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Por que nos importamos tanto

com opiniões alheias?


Você já sentiu que deveria tomar determinada atitude para agradar
terceiros? Ou teve medo de fazer algo para você (mudar o
visual, trocar de emprego, começar ou terminar
um relacionamento) por causa do que os outros vão pensar?
A sensação de estar sendo vigiado é mais forte na adolescência. É
nessa fase que começamos a nos importar com as opiniões de
amigos e pretendentes, pois é quando compreendermos o
significado de “viver em sociedade”. O adolescente tem horror em
ser visto de forma negativa e geralmente tem um desejo ardente de
provar a sua capacidade para os outros.
Adolescentes tímidos ou pouco autoconfiantes, em especial,
tendem a ligar excessivamente para o que terceiros pensam a seu
respeito. Em sua busca para agradar os colegas e pertencer a um
grupo, podem fazer coisas contra a vontade. Quando não
conseguem impressionar, passam a temer o julgamento alheio.
Algumas pessoas entram na vida adulta com esse medo.
Assim, sofrem com uma série de preocupações: são ansiosas,
temem o que os demais vão falar sobre as suas escolhas, não
conseguem expressar a sua verdadeira identidade, têm dificuldades
para fazerem escolhas sozinhas, temem o fracasso acima de tudo
e sentem-se frustradas consigo mesmas. Essa repressão
autoimposta é a fórmula certeira para a depressão, a ansiedade e
o estresse.

Como deixar de se importar com


o que os outros pensam?
Valor consultaAtendimento online e presencial
Psicóloga Franciane Bortoli
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Parar de se importar com as opiniões alheias requer esforço e


prática diária.
Toda vez que decidimos modificar um comportamento, precisamos
levar em consideração que ele já está profundamente acomodado
dentro de nós. Passamos anos e anos reforçando-o através de
nossas escolhas, pensamentos, emoções e experiências de vida.
Por isso, costuma-se se dizer que é preciso “desconstruir” um
comportamento, retirando as crenças que utilizamos para construí-
lo em primeiro lugar.
Por exemplo, a preocupação excessiva com o que os outros pensam
costuma se originar do medo de julgamentos. Este, por sua vez,
pode ter raízes em um pensamento (“se acharem que eu sou uma
pessoa X ou Y, algo ruim vai acontecer”) ou uma emoção (vergonha,
ansiedade, hesitação, falta de confiança).
Em vez de confrontar esse medo ou ressignificá-lo, você o
alimentou inconscientemente, reforçando sentimentos
e pensamentos negativos. Como encontra-se consolidado em seu
interior, você basicamente precisa “destruir” as crenças ruins que o
fortalecem e construir crenças boas.
Pode parecer complicado, mas não é!
Esse processo ocorre naturalmente. A princípio, ele não é muito
agradável tampouco fácil. Você vai sentir vontade de desistir e
ignorar incômodos emocionais significativos. É uma reação
totalmente normal, a qual deve ser combatida. Abaixo, separamos
alguns passos para ajudá-lo a chegar lá.

1) Identifique o porquê
Por que você se importa tanto com o que os outros vão dizer sobre
você? Quais são as suas preocupações? Você tem medo de ser
julgado, ser ridicularizado, ser rejeitado, ser visto como um
fracasso, ou o quê? Questione-se sobre a sua necessidade da
validação alheia para encontrar a origem dela.
Ela pode ter nascido de uma experiência ruim na infância ou na
adolescência, ou ser consequência da sua criação (pais muito
rígidos, por exemplo). Como você não tinha muito conhecimento
sobre os seus próprios sentimentos, passou a alimentar essa
necessidade, fugindo de si mesmo para não ser desaprovado pelos
demais.
Você pode vasculhar as suas memórias em busca de uma resposta
e responder perguntas de autoconhecimento diariamente para
compreender como se sente. Fazer terapia também pode ajudá-lo a
obter insights sobre por que você se importa com o que os outros
pensam.

2) Modifique a sua forma de


pensar
Quando o medo da opinião alheia aparecer, confronte-o.

Em vez de pensar “O que será que vão pensar de mim?” ou “Todo


mundo vai olhar para mim e ficar comentando”, pense “Eu quero
fazer isso porque…” e “Se alguém tiver algo para dizer, não importa.
A minha felicidade é mais importante”. Se precisar, repreenda-se
usando o seu nome da mesma forma que faria para chamar a
atenção de uma criança.
Mesmo que pareça estranho conversar com você mesmo, faça-o.
Esse diálogo interno vai facilitar a modificação das crenças
construídas e fortalecidas ao longo dos anos. Com a prática, você
conseguirá pensar mais positivo sobre se expor para o mundo.

3) Compreenda algumas coisas


É muito, muito provável que ninguém esteja prestando atenção em
você. As pessoas vivem saturadas por seus próprios problemas e
preocupações. Elas não têm tempo de se preocupar com terceiros.
Quando a sensação de que múltiplos olhares estão acompanhando
os seus movimentos aparece, 99.9% das vezes é apenas isso: uma
sensação.
Se você não fala a sua opinião ou expressa as suas necessidades
em voz alta por medo de desagradar alguém, saiba que é impossível
agradar todo mundo. Milhares de pessoas já tentaram, inclusive
personalidades célebres conhecidas mundialmente, e todas
falharam.
Cada um possui o seu jeito de pensar e ver a vida, portanto,
raramente você encontrará alguém com opiniões praticamente
idênticas às suas. Caso alguém reaja com agressividade
verbal ou grosseria ao ouvir o que você tem a dizer, lembre-se
disso. A vivência daquela pessoa é completamente diferente da sua
e isso gera divergência de pensamentos.
Responda à atitude rude com cordialidade e siga em frente. Afinal,
por que é tão importante que todos concordem com você ou
aprovem as suas considerações? A única pessoa que deve fazê-lo é
você mesmo, pois o único a sofrer as consequências de seus atos é
você.

4) Valorize-se!
Pessoas que se preocupam demais com o que os outros têm a dizer
não costumam ter uma visão concreta de seus atributos positivos.
Se este for o seu caso, faça uma lista de qualidades, conquistas e
elogios já recebidos. Assim, você terá uma noção de quais
características merecem atenção.
Não tenha medo de mostrar o que há de melhor em você para o
mundo! Neste momento, você pode pensar que não há sentido em
compartilhar os seus talentos. É a sua insegurança falando. Ela
costuma manter os dons adormecidos.
Quando alguém decide partilhar o que há de melhor em si, o mundo
fica um pouco melhor, sabia? Além de ajudar outras pessoas com os
seus talentos, você se sente bem por estar sendo útil. Essa postura
de doação também fortalece o seu amor-próprio.

5) Cultive boas amizades


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Pessoas negativas, tóxicas, aproveitadoras ou invejosas são como
um veneno para a sua autoestima. Não raro indivíduos ligam
excessivamente para a opinião de pessoas com quem mantém uma
relação nada saudável. Esse tipo de relacionamento é capaz de
levá-los a uma depressão profunda e impedir que aproveitem a
vida.

Dê ouvidos somente às pessoas que lhe querem bem. Aceite


elogios, conselhos e recomendações de quem demonstrar amá-lo, e
não de quem quer vê-lo sofrer. Mantenha-se afastado de pessoas
tóxicas. É comum demorar um pouco para perceber o quão abusivo
alguém está sendo com você. Assim que tomar essa consciência,
distancie-se do indivíduo.

6) Saia da zona de conforto


O melhor remédio para livrar-se de um medo é enfrentá-lo! Se você
teme julgamentos e não sabe como lidar com opiniões alheias,
coloque-se em ocasiões em que deverá fazer exatamente isso.
Você pode fazer as seguintes atividades apenas em sua própria
companhia para sair da zona de conforto:

 Viajar;
 Ir a um show;
 Fazer uma refeição em um restaurante;
 Desfrutar de uma bebida em um bar;
 Passear em um parque;
 Fazer compras;
 Ir à academia; e
 Comparecer aos eventos locais da sua cidade.

Assim que sentir o medo de ser julgado chegando, diga a si mesmo


que está tudo bem e eduque a sua mente para pensar positivo. O
incômodo de fazer algo novo é passageiro e, se você ceder a ele e
desistir, poderá se arrepender mais tarde

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