo em situações de violência com a família, além de possivelmente enfrentar


problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e baixa autoestima (o comportamento
agressivo pode ser um reflexo de seus problemas internos).
Vítimas:

Curto prazo (impacto imediato na qualidade de vida do aluno):

 Estresse psicológico
 Solidão / exclusão social
 Baixa autoestima / autoagressão
 Baixo desempenho escolar
 Faltas repetidas às aulas
 Evasão escolar (abandono da escola)

Quando decidem se vingar, geram um ciclo de violência, passando de


vítima a agressores. Embora o desejo da vítima seja de se livrar do
sentimento negativo, se concluiu que as crianças que reagiram à agressão
não tiveram satisfação e continuaram tendo atitudes de baixa estima.
Longo prazo (adolescência e vida adulta):
 problemas psicológicos e/ou mentais
 dificuldade de relacionamento com os outros
 baixa autoestima

Em casos extremos quando se desenvolve depressão, a consequência


mais preocupante do bullying é a tentativa e consumação do
suicídio.
Você sabe o que é depressão?

Tristeza profunda
Pessimismo
Baixa autoestima
Mudanças de humor e pensamentos
Não gostar de fazer coisas que antes gostava

Sabia que a prática do bullying na infância pode gerar


depressão?
Por isso, combater o bullying no Ensino Fundamental é muito
importante para evitar problemas mais graves no final da
adolescência e na vida adulta.
Por conta da gravidade de tudo
o que acabamos de ver sobre
as consequências individuais e
sociais da prática do bullying, é
importante saber que também
podem haver prejuízos
financeiros para as famílias
envolvidas.
Você sabia que existe uma lei anti bullying?
A Lei 14.811, de 12 de janeiro de 2024

Entre outras coisas, a nova lei define o Bullying como uma intimidação sistemática (que
acontece repetidas vezes) e garante como punição multa, se a conduta não constituir
crime mais grave.

Já o Cyberbullying acontece por meio de rede de computadores, aplicativos, rede social,


jogos online, transmissão em tempo real ou por qualquer outro meio no ambiente digital,
com multa e pena de reclusão (prisão) de 2 a 4 anos!
Mãe é condenada a pagar R$ 13 mil por
cyberbullying praticado pela filha de 10 anos
A agressora e a vítima faziam parte da mesma turma do 5º ano, numa escola
do Rio Grande do Sul. O bullying tomou forma de uma foto da menina com uma
frase humilhante.

Então, a família da vítima entrou com um processo contra a agressora (colega


autora da postagem), informando que a publicação virou motivo de piada entre
colegas e preocupação entre os pais. Segundo eles, os episódios de bullying
eram recorrentes, e fez com que a família trocasse a menina de escola e
começasse tratamento psicológico.

Na defesa, a mãe da agressora alegou que a foto era uma brincadeira comum
realizada pela filha e que não tinha a intenção de praticar bullying. O resultado,
porém, foi a indenização de R$ 8 mil para a vítima, mais R$ 5 mil para os pais!
Infelizmente, a prática do bullying é um problema
mundial e mais comum do que se imagina.

Vamos jogar?

Verdadeiro ou Falso?
Você acha que a Taylor Swift
já sofreu bullying?
VERDADEIRO!
Ela nunca era convidada para festas e que se sentia muito sozinha por
isso, mas ao invés de se entregar, escrevia músicas em que expressava
seus sentimentos. Foi assim, inclusive, que a cantora compôs “Mean”.

"Eu não era popular na escola, as pessoas achavam que eu era estranha
porque eu preferia tocar meu violão e ir para os festivais nos fins de
semana, em vez de ir para festas como todas as outras pessoas. No almoço
eu me sentava à mesa na cantina e todos se levantavam e se afastavam.
Foi muito horrível”.
Você acha que o Cristiano Ronaldo
já sofreu bullying?
VERDADEIRO!
Ele quase desistiu da carreira por causa de bullying na infância.
Quando tinha 11 anos e saiu do clube Nacional da Ilha da
Madeira para jogar no Sporting, Cristiano Ronaldo era vítima de
piadinhas e gozações dos meninos da capital, por causa do seu
sotaque, que era diferente do de Lisboa.

Diziam que ele não falava direito, mas não era nada do outro
mundo. Porém, naquela época, o melhor jogador do mundo ainda
não tinha a autoconfiança de hoje e, por isso, chorava muito no
vestiário. Aí, os colegas o humilhavam ainda mais. Ele se sentiu
tão discriminado que pediu para deixar o clube! A carreira
dele quase foi por água abaixo.
Você acha que o Demi Lovato
já sofreu bullying?
VERDADEIRO!
“Havia uma petição que passou pelo colégio
pedindo que eu me matasse. E muitas pessoas
assinaram, dizendo: ‘Sim, esperamos que ela
leve a ideia adiante’. Eram coisas muitos
maldosas, que fazem seu estômago revirar.
Também havia uma ‘parede do ódio a Demi‘,
que ficava em um banheiro cheio de coisas
nojentas escritas. Ainda demoro a confiar nas
pessoas, especialmente mulheres! Fico sempre
alerta, porque sei do que elas são capazes ”.
Você acha que o Henry
Cavill já sofreu bullying?
VERDADEIRO!
Ele era apelidado de “Cavill, o gordo”
na infância. Em uma entrevista, disse:

“Embora eu realmente fosse gordo, ainda era


cruel. Mas crianças tendem a ser cruéis”.

A estrela ainda tinha outro apelido: “looser”


(fracassado), porque não conseguia chegar
em garotas.
Queremos ouvir
vocês de novo!
Vamos responder
essas perguntas,
rapidinho?
Esta conversa teve como objetivo informar vocês sobre a
gravidade da prática do bullying como um fator de risco para a
violência na escola, para se evitar suas sérias consequências.

Com essas informações, vocês podem aprender a lidar com


as situações quando ocorrem na prática para que não se
repitam, como: encorajar a quem sofre, pedir ajuda a quem
vê, e denunciar a quem faz, entendendo os perigos de uma
violência, disfarçada de “brincadeira” .
OBSERVADORES/
TESTEMUNHAS
Se você viu algum colega praticando bullying, saiba
que sua ajuda é muito importante para acabar com
esse tipo de violência na escola!

• Converse com seus pais sobre o que viu e como


deve agir.

• Conte para um professor em que você confia, para


um funcionário da escola ou para a coordenação.

• Se estiver com medo de alguma atitude do


agressor contra você, você pode fazer uma
denúncia anônima.
AGRESSORES
Se você, por exemplo, costuma colocar apelidos, bater,
excluir, forçar os outros a fazerem coisas que não
querem, tomar o lanche ou qualquer outra coisa a força ou
simplesmente rir às custas dos seus colegas, saiba que
você está praticando bullying, mesmo que diga que é
apenas uma “brincadeirinha”!

Se só você e seus amigos estão rindo, não é


brincadeira, é violência! Agora você sabe quanto mal
você está fazendo a um colega e que não deve continuar!

Não é nada legal rir do sofrimento dos outros. E se


você sentir que não está bem, que tem sentido
sentimentos ruins e não sabe como lidar com isso, procure
ajuda! Converse com seus pais, tios, professores,
terapeuta ou com adulto em quem você confia. Há
muitas formas de resolver questões pessoais e você não
precisa sofrer calado!
VÍTIMAS
Sempre que algo desagradável
acontecer na escola, não demore para
contar a seus pais ou professores! Se
disserem que você não pode contar a
ninguém, não acredite! Eles vão te
ajudar! Peça ajuda antes de começar a
sentir ansiedade, medo, tristeza ou
perder a vontade de voltar à escola.

Você não está sozinho!


Todos juntos contra o bullying!
Obrigada!
Barbara Barretto
Fernanda Sardenberg
Natacha Santucci

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