Que tal Por que você sofre bullying?

Pode ser por causa da sua estatura ou falta dela; sua cor; seu peso; de onde você vem; sua
família; seus amigos ou suas crenças. Pode ser qualquer coisa encarada como “diferente”.
Bem, não importa o motivo, a culpa não é sua.
Diariamente, pessoas no mundo inteiro sofrem bullying. Esta é a prática de atos violentos,
intencionais e repetidos contra uma pessoa indefesa, que podem causar danos físicos e
psicológicos às vítimas. Esse termo vem do inglês bully, que, no português, significa tirano,
brigão ou valentão. No Brasil, o Bullying é traduzido como o ato de bulir, tocar, bater, socar,
zombar, tripudiar, ridicularizar, colocar apelidos humilhantes etc.

Essas práticas podem ocorrer de diversas formas:

· Bullying verbal: podem ocorrer com xingamentos, ofensas, provocações, ameaças,
intimidações, humilhações, etc.
· Bullying físico: são ações intencionais que visem machucar a vítima, como: chutar, bater,
arranhar, empurrar, morder, beliscar, fazer tropeçar de propósito.
· Bullying indireto: nesse caso a característica principal é a vítima estar ausente. Sabe aquela
pessoa que fala mal pelas costas, espalha boatos, intrigas, a fim de prejudicar alguém? Ou
ainda grupos que excluem uma pessoa, promovendo seu isolamento? Isso se encaixa na
definição de Bullying indireto.
· Cyberbullying: são atos de intimidação intencionais e repetidos praticados por meio de
dispositivos eletrônicos, como computadores e celulares. Pode ocorrer através de redes
sociais, e-mail, mensagem de texto, chat e sites. Pode ser ainda com exposição de fotos e
vídeos de outra pessoa nas redes sociais com a finalidade de humilhá-la ou causar
constrangimento; formação de grupos em determinada rede social com o objetivo de humilhar
alguém; espalhar boatos e fofocas comprometedoras e ofensivas na internet; fazer-se passar
por outra pessoa na internet, o que pode ocorrer inclusive com o uso do login dessa pessoa.

Bullying é algo sério. E pode ser vivenciado em vários contextos, tais como na escola, com
familiares e local de trabalho. Às vezes, é possível perceber quando alguém sofre bullying, mas
tem muitas emoções que não conseguimos nos dar conta como medo, tristeza e estresse, que
estão em nosso interior e podem vir a causar prejuízos escolares, bem como demandas
psicológicas graves.

O medo pode deixar você sem vontade de ir para alguns lugares; a tristeza pode fazer você
deixar de ser você mesmo. Você pode perder a vontade de fazer as coisas que gosta. O
estresse faz mal à saúde, como perder o sono e desenvolver uma desorganização das
emoções elevando o nível de ansiedade .

Você sabia que existe uma lei que protege as vítimas de Bullying? É a Lei Nº 13.185, de 6 de
novembro de 2015, que institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying),
com objetivo de definir, caracterizar e conscientizar a população acerca da temática. Além
disso, para a justiça brasileira, o Bullying está enquadrado em infrações previstas no Código
Penal, como injúria, difamação e lesão corporal.

Existe uma saída? Há sim! E você nem precisa revidar.

1. Em caso de ocorrer uma situação desconfortável como estas citadas acima, primeiramente
busque pensar bem no que poderá dizer sem aumentar os ânimos. Se buscar não reagir
conforme à provocação de quem faz Bullying, pode haver a possibilidade de que eles mesmos
venham a desistir de provocar.
2. Se conheça melhor e desenvolva sua autoestima. Não é sempre, mas, às vezes, usar um
pouco de humor pode acalmar a situação e até encerrar o bullying. Muitas vezes, o intimidador
espera que a vítima fique irritada. Ao perceberem seu desconforto sobre algo, podem vir a
utilizar desse meio para iniciar ou continuar as provocações.
3. Veja o que está ao seu alcance para se proteger. Sempre que possível, evite se relacionar
com pessoas que buscam agir assim com qualquer pessoa, e até mesmo de se aproximar de
situações que poderiam aumentar as chances de você sofrer bullying.
4. Em caso de bens pessoais, coloque seu nome para deixar sua identificação em cada uma
delas.
5. Se possível, em ambientes em comum, evite estar com dinheiro em espécie e/ou objetos
pessoais com valor significativo, assim reduzirá riscos quanto aos bens materiais.
6. E sempre que ocorrer, fale para um adulto de sua confiança. Você não precisa enfrentar isso
sozinho. Lembre-se, quem busca intimidar espera que você não venha a contar a outra pessoa
que possa ajudá-lo.

Conheça alguns dos melhores filmes e séries sobre bullying nas escolas:
1. 13 Reasons Why (13 Porquês)
2. Degrasssi
3. Carrie, a estranha
4. The class (Klass)
5. Audrie e Daisy
6. Uma amizade verdadeira
7. O Extraordinário.

Que tal testar seus conhecimentos agora?

Teste: Bullying: Verdadeiro ou falso

1. O bullying existe há milhares de anos.
2. O bullying não passa de uma brincadeira inofensiva. Não é tão sério assim.
3. A melhor forma de se livrar de um intimidador é revidar.
4. Se você sofre bullying, a culpa é sua.
5. Alguns que sofrem bullying depois passam a praticá-lo.
6. Se você presenciar alguém sofrendo bullying, é melhor fingir que não viu.
7. Apesar de serem convencidos, os intimidadores são inseguros.
8. Um intimidador pode mudar de atitude.

Respostas:
1. Verdadeiro.
2. Falso. O Bullying é algo sério, se não for dada a devida importância e resolução pode vir
causar danos irreparáveis, como a perda de uma vida.
3. Falso. Muitas vezes, a pessoa que intimida pode ser mais forte (fisicamente) do que a vítima,
tornando inútil qualquer tentativa de retaliação.
4. Falso. Ninguém merece sofrer bullying. A pessoa que intimida é unicamente responsável por
suas próprias ações.
5. Verdadeiro. Infelizmente, sim, alguns desenvolvem o mesmo comportamento como meio de
“descontar” suas emoções negativas como raiva, mágoa, angústia, estresse... Dito de outra
forma: por ter vivenciado tal sofrimento e não ter recebido suporte necessário para lidar com a
situação, passam a tratar os outros do mesmo jeito que já foram tratados.
6. Falso. Em casos como esses, sendo você criança ou adolescente, busque ajuda de um
adulto de sua confiança e comunique a verdade dos fatos. Se você é adulto, busque intervir
com a sua capacidade de resolução, encontre um meio que não seja danoso nem a si, nem ao
outro. Caso haja necessidade de ajuda especializada para lidar com o sofrimento vivenciado,
busque um atendimento psicológico.
7. Verdadeiro. Apesar de alguns intimidadores serem convencidos, muitos são inseguros e
precisam utilizar de ações que trazem desconfortos aos outros para se sentirem melhor.
8. Verdadeiro. Com a ajuda necessária, sim! O intimidador pode mudar sua forma de pensar e
seu comportamento.
Esteja bem consigo mesmo

O primeiro passo para espalhar a paz é estar bem consigo mesmo, para poder viver da forma
mais tranquila possível. Promova a sua saúde mental, reconheça as suas forças e fragilidades,
com um olhar compassivo sobre si. Aceite o processo de mudança e o que está, ou não, ao seu
alcance. Ao fazê-lo será capaz de observar o mundo com mais esperança e de forma mais
pacífica.

Seja inclusivo

Aceite e promova a diversidade na comunidade. Existem diferentes culturas, crenças,

necessidades, gostos e preferências individuais que devem ser respeitadas. Promova o debate,
mas procure conhecer melhor a outra realidade ao inverso de tentar instituir a sua opinião.
Aproveite para promover a educação para a cidadania junto dos mais novos.

Fomente um clima de harmonia na comunidade

Crie uma atmosfera pacífica e conciliadora junto dos seus amigos, familiares e da comunidade.
Mostre-se disponível a ouvir e compreender os problemas dos outros. Procure estar mais
atento às necessidades da comunidade e ser mais solidário.

Denuncie situações de injustiça

Desde discriminação por questões raciais, religiosas, de género ou sexualidade até injustiças,
como o bullying. Estas situações acontecem diariamente e muitas vezes à frente dos nossos
olhos. Esteja atento e tenha um papel ativo. Procure saber as necessidades da vítima e aja em
conformidade.

Junte-se a uma organização ou instituição

Procure uma organização ou instituição que precise do seu apoio. Desde instituições de
solidariedade social, a organizações que lutem contra desigualdades e injustiças, ser voluntário
e doar o seu tempo é um grande gesto e uma forma prática de lutar pela paz no mundo.

Esteja atento

Todos os dias temos a oportunidade de espalhar a paz. Observe o que o rodeia e perceba
como pode acrescentar mais paz e tranquilidade. Às vezes, basta um telefonema ou
mensagem, uma palavra amiga ou um sorriso, para contrariar um estado de isolamento.
Contribua para o bem-estar da comunidade, estando atendo às necessidades da mesma.

Tome nota!
Trabalhar diariamente para a paz no mundo é uma tarefa de todos. Conheça algumas das
iniciativas da Missão Continente que promovem o crescimento em comunidade.