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Apresentação
O rosto é a morada de uma identidade. Embora todo o corpo passe informações por meio da
linguagem visual, o rosto é especialmente o ponto com maior evidência da personalidade. Ele
contém informações completas sobre como cada pessoa é, age e pensa, incluindo características de
comportamento tanto positivas quanto negativas. A composição da imagem pessoal tem o poder
de evidenciar o lado positivo do indivíduo, beneficiando-o de diversas formas. Contudo, se mal
construída ou baseada em padrões estéticos, pode fatalmente revelar suas fraquezas, o que
implicará da mesma forma no seu comportamento. Em uma situação em que o indivíduo se olha no
espelho e não se reconhece, é um assunto grave e, em alguns casos, manifestam-se doenças.
Felizmente, é possível auxiliar as pessoas a melhorarem sua autoestima e sua comunicação visual
para que, assim, ganhem força e motivação ao seguirem com os desafios de suas vidas e
aproveitarem os momentos bons com mais entusiasmo.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você entenderá como funciona a linguagem visual e como esta
forma de comunicação primitiva está relacionada com os traços do rosto. Verá, também, sobre os
novos conceitos de beleza e harmonização pessoal, a partir de informações baseadas na atual e
nova Era da beleza.
Bons estudos.
Veja, no Infográfico a seguir, os passos que podem auxiliar você na formulação de um atendimento
voltado para a construção de uma beleza autêntica e sustentável.
PASSO 1 I Remodele o atendimento
0 ritmo necessario para a construc;:ao de uma
imagem personalizada nao se encaixa em padr6es de
atendimento de 30 em 30 minutes, muitos assistentes
e pouco dialogo. A partir do memento em que se
decide trabalhar com personalizar;ao de imagens
pessoais, das mais variadas formas, deve ocorrer,
nesse momento, uma ruptura completa de diversos
valorese metodos anteriormente praticados.
Sera precise atender o cliente com o corac;ao tao quanto se atende com as tesouras, pinceis
ou outras ferramentas de execuc;ao. Sera necessario mergulhar, pelo tempo do atendimento,
no mundo do cliente.
No capítulo Análise do rosto, da obra Visagismo, você entenderá como funciona a linguagem visual
e como ocorre a percepção da personalidade por meio dessa comunicação primitiva sobre as partes
do rosto. Verá, também, talvez pela primeira vez, como é absolutamente necessário remodelar a
forma de trabalhar com base na nova consciência do século XXI, focada em despadronização e
quebra de toda e qualquer ideia pré-formada.
Boa leitura!
VISAGISMO
Audrey Slomp
Análise do rosto
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
A análise do rosto baseia-se na imagem visual, identificando traços úni-
cos e característicos de quatro temperamentos, os quais levarão a uma
arquitetura facial. Esta poderá ser mais ou menos atrativa, refletindo
sua imagem visual. Neste capítulo, você aprenderá sobre a percepção
da personalidade por meio da comunicação do rosto a partir de uma
despadronização.
Confiança
Medo
Alegria
Simpatia
Antipatia
Símbolos arquétipos
A comunicação visual é simples e inconsciente, ocorrendo naturalmente, e
funciona em relação a tudo e a todos, a todo momento que estamos utilizando
nosso sistema visual. O corpo está se comunicando, nosso rosto está se co-
municando, nosso cabelo está se comunicando, até o cachorro ou um objeto
qualquer estão se comunicando com você pela linguagem visual.
Análise do rosto 3
(a) (b)
(c)
(d)
Figura 2. (a) Paisagem com linhas verticais; (b) com linhas inclinadas; (c) com linhas ondu-
ladas; (d) com linhas horizontais.
Fonte: (c) Hadid (2013, documento on-line).
Forma e função
“A forma segue a função” (Louis Sullivan)
Esta é a máxima da arquitetura, que pode ser levada para qualquer área de
atuação profissional, significando que é preciso pensar anteriormente para
que ou para quem uma solução visual serve, qual será a sua função e somente
depois pensar no que será bonito ou esteticamente agradável. Essa descoberta
está totalmente relacionada à linguagem visual (HALAWELL, 2010b).
Análise do rosto 5
(a) (b)
Figura 4. (a) Imagem de pessoa melancólica científica; (b) pessoa melancólica artística.
Fonte: Adaptada de (a) Biography.com (c2019); (b) Teixeira (2009).
Trata-se de uma pessoa sensível, mas que não demonstra grande entu-
siasmo. É discreta e disciplinada. Respeita as pessoas e procura nunca ser
inconveniente ou intrometido. Na maioria das vezes, é tímida, quieta e retirada.
Em geral, o rosto é oval, e os traços são delicados. Estas linhas expressam
lirismo e delicadeza, porém podem revelar um temperamento excessivamente
exigente e arrogante. A cor que representa esse temperamento é o azul, frio,
e seu elemento é a terra, rígida e segura (HALLAWELL, 2010a, 2010b).
A imagem de uma pessoa sanguínea destaca-se pela maior presença de linhas
inclinadas, um perfil dinâmico, comunicativo, jovial (Figura 5).
Análise do rosto 7
A pessoa com essa imagem gosta de marcar presença e ser o centro das
atenções. Sua criatividade é ilimitada e seus movimentos são rápidos e ener-
géticos. É audaciosa, gosta de aventuras e de objetos luminosos e brilhantes.
Interage muito bem com as pessoas, porém pode revelar grande dificuldade de
se concentrar nas conversas. O rosto tem formatos angulares, como losangular
e hexagonal de lateral reta. Gosta de lugares abertos e ventilados e precisa de
espaço. Sua cor é o amarelo, energético e quente, e seu elemento é o ar, leve
e transparente (HALLAWELL, 2010a, 2010b). Em indivíduos fleumáticos,
evidenciam-se linhas circulares e quadradas, cujo perfil é amigável, tranquilo,
que não entra em conflitos (Figura 6).
8 Análise do rosto
Os quatro temperamentos
Nascido em 460 a.C., Hipócrates, considerado o pai da medicina, criou a teoria
dos quatro temperamentos. Philip Hallawell, em 2009, uniu os estudos do
visagismo e da linguagem visual a essa classificação de temperamentos. Ele
acreditava que a imagem do rosto e a imagem interna que uma pessoa tem de
si mesma, quando em equilíbrio, é algo essencial para que haja saúde mental,
emocional e física, elevando sua autoestima e autoconfiança.
Análise do rosto 9
(Continua)
10 Análise do rosto
(Continuação)
(Continuação)
Fleumático Largos
Redondo: Quadrado:
segurança e determi-
constância nação e
constância.
Redondo:
segurança e
constância.
Pense, nesse momento, em alguém famoso que você não conhece pessoalmente.
Com certeza surgirá seu rosto em sua mente, mas dificilmente o seu corpo. O
rosto dessa pessoa lhe transmite sensações e o faz sentir emoções positivas,
como simpatia, alegria, admiração, ou negativas, como desprezo, rejeição.
Nosso rosto — nossa identidade — é dividido em 5 áreas (Figura 7).
https://qrgo.page.link/gx9oX
https://qrgo.page.link/v1Vbo
14 Análise do rosto
Despadronização
A beleza é relativa e, realmente, está nos olhos de quem a vê. Portanto, não
podemos nos fixar em um padrão para determinar se um rosto é bonito. O
visagismo nos auxilia única e exclusivamente a encontrar harmonia para
determinado rosto, consequentemente deixando-o mais “belo” e revelando
uma identidade com propósito.
Em situações em que são usadas soluções padronizadas e pré-estabelecidas,
desenvolve-se um resultado igual para todos, sem a influência da criatividade.
Produtos idênticos, em linha de produção, devem ser padronizados para nunca
ficarem diferentes, mas quando falamos de pessoas, principalmente com a
mentalidade do século XXI, isso é algo absolutamente démodé.
Os uniformes são uma forma de padronização, visto que eles servem para
identificar profissionais em relação à companhia e ao cargo em que trabalham,
escondendo, de certa forma, as características do indivíduo como pessoa. Por
isso é tão difícil reconhecer o garçom de um restaurante que você frequenta
quando encontra com ele na rua, sem o uniforme de trabalho. Com a vestimenta
profissional, o cliente, e até mesmo o próprio colaborador, se percebe como
parte de uma empresa e desenvolvedor de uma função, e não se percebe a
pessoa em si, por trás do uniforme (SLOMP, 2018a).
Em breve, as pessoas exigirão cada vez mais serem compreendidas para
depois serem transformadas. Até os anos 80, as pessoas costumavam “pa-
dronizar-se”, ou seja, repetir o formato de certa imagem, englobando roupas,
cabelos, maquiagem e expressão corporal (cada década com suas particula-
ridades), com o intuito de transmitir, através da imagem pessoal, uma classe
social, uma tribo, uma religião ou a moda atual, sem antes considerar qual
era a personalidade da pessoa e quais eram os seus objetivos a respeito do que
ela gostaria de expressar sobre si mesma para o mundo, funcionando apenas
como um uniforme.
A admirável Glória Kalil conta que Christian Dior publicou, na década
de 1950, uma foto comercial que dizia: “Este ano a barra da saia está a 40
cm do chão”. Ficasse bem ou não, era aquele comprimento que a mulher da
época deveria usar ou estaria fora da moda e não faria parte de certa classe.
Nos dias atuais, e depois de passarmos por uma fase de transição, que
fora dos anos 1990 até a década inicial deste século, a palavra-chave passou
a ser individualidade, em que o valor do “Eu” sobrescreve toda e qualquer
classificação existente, e adquirimos de pouco em pouco a consciência de que
a imagem é uma oportunidade de demonstrar realmente quem você é, sem
ter de dizer nenhuma palavra.
Análise do rosto 17
Equilíbrio
A harmonia visual é como um presente para os olhos, pois revela ordem entre
as partes, agradando e despertando uma sensação positiva e confortável,
inconscientemente, para si próprio, ao olhar-se no espelho, e para as pessoas
com quem se relaciona pessoal e profissionalmente.
A busca por essa harmonia precisa ser focada na valorização da própria
beleza e nos parâmetros estabelecidos de acordo com as necessidades e desejos,
de uma forma esteticamente harmoniosa, em que padrões de beleza ficam
completamente excluídos. Ao encontrar o ponto de equilíbrio em relação
às características naturais, aos desejos e às necessidades, é possível utili-
zar os recursos disponíveis (como cabelos, maquiagem, roupas, acessórios,
etc.) para compor uma nova imagem, harmônica, positiva e, principalmente,
personalizada.
Inconscientemente, a desarmonia gera um sentimento de “estranheza”.
Por exemplo, usar uma roupa que ressalte uma parte do corpo que por si
só já tem destaque sobre outras seria um dos aspectos necessários a serem
pensados antes de comprar uma roupa. Existe também a harmonia da cor em
detrimento do tom da pele, que, se sintonizados, iluminam a pessoa. Sobre
cabelos e maquiagem, a desarmonia pode ocorrer em relação aos traços do
rosto e à forma e à cor que utilizadas. Escolher a composição da imagem de
forma aleatória pode ser um caminho cruel: eventualmente, acerta-se; even-
tualmente, erra-se. E são nestes equívocos acidentais que pessoas acabam
revelando-se negativamente, sem saber, afetando também de modo negativo
seu dia ou seu momento de vida.
Uma imagem realinhada traz impressões mais alinhadas, que trazem
atitudes também mais alinhadas, renovando a forma de viver, de agir, de se
comunicar e, ainda, de ser visto (SLOMP, 2018b).
18 Análise do rosto
MENEZES: M. H. Animada!: Ivete Sangalo corre, dança e canta pelas ruas de Salva-
dor. 2018. Disponível em: https://observatoriodosfamosos.bol.uol.com.br/desta-
ques/2018/05/animada-ivete-sangalo-corre-danca-e-canta-pelas-ruas-de-salvador.
Acesso em: 16 jun. 2019.
O SUL. Alinne Moraes conta que a maternidade a deixou mais serena. [20–?]. Disponível
em: http://www.osul.com.br/alinne-moraes-conta-que-a-maternidade-a-deixou-mais-
-serena-2/. Acesso em: 16 jun. 2019.
SLOMP, A. Desuniformize-se. 2018a. Disponível em: https://nucleodevisagismo.com.
br/?p=161. Acesso em: 16 jun. 2019.
SLOMP, A. Visagismo: valorize sua beleza e encontre o equilíbrio em sua vida. 2018b.
Disponível em: https://nucleodevisagismo.com.br/?p=190. Acesso em: 16 jun. 2019.
TEIXEIRA, P. Malu Mader dedica seu tempo ao cinema. 2009. Disponível em: https://
www.ofuxico.com.br/noticias-sobre-famosos/malu-mader-dedica-seu-tempo-ao-
-cinema/2009/12/01-89039.html. Acesso em: 16 jun. 2019.
TRULY. Zlatý rez. 2013. Disponível em: http://fim-science.blogspot.com/2013/02/zlaty-
-rez.html. Acesso em: 16 jun. 2019.
TUDO ELA. Cortes de cabelo para rosto redondo: veja 7 modelos que ajudam a afinar.
2018. Disponível em: https://tudoela.com/cortes-de-cabelo-para-rosto-redondo/.
Acesso em: 16 jun. 2019.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da lnstitui9ao, voce encontra a obra na fntegra.
Conteudo:
[ill]
7illI8J
SOLUt;OES
EDUCACIONAIS
INTEGRADAS
Dica do professor
Um leão tem sua juba para mostrar o seu poder. Um pavão macho abre a sua calda para atrair
fêmeas. Uma borboleta tem a textura de suas asas com formas que podem ajudá-la a afugentar
predadores, simulando grandes olhos, por exemplo. No reino animal, dificilmente há incoerência
entre o aspecto visual e a expressão ou a função. William Shakespeare disse: “seu rosto, meu
companheiro, é um livro onde podemos ler assuntos estranhos”. Seu rosto é você – para si mesmo
e para os outros. Muito mais do que reconhecimento físico, o rosto é o espelho do ser que habita
seu interior, e revela, mesmo que inconscientemente, boa parte de sua personalidade.
Nesta Dica do Professor, veja as características de cada temperamento, observadas por meio dos
traços do rosto.
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Na prática
A ciência cognitiva, em união com a linguagem visual, prova como a imagem pessoal afeta a
autopercepção e a percepção dos outros. Quando uma pessoa se olha no espelho, ela se comunica
consigo mesma. É neste momento que compreende quem é e como está vivendo. Se a imagem
como um todo, por meio de suas linhas, mostra alguém com peso visual, desanimado, entristecido,
é assim que a mente passará a mensagem e, infelizmente, pode-se acreditar nisso e passar a
se comportar dessa forma. No entanto, se ao olhar no espelho, reconhecer-se por meio de
qualidades, provavelmente as linhas que compõem a imagem pessoal estão em consonância com
quem a pessoa realmente deseja ser. E como mágica, ela passar a refletir essas características
positivas em seu comportamento.
Na Prática, você verá o caso da cliente Luciana, que buscou o auxílio de um profissional visagista
para uma mudança no aspecto profissional.
AREA DO ROSIO TEMPERAMENTO
Sobrancelhas COLERICO
Olhos SANGUINEO
Nariz COLERICO
Boca SANGUINEO
Dentes SANGUINEO
Queixo COLERICO
•
•
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Conceito do visagismo
Philip Hallawell, considerado o mestre do Visagismo, explica sobre a importância de construir uma
imagem pessoal com base no temperamento e nas intenções pessoais, com criatividade e técnica
por meio da compreensão da linguagem visual.
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Apresentação
Vive-se um momento de transição, quando tudo o que era considerado bonito vem sendo
desconstruído. O novo ponto de vista a respeito da beleza está muito mais ligado à vitalidade, à
saúde e à autoaceitação do que a uma simples avaliação de uma aparência padronizada. Trata-se de
algo muito mais amplo, que inclui tudo como diferentes tipos de beleza, os quais diferem
imensamente de pessoa para pessoa.
Compreender os formatos de corpo, seus arquétipos comportamentais e saber como relacionar
essas características com perfis pessoais, ou seja, com o temperamento individual, e aplicar as
melhores estratégias para alcançar harmonia estética por meio das proporções naturais são formas
de auxiliar as pessoas a não mais aceitarem a desvalorização de seu corpo e, consequentemente, de
seu DNA.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar quais são os formatos do corpo e como
reconhecê-los, vai compreender os padrões comportamentais na linguagem corporal e vai aprender
a relacionar proporções a temperamentos.
Bons estudos.
Veja no Infográfico a seguir a Teoria dos 4 Temperamentos e de que forma é possível reconhecê-
los.
A linguagem corporal e uma forma de comunica Qo nQ0 verbal. Esta relacionada
principalmente aos sistemas limbico e reptiliano. Os seres humanos escolhem
palavras, criam imagens, fazem abstra oes e mentem utilizando o neocortex, porem
o sistema limbico, responsavel pelos sentimentos, gera express6es e movimentos ao
enviar impulsos eletricos ao corpo, enquanto o reptiliano regula as necessidades de
sobrevivencia, como batimentos cardiacos, respira Qo, digestQo e reprodu Qo.
Colericos
Posi Qo ereta, confiante, os dois pes firmes
no chQo e equilibrados, bra os cruzados e
corpo retangular demonstram atitude
colerica - forte, dominante.
Sangu(neos
Movimentos !eves, expressivos, com
expressQo dinamica, distraido, corpos
esguios, SQ0 caracteristicas de pessoas
sanguineas - energeticas, esponto.neas.
Melanc6licos
Postura elegante, rigida, introvertida e
expressQo discreta. Essas SQ0 atitudes
caracteristicas de melanc61icos -
competentes, reservados.
Fleumaticos
Relaxado, solto, a vontade, bra os
cruzados em posi Qo confortavel, corpo
com propor 6es compactas e contornos
suaves SQ0 caracteristicas dos fleumaticos
- tranquilo, amigavel.
Para saber mais, acompanhe a leitura do capítulo Análise do corpo e das suas proporções, da obra
Visagismo, que serve como base teórica desta Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura.
VISAGISMO
Audrey Slomp
Análise do corpo e das
suas proporções
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar sobre a forma como o conceito de be-
leza corporal é alterado de acordo com questões sociais e culturais que
a sociedade vive. O corpo natural é um organismo que se comunica a
todo o momento, dizendo muito sobre nós e devendo ser valorizado ao
invés de colocado em moldes estabelecidos pela sociedade, os quais,
infelizmente, têm adoecido emocional e fisicamente muitas pessoas
nos últimos anos.
Além disso, você estudará sobre as proporções áureas do corpo hu-
mano e sobre o “segredo da beleza”, que está em harmonizar o conjunto
corporal de acordo com o biotipo e a estrutura do corpo do indivíduo.
Ainda, aprenderá que a linguagem visual está completamente conec-
tada com a linguagem corporal, e que através desta comunicação e dos
símbolos arquetípicos é possível captar informações valiosas (mas nem
sempre verdadeiras) sobre as pessoas.
2 Análise do corpo e das suas proporções
com ferimentos de guerra. Com o fim das guerras, os médicos que haviam
se especializado em cirurgias plásticas não tinham mais clientes e acabaram
realizando serviços para mulheres com alto poder financeiro e que desejavam
mudanças físicas para se tornarem mais belas esteticamente (FARHAT, 2008).
No início dos anos 1980 — logo após a liberdade de expressão ter sido
conquistada na década de 1970 —, as pessoas adotaram uma mistura de estilos,
cores e novas possibilidades. Tudo era permitido, e a comunicação visual
ficou bastante confusa. Ao final dos anos 1980, as mulheres ingressaram com
força no mercado de trabalho e concorreram com os homens de forma mais
igualitária. Então, novamente, a imagem foi sendo remodelada para que elas
tivessem uma aparência menos frágil e mais robusta, com o uso de ombreiras
e cabelos volumosos, que deixavam o look mais imponente (Figuras 1e e 1f).
Os anos 1990 foram uma época diferente. Ocorreu a abertura de mercados a
nível mundial, a entrada de produtos importados nos países, os diversos estilos
e um início da globalização cultural com o advento da internet. Foi uma época
confusa e um período de transição que culminou, por volta dos anos 2000, no
culto ao corpo sensual, exibido por personalidades da música, cinema e moda
(Figura 1g). A cirurgia plástica se popularizou e tornou possível que pessoas
de diferentes classes sociais se modificassem fisicamente para se encaixar no
padrão de beleza do momento.
Embora a cirurgia plástica seja muito útil em diversos casos, a construção
dos corpos chegou a se tornar puramente artificial, criando pessoas com
imagens bonitas, mas percebidas como falsas. Foi aí que ocorreu a grande
prova de que a padronização, ou seja, a construção de um corpo ou uma
imagem seguindo um modelo, faz pessoas esteticamente bonitas, mas não
faz pessoas felizes.
Novamente, inicia-se uma transformação. A partir dos anos 2010, as redes
sociais e a exposição da vida pessoal e da reconexão das pessoas, agora de
forma on-line, fomentam a necessidade de demonstrar não somente beleza
estética e saúde, mas também popularidade e liberdade financeira. Foi uma
década de ostentação física e material. É controverso, mas esse padrão tem
causado muita infelicidade, visto que o segredo da felicidade está na capacidade
de autoaceitação e desfrute da vida, e não na beleza esteticamente perfeita
ou nos bens materiais.
4 Análise do corpo e das suas proporções
https://qrgo.page.link/hTsWw
Análise do corpo e das suas proporções 5
Seguir a moda ao invés de usá-la em favor, escolhendo estilos que realmente comu-
niquem sobre a pessoa e equilibrem suas proporções naturais — tendo em vista a
função, o estilo, o formato, a cor e a textura —, permite que a construção seja criativa,
original e orgânica (não mecânica e conduzida), criando uma geração de pessoas
autênticas e satisfeitas de sua própria natureza.
não precisem mudar. Por exemplo, estar muito acima ou muito abaixo do peso
indicado para a proporção corporal é um risco à saúde. Se o indivíduo aceitar
seu corpo tal qual ele é, está tudo bem. Contudo, se não conseguir aceitar,
deve pensar nos motivos e buscar soluções, sempre pensando na saúde, na
aceitação e na paz com o corpo.
Biotipo ampulheta
Biotipo oval
Biotipo retângulo
Biotipo triângulo
■ Ombros largos.
■ Quadril e coxas mais estreitos que ombros.
■ Pernas geralmente finas.
Análise do corpo e das suas proporções 9
(a)
(b)
https://qrgo.page.link/KXr1W
Ao estudar sobre imagem pessoal, a primeira coisa que vem à mente são os arquétipos.
Não há como iniciar qualquer explicação didática ou proposta de trabalho sem que
eles estejam presentes. São os símbolos responsáveis pela maneira com que somos
afetados pela imagem. Por esse motivo, ao falar de linguagem corporal, também é
preciso se basear neles (WEIL; TOMPAKOW, 1997).
Arquétipo vertical
Linhas verticais sempre serão reconhecidas como linhas de força, estrutura e
controle. São linhas frias, rígidas, conservadoras, que remetem a conquista,
sucesso, trabalho e capacidade. São linhas que se direcionam para o espaço
e que demonstram clareza e autoconfiança. O biotipo retângulo tem esse
perfil, visto que contém duas grandes linhas verticais nas laterais do corpo,
transmitindo confiança e persistência (Figura 4a) (HALLAWELL, 2017b).
Análise do corpo e das suas proporções 13
Arquétipo horizontal
Linhas horizontais sempre serão reconhecidas como linhas de estabilidade,
imutabilidade. Funcionam como barreiras e podem demonstrar negação, mas
podem também remeter à paz e à trégua. Os biotipos ampulheta, retângulo,
triângulo e triângulo invertido, embora contenham outras linhas importantes,
em partes, contêm também o arquétipo horizontal (Figura 4b). Conclui-se,
então, que esse arquétipo, quando o assunto é corpo, é secundário, mas não
menos importante. Por exemplo, uma pessoa com biotipo triângulo invertido
tem a influência do arquétipo horizontal nos ombros (HALLAWELL, 2017b).
Arquétipo diagonal
Linhas diagonais ou inclinadas são dinâmicas, energéticas e instáveis. São
linhas de movimento, que podem ser interpretadas de diversas formas:
Arquétipo curvo
Linhas curvas podem revelar algumas impressões, dependendo de sua forma
e envolvimento. São linhas quentes, emotivas.
Figura 4. (a) Vitória. (b) Exemplo de arquétipo horizontal. (c) Esgrima, sendo demonstradas
as linhas inclinadas que imprimem movimento à imagem. (d) Exemplo de arquétipo curvo.
Fonte: Adaptada de (a) KieferPix/Shutterstock.com; (b) Crespani (2014, documento on-line); (c) Artur
Didyk/Shutterstock.com; (d) Arthur-studio10/Shutterstock.com.
Análise do corpo e das suas proporções 15
Coléricos
Biotipos: ampulheta, retângulo e triângulo.
Sanguíneos
Biotipos: ampulheta e triângulo invertido.
Melancólicos
Biotipos: ampulheta, retângulo e oval.
Fleumáticos
Biotipos: triângulo e oval.
Figura 5. (a) Postura colérica. (b) Movimentos sanguíneos. (c) Postura melancólica. (d)
Características de biotipo fleumático.
Fonte: Adaptada de (a) Rawpixel.com/Shutterstock.com; (b) paffy/Shutterstock.com; (c) Djomas/
Shutterstock.com; (d) Ebtikar/Shutterstock.com.
AGUIAR. T. Personal stylist: guia para consultores de imagem. 4. ed. São Paulo: Senac, 2006.
ATLAS, C. The world's most perfectly developed man. In: WIKIPEDIA [2014]. Disponível
em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:%22The_World%27s_Most_Perfectly_De-
veloped_Man%22_Wellcome_L0027452.jpg. Acesso em: 11 jun. 2019.
18 Análise do corpo e das suas proporções
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SOLUt;OES
EDUCACIONAIS
INTEGRADAS
Dica do professor
A linguagem visual é traduzida em emoções e sensações mediante os símbolos arquetípicos, o
que afeta o comportamento e, como consequência, colabora para a criação de um estilo específico
para cada pessoa. Ou seja, o estilo não advém apenas da aplicação mecânica de regras de
proporção ao biotipo, mas também da aplicação de conceito, daquilo que se conecta com a
essência individual.
Veja na Dica do Professor as particularidades de cada estilo para que você possa ter
resultados alinhados estética, harmônica, física e emocionalmente.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
Na prática
Embora o corpo tenha sido mostrado nu por muitos e muitos anos num passado longínquo, é algo
estranho pensá-lo dissociado de vestimentas. E são justamente as roupas, os acessórios e os
calçados, com suas características de formato, cor, textura e estilo, que compõem hoje a imagem
pessoal.
No entanto, é muito comum ver pessoas vestindo roupas de acordo com as últimas tendências da
moda e essas peças não contribuírem em nada para deixar seus corpos mais harmônicos. Afinal,
para valorizar a imagem pessoal, é importante conhecer os biotipos, entendendo quais roupas caem
melhor para cada formato corporal.
Veja neste Na Prática o processo de consultoria de imagem com foco na abordagem do corpo, do
biotipo, dos temperamentos e dos estilos relacionados.
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Concluindo a consultoria
A inten<;cio e que Mariana entenda como equilibrar os estilos com as situa<;5es de
vida e assim conguistar, alem de propor<;do estetica, uma imagem que converse
sobre ela. As cole<;6es ncio foram criadas a fim de serem usadas para compor
totalmente o visual, em um unico look A ideia e misturar os 3 estilos contidos nos
cole<;6es e assim conseguir criar uma imagem pessoal equilibrada e interessante.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Imagem pessoal
Existem diversos pontos de vista interessantes sob a ótica da imagem pessoal. Os profissionais mais
antenados nas novas tendências (não de moda, mas de comportamento) já não se permitem não
conectar diretamente a criação da imagem pessoal com o comportamento humano. Leia neste e-
book uma interessante visão sobre o conceito de imagem pessoal, personalidade e comportamento.
Apresentação
A maquiagem, por si só, pode ser considerada um acessório de moda e estilo, mas a maquiagem
mais adequada é aquela que transmite uma imagem condizente com a que o indivíduo gostaria de
expressar, com harmonia e estética. A imagem pessoal deve conseguir expressar características,
gostos e estilo.
O profissional maquiador que tem domínio a respeito dos conceitos e aplicação do visagismo é
capaz de proporcionar ao seu cliente uma experiência única, um encontro consigo mesmo, pois é
capaz de revelar, na sua imagem exterior, sua essência interior. Segundo Hallawell, pai do
visagismo, essa experiência traz o maior nível de saúde possível.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer o visagismo aplicado à maquiagem, aprender a
relacionar a dinâmica das linhas e os efeitos de luz e sombra, bem como a aplicar soluções de
maquiagem para diferentes tipos de rosto.
Bons estudos.
O Infográfico a seguir relaciona as linhas que formam os diferentes formatos de rosto e as reações
emocionais às quais estão associadas.
SIMBOLQS ARqU£IIP-ICOS
A linguagem visual representa um conjunto de
sfmbolos e signos que servem para comunica ao visual
Os sfmbolos arquetfpicos
sao formados por quatro
tipos de linhas com
caracterfsticas inatas
que geram rea oes
emocionais especfficas,
de forma inconsciente
e intuitiva. Essas linhas
formam os diferentes
formatos de rosto.
Uma vez que a maquiagem consiste em uma ferramenta capaz de transmitir expressões, conhecer e
saber analisar os diferentes formatos da face e de seus elementos é muito importante para o
maquiador.
No capítulo Visagismo aplicado à maquiagem, da obra Técnicas de maquiagem, você vai conhecer os
fundamentos do visagismo aplicado à maquiagem, a dinâmica das linhas e efeitos de luz e sombra e
as soluções de maquiagem para diferentes formatos de rosto.
TÉCNICAS DE
MAQUIAGEM
Introdução
A imagem da face é responsável por oferecer uma identidade visual
ao indivíduo, podendo, inclusive, indicar traços de sua personalidade.
A maquiagem ideal será aquela que melhor transmite a imagem que
o cliente gostaria de expressar, com harmonia e estética, e não a que o
enquadra nos padrões e tendências de beleza impostos à sociedade.
A imagem pessoal deve ser capaz de expressar as características
pessoais e o estilo de cada indivíduo, e uma vez que a maquiagem serve
como ferramenta de embelezamento, deve ser pensada de maneira a
auxiliá-lo a transmitir uma imagem condizente com aquela que deseja.
Neste capítulo, você conhecerá o visagismo aplicado à maquiagem,
aprenderá a relacionar a dinâmica das linhas e os efeitos de luz e sombra
e aplicar soluções de maquiagem para diferentes tipos de rosto.
O visagismo
O visagismo trata da imagem pessoal de cada indivíduo, expressando ou não
sua identidade. Reforça a ideia de que cada indivíduo é único, e por isso, apre-
senta as: “Quem é você?” e “O que você deseja expressar pela sua imagem?”.
Em geral as pessoas não têm autoconhecimento e não sabem responder quem
são. O conhecimento que o visagismo proporciona auxilia os indivíduos a se
encontrarem e entenderem o que sua imagem fala sobre sua personalidade,
2 Visagismo aplicado à maquiagem
Pode-se dizer que a imagem e o estilo estão vinculados e são ferramentas poderosas
da comunicação com o mundo (MOLINOS, 2010). Quando uma pessoa consegue
apresentar o melhor de si através de sua imagem, estará causando a impressão certa,
e por isso, no que diz respeito à imagem pessoal, seguir padrões e tendências não
deve ser o primordial. Nem sempre o que está em voga como tendência reflete o que
a pessoa necessita nem a auxilia para que possa ser bem interpretada pelos outros.
Figura 1. Linha reta vertical (a), linha reta horizontal (b), linha inclinada (c) e linha curva (d).
Fonte: Marques (2018, p. 135).
Visagismo aplicado à maquiagem 5
■ oval;
■ redondo;
■ retangular;
■ quadrado;
■ hexagonal com base reta;
■ hexagonal com lateral reta;
■ triangular;
■ triangular invertido;
■ losangular.
O formato de rosto oval por muito tempo foi considerado o ideal de beleza
para mulheres, pois expressa delicadeza e suavidade. As principais carac-
terísticas desse formato de rosto são: testa arredondada e não muito larga;
têmporas não são muito profundas; linha do cabelo arredondada; linhas do
zigomático levemente salientes, descendo até a curva da mandíbula; largura
correspondente a dois terços de seu comprimento.
O rosto redondo possui poucos ângulos. É angelical ou infantil, muito
encontrado em pessoas de origem asiática e indígena. Caracterizam-se por
testa e queixo menores que nos rostos ovais; olhos mais espaçados; linha do
cabelo arredondada; formatos dos olhos e do nariz também são arredondados,
assim como a linha do cabelo.
8 Visagismo aplicado à maquiagem
fraquezas. Não gostam de ser pressionados ou controlados. Sua fala pode ser
forte e rápida ou arrastada, e seus gestos cinestésicos.
Fisicamente, as linhas retas verticais e horizontais apontam características
coléricas, por expressarem segurança, poder e força. Seu rosto pode ter o
formato quadrado, triangular ou hexagonal com base reta, sendo o queixo
pronunciado e forte. Seus olhos são espaçados, com olhar intenso e penetrante,
e as sobrancelhas grossas, cerradas e retas. Seu nariz é largo, e seus lábios
grossos e sensuais (GLAS, 2013; HALLAWELL, 2010b).
Existem dois tipos de melancólico: o artístico e o científico. Os dois são
disciplinados, perfeccionistas, talentosos, discretos, analíticos, detalhistas,
pensativos e profundos. São concentrados, pacienciosos e persistentes, res-
peitadores e tentam não ser intrometidos ou inconvenientes. O melancólico
artístico é sensível, delicado e romântico, porém não demostra entusiasmo
ou emoção. Já o científico, é cerebral e lógico, sendo mais frio e sistemático.
As fraquezas dos melancólicos são a indecisão, a ansiedade, a introversão,
a timidez e o perfeccionismo exagerado, entre outras, tendo dificuldades
de se impor e facilidade de guardar rancor. Sua falta de emoção gera a
impressão de antipatia. Tem gestos graciosos e preciosos, e fala rápida e
sem muita clareza.
Feições, expressões ou formatos de rostos com linhas curvas expressam
lirismo, delicadeza e sensibilidade, caracterizando melancólicos artísticos.
O melancólico científico, contudo, é caracterizado por linhas retas verticais
rígidas e finas. Em sua maioria, os melancólicos artísticos têm o formato
de rosto oval, mas também pode ser triangular invertido, já no melancólico
científico, é retangular ou longo. As feições são arredondadas, agrupadas,
delicadas e pequenas; os olhos e sobrancelhas são caídos, dando ar de tristeza;
o nariz é longo ou pequeno; a testa alta e curva; o queixo retraído; os lábios
estreitos e a boca caída.
Por fim, pessoas fleumáticas são caracterizadas como pacientes, equili-
bradas, pacificadoras, leais, conciliadoras, amigáveis, simpáticas, agradáveis,
organizadas e com ótima memória. Não são competitivas ou apegadas, são
generosas e se contentam com pouco. Suas fraquezas são: acomodação, apatia,
alienação e desleixo com a aparência. Não gostam de mudanças e por vezes
perdem boas oportunidades; fogem de situações de riscos, pois buscam por
segurança. Tem movimento, gesto e fala lentos.
As feições dos fleumáticos são regulares e arredondadas; seus olhos são
cerrados, com pálpebras grandes e pesadas, dando ar de cansaço; as sobran-
celhas são largas, não delineadas, e podem ser retas ou redondas; seu queixo
é retraído e seu rosto pode ser redondo, triangular, quadrado ou oval.
12 Visagismo aplicado à maquiagem
O visagismo na maquiagem
Analisar as características faciais do cliente e seus objetivos e necessidades
em relação à imagem que deseja transmitir, são passos primordiais para um
bom atendimento e para a realização da maquiagem. A partir dessa análise
é que se pode, então, idealizar uma maquiagem que supra suas expectativas.
Com base em todas as características abordadas e com muito treino, é
possível identificar o temperamento dos clientes, e assim, compreender e
auxiliar a pensar sobre qual imagem ele deseja transmitir. Pense que se o
cliente apresentar características físicas do melancólico, mas desejar transmitir
uma imagem mais forte e determinada, poderá investir em traços que levem
mais próximo ao colérico, por exemplo. Contudo, você não pode deixar de
considerar que essa imagem precisa estar em harmonia com seu senso pessoal
e com o próprio formato do rosto.
Deve-se também considerar as cores e seus significados: amarelo, ligado
ao sol, é energético, alegre, intenso, vibrante; o dourado, ligado ao ouro, é
exuberante, rico, profundo; o laranja fogo é emocional, perigoso, agitado,
energizante; o vermelho, sangue, é passional, emocional, profundo; e o marrom,
ligado à terra, é aconchegante, pé no chão, estável e estruturado.
Leitura recomendada
D’ALLAIRD, M. et al. Milady maquiagem: teoria das cores, maquiagens especiais evolução
da maquiagem. São Paulo: Cengage Learning, 2016.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da lnstituic;ao, voce encontra a obra na fntegra.
Conteudo:
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SOLU<;OES
EDUCACIONAIS
INTEGRADAS
Dica do professor
É importante ressaltar que a maquiagem não deve seguir padrões e tendências para todos os
clientes. Por isso, o visagismo implica em um processo de análise e discussão sobre o que o cliente
deseja expressar com sua imagem e da elaboração de uma proposta, justamente para que o
profissional e o cliente cheguem a uma conclusão sobre o que é mais indicado especialmente para o
caso dele.
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Na prática
A maquiagem é um recurso capaz de aprimorar a imagem pessoal, mas, para que o resultado seja
satisfatório, o profissional precisa dominar os conceitos da linguagem visual e desenvolver a
inteligência visual.
Confira Na Prática como você poderá alcançar ótimos resultados se souber trabalhar bem as
habilidades dessa inteligência. Veja como ter autonomia para criar maquiagens personalizadas para
seus clientes.
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l• +
Harmonia e estética
Philip Hallawell é considerado o pai do visagismo e desenvolveu um método particular baseado na
linguagem visual e nos temperamentos. No link a seguir, você pode navegar em seu site e conhecer
melhor do seu trabalho.
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Maquiagem social: dia e noite
Apresentação
Casamentos, festas, jantares, aniversários, entre outros, são eventos sociais que, atualmente,
requerem maquiagens aplicadas e projetadas especialmente desenvolvidos para a ocasião. A
maquiagem, nesse caso, recebe o nome de maquiagem social, sendo que o mercado nessa área tem
se tornado cada vez mais promissor. Profissionais com bom posicionamento e destaque conseguem
atingir rendimentos financeiros excelentes nesse segmento. Contudo, são necessários muita
dedicação e esforços para alcançar essas metas.
Bons estudos.
"-1 '"
aconchego,
estabilidade, discreto, nao traz
concentra ao sensa oes por nao
e estrutura. chamar a aten ao.
Uma parcela significativa delas está mais informada sobre tendências, técnicas e recursos de
maquiagem avançada. Por isso, a maquiagem social profissional é uma das carreiras que mais
crescem e assumem importância na América Latina.
No capítulo Maquiagem social: dia e noite, da obra Técnicas de maquiagem, base teórica desta
Unidade de Aprendizagem, você irá conhecer os conceitos de maquiagem social, além de
compreender como aplicar seus procedimentos tanto para o dia quanto para a noite.
TÉCNICAS DE
MAQUIAGEM
Introdução
Qualquer ocasião pode ser considerada especial, dependendo do que
isso significa para a pessoa. Casamentos, festas, jantares, aniversários,
entre outros, são eventos sociais que, atualmente, requerem maquiagens
especialmente mais elaboradas, que, nesse caso, recebem o nome de
maquiagem social.
Neste capítulo, você conhecerá os conceitos de maquiagem social e
aprenderá a aplicar os procedimentos de maquiagem social para o dia
e para a noite.
mais facilidade. Por isso, a maquiagem social profissional é uma das carreiras
que mais cresce e assume maior importância na América Latina, garantindo
grande espaço no mercado.
A maquiagem social requer um cuidado especial do profissional maquiador.
Diversos quesitos devem ser considerados ao mesmo tempo; assim, os deta-
lhes que envolvem a maquiagem se associam desde à seleção dos cosméticos
adequados ao tipo de pele até à escolha da cor da sombra ou do batom. Todas
as escolhas na maquiagem exigem um planejamento, de modo que não seja
preciso lançar mão de “truques” que corrijam erros.
Ainda na pele, o blush pode ser aplicado para se obter um aspecto mais
saudável. A aplicação é feita na região que fica corada, com um pincel adequado
e com movimentos circulares (CATHARINE HILL, 2015). Para aplicação de
blush clássico, o produto deve ser distribuído nas bochechas em direção à raiz
do cabelo, e é muito importante que seja bem esfumado, principalmente nas
maquiagens para o dia, evitando um visual muito marcado.
Após a preparação da pele, pode ser feita a aplicação da maquiagem nos
olhos. Em geral, inicia-se pela marcação do côncavo, realizada de forma
esfumada, com sombra marrom e pincel específico para esfumar. Depois,
pode-se aplicar a sombra da cor escolhida, de preferência de cores mais claras,
em toda pálpebra móvel, depositando-a e esfumando-a para que se una ao
esfumado do côncavo (Figura 5). A aplicação de delineador é opcional no
caso de maquiagens para o dia.
Também pode ser feita a técnica cut crease, uma boa opção para eventos
ao dia quando feita com sombras mais neutras.
10 Maquiagem social: dia e noite
A técnica cut crease consiste em utilizar uma sombra mais escura na parte superior às
dobras do olho e corretivo com pigmentação mais clara na pálpebra para marcar o
corte. Confira, a seguir, o passo a passo da técnica:
1. Encontrar o côncavo e desenhar uma linha fina com a sombra de cor mais escura.
2. Puxar o traçado para os cantos externos, como se fosse um delineado gatinho.
3. Por cima da linha delimitada, esfumar muito bem com a sombra.
4. Escolher um pigmento de cor forte para complementar e esfumar na parte superior.
5. Para marcar o cut crease, carimbar a pálpebra com corretivo bem na linha do côncavo.
6. Preencher, puxando para os cantos externos. Para melhor fixação, aplicar sombra
de cor clara na pálpebra móvel.
7. Finalizar com delineado bem marcado e com máscara de cílios.
O último passo é a aplicação de maquiagem nos lábios. Para que não escorra
e fique bem delineado, pode ser aplicado lápis de contorno labial antes do
batom escolhido. Finalmente, aplica-se o batom na cor escolhida e se finaliza
com gloss, caso o cliente deseje a finalização com brilho, e não matificada.
A técnica de smokey eyes é conhecida por marcar bem os olhos com a maquiagem,
principalmente no estilo preto esfumado. Confira, a seguir, o passo a passo da
técnica:
1. Aplicar um primer para olhos em toda a pálpebra.
2. Aplicar lápis preto rente aos cílios e na linha d’água, marcando os locais que serão
esfumados e dramatizando mais o olhar. Utilizar um pincel adequado para esfumar
o traçado feito e, só depois disso, aplicar a sombra escura.
3. Em geral, a ordem certa de aplicação das sombras na pálpebra é colocar a cor mais
escura na região externa do olhos e a mais clara, no centro da pálpebra móvel,
espalhando as duas para que se misturem no olhar. Caso as sombras sejam pretas,
utilizar a mais brilhosa no centro dos olhos.
4. Nesta técnica, o esfumado não vai muito além do côncavo do olho. É importante
tomar esse cuidado no momento da aplicação.
5. Aplicar corretivo (ou base) abaixo dos olhos somente depois que o esfumado
estiver terminado, pois as sombras em pó bem pigmentadas costumam cair
no rosto durante a produção dos olhos, ficando depositadas na região abaixo
do olhar.
6. Finalizar com máscara de cílios reforçada e, se possível, utilizar cílios postiços.
Pigmento e glitter são produtos muito semelhantes e se diferem pela textura. Possuem,
além de alta cintilância, pontos de brilho que aumentam a reflexão do brilho que o
compõe.
Os pigmentos são sombras em pó muito pigmentadas, geralmente, mais granulados
do que as sombras comuns. Já o glitter tem a textura anda mais consistente e granulada
e é composto por uma variedade de pedaços muito pequenos e em cores neon,
metálico e iridescente para refletir a luz. Atualmente, são os produtos mais encontrados
nas lojas de cosméticos.
Tanto para os pigmentos quanto para os glitters, é necessário o uso de fixadores
ou potencializadores de sombras na pálpebra, de modo que esses produtos não se
espalhem por todo o rosto.
Leituras recomendadas
CEZIMBRA, M. Maquiagem: técnicas básicas, serviços profissionais e mercado de tra-
balho. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2013.
D’ALLAIRD, M. et al. Milady Maquiagem: teoria das cores, maquiagens especiais, evolução
da maquiagem. São Paulo: Cengage Learning, 2016.
MOLINOS, D. Maquiagem. 11. ed. São Paulo: SENAC, 2000.SALAZAR, A. De bem com o
espelho. Caxias do Sul: Belas Letras, 2013.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da lnstituic;ao, voce encontra a obra na fntegra.
Conteudo:
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SOLU<;OES
EDUCACIONAIS
INTEGRADAS
Dica do professor
Maquiagens mais elaboradas, com diferentes texturas de sombra, cílios postiços, pele iluminada e
acabamento perfeito fazem parte do dia a dia dos profissionais de maquiagem, cada vez mais
requisitados.
A técnica de pálpebra luz é uma das maquiagens mais solicitadas para eventos sociais, tanto de dia
quanto de noite. Para cada período, a transformação se dá de acordo com a escolha das cores
utilizadas, a espessura dos delineadores e dos cílios postiços aplicados.
Acompanhe, na Dica do Professor, um passo a passo da técnica de pálpebra de luz feita para um
evento noturno.
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Na prática
A maquiagem social tem como intuito embelezar e trazer harmonia ao rosto, além de auxiliar na
construção da imagem visual. O visagismo é uma ferramenta importante nesse contexto.
Para trabalhar harmonização, é importante considerar o tipo cromático das clientes e utilizar uma
cartela de cores que combine com seu tom de pele, olhos e cabelos.
Quente, dourado-amarelada
com fundo terra-de-siena-natural.
Olhos Cabelos
marrom-claro, marrom-claro,loiro,cenoura,
verde-cinzento,azul-claro. vermelho-claroecastanho-dourado.
Combinam:
• Todos os tipos de amarelo.
• Verdes quentes (musgo, limao, oliva).
• Marrons quentes amarelados e avermelhados.
• Todos os tons de bege.
• Tons pessego e corais.
6)
Olhos Cabelos
marrom-amarelado, verde, ruivo, ruivo-loiro-escuro,
turquesa, cinza-dourado. castanho-acobreado e
marrom-avermelhado.
Combinam:
• Todos os vermelhos quentes.
• Amarelos dourados e brilhantes.
• Beges escuros.
• Verde musgo.
• Tons puxados para o bronze.
• Marrons amarelados.
Olhos Cabelos
marrom-claro, marrom-claro,loiro,cenoura,
verde-cinzento, azul-claro. vermelho-claroecastanho-dourado.
Combinam:
• Vermelhos fries (carmim, vinho, magenta e pink intenso).
• Todos os tons escuros de azul.
e Verde-agua.
• Violeta-escuro.
• Marrons escuros e frios.
• Cinzas frios azulados, esverdeados e aroxeados.
Olhos Cabelos
azul, verde, cinza, avela loiro claro ou escuro, cinza
e violeta. e castanho-claro.
Combinam:
• Todos os tons de rosa.
• Todos os tons de verde e azul claro.
• Cinzas perolados.
• Magenta, framboesa e tons cereja.
• Marrom-rosado.
• Amarelo-claro.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
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Fundamentos da maquiagem artística
Apresentação
Existem diversos tipos de maquiagens artísticas, desde aquelas abstratas, em que o maquiador
expressa sua livre criatividade, até aquelas em que é possível caracterizar alguém, transformando
em um personagem que pode ser muito diferente da pessoa maquiada. As possibilidades, nesse
tipo de maquiagem, são diversas.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai entender os fundamentos da maquiagem artística, listar
os produtos específicos para a sua realização e conhecer quais são as ferramentas específicas
utilizadas nela.
Bons estudos.
Confira, no Infográfico a seguir, os conceitos básicos dos principais tipos de maquiagem artística.
CINEMA E TV
Tambem pode ser
maquiagem social;
usa efeitos de luz
e sombra para destacar
e disfar ar areas.
TEATRAL
Exige contextua liza ao
de cenario, figurine
e obra, alem de
contrastes de
claro/escuro devido
a distancia do publico
e a luz dos refletores.
Conteúdo do livro
No mundo da maquiagem, é possível realizar várias criações. As possibilidades aumentam ainda
mais quando se trata de maquiagem artística, um campo vasto e muito utilizado hoje em dia em
áreas que necessitam de caracterização, como cinema e teatro, assim como em maquiagens
abstratas, em que o maquiador é o artista livre para criar e se expressar.
Na obra Técnicas de maquiagem, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, leia o capítulo
Fundamentos da maquiagem artística, no qual você vai entender os fundamentos da maquiagem
artística, conhecer os produtos específicos para realização da maquiagem artística, além de
aprender quais são as ferramentas específicas para maquiagem artística.
Boa leitura.
TÉCNICAS DE
MAQUIAGEM
Introdução
São perceptíveis as reações e influências que o uso da maquiagem causa
nas pessoas que se apropriam dessa arte. Seja com o intuito de disfarçar
ou realçar características, a maquiagem tem grande poder de transfor-
mação. Na maquiagem artística e cênica, as funções da maquiagem irão
variar de acordo com a intenção dedicada a determinada personagem
ou imagem que se deseja transmitir.
São diversos os tipos de maquiagem no campo artístico, e todos
eles têm muita relação com o texto imagético e com a criatividade do
profissional maquiador.
Neste capítulo, você entenderá fundamentos da maquiagem artística, co-
nhecerá os produtos específicos para a realização desse tipo de maquiagem
e compreenderá quais são as ferramentas específicas para essa atividade.
há ligação com a cena, de modo que a maquiagem não se faz sozinha nem se
afirma como elemento individual.
A seguir, confira o que caracteriza cada uma das maquiagens artísticas
mais utilizadas.
Figura 1. Maquiagem para cinema feita com efeitos de luz e sombra. Anthony Hopkins
(lado esquerdo) em uma impressionante caracterização de Alfred Hitchcock (lado direito).
Fonte: Morais (2013, documento on-line).
4 Fundamentos da maquiagem artística
Caracterização de personagens
Nos desfiles de moda, devido ao impacto da cena e dos jogos de luz, a maquia-
gem deve ser mais forte e marcante. Outra vez o uso da criatividade é muito
presente, mas o maquiador profissional deve expressar o conceito da marca
e/ou coleção apresentada na passarela a partir das cores, harmonizando-as
nos modelos.
8 Fundamentos da maquiagem artística
Maquiagem virtual
Necromaquiagem
A massa moldável modelo charuto (Figura 7a) ou doce de leite (Figura 7b)
é utilizada para aumento de orelhas, nariz ou qualquer outra área e, também,
para criar postiços, como pontas de nariz, queixo, orelha, efeitos de tiros e
pequenos cortes. Também pode ser utilizada para criar cicatrizes, além de
servir como camuflagem de sobrancelhas. A fixação desse produto aumenta
quando aplicada sobre fina camada de verniz (CATHARINE HILL, 2018).
Figura 8. Glitter.
Fonte: Elena Nichizhenova/Shutterstock.com.
Na prática
O airbrush é uma ferramenta muito utilizada tanto para a maquiagem social quanto
para a artística. É feita com um aerógrafo junto a um compressor, que faz a aplicação
da maquiagem em finas camadas, podendo ser com base em tom de pele ou base
colorida. Um produto específico é adicionado ao aerógrafo, que é manipulado por meio
de um spray (o pigmento pulverizado). O resultado proporcionado é de uniformidade
total, mas, geralmente, o primeiro passo deve ser preparar a pele para qualquer textura
ou efeito que venha a ser aplicado por cima.
1. Acesse a página https://bit.ly/2KBzGN5 e baixe o aplicativo
Sagah Técnicas de maquiagem. Se preferir, use o QR code ao
lado para baixar o aplicativo.
2. Abra o aplicativo e aponte a câmera para a imagem a seguir:
Efeitos especiais
É possível fazer praticamente qualquer efeito especial sobre a pele utilizando
as técnicas e os produtos certos. Para isso, é possível fazer boas escolhas em
produtos que visam garantir um visual impecável, além de não agredir a pele
do ator ou cliente. Para a criação de efeitos especiais em maquiagem, além dos
produtos e ferramentas supracitados, há outros recursos e técnicas também
disponíveis no mercado atualmente.
14 Fundamentos da maquiagem artística
Existem, além disso, receitas caseiras para fazer o sangue falso, misturas
feitas com gel, glucose de milho, molhos comestíveis, corantes, entre outros.
As massas de reconstrução (slug), citadas anteriormente, também são
muito utilizadas em efeitos especiais. Além dos produtos prontos, também
há a possibilidade de criá-los em casa, com materiais simples, como algodão,
papel e cola, entre outros.
A massa slug caseira também pode ser feita com três ingredientes básicos: amido
de milho, vaselina e pó compacto. Para fazê-la, é só misturar os três ingredientes, de
modo que fique uma substância homogênea e com textura de massa de modelar. É
uma solução econômica para quem não dispõe de tantos produtos específicos para
a maquiagem artística.
Fundamentos da maquiagem artística 15
ANGEL. Personagens que não podem ganhar seus próprios filmes produzidos pela Marvel Stu-
dios. 13 nov. 2016. Disponível em: <http://geeksinaction.com.br/index.php/2016/11/13/
lista-personagens-que-nao-podem-ganhar-seus-proprios-filmes-pela-marvel-stu-
dios/>. Acesso em: 14 nov. 2018.
CATHARINE HILL. Massa moldável charuto. 2018. Disponível em: <https://loja.catharinehill.
com.br/massa-moldavel-charuto-2220-1>. Acesso em: 14 nov. 2018.
CATHARINE HILL. Massa moldável doce de leite. 2018. Disponível em: <https://loja.
catharinehill.com.br/massa-moldavel-doce-de-leite-2220-2>. Acesso em: 14 nov. 2018.
CATHARINE HILL. Scar skin branca: massa para simular cicatrizes. 2018. Disponível em:
<https://loja.catharinehill.com.br/scar-skin-branca-2222-2>. Acesso em: 14 nov. 2018.
CATHARINE HILL. Theatrical blood: sangue artificial. 2018. Disponível em: <https://loja.
catharinehill.com.br/theatrical-blood-sangue-artificial-2224>. Acesso em: 14 nov. 2018.
MORAIS. M. Entenda como é feita a maquiagem no cinema. 2013. Disponível em: <https://
www.guiadasemana.com.br/cinema/noticia/entenda-como-e-feita-a-maquiagem-no-
-cinema>. Acesso em: 14 nov. 2018.
SILVEIRA, N. M. B. Automaquiagem como exercício cênico. 2016. 55 f. Trabalho de Conclusão
de Curso (Licenciatura em Artes Cênicas) - Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2016.
Disponível em: <http://bdm.unb.br/bitstream/10483/13162/1/2016_NataliaMaiaBraz-
Silveira.pdf>. Acesso em: 14 nov. 2018.
Leituras recomendadas
CATHARINE HILL. Apostila do curso de especialização em olhos. São Paulo: Catharine
Hill, 2015.
D’ALLAIRD, M. et al. Milady Maquiagem: teoria das cores, maquiagens especiais, evolução
da maquiagem. São Paulo: Cengage Learning, 2016.
MAGALHÃES, M. Caracterização teatral: uma arte a ser desvendada. In: FLORENTINO, A.;
TELLES, N. (Org.). Cartografias do ensino do teatro. Uberlândia: EDUFU, 2009. Disponível
em: <http://www.edufu.ufu.br/sites/edufu.ufu.br/files/e-book_cartografias_do_tea-
tro_2009_0.pdf>. Acesso em: 14 nov. 2018.
Conteudo:
filfil SOLU<;OES
EDUCACIONAIS
INTEGRADAS
Dica do professor
Ao longo dos anos, diversas maquiagens artísticas cinematográficas ficaram famosas, repercutindo
e marcando história; muitas sendo reproduzidas até hoje.
Na Dica do Professor, você irá conferir algumas das mais marcantes maquiagens do cinema, além
de conhecer curiosidades sobre elas.
Confira.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
Na prática
O sangue falso é um produto que apresenta efeito natural e traz mais realidade para as maquiagens
que representam cortes e sangue, muito usado em efeitos especiais.
Existem formulações do produto pronto, encontrado em lojas especializadas, mas também há a
possibilidade de fazer em casa, com alguns ingredientes fáceis de encontrar.
Confira, Na Prática, como pode ser feito o sangue falso caseiro, que pode, inclusive, ser usado na
boca, por ser composto por ingredientes comestíveis.
½ xkara (120 ml) 1 xkara (300 g) 2 colheres
de batida ou ponche de xarope de sopa de corante
de alguma fruta vermelha de milho alimentar vermelho
f,
Seo sangue estiver muito palido ou rosado, acrescentar algumas '
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
Maquiagem artística
Nesse link você encontra diversas dicas de como fazer esse tipo de maquiagem, de produtos que
podem ser usados e ideias para maquiagens artísticas.
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Micropigmentação e design de
sobrancelhas
Apresentação
Micropigmentação, microdermopigmentação, dermopigmentação, maquiagem semi-permanente e
microblading são diferentes formas de se referir àquela maquiagem duradoura, que tem o pigmento
implantado na camada subepidérmica da pela. Embora existam diferentes nomenclaturas, o nome
mais conhecido é micropigmentação para se referir ao procedimento realizado com dermógrafo, e
microblading para o procedimento realizado com tebori.
Bons estudos.
~ ~
oR4ANIZA Ao E PREPARA Ao t>oS MATERIAIS
0 ambiente deve ser preparado de maneira aevitar qualquer
tipo de contamina ao cruzada. Por isso, o espa o, o mobiliario e
os instrumentos devem ser desinfetados e plastificados com
filme PVC, que posteriormente devera ser descartado como
residuo biol6gico.
---+ Note que, ate aqui, o protocolo foi o mesmo - o que muda ea
tecnica de implanta ao escolhida.
I
(Vlt>At>oS PoS-PRo(Et>IMENTo
i
Lista de cuidados que o cliente precisa ter para auxiliar no
processo de regenera ao do tecido. Etapa crucial para um born
resultado final.
Conteúdo do livro
A maquiagem ganhou muita importância e destaque na sociedade, devido à supervalorização da
aparência, principalmente entre o público feminino. Nesse sentido, a micropigmentação se torna
uma técnica bastante eficaz, pois seus resultados são duradouros, o que a torna muito procurada
atualmente. O profissional designer de sobrancelhas precisa atualizar-se constantemente para
oferecer aos seus clientes o que há de mais inovador na sua área de atuação.
Na obra Design de sobrancelhas, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, leia o capítulo
Introdução à micropigmentação, onde você conhecerá os conceitos teóricos da micropigmentação,
as suas aplicabilidades e as diferentes técnicas voltadas para as sobrancelhas.
DESIGN DE
SOBRANCELHAS
Jessica Gabriele
da Silva Marques
Revisão técnica:
ISBN 978-85-9502-503-5
1. Estética. I. Título.
CDU 687.5.01
Introdução
Com o passar dos anos, a maquiagem foi ganhando muita importância
e destaque na sociedade, mais especificamente para as mulheres em
seus cuidados de beleza (MARTINS; MARTINS; MARTINS, 2009). Porém,
com a sobrecarga de atividades da contemporaneidade, soluções de
embelezamento mais duradouras e que facilitem o dia a dia da mulher
são cada vez mais procuradas. Esse é o caso da micropigmentação.
A micropigmentação permite corrigir falhas, proporcionando durabi-
lidade de até dois anos (dependendo da técnica eleita) para a correção.
Devido à evolução das tecnologias, que permitem resultados cada vez
mais naturais, a procura desse procedimento pelo público masculino
também vem aumentando dia após dia.
Neste capítulo, você vai conhecer os conceitos teóricos da micropig-
mentação, suas aplicabilidades e as diferentes técnicas voltadas para as
sobrancelhas.
Pigmento Agulha
Movimento
Moléculas Macrófagos do fluido
Células de sinalização
master
Capilar Fagocitose
Células Neutrófilos
vermelhas
Contraindicações
De acordo com Giaretta (2015), a micropigmentação é um procedimento sério
que envolve importantes contraindicações. Por essa razão, recomenda-se
cuidado. É imprescindível a realização da ficha de anamnese a fim de verificar
a saúde geral do cliente, bem como a presença de contraindicações.
Há casos em que o cliente não vai poder ser submetido ao procedimento,
casos em que vai poder, mas somente mediante autorização médica, e casos
em que deverá estar ciente das implicações do resultado e comprometer-se a
seguir recomendações especiais.
Dentre a lista de clientes com contraindicação absoluta, podemos citar
as gestantes e lactantes, pois as alterações hormonais características desses
períodos podem interferir na sensibilidade e fixação do pigmento. Também
entram nessa categoria pacientes em tratamento quimio ou radioterápico, ou
que estejam usando medicamentos imunossupressores e corticoides, devido
à debilidade do sistema imunológico. Esses clientes só poderão realizar o
procedimento mediante alta médica.
Há algumas contraindicações que, se apresentadas pelo cliente, exigem
consentimento médico para que a micropigmentação seja realizada. São elas:
c
Figura 3. (a) Técnica de preenchimento compacto.
(b) Técnica de preenchimento esfumado. (c) Técnica
de fio a fio.
Fonte: (a e b) ldutko/Shutterstock.com; (c) adaptada de
Dakalova Iuliia/Shutterstock.com.
As cores, quando misturadas, reagem entre si, formando novas cores. O resultado das
misturas é representado pela Estrela Oswald.
O profissional precisa saber qual vai ser o resultado final da cor da micro-
pigmentação, que decorre da interação dos pigmentos da tinta com a cor da
pele do cliente. Sabendo avaliar a temperatura e, principalmente, a composição
das cores — tinta e pele —, o profissional vai ter êxito nos seus resultados.
12 Introdução à micropigmentação
Em clientes com pele quente, não se pode utilizar tinta marrom com predominância
de laranja, por exemplo. Se a pele for quente, porém clara, é indicado o uso de tinta
marrom esverdeada (porque o verde é equilibrado entre azul e amarelo e não fornece
um resultado muito escuro). Se for quente, porém escura, o ideal é utilizar uma tinta
marrom levemente azulada (o azul equilibrará a temperatura quente, mantendo o
resultado marrom). Se a cliente tiver pele fria, é recomendado utilizar pigmentos marrons
quentes, pois o uso de pigmentos frios implicará em resultado azulado ou acinzentado.
Pode-se, ainda, optar por misturar ao pigmento escolhido uma gota de pigmento laranja
caso deseje um resultado mais suave. Esse processo é chamado de aquecimento de cor.
O edema pós-procedimento pode ser simples e de fácil resolução, pois regride natural-
mente à medida que a fase inflamatória aguda passa. Contudo, quando combinado com
a presença de secreção purulenta, dor, ardor e prurido, pode ser sinal de evento adverso,
o qual é caracterizado como resposta desfavorável do organismo durante o uso de uma
substância, sem necessariamente ser causada por ela (as causas podem ser interação
química entre outras substâncias, exageros na resposta imune ou ainda contaminação
microbiana). Um evento adverso somente será considerado como reação adversa se for
comprovado que ocorreu devido ao uso da substância em questão (reação alérgica ou
de hipersensibilidade). Nesses casos, o auxílio médico é indispensável.
A imagem a seguir mostra um caso de evento adverso em que a cliente se submeteu a
vapores liberados por escova progressiva em salão de beleza logo após o procedimento
de micropigmentação, ocasionando a exacerbação do processo inflamatório agudo
devido à interação dos componentes químicos envolvidos.
14 Introdução à micropigmentação
Nesta Dica do Professor, você verá quais são essas recomendações e o porquê de cada uma delas.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
Na prática
A micropigmentação consiste na implantação de pigmentos, por meio de agulhas, na camada
subepidérmica da pele. Contudo, existem diferentes técnicas e efeitos que podem ser alcançados.
Na prática, o profissional precisa conhecer os diferentes tipos para saber indicar o mais adequado
para cada cliente, além de tirar dúvidas e trazer os esclarecimentos necessários.
Confira.
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Desenhando as sobrancelhas
Apresentação
No design de sobrancelhas, elabora-se um projeto (desenho) para guiar o processo de remoção dos
pelos e correção de falhas. Além disso, com o desenho, o cliente pode ter uma previsão do
resultado antes mesmo de iniciar o procedimento.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer as técnicas e as medidas usadas em design de
sobrancelhas, além dos processos de correção de assimetrias e harmonização facial.
Bons estudos.
• 9-E P.Al
1 -L1gar
4-P.F
i-P.i
5- 5-
A.P.I A.P.I
Conteúdo do livro
Para desenhar as sobrancelhas, é necessário conhecer bem os materiais e saber utilizá-los da
maneira mais adequada. Logicamente, também é fundamental conhecer as técnicas de
harmonização facial.
Na obra Design de sobrancelhas, leia o capítulo Desenhando as sobrancelhas, base teórica desta
Unidade de Aprendizagem, no qual você vai conhecer as técnicas e as medidas usadas para realizar
o design de sobrancelhas, além dos processos que envolvem a correção de assimetrias e
harmonização facial.
Boa leitura.
DESIGN DE
SOBRANCELHAS
Introdução
Para fazer o design de sobrancelhas, é necessário elaborar um projeto em
forma de molde sobre as próprias sobrancelhas do cliente. Esse desenho
servirá de guia no processo de remoção dos pelos e correção de falhas.
Como o resultado envolve, muitas vezes, remover grande quantidade
de pelos em excesso ou preencher falhas importantes nas sobrancelhas,
além de guiar o profissional, o projeto servirá para que o cliente possa ter
uma previsão do resultado a ser obtido com o método e, então, decidir
se concorda com a proposta do profissional ou se prefere experimentar
outra forma/modelo de sobrancelhas.
Neste capítulo, você vai conhecer as técnicas e medidas usadas em de-
sign de sobrancelhas, além dos processos de correção de assimetrias e
harmonização facial.
Análise da face
Hallawell (2010) explica que, ao analisarmos o rosto do cliente, precisamos
considerar as linhas e formas que o compõem e qual a sensação que ele trans-
Desenhando as sobrancelhas 3
Higienização da pele
Segundo Gerson et al. (2011), antes de dar início ao procedimento, o profissional
deve realizar a antissepsia de suas mãos e colocar os EPIs (jaleco, máscara
e touca). Em seguida, é necessário higienizar os pelos das sobrancelhas do
cliente e a pele no entorno utilizando gaze ou algodão umedecido com solução
antisséptica (Figura 1).
4 Desenhando as sobrancelhas
A gaze permite maior fricção que o algodão e, portanto, uma limpeza mais profunda.
O algodão, sendo mais suave, é indicado para limpeza de peles sensíveis. Faça firmes
movimentos ao longo do sentido do crescimento dos pelos e no sentido contrário
também, até completa limpeza. É necessário cuidar para não arrancar os pelos nesse
processo. Por isso, se a região estiver com acúmulo de sujeira ou maquiagem, por
exemplo, utilize antes um algodão com demaquilante em movimentos suaves e circulares.
https://goo.gl/4ifzA2
Desenhando as sobrancelhas 5
Uma vez que as técnicas vêm sendo aprimoradas dia a dia, atualmente
os recursos e instrumentos utilizados no design de sobrancelhas permitem a
elaboração de um projeto único e personalizado para cada cliente.
Paquímetro
O paquímetro é, basicamente, uma régua com bicos de medição ligados à
extremidade esquerda, a qual está associada a um cursor móvel também com
bicos de medição (Figura 2a). Permite medição tanto na parte superior quanto
na inferior, marcando a mesma medida. Contudo, a medição superior se dá
por fora dos bicos e a inferior por dentro (Figura 2b).
O cursor móvel tem a demarcação de medida sempre alinhada à régua,
mostrando a distância entre os bicos de medição, de maneira que, quando
fechado, está alinhado ao 0 centímetro (Figura 2a) e, quando movimentado,
indica a medida da distância entre os bicos (Figura 2b).
A Cursor móvel
Corpo
2 Cauda
1
3
■ se o rosto for fino e/ou os olhos pequenos, marque o ponto alto entre
4,2 e 4,4 cm a partir do ponto central;
■ se o rosto for largo e/ou os olhos grandes, marque o ponto alto entre
4,6 e 4,8 cm a partir do ponto central;
■ se o rosto for padrão, o ideal é marcar o ponto alto em torno de 4,5 cm
a partir do ponto central.
Caso a altura das sobrancelhas não seja a mesma de um lado para outro, esse
é um indicativo de que são assimétricas. Antes de fazer a correção, contudo,
deve-se analisar se os olhos também apresentam diferenças de altura. Se apre-
sentarem, não é indicado deixar a altura das sobrancelhas milimetricamente
igual, pois isso fará com que a assimetria dos olhos ganhe maior destaque
na face. Se os olhos forem da mesma altura, somente as sobrancelhas sendo
assimétricas, pode-se fazer a correção removendo pelos na parte superior da
sobrancelha mais alta e na parte inferior da sobrancelha mais baixa. Para isso,
marque os pontos onde deverá iniciar a altura das sobrancelhas, tanto na parte
superior quando na parte inferior.
Não se esqueça de buscar o equilíbrio entre as feições e cuide para não
afinar muito a espessura das sobrancelhas do seu cliente. Mudanças muito
drásticas podem chamar mais atenção do que diferenças de altura e que uma
sobrancelha mais fina do que a outra chama mais atenção do que uma sobran-
celha mais alta que a outra. Por isso é fundamental discutir as possibilidades
com seu cliente e procurar chegar a um consenso que o agrade. Considere
que a diferença de medidas com esse processo pode se dar em milímetros e o
aspecto da assimetria ainda assim tornar-se imperceptível. Tudo depende do
quão importante é a assimetria e do quanto ela incomoda ou não seu cliente.
14 Desenhando as sobrancelhas
Por último, meça a espessura das sobrancelhas (Figura 12). No ponto inicial,
a espessura pode variar de 0,5 até 1,3 cm, sendo que sobrancelhas entre 0,5 e
0,7 cm são consideradas finas (indicadas para pessoas com rostos finos, curtos
e feições pequenas e delicadas), sobrancelhas entre 0,8 e 1 cm são médias
(ideais para rostos de formato-padrão e feições proporcionalmente harmônicas)
e sobrancelhas entre 1,1 e 1,3 cm são grossas (para rostos e feições grandes).
Criação do desenho
Findado o processo de demarcação dos pontos e aferição de simetrias, segue
a etapa de criação do desenho/molde das sobrancelhas. Essa é a etapa mais
simples do processo, bastando ligar os pontos estabelecidos nas medidas
anteriores (Figura 13).
Desenhando as sobrancelhas 15
[ill]
7illI8J
SOLUt;OES
EDUCACIONAIS
INTEGRADAS
Dica do professor
Ao elaborar o design de sobrancelhas, você precisa levar em consideração vários fatores, entre
formato de rosto, formato das sobrancelhas naturais, simetria e harmonia facial. Contudo, existe um
passo a passo simples, utilizado por muitos profissionais, que norteia a prática.
Veja na Dica do Professor a elaboração do design de sobrancelhas, passo a passo, em uma modelo
real.
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Na prática
A marcação do design de sobrancelhas masculinas precisa ser pensada para o rosto masculino e
para a estrutura das sobrancelhas masculinas, que, obviamente, são diferentes do perfil feminino.
Além disso, o profissional precisa também considerar qual o desejo do cliente, para elaborar o
design adequado.
Na prática, quando você atender ao público masculino, precisará estar atento a esses e outros
detalhes.
Lápis dermatográfico
Como um recurso ao uso do lápis de maquiagem ou caneta para marcação do desenho das
sobrancelhas, muitos profissionais aderiram ao lápis dermatográfico. Conheça detalhes e dicas de
uso.
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Sobrancelhas boyish
Apesar de o design de sobrancelhas ser personalizado, alguns clientes podem desejar seguir a
moda. O Portal Educação trouxe uma matéria sobre a tendência boyish na modelagem de
sobrancelhas. Segundo essa tendência, o design feminino deve seguir um padrão semelhante ao
masculino. Confira.
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Aplicação de hena no design de
sobrancelhas
Apresentação
As sobrancelhas podem apresentar falhas naturais ou provocadas e, uma vez que o design de
sobrancelhas se propõe a criar um modelo projetado específico para cada cliente, muitas vezes é
necessário corrigir e preencher essas falhas.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer as características da hena e aprender a aplicá-
la, levando em conta as cores e técnicas ideais para cada cliente.
Bons estudos.
Passo 1
Higienizar uma area da pele atras da orelha ou na
dobra do cotovelo.
Passo 2
Aplicar uma pequena quantidade da hena na
regiao, deixando agir por 5 minutos.
Passo 3
Remover com gaze umedecida.
Passo4
Observar a rea ao da pele nas 48 horas seguintes.
t<:::'\
\Y A rea ao positiva impede o uso do produto no cliente, ou seja, o cliente nao
podera ser submetido a nenhum procedimento que utilize esse produto.
Caso haja rea ao adversa durante o teste (por exemplo, se houver eritema, prurido ou
edema), remova o produto imediatamente, mesmo que nao tenha passado o tempo
estipulado de 5 minutos. De aten ao especial para seu cliente em rela ao a rea oes
adversas que ainda poderao acontecer depois de 48 horas.
Conteúdo do livro
Colorir as sobrancelhas é um dos métodos mais simples e eficazes para realçar e embelezar o olhar,
porém sempre devemos discutir com o cliente o efeito desejado e considerar as variações de cor e
efeitos passíveis de serem atingidos com a técnica.
Na obra Design de sobrancelhas, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, leia o capítulo
Aplicação da hena no design de sobrancelhas, onde você irá conhecer as características da hena e
sua interação com a pele e os pelos, assim como aprender a aplicá-la, levando em conta as cores e
técnicas ideais para cada cliente.
DESIGN DE
SOBRANCELHAS
Jessica Gabriele
da Silva Marques
Aplicação de hena no
design de sobrancelhas
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Os cuidados com a área dos olhos aprimoram a beleza do rosto. O design
de sobrancelhas, quando bem realizado, proporciona efeito de embe-
lezamento imediato. No entanto, para que o resultado seja ainda mais
eficaz e duradouro, é possível contar com a coloração realizada com hena.
Essa técnica exige conhecimento e segurança e, quando bem executada,
fideliza muitos clientes.
Neste capítulo, você vai conhecer as características da hena e sua
interação com a pele e os pelos e vai saber como aplicá-la, levando em
conta as cores e técnicas ideais para cada cliente.
Características da hena
Há muito tempo e em diferentes civilizações, a hena é amplamente utilizada
com o intuito de tingir cabelos, pelos, pele e unhas. Trata-se de um pigmento
extraído das folhas da planta Lawsonia inermis (Figura 1), que no seu estado
natural pode ser apresentado em pó, o qual produz uma tinta vermelha quando
dissolvido (SOARES; LOPES; BARBOSA, 2014).
2 Aplicação de hena no design de sobrancelhas
A escolha da cor
Para a escolha do tom de hena adequado para cada cliente, deve-se levar em
consideração não só a cor da pele, a coloração natural dos pelos e cabelos e o
tom da hena, mas também o tom do resultado almejado.
Para clientes com pele e cabelos claros que desejem um resultado natural, mas
duradouro, recomenda-se o uso da hena louro-médio, pois a louro-claro tenderá
a clarear com mais rapidez. Para clientes com pele clara que desejem um resul-
tado mais marcante, pode-se utilizar louro-escuro, ou ainda uma mistura deste com
o castanho-claro, ou ainda o castanho-claro sozinho, deixando-o agir por menos
tempo. Clientes com pele clara e pelos escuros podem utilizar a hena louro-escuro
ou castanho-claro removido rapidamente (para resultados mais naturais), ou ainda
castanho-claro deixado por mais tempo ou castanho-médio (para resultados mais
marcantes). Clientes com pele escura podem utilizar castanho-médio por bastante
tempo, ou castanho-escuro removido rapidamente (para resultados naturais) ou
deixando até secar (para resultados intensos).
Aplicação de hena no design de sobrancelhas 5
Além dos tons das henas prontas variarem em claro, médio e escuro, há a
possibilidade de misturar tons. Dessa maneira, misturando louro-claro com
castanho-médio, por exemplo, é possível obter tom semelhante ao louro-escuro.
É importante saber que a pigmentação, tanto da hena quanto da tintura, é
tempo-dependente, ou seja, quanto mais tempo fica em contato, mais intensa
se torna, e vice-versa. Somente após o tempo médio de 20 minutos — quando
a hena seca ou a tintura se encontra totalmente oxidada — é que elas perdem
seu potencial de pigmentação.
Caso o cliente demonstre estar inseguro quanto à realização da coloração
das sobrancelhas, é possível mostrar fotos de alguns resultados do seu trabalho.
Pode-se, ainda, oferecer, em um primeiro momento, maquiar as sobrancelhas
com lápis ou sombra, para que ele possa se ver com as sobrancelhas preen-
chidas e ter a noção de como ficará o resultado da coloração. De qualquer
modo, é importante deixá-lo à vontade para decidir se quer ou não realizar
o procedimento.
Segundo Ifould, Forsythe-Conroy e Whittaker (2015), o método mais eficaz
para atingir a cor desejada é por meio da técnica de aplicar-remover. Quando
o cliente não está seguro ou decidido sobre a cor que deseja, deve-se aplicar a
hena, deixá-la agir por pouco tempo e então removê-la de uma pequena região.
Usando um espelho, mostra-se ao cliente o tom atingido até o momento. Se
ele preferir que fique mais escuro, reaplica-se a hena no local e deixa-se agir
um pouco mais de tempo. Caso ele prefira que fique mais natural, talvez já
seja a hora de remover.
Embora esse método pareça mais trabalhoso, tanto você quanto o cliente
estarão seguros de um bom resultado. Ifould, Forsythe-Conroy e Whittaker
(2015) afirmam que assim o cliente apreciará o tempo dedicado a ele e retornará
para uma próxima visita.
Romita et al. (2018) afirmam que, apesar de raras, reações adversas à tintura
de sobrancelhas também têm sido reportadas. Um relato de caso apresenta uma
mulher de 28 anos de idade com reação eczematosa grave nas sobrancelhas
um dia após o contato com tintura específica para sobrancelhas (Figura 3).
Figura 3. Reação alérgica à tintura de sobrancelhas (um dia após a exposição ao produto).
Fonte: Romita et al. (2018).
Aplicação de hena no design de sobrancelhas 7
Palitos de madeira: palitos finos utilizados tanto para aplicar a hena quanto
para dar acabamento no contorno. Embora muitos profissionais utilizem pincel
de maquiagem para aplicar a hena, os fabricantes costumam desaconselhar
tal uso, pois o metal dos pincéis tende a reagir com o produto e aumentar a
possibilidade de reações adversas.
Aplicação de hena no design de sobrancelhas 9
Passo a passo
Segundo Ifould, Forsythe-Conroy e Whittaker (2015), não é recomendável
realizar a remoção dos pelos das sobrancelhas logo antes da aplicação da
coloração. Isso deve ser feito após a coloração, mesmo que no mesmo dia, ou
deve ser agendado para outro dia. A pele, após a remoção dos pelos, tende a
10 Aplicação de hena no design de sobrancelhas
c
Figura 5. (a) Aplicação da hena na sobrancelha esquerda, do corpo em direção à cauda. (b)
Aplicação da hena na sobrancelha direita. (c) Camada mais fina no início e mais generosa
ao longo das sobrancelhas.
c
Figura 6. (a) Remoção da hena no início da sobrancelha esquerda para verificação do tom
já alcançado. (b) Demonstração do tom já alcançado para avaliação do cliente. (c) Remoção
completa da hena da sobrancelha esquerda, após o consentimento do cliente.
Aplicação de hena no design de sobrancelhas 13
Na Dica do Professor, além de acompanhar o passo a passo do procedimento, você receberá muitas
informações e dicas importantes para se tornar um excelente profissional na área do design de
sobrancelhas.
Confira!
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Na prática
Existem muitas opções de tons de hena, mas escolher o ideal para cada cliente nem sempre é
simples. Apesar de haver várias opções de cor, elas podem ser misturadas entre si, possibilitando
obter ainda mais diversidade de cores.
Você precisa cuidar também do tempo que leva para fazer a aplicação e do tempo em que a hena
fica em contato com a pele, porque o resultado da cor da hena é tempo-dependente.
Confira neste Na Prática como utilizar o tempo a seu favor na hora de aplicar a hena no design de
sobrancelhas.
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Apresentação
A vida moderna é muito movimentada. Devido à correria e ao estresse do dia a dia, é importante
que as pessoas separem um momento para cuidar da saúde e para receber procedimentos estéticos
que promovam sensação de bem-estar.
Por esse motivo, é muito interessante estender o relaxamento às regiões das mãos e dos pés, não
somente ara o corpo e para a face.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender sobre produtos e sobre procedimentos
aplicados ao spa das mãos e dos pés. Por fim, você vai aprender como estruturá-lo.
Bons estudos.
Acompanhe.
Conteúdo do livro
Cuidar das mãos e dos pés requer atenção completa, assim como ocorre com o corpo e a face.
Higienizar, hidratar e proteger são ações fundamentais.
No capítulo Spa das mãos e dos pés, da obra Recursos estéticos manuais, você vai estudar os
procedimentos estéticos e o uso de produtos cosméticos que oferecem essas ações, evitando,
ainda, o envelhecimento precoce e os tratamentos médicos.
Boa leitura.
RECURSOS
ESTÉTICOS
MANUAIS
Introdução
O estresse, a correria do dia a dia, a má alimentação, a insônia, entre outros
fatores, podem comprometer a saúde das pessoas. Um ambiente spa
busca reverter esse problema, proporcionando bem-estar, tranquilidade,
equilíbrio e harmonia, e é importante que isso seja estendido também
para as regiões das mãos e pés, não se restringindo apenas ao corpo e
à face. Neste capítulo, você vai estudar os produtos os procedimentos
utilizados no spa das mãos e pés e ver como se estrutura esse tipo de
ambiente spa.
A região das mãos precisa ser mantida limpa, hidratada e protegida da luz
solar. Um dos maiores vilões é o uso de agentes químicos, como os detergentes,
que retiram o manto protetor da pele e podem causar irritação e alergia nas
mãos, se utilizados rotineiramente. Até mesmo a água contribui para esse
envelhecimento.
Por esse motivo, realizar procedimentos estéticos e utilizar produtos cos-
méticos corretamente minimizará o envelhecimento precoce. Se não houver
esse cuidado no decorrer dos anos, apenas procedimentos médicos poderão
tratar o problema, e eles muitas vezes podem não apresentar pleno sucesso.
Portanto é mais fácil prevenir do que tratar posteriormente.
O uso de cosméticos para o cuidado da pele deve ser estimulado, visto que
propicia a melhora da qualidade do tecido cutâneo. De acordo com a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os cosméticos são constituídos por
substâncias naturais ou sintéticas, e têm como objetivo higienizar, tonificar,
hidratar, nutrir e proteger a pele (BRASIL, 1976).
As empresas cosméticas que comercializam produtos de linhas de spa
geralmente seguem a proposta de utilizar ativos cosméticos com elementos
extraídos da natureza, sendo, muitas vezes, livres de parabenos, óleo mineral,
silicones, ftalatos, corantes sintéticos, entre outros. Há vários estudos que já
apontam que os parabenos agem como desreguladores do sistema endócrino,
que óleo mineral é potencialmente alergênico e oclusivo, assim como os
silicones e os corantes sintéticos (SPADOTO, 2017). Já quanto aos ftalatos,
a toxicidade aguda é baixa, porém existem indícios de toxicidade crônica,
especialmente carcinogenicidade. As rotas primárias potenciais de exposição
humana são inalação, ingestão e contato dérmico.
No Brasil, há baixa demanda de cosméticos orgânicos ou naturais, devido
ao pouco interesse pelo conceito de sustentabilidade no que se aplica ao cos-
mético; à falta de regulamentação sobre o registro de cosméticos orgânicos,
que não fideliza o consumidor; ao preço mais elevado em relação ao produto
de concorrência de origem sintética e que atinge a mesma proposta de ação; e
à falta de informação mais clara nos rótulos (HIGUCHI; DIAS; TENGUAN,
2012; YAMADA et al., 2013).
Além do apelo da sustentabilidade, um bom produto se elege pela compo-
sição das matérias-primas. Em outras palavras, o uso de determinada matéria-
-prima deve respeitar o meio ambiente, mas também compreender a natureza
e o mecanismo de ação dessa matéria-prima. Deve-se pesquisar toxicidade,
irritabilidade e alergenicidade, elegendo aquela de menores atividades apon-
tadas. Portanto, ter responsabilidade com a matéria-prima é compreender sua
Spa das mãos e pés 3
Muitas empresas anunciam seus produtos como cosméticos naturais, mas, em vários
casos, eles não podem ser classificados como naturais, pois, além dos ingredientes
com ativos naturais, esses produtos têm formulação química tradicional, conservantes
e aditivos químicos em sua composição (SEBRAE, [200-?]).
Produtos
Agente esfoliante
Loção tônica
Tratamento do local
Finalização
Procedimentos
Higienização
Tratamento
Finalização
Frequência de tratamento
As principais causas de problemas que podem acometer a região dos pés são alterações
climáticas, desidratação, psoríase, diabetes, agressores químicos e obesidade (BEGA,
2006; OLIVA, [200-?]; LIMA, [201-?]; KOGOS, [2010]).
8 Spa das mãos e pés
Produtos
Sabonete líquido
Sais aromáticos
Tratamento do local
Argila
Procedimentos
Higienização
Tratamento
Frequência de tratamento:
https://goo.gl/ZqMx8k
Spa das mãos e pés 13
Estrutura tendência
A popularização dos termos “orgânico”, “consciência ecológica” e “susten-
tabilidade” já se faz também presente nas estruturas dos empreendimentos
mais modernos, principalmente no mercado internacional. Uma estrutura em
consonância com essas tendências alia espaços agradáveis e ecologicamente
corretos. Para tanto, a planta arquitetônica do empreendimento é desenvolvida
estrategicamente, buscando minimizar o impacto ambiental e, principalmente:
Nesse segmento, são poucas as clínicas que se preocupam com as pessoas com
deficiências físicas e pouca mobilidade. Um empreendimento adaptado às necessidades
desse público pode representar uma grande oportunidade de negócio. Para tanto,
devem ser instaladas rampas de acesso, elevadores especiais (no caso de clínicas com
mais de um andar) e instalações específicas de apoio no banheiro e vestiário.
14 Spa das mãos e pés
ALVES, B. da C. Como manter as mãos sempre jovens e bonitas. Les Nouvelles Esthétiques,
v. 13, n. 77, p. 54-58, fev. 2004.
BRASIL. Agência Nacional de vigilância Sanitária. Lei no 6.360, de 23 de setembro de 1976.
Dispõe sobre a vigilância sanitária a que ficam sujeitos os medicamentos, as drogas,
os insumos farmacêuticos e correlatos, cosméticos, saneantes e outros produtos, e
dá outras providências. Brasília, DF, 1976. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/
documents/33864/284972/lei_6360.pdf/5330c06d-1c17-4e1e-8d21-d7e3db4d3ce4>.
Acesso em: 06 ago. 2018.
BATISTUZZO, J. A. de O. Formulário médico farmacêutico. 3. ed. São Paulo: Pharmabooks,
2006.
BEGA, A. Tratado de podologia. São Paulo: Yendis, 2006.
BORELLI, S. As idades da pele: orientação e prevenção. São Paulo: Senac, 2004.
D’ANGELO, J. M. Estratégias de negócios para salões de beleza e spas. São Paulo: Cengage
Learning, 2010.
GOOSSENS, J. Beleza um conjunto em harmonia. São Paulo: Harbra, 2004.
HIGUCHI, C. T.; DIAS, L. C. V.; TENGUAN, R. H. Regulamentação de cosméticos orgânicos no
Brasil: apelo sustentável à pele. InterfacEHS (edição em português), v. 7, n. 1, p. 82-83, 2012.
INFINITY PHARMA. Alantoína: hidratante e queratolítico. 2017b. Disponível em: <https://
infinitypharma.com.br/uploads/insumos/pdf/a/alantoina.pdf>. Acesso em: 06 ago. 2018.
INFINITY PHARMA. Castanha da Índia pó/ext. seco: antivaricoso. 2017a. Disponível
em: <https://infinitypharma.com.br/uploads/insumos/pdf/c/castanha-da-india.pdf>.
Acesso em: 06 ago. 2018.
JARA, P. et al. The effect of resveratrol on cell viability in the Burkitt's lymphoma cell
line ramos. Molecules, v. 23, n. 14, p. 1-12, 2018.
KOGOS, L. Pés rachados. [2010]. Disponível em: <http:blog.bolsademulher.com/Ligiako-
gos/2010/11/22/pés-rachados/>. Acesso em: 16 maio 2011.
LIMA, R. B. Doenças de pele. [201-?]. Disponível em: <https://www.dermatologia.net/
cat-doencas-da-pele/psoriase/>. Acesso em: 06 ago. 2018.
MADELA, O. Rachaduras nos pés. [2009]. Disponível em: <http://www.uraonline.com.
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MAPRIC. Salicilato de metila: (gautheria procumbens). [201-?]. Disponível em: <http://
www.mapric.com.br/anexos/Boletim524_02122011-16h14.pdf>. Acesso em: 06 ago. 2018.
MICHALUN, M. V.; DINARDO, J. C. Dicionário de ingredientes para cosmética e cuidados
da pele. Rio de Janeiro: Cengage Learning, 2016.
Spa das mãos e pés 15
Leituras recomendadas
BATEMAN, T. S. Administração. Ed. 2. p. 408. 2012. Série A.
TANK, P. W.; GEST, T. R. Atlas de anatomia humana. Porto Alegre: Artmed, 2010.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da lnstitui9ao, voce encontra a obra na fntegra.
Conteudo:
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7illI8J
SOLUt;OES
EDUCACIONAIS
INTEGRADAS
Dica do professor
A manutenção do cuidado das mãos e dos pés deve ser estendida diariamente, em casa. Portanto, é
fundamental que o profissional oriente o cliente, por meio de dicas gerais, para protegê-los.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
Na prática
O profissional da área de estética deve estar sempre atento à reação do cliente, durante a aplicação
do procedimento estético.
Neste Na Prática, acompanhe uma situação que aconteceu com a estudante Karina. Durante seu
período de estágio em um salão, foi repreendida por uma cliente.
Confira.
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História e Conceito da depilação e
epilação
Apresentação
A cultura brasileira favorece a procura, especialmente pelas mulheres, das mais diversas formas de
livrar-se dos pelos, seja arrancando-os, cortando-os ou eliminando-os definitivamente. Com a
evolução da cosmetologia e dos equipamentos, o desafio é escolher a forma com a qual você vai se
livrar dos pelos em locais indesejados, pois opções não faltam .
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender as diferenças entre as técnicas de depilação e
de epilação, e como elas surgiram. Além disso, vai compreender como deve ser o ambiente e os
cuidados que devem ser tomados durante a prática de ambas as técnicas.
Bons estudos.
Veja, neste Infográfico, a diferença principal entre epilar e depilar. Veja também exemplos e a
durabilidade média para cada procedimento.
-
EPILA AO X DEPILA AO
-
. .
-
ME TODOS DE REMO AO DE PELOS
-
•••• •
•
Conteúdo do livro
Livrar-se dos pelos e sentir o prazer de uma pele lisinha. Esse é o desejo de muitas pessoas,
especialmente das mulheres. Entrar nesse nicho do mercado é uma grande oportunidade de
incrementar a renda de um profissional da área.
Boa leitura.
HABILIDADES E
TÉCNICAS DE
DEPILAÇÃO E
EPILAÇÃO
Tatiele Katzer
História e conceito da
depilação e epilação
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar sobre as técnicas de epilação e depilação,
sua história e evolução, as diferenças entre os procedimentos e como
você deve organizar seu espaço para trabalhar na área. Embora vivamos
em um momento no qual se busca liberdade para ser diverso, no Brasil é
praticamente consenso entre as mulheres que um corpo livre de pelos,
especialmente nas pernas, axilas, virilha e face, é mais apreciável do que
um corpo com eles.
A pele sem pelos, lisinha, recebe melhor a maquiagem facial, pro-
porciona efeito mais elegante às pernas e facilita a vida de quem quer
colocar uma blusa sem mangas ou vestir um biquíni para ir à praia ou à
piscina. Além disso, é importante destacarmos a questão higiênica, que
fica favorecida na pele glabra, ou seja, sem pelos. Embora a epilação e
depilação sejam práticas menos comuns aos homens, muitos deles são
também adeptos da remoção de pelos.
Novos tipos de cera, pinças com pontas diferentes, aparelhos com
lâminas duplas, triplas ou com ativos calmantes, remoção de pelos com
linha ou mola, tecnologia de ponta, como o laser e a luz intensa pulsada,
fazem parte do arsenal do profissional depilador. Você poderá escolher,
ao final deste capítulo, com qual desses recursos pretende trabalhar.
2 História e conceito da depilação e epilação
A epilação com cera feita em casa é uma prática comum que, além de poder gerar um
resultado final insatisfatório em razão da limitação de movimento para a execução da
técnica, oferece riscos à saúde da sua pele. Ao realizar a epilação sem a devida formação
profissional, você vai ficar à mercê de vários erros que poderão gerar consequências
desagradáveis e duradouras como, por exemplo:
■ queimaduras de pele caso a temperatura da cera exceda o suportável (38–42°C);
■ hipercromias (manchas escuras) ou hipocromias (manchas claras) nas regiões onde
a cera for aplicada com temperatura muito alta;
■ hematomas, que são lesões arroxeadas causadas pelo extravasamento de sangue
do interior para fora dos vasos sanguíneos e que ocorrem devido à remoção da
cera de forma inadequada, sem esticar a pele e puxando lentamente;
■ dermatites, ou seja, inflamação na pele devido à aplicação de cera no mesmo
local repetidas vezes.
Laser
o aplica no dorso da mão, por exemplo, deixa o tempo indicado no rótulo, remove-o
conforme indicado (com água e uma toalha ou esponja macia) e observa os efeitos
na pele por 24 horas. Se não ocorrem as reações de irritação de pele aqui descritas,
você pode usar o produto com segurança. Essa prova de toque deve ser feita cada
vez que se deseja aplicar o produto.
O que é alcalinidade?
Para entender o que é alcalinidade, é preciso saber o que é pH, uma sigla para as
palavras potencial de hidrogênio iônico ou potencial hidrogeniônico. O pH é apresentado
por meio de uma escala logarítmica que mede o grau de acidez, neutralidade ou
alcalinidade de soluções aquosas.
Nessa escala, 7 representa o ponto de neutralidade, ou seja, igual quantidade de
íons de hidrogênio (H+) e hidroxila (OH-) em uma dada solução. Valores acima de 7
são considerados alcalinos (maior quantidade de íons OH-) e abaixo de 7, ácidos (maior
quantidade de íons H+).
Nossa pele é levemente ácida, e todos os produtos que tiverem pH muito diferente
do dela podem causar irritações. Por isso é tão importante executar provas de toque
antes de usar um creme depilatório.
Entenda melhor o conceito de pH assistindo ao vídeo a seguir.
https://goo.gl/KOd65y
É muito importante que você avalie a temperatura da cera antes de aplicá-la na pele
de seu cliente. A fluidez da cera dará a você uma noção da temperatura: se estiver
muito líquida, é porque está muito quente; se estiver muito pastosa, é porque precisa
de mais aquecimento. Quando a cera estiver no ponto, com textura de mel, você
deve testar a sua temperatura em uma pequena região da sua pele, como o pulso,
por exemplo. Só depois de ter certeza que a temperatura não está muito alta, você
pode utilizá-la no cliente.
lenços, eles são suficientes, pois já vêm impregnados de uma solução para
limpeza suave. Se optar pelas soluções higienizantes pré-epilatórias, você
precisará de algodão ou gaze para a aplicação. Essa etapa pré-epilatória é
fundamental, pois, se o cliente estiver com algum produto aplicado sobre a
pele, isso poderá dificultar a adesão da cera.
Para que a pele fique seca, você pode usar uma toalha de papel descartável,
a mesma que usa para secar suas mãos após higienizá-las, ou pode polvilhar
sobre a superfície da pele talco. O talco deve ser neutro, o mais simples possível,
preferencialmente sem muita fragrância, pois os gostos são variados quando
se trata de olfato. O talco é absorvente e removerá da pele a umidade residual.
Além disso, ele não obstrui poros e folículo.
A fotoepilação é a forma mais eficaz para a remoção dos pelos de forma
gradativa e definitiva (Figura 4). Os dois principais métodos de fotoepilação são
o laser e a luz intensa pulsada. Ambos apresentam como vantagem a redução
dos pelos nas áreas epiladas e, se bem aplicados, a eliminação é permanente.
Existem vários sistemas de laser que já foram estudados e que demonstram
efetividade na fotoepilação, entre eles o laser de diodo (810 nm), de ruby (695
nm), alexandrite (755 nm) e Nd:YAG (1064 nm).
O ambiente ideal
O ambiente no qual você atuará como epilador deve ser cuidadosamente
pensado e projetado para que seus clientes se sintam seguros e confortáveis
e você tenha praticidade durante seu trabalho. Antes de qualquer coisa, é
fundamental que seja uma área separada do resto do estabelecimento por meio
de porta com chave, para que não aconteça a desagradável situação de alguém
entrar desavisadamente, atrapalhando o seu atendimento e constrangendo o
cliente. Estruturalmente, o chão deve ser liso e lavável, e as paredes devem ser
rebocadas, lisas, laváveis e, sugere-se, com cores claras para denotar a limpeza.
A iluminação deve ser boa e preferencialmente feita com luzes brancas, pois
isso facilitará a visualização dos pelos remanescentes durante o seu trabalho.
A sala para a prática da epilação deve comportar o mobiliário descrito a
seguir.
Maca. Deve ter altura regulável para que sua posição de trabalho seja ergo-
nômica, ou seja, favoreça uma postura corporal adequada durante o trabalho
(nem muito alta nem muito baixa para a sua estatura). Seu material deve ser
liso e lavável, para que seja possível higienizá-la antes e após cada atendi-
mento. Se você tiver espaço na sua sala, dê preferência a uma maca larga,
pois assim seus pacientes vão ficar mais confortáveis nela, até mesmo os de
maior estatura. Fique atento ao peso que a maca suporta, as mais resistentes
são mais interessantes, pois não vão limitar o seu trabalho. A maca não deve
14 História e conceito da depilação e epilação
Pia. Deve ser usada para a lavagem das mãos antes e depois da realização do
procedimento e deve ter torneira que possa ser aberta sem que você precise
usar as mãos para isso (existem as opções com acionamento com pedal, as
com sensores de movimento e as com comando que possa ser aberto com
toques de cotovelo e antebraço, por exemplo).
Escadinha de dois degraus. Usada para que os clientes consigam subir com
mais facilidade na maca. É importante que ela seja resistente e estável. As
metálicas com superfície antiderrapante são excelente opção.
Lixeiras. É preciso ter pelo menos duas lixeiras com pedal: uma para des-
carte do lixo comum (saco de lixo descartável preto) e outra para descarte de
material contaminado (saco de lixo descartável branco). É considerado lixo
comum a toalha de papel utilizada para secar as mãos, as embalagens e os
envoltórios de papel ou plásticos, além de todo o resíduo de produto que não
esteja contaminado por ter entrado em contato com o cliente. É considerado
História e conceito da depilação e epilação 15
Leituras recomendadas
FREITAS, M. E. M. et al. Efeito da depilação na hidratação da pele e na diminuição dos
pelos. Cosmetics & Toiletries, v. 25, n. 2, mar-abr, p. 60-66, 2013.
GERSON, J. et al. Fundamentos de estética 4: estética. 10. ed. São Paulo: Cengage
Learning, 2011.
ME SALVA. Potencial hidrogeniônico. 2014. Disponível em: <https://www.youtube.
com/watch?v=IwHmoHfWj60>. Acesso em: 18 jul. 2018.
RIBEIRO, C. Boas maneiras e sucesso nos negócios: um guia prático de etiqueta para
executivos. Porto Alegre: L&PM, 2011.
SOUZA, F. H. M. et al. Estudo comparativo de uso de laser de diodo (810nm) versus
luz intensa pulsada (filtro 695nm) em epilação axilar. Surgical & Cosmetic Dermatology,
v. 2, n. 3, p. 185-90, 2010.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteudo:
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SOLU<;OES
EDUCACIONAIS
INTEGRADAS
Dica do professor
Epilação temporária, especialmente com uso de cera quente, é a forma mais procurada para a
remoção dos pelos. No entanto, para quem sente muito desconforto (dor), fica com a pele irritada,
tem problemas com inflamação dos folículos (foliculite) ou não tem paciência para sessões mensais
de epilação temporária, a técnica da fotoepilação se apresenta como a melhor escolha.
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Na prática
O atendimento de um cliente vai muito além da execução do procedimento. Tudo começa pelo
ambiente da recepção do seu espaço. Seu cliente deve ser acolhido e sentir-se importante do
começo ao fim do atendimento.
Veja, neste Na Prática, como receber bem o cliente e preparar o ambiente para um procedimento
eficaz e eficiente.
ATENDIMENTO AO CLIENTE
certamente
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
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Procedimentos estéticos para queratose
pilar e foliculite
Apresentação
A queratose pilar e a foliculite são duas disfunções dermatológicas que afetam a unidade estrutural
que dá origem aos pelos, chamadas de folículos pilosos. Cursam com formação de quadros clínicos
que representam queixas estéticas na pele, além de poderem causar prurido, dor, dentre outros
sintomas.
Na área da estética, o profissional pode fazer uso de diferentes recursos terapêuticos a fim de
prevenir, amenizar sinais e sintomas e, ainda, tratar os quadros de queratose pilar e foliculite,
melhorando a aparência da pele.
Bons estudos.
As queratoses podem ser de diferentes tipos. As mais predominantes são a actínica, a seboreica e a
pilar. Todas cursam com quadros de hiperqueratinização na pele. Contudo, os sinais clínicos e a
abordagem terapêutica diferem entre si, sendo que cabe ao profissional de estética apenas o
manejo da queratose do tipo pilar.
Considerando isso, este Infográfico traz informações acerca desses três tipos de queratoses e serve
para que o profissional saiba identificar essas particularidades e compreender sinais, sintomas,
apresentação clínica e terapêutica das disfunções mediante a avaliação prévia do paciente.
TIPOS DE QUERATOSE
As queratoses sao disfum,oes dermato16gicas que acontecem na camada mais
superficial da pele, chamada de camada cornea, causando hipertrofia, com aspecto
de papulas, escamoso ou verrucoso, dependendo do tipo de queratose.
QUERATOSE PILAR
,
QUERATOSE ACTINICA
Essas disfunções cursam com o aparecimento de alterações cutâneas, que, além de causarem
desconfortos, alteram a aparência da pele e a autoestima do paciente. Por isso, necessitam de
tratamentos estéticos. Dentre os tratamentos disponíveis para essas disfunções, estão os recursos
de eletroterapia, de fototerapia e o uso de produtos cosméticos.
Boa leitura.
PROCEDIMENTOS
EM ESTÉTICA
CORPORAL
Introdução
Algumas disfunções dermatológicas podem afetar a unidade funcional
que dá origem aos pelos, chamada de folículo piloso. Entre as disfun-
ções que podem acometer essa estrutura, cita-se a queratose pilar e a
foliculite. Essas disfunções cursam com queixas inestéticas e, por isso, o
profissional de estética pode atuar, nesses casos, utilizando diferentes
recursos terapêuticos para a melhoria dessas condições.
Neste capítulo, você vai compreender a fisiopatologia da queratose
pilar e da foliculite, compreendendo as causas, os fatores de risco, o meca-
nismo fisiopatológico, entre outras informações. Além disso, conhecerá os
principais procedimentos estéticos voltados à prevenção e ao tratamento
da queratose pilar e da foliculite, incluindo procedimentos que fazem uso
de recursos de eletroterapia, de fototerapia e de produtos cosméticos.
2 Procedimentos estéticos para queratose pilar e foliculite
Queratose pilar
A queratose é definida como um conjunto de disfunções dermatológicas,
caracterizadas por alterações na camada mais superficial da pele, mais es-
pecificamente na camada córnea. Caracteriza-se pela formação de áreas de
hipertrofia tecidual, com aumento da espessura dessa camada (SBD, c2017a).
Entre os tipos de queratose, existe a queratose pilar.
Também chamada de ceratose pilar ou de ceratose folicular, a queratose pilar
se caracteriza pelo aparecimento de pequenas lesões de coloração avermelhada ou
esbranquiçadas na pele, com aparência semelhante a espinhas na pele e aspecto
endurecido (SBDRJ, c2020). As lesões são múltiplas, pequenas e semelhantes a
pápulas foliculares. A Figura 2 a seguir mostra o quadro clínico dessa disfunção.
Foliculite
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) (c2017b), a foliculite
é definida como uma inflamação que acomete a pele e se inicia na estrutura
do folículo piloso. A Figura 3 a seguir demonstra a inflamação existente no
folículo piloso nos quadros de foliculite.
Procedimentos estéticos para queratose pilar e foliculite 5
Figura 3. Foliculite.
Fonte: Adaptada de solar22/Shutterstock.com.
Foliculite eosinofílica — este tipo de foliculite não tem uma causa definida, mas
acomete principalmente pacientes com HIV. As lesões se caracterizam por manchas
avermelhadas, associadas a feridas com pus, que se desenvolvem na face e nos braços,
podendo se espalhar para outras regiões gerando alterações de pigmentação na pele.
2 Tratamentos estéticos
Os tratamentos estéticos empregados nos casos de queratose pilar e de foliculite
objetivam prevenir novas manifestações das disfunções, tratar as lesões existentes,
minimizar o impacto estético que elas representam e, ainda, tratar possíveis compli-
cações decorrentes dessas disfunções, como a hiperpigmentação pós-inflamatória.
A terapêutica inclui modalidades de eletroterapia, fototerapia, uso de peelings
químicos, peelings físicos, medidas educativas e, ainda, uso de cosméticos.
Em geral, essas modalidades que são empregadas irão atuar de modo a
melhorar as condições da pele, proporcionando uma pele renovada, hidratada,
com uniformidade de cor, além de algumas dessas modalidades atuarem com
função anti-inflamatória, reduzindo quadros de edema, dor e hiperemia tecidual.
Especificamente nos casos de queratose pilar, mesmo sem causar sintomas,
essa disfunção deve ser tratada quando os sinais representarem uma queixa
estética. Além disso, é importante destacar que as lesões crônicas podem gerar
alterações cicatriciais na região, que culminam com hiperpigmentação de al-
gumas áreas, piorando o aspecto inestético dessa disfunção ao longo do tempo.
10 Procedimentos estéticos para queratose pilar e foliculite
Alta frequência
Pode ser empregada no tratamento da foliculite. A alta frequência é um recurso
de eletroterapia que faz utilização de um equipamento que emite faíscas ele-
tromagnéticas por meio de eletrodos confeccionados em vidro. A aplicação
desse recurso sobre a pele provoca a formação de ozônio (BORGES, 2010).
O ozônio, quando aplicado sobre os tecidos, tem atividade bactericida, bac-
teriostática, germicida e antisséptica geral. Isso, porque, ao atingir os tecidos, a
molécula de ozônio se decompõe rapidamente, liberando moléculas de oxigênio
reativo que agem na estrutura dos microrganismos, provocando a lise celular
e, com isso, o efeito antisséptico dos tecidos (KAMIZATO; BRITO, 2014).
Procedimentos estéticos para queratose pilar e foliculite 11
Vapor de ozônio
É empregado no tratamento da foliculite. Assim como a alta frequência, o
vapor de ozônio pode ser aplicado em quadros de foliculite, considerando os
efeitos terapêuticos do gás ozônio sobre a pele, como os efeitos bactericida,
fungicida e germicida (ALBUQUERQUE et al., 2019), podendo inclusive ser
aplicado como medida preventiva.
Ledterapia
É empregado no tratamento das foliculites e também da queratose pilar.
O LED (ligh emitting diode) é considerado um diodo emissor de luz, que pode
ser utilizada como recurso terapêutico de fototerapia, uma vez que influencia
nas funções celulares em relação a condições bioquímicas, fisiológicas e proli-
ferativas. É aplicado por meio do uso de diferentes comprimentos de onda e de
cores distintas. Quando aplicado na área da estética, mais especificamente no
tratamento de quadros inflamatórios, indica-se a utilização do LED de cor azul
(DOURADO et al., 2011). Isso, porque o LED de cor azul tem efeito sobre a
epiderme, gerando a destruição de bactérias e fungos, com efeito antisséptico.
Além dos efeitos do LED citados anteriormente, o esse tem ainda capacidade
de degradar cromóforos presentes na pele, reduzindo, desse modo, as manchas
presentes nos quadros de hipercromias pós-inflamatórias (RESCAROLI;
Procedimentos estéticos para queratose pilar e foliculite 13
Microcorrentes
Castro, Pinheiro e Castro (2018) sugerem a aplicação de microcorrentes no tra-
tamento de quadros de foliculite. A microcorrente é um recurso de eletroterapia
que faz utilização de corrente elétrica terapêutica de baixa intensidade, na faixa
dos microampères, e quando aplicada aos tecidos, promove restabelecimento
da bioeletricidade tecidual, ativação do sistema linfático, analgesia, aceleração
do processo de cicatrização e, ainda, tem ação antibacteriana. Desse modo,
pode reduzir os sinais inflamatórios nos tecidos, reduzindo o eritema, o edema,
a dor e melhorando a cicatrização da pele.
Quando aplicada aos tecidos acometidos por foliculite, a microcorrente é
eficaz por agir no combate à inflamação, na promoção da homeostase do tecido,
garantindo, dessa forma, a redução dos sinais de eritema local e dor, assim como
na melhoria do quadro fisiopatológico (CASTRO; PINHEIRO; CASTRO, 2018).
Peelings químicos
Os peelings químicos se caracterizam pela aplicação de ativos cosméticos
ácidos sobre a pele, causando uma lesão tecidual programada que culmina
com a morte celular e consequente indução da renovação celular. Yokomizo
et al. (2013) comentam que os peelings químicos são indicados para quadros
de condições de hiperqueratoses em que há acúmulo excessivo de queratina
na pele, como nos casos de queratose pilar, por exemplo.
Isso, porque esses tratamentos induzem a remoção da camada mais externa
da epiderme, formada por células mortas, carregadas de queratina. Com a
aplicação dos peelings químicos, nesses casos, há remoção de parte dessa
queratina, com afinamento da pele e melhora tecidual. Nos quadros de que-
ratose pilar, podem ser empregados diferentes ácidos, incluindo o salicílico,
o glicólico e o ácido lático (GUERRA et al., 2013).
Ribeiro (2010) comenta que nos quadros de disfunções dermatológicas que
cursam com aumento na concentração de queratina na pele, como nas quera-
toses, o ácido salicílico se destaca, promovendo efeitos positivos de controle
da espessura da epiderme, e seu uso é muito seguro, não sendo evidenciados
efeitos adversos importantes.
Os peelings químicos podem ser empregados também em quadros de hiperpig-
mentação pós-inflamatória decorrentes de foliculites ou da queratose pilar. Nesses
casos, os ácidos aplicados objetivam o clareamento da pele, reduzindo a coloração
escura das manchas e melhorando a uniformidade tecidual. Para tratamento de
manchas decorrentes de hiperpigmentação pós-inflamatória, indica-se o uso de
peeling de ácido do tipo glicólico, mandélico, azelaico, lático e ascórbico (KEDE;
SABOTOVICH, 2004; REINEHR; BOZA; HORN, 2015; RIBEIRO, 2010).
Microdermoabrasão
Em pacientes que tenham queixas inestéticas relacionadas à queratose pilar, o
profissional de estética pode fazer a utilização da microdermoabrasão (AMO-
ROSO, 2018). Este recurso é definido como um peeling físico (esfoliação física)
realizado mediante aplicação de peeling de cristal ou peeling de diamante.
Procedimentos estéticos para queratose pilar e foliculite 15
Medidas preventivas
Sobre a prevenção da queratose pilar, não há relatos de medidas preventivas
específicas para essa disfunção (SBD, c2017a). Contudo, alguns cuidados
dermatológicos podem melhorar as condições gerais da pele do paciente com
queratose pilar ou predisposição a ela.
Como os quadros de queratose pilar estão comumente associados à pele
desidratada, medidas que auxiliam na hidratação da pele e na prevenção do
ressecamento são válidas. Nesse caso, evitar tomar banho com água muito
quente, manter uma rotina de hidratação da pele diária, evitar o uso de sa-
bonetes muito agressivos, utilizar filtro solar regularmente, evitar exposição
solar excessiva e, ainda, evitar esfregar excessivamente a pele são exemplos de
medidas que auxiliam a manter a pele mais hidratada e, com isso, melhoram
o aspecto cutâneo.
Em contrapartida, os casos de foliculites podem ser prevenidos com algumas
medidas simples. Nesses casos, algumas orientações preventivas podem ser
repassadas ao paciente, tanto acerca da prevenção de foliculite ou, ainda, de
modo a evitar a piora de um quadro de foliculite já existente. A SBD (c2017b) cita:
16 Procedimentos estéticos para queratose pilar e foliculite
3 Cosmetologia
Inúmeros ativos cosméticos podem ser aplicados nos casos de foliculites e
queratoses pilares, a fim de prevenir, tratar ou amenizar as condições inestéticas
existentes nessas situações. Esses ativos podem ser utilizados nos protocolos
de tratamento realizados pelo profissional em associação a outros recursos
estéticos, como os peelings físicos, a eletroterapia, a fototerapia, entre outros.
Além disso, o uso de ativos cosméticos nos quadros de queratose pilar e fo-
liculite pode ser feito no ambiente domiciliar, mediante orientação adequada
do profissional de estética, potencializando os resultados.
Procedimentos estéticos para queratose pilar e foliculite 17
Ativos esfoliantes
Estes ativos, quando aplicados na pele, promovem a remoção das camadas
mais externas da epiderme sem atingir a derme (RIBEIRO, 2010). A esfoliação
está indicada no tratamento de queratose pilar, na prevenção de quadros de
foliculite e, ainda, no tratamento de hiperpigmentações pós-inflamatórias
que possam estar presentes. Nesse caso, os ativos esfoliantes promovem a
esfoliação mediante meios químicos, físicos ou enzimáticos.
Ativos hidratantes
Os ativos hidratantes atuam na pele restabelecendo as condições de hidratação
natural dela, repondo lipídeos, água e outros nutrientes essenciais ao funcio-
namento adequado da pele. Estão indicados na prevenção e no tratamento
da pele seca, também chamada de xerodermia. A pele seca é comumente
encontrada em pacientes com queratose pilar. Por isso, nesses casos, deve ser
feito o uso de ativos cosméticos hidratantes. Além disso, os ativos hidratantes
devem ser utilizados como meio preventivo de foliculite. Isso, porque segundo
Ribeiro (2010), a pele hidratada está menos propícia à formação de foliculites
e demais inflamações cutâneas.
Ribeiro (2010) cita como principais ativos cosméticos hidratantes: derivados
de minerais (óleo mineral, parafina e squalene); gorduras animais (lanolina e
gordura de ema); manteigas vegetais (karité, cupuaçu, oliva e cacau); silicone;
óleos vegetais (óleo de abacate, macadâmia, buriti, milho, canola, uva, castanha e
girassol); ceras (de abelha e de jojoba) e ácidos graxos. Além desses ativos, pode-
-se utilizar a ureia, o lactato de amônio e de sódio, a arginina, a glicerina, o ácido
hialurônico, a elastina e o colágeno, que têm excelentes propriedades hidratantes.
Hidratantes de pele com ureia ou α-hidroxiácidos, como ácido glicólico
ou ácido lático, são o principal tratamento indicado nos casos de queratose
pilar, podendo também utilizar a vaselina (GONZALEZ, 2018). A aplicação
de vaselina pode diminuir o relevo das lesões nos quadros de queratose pilar e
podem estar associados ao uso de formulações que contenham ureia (DINU-
LOS, 2018). Os ativos hidratantes devem também ser inseridos nos tratamentos
de foliculites, especialmente após a depilação, a fim de restabelecer a película
hidrolipídica e manter a pele hidratada.
Ativos antissépticos
Estes ativos atuam na pele reduzindo a proliferação de microrganismos pató-
genos, como alguns tipos de bactérias, fungos e vírus, prevenindo a formação
de processo infeccioso.
Considerando esse efeito, os ativos podem ser aplicados na pele visando a
prevenir e a auxiliar no manejo dos quadros de foliculite. Em especial, devem
ser aplicados após a depilação, auxiliando no controle dos microrganismos
locais e na prevenção de foliculite.
O óleo de melaleuca é um exemplo de ativo com propriedade antis-
séptica na pele, exercendo forte ação antibacteriana. Seu mecanismo de
ação se pauta na inibição da respiração do microrganismo, levando-o à
Procedimentos estéticos para queratose pilar e foliculite 19
Ativos anti-inflamatórios
Estes ativos atuam reduzindo os sinais de inflamação, como dor, calor, rubor,
eritema e intumescimento presentes nos quadros de foliculites. Nesses casos,
promovem alívio da dor, redução da vermelhidão local e redução do edema,
além de acelerar a cicatrização dos tecidos. Entre os ativos com essa função,
cita-se: aloe vera, camomila, calêndula, alantoína, óleo de rosa mosqueta,
vitaminas C e E, entre outros ativos.
Podem ser empregados tanto no tratamento da foliculite como aplicados
imediatamente após a depilação, a fim de reduzir os danos teciduais causados
pelo mecanismo de remoção dos pelos. Nesses casos, quando aplicados pós-
-depilação, podem ainda ser empregados ativos como: alfa-bisabolol, óleo
essencial de hortelã, mentol e outros ativos que promovem ação refrescante
pós-depilação, amenizando o quadro de rubor e irritação cutânea.
Além disso, Ribeiro (2010) comenta que nos pacientes com histórico de
foliculites, associado aos processos de epilação, pode-se indicar o uso de ativos
que retardam o crescimento dos pelos, reduzindo as agressões aos folículos
pilosos por meio da remoção dos pelos. Nesse caso, cita-se o emprego de ativos
como: lipoxidase, eflornitina, além de ativos naturais, como hidrolisado de
proteína de soja e hamamélis, entre outros ativos.
Na queratose pilar, os ativos anti-inflamatórios podem ser empregados
se houver sinais inflamatórios locais. Para pacientes cuja queixa é o eritema
tecidual (vermelhidão), o profissional de estética pode fazer uso de ativo anti-
-inflamatório associado a ativos com função específica antieritematosa que
atuam reduzindo a dilatação vascular, responsável pele eritema. Cita-se o uso
de gingko biloba, água termal e centelha asiática, nesse caso.
Ativos despigmentantes
Estes ativos estão indicados nos quadros de hiperpigmentação da pele, que
cursam com o aparecimento de manchas mais escuras que a cor natural da
pele. Nessas situações, o emprego de cosméticos visa a clarear as manchas e
tornar a cor da pele mais uniforme.
20 Procedimentos estéticos para queratose pilar e foliculite
ABRAHAM, L. S. et al. Tratamentos estéticos e cuidados dos cabelos: uma visão médica
(parte 1). Surgical & Cosmetic Dermatology, v. 1, n. 3, p. 130-136, 2009. Disponível em: http://
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ALBUQUERQUE, B. D. et al. Tratamento estético para foliculite em homens. 2019. Pesquisa
e Ação, v. 5, n. 1, p. 35-39, jun. 2019. Disponível em: https://revistas.brazcubas.br/index.
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AMOROSO, C. Queratose pilar: problema conhecido como pele de galinha pode ser
resolvido com cremes e peelings. SEGS, 2018. Disponível em: https://www.segs.com.
br/saude/110906-queratose-pilar-problema-conhecido-como-pele-de-galinha-pode-
-ser-resolvido-com-cremes-e-peelings. Acesso em: 3 set. 2020.
BERNARDI, J. Foliculite da barba: impacto do processo de barbear sobre o controle e
prevenção das manifestações clínicas. 2016. 53 p. Trabalho de Conclusão de Curso
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BORGES, F. S. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas: dermato-funcional. 2.
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BRUNA, M. H. V. Foliculite. Drauzio Varella, c2020. Disponível em: https://drauziovarella.
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culite na região glútea: um estudo de caso. Revista Varia Scientia: Ciências da Saúde, v.
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-da-queratiniza%C3%A7%C3%A3o/queratose-pilar. Acesso em: 3 set. 2020.
DOURADO, K. B. V. et al. Ledterapia: uma nova perspectiva terapêutica ao tratamento
de doenças da pele, cicatrização de feridas e reparação tecidual. Ensaios e Ciência:
Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde, v. 15, n. 6, p. 231-248, 2011. Disponível em:
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FRANÇA, E. Ceratose pilar. c2020; Disponível em: https://www.emmanuelfranca.com.
br/ceratose-pilar/. Acesso em: 3 set. 2020.
Procedimentos estéticos para queratose pilar e foliculite 23
Leitura recomendada
LIMA, R. B. Foliculite queloideana da nuca. Barbosa Lima Dermatologia, c2020. Disponível
em: https://www.dermatologia.net/cat-doencas-da-pele/foliculite-queloideana-da-
-nuca/. Acesso em: 3 set. 2020.
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
Conteudo:
[ill]
7illI8J
SOLUt;OES
EDUCACIONAIS
INTEGRADAS
Dica do professor
A abordagem terapêutica na queratose pilar normalmente é feita por meio da aplicação de
diferentes recursos, visando a potencializar os efeitos terapêuticos de cada recurso aplicado.
Dentre as possíveis associações empregadas no tratamento da pele acometida por queratose pilar,
está o tratamento conjunto de peelings físicos, como o peeling de diamante, por exemplo, associado
à aplicação de cosméticos com finalidade anti-inflamatória, antieritema e cosméticos hidratantes.
Os objetivos dessa associação são promover a remoção da camada mais externa da epiderme e
aumentar a permeação dos ativos cosméticos aplicados à pele, melhorando, desse modo, o aspecto
inestético da pele acometida por quadros de queratose pilar.
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Na prática
As foliculites podem apresentar diferentes etiologias, cursando com quadros de inflamação e/ou
infecção tecidual, que geram quadros de eritema, dor, prurido e, em alguns casos, intumescimento
local.
Podem ter diferentes etiologias e, em algumas situações, o quadro pode se desenvolver após
raspagem dos pelos corporais, gerando um processo inflamatório local, que surge alguns dias após
o procedimento, evoluindo à medida que os pelos crescem.
Considerando esse tipo de foliculite, relacionada ao hábito de "raspar os pelos", este Na Prática traz
um relato de caso e uma sugestão de protocolo de tratamento estético para essas situações.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
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Foliculite nas nádegas e na virilha: tratamento simples e barato
com esfoliação
Quadros de foliculites são frequentes e podem acometer tanto homens como mulheres. Neste
vídeo, um médico aborda a fisiopatologia dessa disfunção, as causas e algumas medidas
preventivas.
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Anatomofisiologia do folículo piloso e da
unidade pilossebácea
Apresentação
O cabelo destaca-se no ser humano como um grande aliado estético no quesito beleza e
autoestima, envolvendo a associação de textura, cor e corte ideal para cada tipo de rosto. Ao
estudar a história do cabelo, é possível perceber que ele sempre teve um destaque importante para
o homem. Além de representar um adorno, pode-se encontrar relatos de movimentos inserindo um
significado importante para os diversos tipos de penteados que eram escolhidos de acordo com a
época, como o uso do black power no movimento negro e os cabelos longos e esvoaçantes
destacados no movimento hippie, que pregava o amor livre. Além de ser esteticamente um aliado,
fazer parte de movimentos e histórias com importantes significados, na Antiguidade, a adoração
dos cabelos alcançou impérios, crenças, mitologia, cultura, religião, classe sociais e, posteriormente,
a ciência acolheu veementemente o estudo aplicado à tricologia.
Nesse contexto de significados relacionado aos fios, enquanto para o homem ele representava
força e poder, para a mulher não era somente símbolo de beleza, mas também uma forma de
reivindicar direitos iguais. O cabelo é igualmente um símbolo importante de saúde, que se revela
por meio dos sinais de queda, pois por intermédio dele é possível detectar uma doença quando, por
exemplo, uma pessoa é acometida de alopecia ou eflúvio repentino.
Bons estudos.
Neste Infográfico, você vai conferir algumas disfunções que acarretam a inflamação do folículo
piloso, bem como as características e os fatores importantes a serem considerados na hora de
avaliar um couro cabeludo que está passando por queda e tem uma ou várias áreas calvas.
TlPOS DE DISFUN O--ES • • •
.,. ••• •
•
DO FOLICULO PILOSO • • •
•
.
•. •
••
.
Alopecia areata
-.- .• •.• :
•
E considerada uma doen\a genetica, autoimune, com ataque linfocftico, sem distin\ao
de sexo, ra\a e idade, afetando 0,1-2%da popula\ao.
Dermatite seborreica
Alopecia androgenetica
Psorfase
•
.
. • .•.
• .• . •.
•
•
1
Avalia ao e cuidados
Anamnese
Acalmar a pele
Higieniza ao
• • •• • •
• • •
Conteúdo do livro
Na atualidade é possível encontrar vários estudos embasados cientificamente relacionados à
anatomofisiologia do folículo piloso. Por meio deles é possível perceber que o cabelo não é
somente um adorno estético como era no Antigo Egito e na Grécia, em que as mulheres e os
homens se preocupavam extremamente com a beleza e a aparência, e quanto mais longo os
cabelos, mais da alta sociedade a pessoa era. Eles usavam muitos adornos para aumentar a estética
da aparência, como tiaras de ouro e tranças com fitas. Os cabelos eram usados como oferta aos
deuses e os penteados eram os mais inusitados. No entanto, as mulheres do Antigo Egito tinham
mais liberdade de escolher qual penteado queriam. Muitos optavam por raspar a cabeça e usar
peruca para facilitar a higiene devido às pragas que assolavam a humanidade.
No entanto, o cabelo não se resume a um adorno estético, é possível ver a complexidade das
estruturas e características da unidade pilossebácea por meio das pesquisas e dos estudos clínicos
que envolvem a anatomia, a fisiologia e a embriologia do folículo piloso, anexo do corpo humano
que dá origem ao cabelo.
Boa leitura.
TRICOLOGIA E
ESTÉTICA CAPILAR
Anatomofisiologia
do folículo piloso
e da unidade
pilossebácea
Glaucia Lopes da Silva
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Introdução
A história do cabelo apresenta importantes relatos sobre significados, movi-
mentos e mitologia, promovendo estudos com embasamento científico para
melhor compreensão das suas partes. O cabelo sempre foi considerado um
adorno de embelezamento aliado à estética, símbolo de força para o homem e
de encantamento para a mulher. Por outro viés, é preciso entender o cabelo em
termos também fisiológicos, com suas fases de crescimento, suas estruturas
e respostas a fatores internos e externos ao organismo.
Neste capítulo, você começará estudando a história do cabelo, para então
examinar a anatomofisiologia do folículo piloso e da unidade pilossebácea,
identificando as fases de crescimento e as particularidades de cada uma.
2 Anatomofisiologia do folículo piloso e da unidade pilossebácea
Figura 1. Estátua grega antiga conhecida como Diadumenos (aquele que porta o diadema),
retratando um jovem no ato de amarrar um enfeite na cabeça.
Fonte: The Athens… (2009, documento on-line).
No Egito antigo, além da beleza ser tão primordial quanto para os gregos,
acreditava-se que a aparência era importante também após a morte. Por isso,
é comum encontrar em túmulos egípcios adornos como cosméticos, pentes,
joias e até mesmo perucas. Para manter a pele bonita e os penteados que
apreciavam, os egípcios usavam cosméticos naturais feito com mel, leite,
óleos de amêndoa, rícino, mamona, entre outros.
Nesse âmbito, registros atestando a beleza da rainha egípcia Nefertiti (c.
1370–1330 a.C.) são encontrados em muitos indícios arqueológicos, que até
hoje servem de referência para nomear uma técnica de aplicação de toxina
botulínica de Nefertiti lift. Esse procedimento estético recebe esse nome em
referência a traços marcantes dessa rainha, como o contorno da mandíbula
muito preciso, além do pescoço longo (Figura 3) (CARIA, 2013).
Anatomofisiologia do folículo piloso e da unidade pilossebácea 5
Com relação aos penteados dos antigos egípcios, havia distinção de acordo
com classe social, idade e sexo. Um escravo não podia usar o mesmo pente-
ado que cidadãos livres, do mesmo modo que pessoas de classe baixa não
podiam usar o mesmo penteado que pessoas de classe alta. De acordo com
hieroglifos da época, tanto meninas quanto meninos usavam os mesmos
estilos de penteado, com somente uma mecha de cabelo do lado esquerdo
da cabeça e o resto todo raspado. Quando cresciam, os meninos mantinham
e estilo de penteado com um lado da cabeça raspado e as meninas optavam
por usar tranças ou cabelo preso em uma espécie de rabo-de-cavalo. Já no
período tardio do Antigo Egito, as mulheres usavam cabelos mais curtos na
altura do queixo, enquanto os homens deixavam os cabelos com cachos e as
orelhas visíveis (PAULA, 1962).
6 Anatomofisiologia do folículo piloso e da unidade pilossebácea
Acrotríquio
Glândula
sebácea Infundíbulo Região
persistente
Músculo
eretor
do pêlo
Istmo
Região Porção
transitória germinativa
Segmento
inferior
Bulbo
cutícula. Somente as palmas das mãos, as plantas dos pés, a região do lábio
inferior e a genitália masculina que não possuem unidades pilossebáceas,
as quais compreendem glândula sebácea, folículo piloso e seus anexos.
Assim, além das estruturas que se acomodam internamente ao couro
cabeludo, o fio de cabelo depois de ejetado também apresenta estruturas
próprias, como cutícula, córtex e medula. A cutícula é a camada mais externa
do cabelo, constituída de células achatadas e queratinizadas, com seis a
oito camadas sobrepostas. É transparente, permitindo que a cor do cabelo
se manifeste, e tem a função de proteger o córtex, além de ser responsável
pelo brilho do cabelo. A cutícula pode sofrer agressões externas, mecânicas
ou químicas, como por tratamentos de alisamento, permanente, colorações,
secador, chapinha, clima, entre outros. O córtex responde por 90% do peso
total do cabelo, sendo constituído por células queratinizadas que se tornam
alongadas. Cortando um fio de cabelo, podemos ver a disposição das longas
células do córtex como s substância intercelular rica em lipídios e proteínas,
a macrofibrila de queratina. Cada macrofibrila é composta por inúmeros
elementos menores, as microfibrilas, e cada microfibrila aparece como um
arranjo de elementos menores denominados protofibrilas, que, por sua vez,
têm quatro cadeias de queratina formando uma alfa-hélice. Possui ainda
pequenos grânulos de melanina e sua estrutura completa determina o grau
de resistência e elasticidade do fio (GAMA, 2010).
É no córtex que acontecem as transformações do cabelo, mediante a
formação ou quebra das ligações químicas da sequência de aminoácidos,
como a ligação salina e hidrogênio, que aumenta a extensão do cabelo ao ser
molhado e sofre uma transformação temporária, e a ligação de enxofre, que
pode ser transformada de modo permanente por agentes químicos ou físicos,
sendo protegido pela cutícula e por uma fina camada de sebo. Já a medula é
a parte mais interna da estrutura do fio de cabelo, com células anucleadas e
nucleadas. Embora não esteja presente em todo o cabelo, é responsável por
levar nutrientes e minerais até as pontas dos fios e manter a termorregulação.
Ter conhecimentos sobre todas as estruturas do folículo piloso e do cabelo
é extremamente útil para manter a saúde do couro cabeludo e para desenvol-
ver fios fortes e brilhosos, que emanam saúde. Além disso, uma alimentação
balanceada também é fundamental para levar nutrientes aos fios através dos
capilares sanguíneos presentes no folículo. Dessa maneira, disfunções do
couro cabeludo e no folículo piloso podem ser evitadas, incluindo as quedas
de fios. Ademais, o ideal é que esses cuidados sejam associados ao uso de
cosméticos adequados a cada tipo de cabelo.
12 Anatomofisiologia do folículo piloso e da unidade pilossebácea
Os fios de cabelos crescem 0,33 mm por dia, ou seja, cerca de 1 cm ao mês. Uma
pessoa com a fase de crescimento (anágena) de 2 anos, terá cabelos de 24 cm
de comprimento. Outra com 5 anos de crescimento terá 60 cm de comprimento.
A queda normal diária de cabelos tem relação direta com o número total dos
mesmos e com a duração da fase de crescimento. Normalmente, uma pessoa tem
em média 100 mil fios de cabelos e uma fase de crescimento de 3 anos, ou seja,
esta pessoa troca cerca de 100 mil fios a cada 1.000 dias, tendo uma perda de
100 cabelos por dia. Se o indivíduo tiver mais do que 100 mil fios, com o mesmo
tempo de fase de crescimento, ele terá uma maior perda diária (WEIDE; MILÃO,
2009, documento on-line).
Cada folículo tem seu ciclo ou fase de crescimento individual com suas
particularidades. A fase anágena dura cerca de 2 a 7 anos e varia de acordo as
características pessoais, genética, sexo, idade, além de alimentação, qualidade
de vida, entre outros fatores ambientais. Nessa fase, há uma produção intensa
de células capilares da papila dérmica, que se dividem e empurram as anterio-
res para cima. Cerca de 80 a 90% dos fios estão nessa fase (LEONARDI, 2004).
A fase catágena, ou fase de transição, dura em torno de 3 a 4 semanas,
e cerca de 2% dos fios estão nessa fase. Nela acontece uma involução do
crescimento do fio para que este se solte. Dessa forma, o folículo se retrai e
sofre alterações morfológicas e moleculares, ao se preparar para um novo
crescimento. O folículo começa então a produzir novas células germinativas
que aguardam o sinal para renovar a fase anágena (HALAL, 2013).
Por sua vez, cerca de 10 a 15% dos fios estão na fase telógena, que dura
em torno de três meses. O folículo se retrai completamente, o córtex diminui
sua espessura e a cutícula não é mais produzida. Dessa forma, o fio não
cresce mais e permanece no folículo, sendo empurrado para fora pelo que
está nascendo, e consequentemente cai (MELLO, 2010).
Observe na Figura 8 as fases de crescimento dos cabelos. Veja como na
fase anágena há uma intensa atividade das células e, por isso, os cabelos
crescem. Já na fase catágena há uma involução do crescimento e o fio se
prepara para cair, o que acontece na fase telógena.
14 Anatomofisiologia do folículo piloso e da unidade pilossebácea
Fase anágena Fase catágena Fase telógena Fase telógena Início da fase
(crescimento) (transição) (descanso) exógena anágena
(queda) (crescimento)
Referências
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Dermatosifilología, v. 95, n. 2, p. 48–54, 2014.
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ARAÚJO, L. Livro do cabelo. São Paulo: Leya, 2012.
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BIAVATTI, H. O que é o implante ou transplante capilar? Marau, RS: [s. n., 2021?]. Disponível
em: http://drhenriquebiavatti.com.br/transplante-capilar/. Acesso em: 17 nov. 2021.
BORGES, F. Terapêutica em estética: conceitos e técnicas. Rio de Janeiro: Phorte, 2016.
CARIA, T. M. M. Aspectos da condição feminina no Antigo Egito. Revista Mundo Antigo,
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GAMA, R. M. Avaliação do dano a haste capilar ocasionado por tintura oxidativa aditivada
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Paulo, São Paulo, 2010. Disponível em: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9139/
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GARCIA, S. M. L.; GARCÍA FERNÁNDEZ, C. Embriologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012.
HALAL, J. Tricologia e a química cosmética capilar. São Paulo: Cengage Learning, 2013.
HARRIS, M. I. N. C. Pele: do nascimento à maturidade. São Paulo: Senac, 2018.
LEONARDI, G. R. et al. Cosmetologia aplicada. São Paulo: Medfarma, 2004.
LESSA, F. de S. Um olhar antropológico sobre o corpo: representações atléticas na
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MELLO, M. dos S. A evolução dos tratamentos capilares para ondulações e alisamentos
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MERLOTTO, M. R. Estudo da transição epitélio-mesenquimal na alopecia de padrão
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MY LITTLE OCCUKT. Lecture: The history of wigs in Ancient Egypt. Egyptian Occult History,
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PAULA, E. S. As origens da medicina: a medicina no antigo Egito. Revista de História,
v. 25, n. 51, p. 13–48, 1962. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revhistoria/
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PIKART, P. Picture of the Nefertiti bust in Neues Museum, Berlin. In: WIKIPEDIA. [S. l.:
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PORRIÑO, M. L. et al. El folículo piloso: una importante fuente celular en ingeniería
tisular. Revista Argentina de Dermatosifilología, v. 95, n. 1, p. 68–80, 2014.
16 Anatomofisiologia do folículo piloso e da unidade pilossebácea
Leituras recomendadas
PEREIRA, J. M. et al. Tratado das doenças dos cabelos e do couro cabeludo: tricologia. São
Paulo: DiLivros, 2016.
RIBEIRO, A. C.; ANTUNES JUNIOR, D.; SOUZA, V. M. Tricologia e cosmética capilar. São
Paulo: Editora Cia farmacêutica, 2021.
VOCÊ se encaixaria nos padrões de beleza da Grécia Antiga? BBC News, 12 jan. 2015.
Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/01/150111_beleza_an-
tiguidade_lgb/. Acesso em: 17 nov. 2021.
[ill] SOLUt;OES
EDUCACIONAIS
INTEGRADAS
Dica do professor
A avaliação do couro cabeludo e do cabelo é necessária no momento em que o profissional estiver
colhendo o histórico do cliente, entretanto, somente a olho nu não é possível obter todos os
detalhes para identificar assertivamente alguma alteração que vier acometer o couro cabeludo.
Dessa forma, é importante que o profissional conheça os recursos para tricoscopia, e existem vários
modelos com características distintas disponíveis para a avaliação.
Nesta Dica do Professor, você vai ver informações sobre alguns modelos de aparelhos disponíveis
no mercado, como o mais simples que pode ser acoplado ao smartphone ou videodermatoscópio
com mais tecnologia e recursos.
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Na prática
É um desafio enorme para o profissional da tricologia manter o cliente sempre consciente dos seus
deveres e responsabilidades, não somente com os fios de cabelo, mas também com o couro
cabeludo. Isso porque entre uma sessão e outra do tratamento, o cliente acaba fazendo algo que
não deveria, bem como aplicando produtos indevidos no cabelo, de forma a comprometer todo o
processo do tratamento, piorando a saúde e a condição dos fios.
Neste Na Prática, você vai conferir como um profissional qualificado percebe algo errado com o
couro cabeludo e os cabelos no momento da avaliação com o tricoscópio e a sua conduta mediante
o cliente.
POROSIDADE, QUEBRA CAPILAR ..
E ALISAMENTO TEM RELA AO? •:
Acornpanhe o caso: • •
• ••
. - • ••
Urna abordagern da postura profissional explicando sobre o uso indevido de
urn alisarnento feito em casa.
....
••
.. . • .
Par experiencia de tantos anos na area de terapia capilar, tern percebido que alguns
clientes estao com as cabelos apresentando quebra ea elasticidade comprometida,
alem do couro cabeludo estar vermelho e descamando.
•. . • . .
• .•.•. ••. •
.....
nenhum conhecimento.
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Marnia, eu entendo que a ansiedade toma
conta da gente as vezes, mas poderia ter
esperado s6 mais um pouco, afinal,
ja estavamos terminando as sess6es.
Agora voce precisa trocar os produtos que
estava usando. Vamos tentar recuperar o
seu cabelo e acalmar o couro cabeludo.
Entenda que esses produtos qufmicos sao
muito alcalinos, alterando o pH do cabelo.
Jao couro cabeludo pode sofrer ate uma
queimadura mais grave, gerando uma
alopecia cicatricial.
Issa significa que quando sarar, fica uma
cicatriz no local, no qual nunca mais
nasce cabelo.
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0 certo e
que, voce, enquanto profissional,
deve manter a postura educada, porem firme,
fazendo com que o cliente perceba o seu erro,
de forma a mante-lo consciente que deve agir
com responsabilidade.
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Conclui-se que a abordagem minuciosa na avalia ao capilar ea postura firme de
conscientiza<;ao do profissional para com o cliente e eficaz, principalmente no
momenta de colher o hist6rico geral dos cuidados diarios com o cabelo.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
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Diferença entre as câmeras da DermaZoom
Neste vídeo, você vai ver quais são as maiores diferenças das câmeras de análise capilar e qual a
melhor escolha de acordo com o seu objetivo.
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Tricologia e estética capilar
Apresentação
Os cuidados com a aparência dos cabelos sempre nortearam a rotina dos indivíduos, que procuram
cuidar da aparência e vivenciam a necessidade de serem aceitos como belos. A partir do
conhecimento sobre a tricologia e as terapias capilares, é possível estudar as patologias
dermatológicas capilares, de modo a buscar a prevenção, o tratamento e a qualidade de vida do
paciente.
É preciso compreensão sobre como deve ser a conduta do profissional da estética capilar, aliado ao
entendimento correto sobre a ficha de anamnese e sobre o cuidado com a saúde do paciente. Isso
propicia e assegura um sucesso terapêutico, ao final, obtém-se um resultado satisfatório para o
profissional e para o paciente.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer o que é a tricologia e o conceito de estética
capilar, aprendendo sobre as principais patologias que acometem o escalpo e a haste capilar. Além
disso, vai compreender a importância da ficha de anamnese capilar, pois uma boa avaliação se torna
imprescindível.
Bons estudos.
Neste Infográfico, você vai aprender como a análise e a verificação das alterações de saúde do
paciente podem acarretar a não realização de tratamentos voltados à tricologia e à estética capilar,
visto que algumas patologias podem ser reativas e acabam por comprometer ainda mais a qualidade
e a saúde do paciente.
-
ELEMENTOS IMPRESCIND IVEIS
NA ELABORA AO DA FICHA DE -
ANAMNESE PARA TRICOLOGIA
Lupus
Psorfase,]
1
Rosacea
cancer l
Caso observe alguma altera ao na pele do
escalpo, coma verrugas, manchas elevadas,
secre 6es, e necessario avisar ao cliente,
questionando-o sabre o ocorrido e pedindo
que ele procure ajuda medica, pois pode
se tratar de alguma altera ao celular, no
caso cancer. Mediante isso, nao realize
nenhum tratamento no cliente ate saber
do que se trata.
-,Uso de medicamentos]
•• • •
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Conteúdo do livro
Quando se fala em estética capilar, a maioria das pessoas imagina um cabeleireiro com tesoura em
mãos. Essa imagem não está totalmente errada, afinal, o usual é frequentar um salão de beleza ou
uma barbearia para cortar, colorir, escovar ou pentear os cabelos. Mas a estética capilar se resume
a isso? A maior parte do trabalho do profissional que atua nessa área consiste justamente em
técnicas de transformação de cor, corte e textura dos cabelos. Entretanto trabalhar com estética
capilar vai muito além: desde cuidados básicos com os fios de cabelo até tratamentos para a queda
capilar e para afecções de couro cabeludo.
O profissional à frente dos conhecimentos em sua área de atuação precisa compreender que o seu
aprofundamento nos estudos e a sua base de conhecimento o tornam um diferencial no mercado,
visto que existem muitos profissionais, mas nem todos dispõem de um embasamento científico,
teórico e prático apropriado para uma melhor atuação e atendimento ao paciente.
No capítulo Tricologia e estética capilar, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai
compreender como o profissional que atua na tricologia e estética capilar deve analisar e observar
o paciente, conhecendo sobre esse vasto mundo que envolve a área capilar, bem como vai ser
capaz de explicar as patologias capilares que envolvem o cabelo e como elas podem ser
identificadas. Por fim, vai entender que a aplicação da ficha de anamnese capilar é fundamental e
de extrema segurança para o paciente e profissional.
Boa leitura.
TRICOLOGIA E
ESTÉTICA CAPILAR
Tricologia e
estética capilar
Claudia Stoeglehner Sahd
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Introdução
O embelezamento capilar é um assunto recorrente desde os primórdios na
história da humanidade. Embelezar-se é um hábito de muitos e, desde a Anti-
guidade, os povos de diferentes culturas utilizavam recursos dos mais variados
no intuito de criar adereços e pinturas para se destacarem no meio em que
viviam. Com o passar dos anos, as pessoas ficaram mais exigentes com a beleza,
o que, muitas vezes, gera fatores preocupantes que comprometem a saúde e
o equilíbrio do corpo e da mente.
Terapias capilares são descritas durante a história e sempre estiveram
aliadas à melhora da autoestima e da qualidade de vida do indivíduo. Além
disso, elas são formas de potencializar os tratamentos médicos para patologias
dermatológicas capilares, desde que autorizadas, promovendo, assim, um
resultado satisfatório tanto na área estética como na da saúde.
Neste capítulo, você vai estudar a tricologia capilar e como o profissional da
estética deve atuar frente a situações que podem surgir no atendimento, além
de conhecer as patologias mais comumente verificadas dentro do atendimento
ao paciente capilar. Também vai ver como deve ser feita a ficha de anamnese
capilar e qual é a sua importância para o atendimento.
2 Tricologia e estética capilar
Definições
Você já se perguntou o que é tricologia? Tricologia é uma área da ciência
que se dedica ao estudo dos problemas e tratamentos voltados ao couro
cabeludo e à haste capilar. De acordo com Damazio e Makino (2016), a terapia
capilar está inserida dentro da tricologia e surgiu de modo a auxiliar nos
tratamentos capilares.
O estudo científico do cabelo e de suas doenças e cuidados é denominado
tricologia — trichos (cabelo) e logia (o estudo de) (HALAL, 2016).
O couro cabeludo considerado normal é aquele que tem a produção sebácea
apropriada, com o escalpo lubrificado, e suja porção proximal da haste tem
aspecto brilhoso e não pesado. A descamação natural do couro cabeludo
não é aparente e não há desconforto do tipo prurido ou sensibilidade. Vários
distúrbios podem acometer o couro cabeludo, interferindo nesses fatores:
hormônios, predisposição genética, nutrição e, até mesmo, estado emocional.
Os distúrbios podem ser divididos de acordo com suas características, que
envolvem queda capilar, descamações, oleosidade excessiva, etc.
O profissional da área da estética atua nesses casos com a terapia capi-
lar, que se trata de um conjunto de ações terapêuticas que envolvem tanto
protocolos com produtos naturais quanto com eletroterapia, os quais têm
se mostrado alternativas eficazes para o tratamento. A abordagem multidis-
ciplinar com a atuação conjunta de profissionais de diferentes áreas, como
medicina, farmácia, psicologia, etc., agrega no tratamento dessas patologias,
visto que são multifatoriais.
A estética capilar não trabalha apenas com transformações da haste
capilar, como corte, coloração e químicas em geral. Esse ramo da estética
também trata o couro cabeludo e suas disfunções, como a queda capilar, a
oleosidade excessiva e a dermatite seborreica, as descamações de couro
cabeludo e muito mais.
O profissional que atua com estética capilar também trabalha na ima-
gem pessoal e na autoestima dos seus clientes. Como em todas as áreas de
atuação profissional, e especialmente na área da estética, na qual novas
tecnologias, equipamentos, produtos cosméticos e princípios ativos surgem
a todo o momento e as tendências mudam com rapidez, a atualização se faz
necessária constantemente, a fim de que o profissional não se torne obsoleto
e ultrapassado. Trabalhar com cabelos requer muito estudo e dedicação
(DAMAZIO; MAKINO, 2016).
Tricologia e estética capilar 3
Nos últimos anos, a estética capilar vem ganhando cada vez mais força no
mercado de trabalho, pois a visão que se tem do profissional dessa área está
mudando. O esteticista capilar não faz somente as vias de cabeleireiro, mas
de terapeuta capilar. Para conquistar seu espaço no mercado de trabalho,
o profissional deve sempre trabalhar com ética e profissionalismo, presando
pela saúde dos cabelos e do couro cabeludo dos seus clientes (HALAL, 2016).
Antes de executar qualquer procedimento, o profissional competente e
comprometido faz a devida anamnese no cliente, a fim de evitar possíveis
complicações durante o procedimento. Devemos ter em mente que nem sempre
é possível atender ao desejo do cliente de imediato, e que tampouco podemos
prometer resultados em pouco tempo. Muitos clientes sem conhecimento
teórico-prático acreditam que transformações de haste capilar podem ser
feitas de uma hora para outra, como platinar os cabelos em uma tarde ou,
então, obter algum resultado na diminuição da queda dos cabelos em poucas
sessões de terapia capilar.
O profissional que zela pelo seu trabalho e pelo seu cliente tem
consciência de que é prudente ir com calma e preparar a haste
capilar ou o couro cabeludo para os procedimentos. Se, durante a anamnese,
for identificada alguma fragilidade, cabe ao esteticista capilar informar ao
seu cliente das possíveis intercorrências. Quantas vezes não ouvimos falar de
alguém que fez algum procedimento para mudar o visual e teve seus cabelos
danificados, ficando ressecados e quebradiços? Assim como de clientes que
desistem do tratamento na metade do caminho por não observarem nenhuma
mudança, pois não lhes foram explicadas as etapas? Não devemos prometer
milagres, resultados que sabemos serem inatingíveis sem comprometer a estru-
tura da fibra capilar, no caso das químicas, ou resultados que não são possíveis,
no caso da terapia capilar.
Patologias capilares
O ser humano está suscetível a desenvolver vários tipos de patologias capi-
lares, e seu agravamento pode culminar no desencadeamento da alopecia,
também considerada uma patologia, que apresenta caráter multifatorial.
A alopecia é descrita como rarefação, ausência ou queda de pelos e cabe-
los, quer em caráter transitório ou definitivo, podendo atingir uma região
corporal delimitada, extensiva ou até mesmo o corpo todo. Tem prevalência
em indivíduos com idades entre 20 e 50 anos, desenvolvendo-se em ambos
os sexos (RIVITTI, 2018).
Segundo Pereira (2001), o número total de fios capilares de um indivíduo
tem relação direta com a quantidade de queda diária considerada normal e
com a permanência da fase anágena. Por exemplo, um indivíduo com uma
quantidade de 100 mil fios de cabelo, com três anos de duração da fase
anágena, apresentará, por dia, uma queda de aproximadamente 100 fios;
se outro indivíduo estiver na mesma fase e pelo mesmo tempo, mas sua
quantidade total de fios for de 200 mil, sua queda diária será de 200 fios.
Desse modo, percebe-se que a queda diária de fios capilares varia de acordo
com a quantidade total de fios de cada indivíduo. Pode-se, ainda, observar
que um fio capilar cresce em média 0,33 mm por dia. Assim, se um indivíduo
Tricologia e estética capilar 5
tiver 150 mil fios capilares no escalpo, e estando 80% deles na fase anágena,
teremos, então, 120 mil fios na fase de crescimento.
Várias patologias podem estar ligadas ao surgimento e ao agravamento das
alopecias, incluindo as neoplásicas, infecciosas, inflamatórias, metabólicas,
entre outras. Essas patologias afetam diretamente o folículo piloso, seja em
sua estrutura anatômica ou na atividade fisiológica, desencadeando, muitas
vezes, consequências sobre a haste capilar, como alteração de estrutura,
cor, aspecto e consistência, além de queda, até a total eliminação do folículo
piloso. Esse último caso traz implicações muito danosas ao indivíduo, já que
a região afetada não terá novamente a presença de fios capilares.
Alopecias
As alopecias são classificadas em não cicatriciais (transitórias) e cicatriciais
(definitivas), e seu tratamento varia com base no diagnóstico apresentando.
Nas alopecias não cicatriciais, existe uma perda significativa de fios capila-
res, mas não é definitiva, pois com ou sem tratamento os fios vão retornar.
Processos que afetam a saúde, como anemia, febre, desnutrição, doenças
tireoidianas, estresse, emagrecimento abrupto, períodos pós-operatórios,
quimioterapia e uso de medicamentos, podem desencadear o fenômeno da
alopecia.
Alopecia areata
Alopecia androgenética
Alopecias cicatriciais
As alopecias cicatriciais fazem parte de um grupo com maior diversidade
etiológica e patogênica, tendo como atributo a irreversibilidade no desen-
volvimento e no crescimento dos fios capilares, decorrente do extermínio
das células-tronco, isto é, uma eliminação do folículo piloso no decorrer ou
em algum momento específico da vida, como por lesões graves, patologias,
queimaduras, radioterapia, quimioterapia, entre outros (PEREIRA, 2001).
Podemos considerar as alopecias cicatriciais de caráter avançado aquelas
que, se não diagnosticadas ou tratadas com celeridade, podem evoluir a ponto
de não mais ser possível obter um resultado satisfatório para o paciente, com
potencial de abalá-lo psicologicamente. A seguir, vamos examinar algumas
dessas alopecias.
Alopecia de lúpus
Por sua vez, o líquen plano pilar é uma patologia cutânea pilosa decorrente
de um processo inflamatório linfocítico, que pode causar a destruição do
folículo piloso, substituindo-o por tecido fibroso. Tem caráter autoimune,
apresentando processo inflamatório com presença de pápulas eritematosas.
Geralmente, suas lesões envolvem o vértex, ainda que o acometimento possa
se dar em qualquer região do escalpo. As lesões têm como característica
um eritema folicular violáceo com acúmulo de queratinócitos, localizados
10 Tricologia e estética capilar
Caspa
Psoríase
A psoríase acomete igualmente ambos os sexos e pode manifestar-se em
qualquer idade. Além do couro cabeludo, pode acometer outras partes do
corpo, e em geral as mais afetadas são cotovelos e joelhos, face e tronco.
Apresenta quadros de melhora e piora, e, assim como na dermatite seborreica,
fatores de estresse, abalos emocionais e climáticos podem estar envolvidos na
exacerbação do quadro. Cerca de 2% da população mundial é acometida pela
12 Tricologia e estética capilar
Tinea capitis
O termo tinea capitis é usado para denominar as infecções fúngicas que
acometem o couro cabeludo. As regiões colonizadas pelos fungos se apre-
sentam circunscritas, avermelhadas e com perda de cabelos. Aparentemente,
crianças são as mais afetadas, e a doença atinge adultos em menor proporção.
As tineas podem ser contagiosas — por isso, os cuidados com a biossegurança
são essenciais. Ao identificarmos casos de tinea capitis, o encaminhamento ao
dermatologista deve ser feito o mais breve possível, pois não há terapêutica
cosmética para esses casos.
Itens Características
(Continuação)
Itens Características
Referências
BARROS, A. L. B. L. (org.). Anamnese e exame físico: avaliação diagnostica de enfermagem
no adulto. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.
BERBERT, A. L. C. V.; MANTESE, S. A. O. Lúpus eritematoso cutâneo: aspectos clínicos e
laboratoriais. Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 80, n. 2, p. 119–131, 2005.
BICKLEY, L. S.; SZILAGYI, P. G. Bates: propedêutica médica essencial: avaliação clínica,
anamnese, exame físico. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.
DAMAZIO, M. G.; MAKINO, R. F. L. Terapia capilar: uma abordagem inter e multidisciplinar.
São PAULO: RED, 2016.
FERNANDES, N. C. et al. Foliculite supurativa crônica de couro cabeludo: desafio tera-
pêutico. Surgical and Cosmetic Dermatology, v. 10, n. 3, p. 40–43, 2018.
HALAL, J. Milady: tricologia: química cosmética capilar. 2. ed. São Paulo: Cengage
Learning, 2016.
LYON, S.; SILVA, R. C. Dermatologia estética: medicina e cirurgia estética. Rio de Janeiro:
MedBook, 2015.
PEREIRA, J. M. Propedêutica das doenças dos cabelos e do couro cabeludo. São Paulo:
Atheneu, 2001.
PEREZ, E.; VASCONCELLOS, M. G. Técnicas estéticas corporais. São Paulo: Érica, 2014.
PUJOL, A. P. (org.). Nutrição aplicada à estética. Rio de Janeiro: Rubio, 2011.
RIVITTI, E. A. Dermatologia de Sampaio e Rivitti. São Paulo: Artes Médicas, 2018.
RIVITTI, E. A. Manual de dermatologia clínica de Sampaio e Rivitti. São Paulo: Artes
Médicas, 2014.
SACHDEVA, S. Fitzpatrick skin typing: applications in dermatology. Indian Journal of
Dermatology, Venereology, Leprology, v. 75, n. 1, p. 93–96, 2009.
SMIDARLE, D. N.; SEIDL, M.; SILVA, R. C. Alopecia frontal fibrosante: relato de caso. Anais
Brasileiros de Dermatologia, v. 85, n. 6, p. 879–882, 2010.
THINK CULTURAL HEALTH. Interpret tool: working with interpreters in cultural settings.
[S. l.]: Think Cultural Health, [2017]. Disponível em: https://www.acf.hhs.gov/sites/
default/files/documents/otip/hhs_clas_interpret_tool.pdf. Acesso em: 16 nov. 2021.
VASCONCELOS, R. C. F. et al. A aplicação do plasma rico em plaquetas no tratamento
da alopecia androgenética. Surgical & Cosmetic Dermatology, v. 7, n. 2, p. 130–137, 2015.
18 Tricologia e estética capilar
Leituras recomendadas
FESTA NETO, C.; CUCÉ, L. C.; REIS, V. M. S. Manual de dermatologia. 4. ed. Barueri: Manole,
2015.
FRANGIE, C. M. et al. Milady: cosmetologia: ciências gerais, da pele e das unhas. São
Paulo: Cengage Learning, 2016.
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica: textos, atlas. 11. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2008.
SOUTOR, C.; HORDINSKY, M. K. Dermatologia clínica. Porto Alegre: AMGH, 2015.
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia e fisiologia. 14. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.
[ill] SOLUt;OES
EDUCACIONAIS
INTEGRADAS
Dica do professor
A eletroterapia é amplamente empregada entre os profissionais da área da saúde que utilizam os
benefícios de técnicas estudadas e difundidas desde os meados de 1900. A estética cada vez mais
tem se apropriado dessas tecnologias para potencializar os tratamentos faciais, corporais e
capilares. Mesmo havendo poucos estudos científicos voltados especificamente para a área, são
perceptíveis as melhoras na aplicabilidade das disfunções de couro cabeludo, tratando de forma
ampla e segura as inúmeras patologias que acometem grande parte da população mundial
atualmente.
Nesta Dica do Professor, você vai conhecer um pouco sobre os recursos eletrotermofototerápicos
na terapia capilar. Também vai aprender sobre o equipamento de laser, como atua e os seus
benefícios, assim como do equipamento de LED e sua atuação.
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Na prática
As pessoas, quando procuram o atendimento de um profissional voltado à estética capilar, colocam
sua saúde nas mãos do profissional do qual vai receber atendimento, e a confiança e a segurança
geram um melhor elo entre eles. Por isso o profissional deve ter em mente que atuar com a área
capilar não é simplesmente uma questão estética, mas envolve a saúde do escalpo, hasta capilar e
do organismo como um tudo, além de que qualquer alteração já preexistente no paciente e ativada
com o atendimento estético pode acarretar danos ao organismo. Cuidado, atenção e respeito são a
base para um atendimento preciso e correto ao paciente.
Neste Na Prática, você vai conhecer sobre a importância da ficha de anamnese para a prática de
tricologia e para a estética capilar em um paciente que passou por tratamento de câncer.
• •
.A. •
• •
A IMPORTANCIA DA FICHA • • •
-
DE ANAMNESE NA TRICOLOGIA•.
E ESTETICA CAPILAR
Joa.a e um jovem de 30 anos que procurou o
centro de beleza especializado em tricologia
e estetica capilar, pois se sente insatisfeito
com seus cabelos.
No recurso, sao utilizados o LED e o laser de baixa potencia, que agem de maneira a
emitir luz no tecido. Por sua vez, essa luz ativa respostas fisiol6gicas distintas, como
estfmulo da produc;ao de Adenosina Trifosfato (ATP) pelas mitoc6ndrias. Assim, ocorre o
aumento da permeabilidade da membrana celular, da neocolagenese, entre outras.
Antes Depois
Alem disso, sua autoestima e sua qualidade de vida aumentaram com o resultado •
•
gratificante, realc;ando a beleza natural do paciente.
• ·•
• • ••• •
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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
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Apresentação
O cabelo está ligado à autoestima, ao estilo, à crença, à raça, à mitologia, entre outros fatores. Mais
que uma substância complexa com propriedades físicas e químicas, ele tem formas que são
definidas de acordo com o formato do folículo piloso. Por exemplo, o folículo com formato
elipsoide dá origem aos cabelos cacheados e quanto mais elipsoide é o folículo, mais achatado ele
fica, dando origem aos cabelos crespos. Ainda existe o folículo com formato redondo, dando origem
aos cabelos lisos.
O cabelo tem também sua classificação quanto à etnia, como os caucasoides (fios cacheados ou
ondulados), os mongoloides (fios lisos provenientes dos orientais) e os negroides (fios crespos).
Assim como a pele, os cabelos também têm sua subdivisão quanto à retenção hídrica e lipídica, ou
seja, se classificam em normais, oleosos, mistos ou secos. Compreender toda a anatomofisiologia
que envolve a formação do fio é tão necessário quanto conhecer cada particularidade e
complexidade das propriedades e das características do cabelo.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai saber quais são as formas que o cabelo apresenta (por
exemplo, cilíndrico, espiral e negroide), bem como os detalhes de cada característica e as
propriedades químicas que estão presentes no córtex dos fios, como as pontes e suas ligações, que
podem sofrer alterações e mudar a forma dos cabelos.
Bons estudos.
Neste Infográfico, você vai conferir a indicação e o pH de alguns produtos, como xampus
hidratante e antirresíduo, condicionador e máscara. Também vai saber como aplicá-los da maneira
correta e o tempo de pausa adequado.
•
PH DOS PRODUTOS • •• • •• •
• • ••
•
E INDICA(;A--O • •
•
•
•
Para tanto, e necessario que o profissional entenda a indicac;ao ideal dos diversos tipos
de produtos disponfveis no mercado para os distintos tipos de cabelo de acordo com
seu pH, descrito na embalagem.
Xampu hidratante
Xampu antirresfduo]
1
Condicionador - PH
Miiscara de tratamento J
1
Xampu
-
O ideal e aplicar o xampu nos cabelos, deixa-lo agir par ate 5
minutos e s6 depois enxaguar. Dessa forma, ele mantem a
efetividade do poder de detergencia e higieniza ao, removendo
toda a gordura sem a necessidade de muito atrito.
Condicionador
Mascara
El
A forma correta de aplicac;ao e respeitando tres centfmetros de
distancia do couro cabeludo para nao sobrecarrega-lo com gorduras
e obstruir o 6stio. Deve ser aplicada do meio para as pontas,
respeitando o tempo de pausa e retirada.
• • • •
• •
•
•
•
Seja qual for o tipo de cabelo - seco, oleoso, misto au normal-, o pH sera sempre 5,5 •
e nao deve ser alterado. Entretanto, o que muda e requer atenc;ao e a indica ao do
tipo de produto, do vefculo e dos ativos presentes na composic;ao do xampu,
condicionador ou mascara para cada tipo de cabelo.
• •
Conteúdo do livro
O cabelo apresenta características distintas de acordo com a etnia, que é determinada ainda
quando o folículo piloso é desenvolvido no período embrionário, considerando textura, cor,
densidade e formato. O folículo tem, então, formatos cilíndrico ou ovoide (cabelo liso), elipsoide
(cabelo ondulado), esférico ou achatado (cabelo crespo ou encaracolado). Assim como a pele, os
cabelos também são definidos quanto ao teor de oleosidade e retenção hídrica, como oleosos,
secos, mistos ou normais.
No capítulo Forma e pH dos cabelos, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai
aprender que os cabelos têm várias formas, sendo definidos ainda no período embrionário. Além
disso, vai ver que o fio de cabelo pode ser mudado temporária ou permanentemente, uma vez que
suas características físicas e químicas, como as pontes de sulfeto e de hidrogênio e ligações iônicas
presentes no córtex, podem sofrer alterações e ser rompidas.
Boa leitura.
TRICOLOGIA E
ESTÉTICA CAPILAR
Forma e pH
dos cabelos
Glaucia Lopes da Silva
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Introdução
O cabelo é um grande aliado estético que apresenta características e funções
distintas, como isolante térmico, proteção da cabeça contra radiação solar e
abrasão mecânica. Por sua vez, sobrancelhas, cílios, pelos do nariz e da orelha
protegem contra a entrada de partículas estranhas. É possível que uma pessoa
adulta tenha aproximadamente 100 a 150 mil fios de cabelo. Cada fio é uma
substância forte e elástica, resistindo a cargas de até 200 g. Sua cor se deve
a pigmentos denominados eumelanina, na coloração escura, e feomelanina,
na coloração clara, e apresenta ainda a capacidade higroscópica, ou seja,
de absorver a umidade do ar.
Cada pessoa tem cabelos com características distintas de textura, forma
física e química dos fios, resultando em cabelos cacheados, ondulados, lisos
ou afro. Folículos redondos dão origem a fios lisos, característica dos asiáticos;
folículos elípticos dão origem a fios cacheados, característica dos caucasianos;
e folículos achatados dão origem a fios crespos, característica dos africanos.
Cada tipo de cabelo também pode ser classificado quanto a oleosidade e
retenção hídrica, como normal, oleoso, misto ou seco.
2 Forma e pH dos cabelos
Neste capítulo, você vai aprender a reconhecer as formas dos cabelos, bem
como identificar suas propriedades físicas e químicas, além de aprender as
características distintas dos fios.
mais, porque não exibe curvatura, sendo típico da etnia oriental e conhecido
cientificamente como cabelos mongoloides.
Observe na Figura 1 o tipo de cabelo com formato 1A, cujo folículo é clas-
sificado em cilíndrico ou ovoide, típico do povo oriental.
Pontes de hidrogênio
Para saber mais sobre como agem os produtos químicos nos cabelos,
rompendo as ligações ou pontes de hidrogênio, iônicas e dissulfeto,
assista ao vídeo “Guia das químicas capilares de alisamento”, publicado pelo
canal Juliana Prudente no YouTube (GUIA DAS QUÍMICAS..., 2019).
10 Forma e pH dos cabelos
pH = Potencial de hidrogênio
1 14
2 7 13
3 11 12
4 5 6 Neutro 8 9 10
Ácido Alcalino
Referências
ABRAHAM, L. S. et al. Tratamentos estéticos e cuidados dos cabelos: uma visão médica
(parte 1). Surgical & Cosmetic Dermatology, v. 1, n. 3, p. 130–136, 2009.
DELFINI, F. N. A. Ativos alisantes em cosméticos. 2011. Monografia (Farmácia-Bioquímica)
— Universidade Estadual Paulista, Araraquara, 2011. Disponível em: http://hdl.handle.
net/11449/118857. Acesso em: 22 nov. 2021.
GUIA das químicas capilares de alisamento. [S. l.: s. n.], 2019. 1 vídeo (17 min).
Publicado pelo canal Juliana Prudente. Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=TaQGQO_zGqA. Acesso em: 22 nov. 2021.
HALAL, J. O crescimento e a estrutura do cabelo: tricologia e a química cosmética
capilar. São Paulo: Cegange Learnig, 2011.
HALAL, J. Tricologia e a química cosmética capilar. São Paulo: Cengage Learning, 2013.
KAMIZATO, K. K. Técnicas estéticas faciais. São Paulo: Saraiva Educação, 2014.
LEONARDI, G. R.; GASPAR, L. R.; CAMPOS, P. M. B. G. Estudo da variação do pH da pele
humana exposta à formulação cosmética acrescida ou não das vitaminas A, E ou de
ceramida, por metodologia não invasiva. Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 77,
p. 563–569, 2002.
MEDIDOR de ph. [S. l.], 2021. Disponível em: https://medidordeph.com/blog. Acesso
em: Acesso em: 22 nov. 2021.
OLIVEIRA, S. M. M. A química envolvida na descoloração do cabelo: uma abordagem
contextualizada para o ensino de química. 2019. Monografia (Licenciatura em Química)
— Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2019. Disponível em: http://repositorio.
ufc.br/handle/riufc/48439?locale=pt_BR. Acesso em: 22 nov. 2021.
ROBBINS, C. R. Chemical and physical behavior of human hair. 4. ed. New York: Springer-
-Verlag, 2002.
SCARAMELLA, L. R. et al. Uso do óleo vegetal de Pracaxi como silicone natural na haste
capilar. Brazilian Journal of Natural Sciences, v. 3, n. 3, p. 514–514, 2020.
SÉRIE o cabelo | parte 1: entendendo um pouco da estrutura capilar. Nutrihair, 2017.
Disponível em: https://nutrihair.com.br/serie-o-cabelo-parte-1-entendendo-um-
-pouco-da-estrutura-capilar/. Acesso em: 22 nov. 2021.
SILVA, E. M. Caracterização físico-química e termoanalítica de amostras de cabelo
humano. 2012. Tese (Doutorado) — Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012. Dispo-
nível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/46/46136/tde-11092012-091254/
publico/DissertCorrigidaElisabeteMiranda.pdf. Acesso em: 22 nov. 2021.
14 Forma e pH dos cabelos
Leituras recomendadas
CARMO, G. C.; COSTA, J. M.; SILVA, M. R. Fundamentos de dermatoscopia: atlas derma-
tológico. São Paulo: Atheneu, 2012.
PUJOL, A. P. Nutrição aplicada à estética. São Paulo: Rubio, 2011.
TOSTI, A.; ASZ-SIGALL, D.; PIRMEZ, R. (eds.). Tratamentos de cabelo e couro cabeludo:
um guia prático. New York: Springer Nature, 2020.
[ill] SOLUt;OES
EDUCACIONAIS
INTEGRADAS
Dica do professor
Os alisantes agem de forma permanente nos cabelos, estejam eles na escala de pH ácido ou
alcalino. Uma vez modificadas as estruturas do cabelo com processos químicos, não é mais possível
reverter o procedimento, pois eles agem no córtex, quebrando as pontes ou ligações mais fortes, as
dissulfeto. Somente o novo cabelo terá sua forma original. Por isso, as pessoas, depois de alisarem
o cabelo todo, retocam somente a raiz, que tem volume.
Nesta Dica do Professor, você vai ter informações sobre os tipos de alisantes com pH ácido e
alcalino, como as ligações são rompidas e a importância de os produtos comercializados como
alisantes terem liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
Na prática
Na prática clínica, é muito importante que o profissional seja atencioso com o cliente que vai fazer
algum tipo de tratamento e forneça a ele todas as informações necessárias. É dever do profissional
explicar ao cliente como usar os produtos, para que serve cada um deles e a importância do pH
para manter o couro cabeludo e o cabelo em equilíbrio.
Confira, Na Prática, como o profissional é educado e atencioso com o cliente, esclarecendo dúvidas
sobre o que é o pH e a diferença entre os produtos convencionais e os de tratamento.
• •
• • • •
UMA ABORDAGEM •••• • •
• •
• •
PROFISSIONAL SOBRE •
.A.
A IMPORTANCIA DO PH
NOS PRODUTOS
Altera oes
0 caso de Marcos J
1
I•
••
do tratamento.
• •
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
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Ligações químicas e a química do cabelo
Veja, neste vídeo, como o profissional elucida toda a composição química do fio de cabelo, como
acontecem, na queratina, as ligações dissulfeto, iônicas e de hidrogênio no córtex, podendo ser
modificadas temporária ou permanentemente.
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Produtos capilares modificadores
Apresentação
Atualmente, o mercado de cosméticos dispõe de inúmeros produtos que atuam sobre o cabelo de
modo a alterar a sua cor, por meio do uso de tinturas, ou a forma dos fios, por meio do uso de
ativos alisantes.
Esses ativos modificadores de forma ou de cor dos cabelos agem de diferentes maneiras,
garantindo resultados de acordo com o ativo escolhido e seu mecanismo de ação.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá conhecer esses ativos, o modo como eles atuam nos
cabelos e os possíveis danos que podem ocorrer diante da exposição aguda ou crônica a eles.
Bons estudos.
O Infográfico a seguir traz um esquema representativo de como agem as colorações nos fios de
cabelo e pode servir para explicar ao cliente as diferenças entres os produtos.
Os corantes do produto
Os corantes do produto
sao moleculas grandes
penetram na haste capilar,
Os corantes do produto e ficam apenas
mas nao permanecem par
penetram na haste definitivo nessa camada. depositadas sabre o fio
capilar e ficam de cabelo. Par nao
A medida que o cabelo e
armazenados nessa penetrarem mais
lavado, as moleculas de
regiao definitivamente. profundamente, sao
corante vao saindo junta
eliminadas do fio na
com a lavagem.
primeira lavagem.
Para correc;:ao de
Cl) mechas, para eliminar
Cobertura mediana para ou atenuar o tom
10 Para mudanc;:as radicais
colorac;:oes de media amarelado dos cabelos
(> durac;:ao. lndicadas para brancos e para reduzir
<
na car dos cabelos e
disfarc;:ar os primeiros a descolorac;:ao
u
para cobertura de
fios brancos e tambem excessiva depois de
...... grande quantidade de
fios brancos.
para cabelos grisalhos, tons de vermelho ou
z
......
aspecto amarelado. permitir maior brilho e
reflexo a um cabelo
opaco ou desbotado.
Cl)
0
>
........
u Cl)
oo
Bastante agressiva
Causa aumento Efeitos de colorac;:ao
aos fios de cabelos,
z Ei:
da fragilidade capilar e, sao removidos muito
pois envolve varias
se nao for bem aplicada, rapidamente, ate
reac;:oes qufmicas.
nao garante mesmo com a umidade
00
Cl) Cl) Aumenta a
fragilidade capilar. excelente cobertura. dos fios.
.E.-.4.. <
J.1-t
Conteúdo do livro
Os produtos cosméticos capilares modificadores são utilizados em tratamentos que objetivem
mudanças na cor ou na forma dos fios de cabelo, incluindo as colorações e os alisamentos.
Conhecer como atua sobre a fibra capilar cada um desses ativos encontrados nos cosméticos e
como eles garantem os objetivos desejados é essencial para todo profissional de estética capilar
que vise a atender as necessidades de seus clientes de maneira segura e efetiva.
No capítulo Produtos capilares modificadores, da obra Princípios ativos em estética, você irá
aprender que o uso de tinturas e alisanetes é considerado seguro, entretanto alguns danos à haste
capilar e à saúde do cliente podem ocorrer por inúmeros fatores. Verá também que é de
responsabilidade do profissional conhecer os meios de prevenir ou minimizar esses danos.
PRINCÍPIOS
ATIVOS EM
ESTÉTICA
Introdução
Para alterar conformação e cor dos cabelos, os profissionais de estética
capilar utilizam cosméticos específicos, com princípios ativos destinados
à função de modificar os fios com fins estéticos e cosméticos, de modo
a atender às necessidades de seus clientes (SANTOS, 2017).
É comum, atualmente, a grande disponibilidade de produtos cos-
méticos destinados a transformações nos cabelos. Entre os diversos
tratamentos oferecidos, há as colorações, incluindo as permanentes,
temporárias e semitemporárias. Além dos tratamentos para alterar a
cor dos fios, o mercado de cosméticos dispõe de produtos destinados
a alterar o formato dos fios, garantindo, por exemplo, cabelos lisos por
meio do uso de produtos alisantes (FRANGIE et al., 2017).
Neste capítulo, você conhecerá os ativos cosméticos aplicados aos
tratamentos de alisamentos dos fios e de colorações, incluindo seus
mecanismos de ação e os possíveis danos decorrentes da exposição
aguda e crônica a esses ativos.
2 Produtos capilares modificadores
uma alergia, que é uma reação de efeito imediato pelo contato direto com o
produto e que pode aparecer em outra área diferente da área de aplicação,
podendo manifestar-se por eritema, edema e secreção com formação de
crostas (CHORILLI et al., 2006).
Nas reações adversas crônicas, há a preocupação com a exposição crônica
a substâncias presentes em cosméticos que apresentam determinado grau de
toxicidade (CHORILLI et al., 2006). No que se refere às tinturas capilares, a
carcinogenicidade das tinturas capilares é discutida atualmente, principalmente,
porque esses produtos contêm benzidina, 4-aminobifenil e 2-naftilamina,
substâncias classificadas como agentes carcinogênicos humanos. Os estudos
relacionam o uso de tinturas com o aumento no risco de câncer de bexiga,
câncer de mama, linfoma, mas concluiu-se que é improvável que o uso desses
produtos contribua significativamente para o aumento no risco dessas doenças
(ARALDI; GUTERRES, 2005).
Atualmente, a maior parte dos estudos epidemiológicos que buscam re-
lação entre o desenvolvimento de câncer e o uso de tinturas capilares parece
sugerir que não há associação entre a utilização desses produtos e o aumento
no risco de câncer. Os achados até o momento são inconclusivos e não há
base para dizer se esses produtos oferecem riscos definitivos de causar câncer
(ARALDI; GUTERRES, 2005)
Sobre a exposição crônica aos agentes alisantes, os efeitos adversos estão
relacionados, principalmente, à exposição a substâncias não regulamentadas
pela Anvisa para uso, como ativos alisantes, como o formol e o glutaraldeídeo,
que podem desencadear, além das alterações agudas, alterações adversas
crônicas, como doenças respiratórias e câncer. A atividade carcinogênica
dessas substâncias é comprovada e está diretamente relacionada à exposição,
à duração e à concentração do ativo e é maior em ambiente ocupacional em
virtude do uso diário (PINA, 2010). Entretanto, mesmo sendo proibido o uso
dessas substâncias como ativos alisantes, muitos profissionais ainda utilizam
esses produtos de maneira irregular, aumentando os riscos de danos a longo
prazo (MARQUES et al., 2010).
Considerando esses efeitos adversos da exposição aguda ou crônica,
alguns cuidados que previnem ou minimizam danos podem ser citados, como
manusear com cautela esses produtos e seguir as orientações do fabricante,
usar mascaras, óculos e luvas para evitar contato com ativos, lavar as mãos
frequentemente e evitar contato com os olhos, utilizar produtos regulamen-
tados com registro na Anvisa e reduzir a exposição a agentes químicos para
níveis seguros (HALAL, 2012).
Produtos capilares modificadores 13
Leituras recomendadas
COLENCI, A. V. P. et al. Degradação do cabelo humano causado pelo uso de ácido glioxílico
e em associação com outros processos químicos. 2017. Disponível em: <https://www.
katleia.com.br/wp-content/uploads/2017/09/7.pdf>. Acesso em: 07 dez. 2018.
DIAS, T. C. S. Avaliação in vitro dos efeitos dos diferentes processos de alisamento químico
térmico na fibra capilar. 2015. 229 f. Tese (Doutorado em Ciências Farmacêuticas) -
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015. Dsponível em: <http://www.teses.usp.
br/teses/disponiveis/9/9139/tde-07122016-111738/en.php>. Acesso em: 7 dez. 2018.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da lnstituic;ao, voce encontra a obra na fntegra.
Conteudo:
[ITfil
7sBBJ
SOLU<;OES
EDUCACIONAIS
INTEGRADAS
Dica do professor
Um dos produtos cosméticos capilares aplicados para modificar os fios é o ativo alisante, que
é utilizado com a finalidade de garantir uma transformação dos fios, o que resulta em um cabelo
liso.
Entender como os produtos alisantes agem nos fios e quais os principais ativos utilizados para essa
finalidade é importante para que o profissional possa garantir tratamentos capilares seguros e
efetivos.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
Na prática
Conhecer os principais produtos modificadores capilares é um dos conhcecimentos básicos de todo
profissional da área de estética capilar. Além de conhecer como agem esses produtos, é importante
que o profisisonal tenha conhecimento da legislação que regulamenta o uso deles.
No Brasil, a agência que faz essa regulamentação é a Anvisa. No site da agência, é possível
consultar informações acerca de todos os produtos cosméticos regulamentados ou não, assim
como as orientações para o seu uso.
No item Na Prática, é mostrado um breve relato de um cliente que ficou em dúvida sobre o uso de
tinturas após fazer a leitura do rótulo de uma delas, procurando um profisisonal da área capilar para
saná-la.
CUIDADO!
7 F
1
comercializac;ao de produtos cosmeticos obriga que todas
ANVISA
as empresas coloquem essas informac;oes no r6tulo dos
produtos, pois as tinturas podem causar intoxicac;oes
agudas ou cronicas, se nao forem bem utilizadas.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
Apresentação
O uso da eletroterapia para disfunções estéticas, em tratamentos de patologias corporais e faciais,
ocorre há muito tempo. Com o aumento da demanda por terapias capilares, os profissionais de
estética têm incorporado a eletroterapia nos tratamentos realizados para as disfunções das hastes e
do couro cabeludo. As pesquisas desenvolvidas na área de estética capilar ainda são limitadas,
fazendo com que o setor careça de mais estudos sobre as patologias que podem ser prevenidas e
tratadas com as terapias capilares combinadas à eletroterapia.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá conceitos gerais de como é aplicada a eletrofísica nos
tratamentos de estética capilar, entendendo a aplicabilidade das correntes galvânica e
microcorrente (recursos disponíveis na eletroestética) e como funcionam os LEDs e lasers em
melhora de quadros patológicos no cotidiano do paciente.
Bons estudos.
Veja este Infográfico sobre alguns possíveis tratamentos para as disfunções da alopecia e como eles
agem no processo de recuperação dos fios.
TRATAMENTOS PARA ALOPECIA
Veja como sao alguns tratamentos para a alopecia, que ea
reduc;ao parcial ou total de pelos/cabelos.
MICROCORRENTES
Os efeitos fisiol6gicos estao baseados no
estfmulo da microcirculac;ao cutanea, com
consequente melhora na nutric;ao e na
oxigenac;ao do tecido, o que gera um efeito
revitalizante nos tecidos.
CORRENTE GALVANICA
Aumento da permeabilidade dos ativos e
aumento da vasodilatac;ao e do estfmulo
no follculo piloso, via anexos cutaneos.
CARBOXITERAPIA
Aumento da oxigenac;ao e da nutric;ao
do couro cabeludo, promovendo a
reatividade do bulbo.
Boa leitura.
RECURSOS
ESTÉTICOS
E COSMÉTICOS
CAPILAR
Introdução
A eletroterapia é amplamente utilizada entre os profissionais da área da
saúde que utilizam os benefícios de técnicas estudadas e difundidas
desde os meados de 1900. A estética cada vez mais tem utilizado essas
tecnologias para potencializar os tratamentos faciais, corporais e capilares.
Mesmo havendo poucos estudos científicos voltados especificamente
para a área, são perceptíveis as melhoras na aplicabilidade nas disfunções
de couro cabeludo, tratando de forma ampla e segura as inúmeras pato-
logias que acometem grande parte da população mundial atualmente.
Neste capítulo, você estudará sobre a aplicabilidade das correntes
elétricas e seus efeitos benéficos para os procedimentos estéticos, a ação
e os efeitos dos LEDs e laser de baixa potência, bem como conhecerá
algumas técnicas empregadas no ramo da estética capilar, tão pouco
difundido e estudado até o momento.
2 Recursos eletrotermofototerápicos aplicados à estética capilar
Mesmo sendo uma técnica com corrente muito parecida à do nosso or-
ganismo, ainda assim apresenta algumas contraindicações, como neoplasia,
Recursos eletrotermofototerápicos aplicados à estética capilar 7
Laserterapia
A palavra laser significa, em inglês, light amplification by stimulated emission
of radiation (aplicação de luz por emissão estimulada de radiação). Cada
espectro de luz tem uma determinada escala de absorção, que dependerá da
profundidade, e trabalha de baixa à alta frequência: luz ultravioleta, visível e
infravermelho, conforme a Figura 3.
1 1 1
S S S
2 Retlexão 2 Refração 2 Absorção
LEDterapia
Os LEDs são diodos semicondutores que, quando submetidos à corrente elé-
trica, emitem luz e podem ser utilizados para fototerapia com comprimentos de
onda que variam de 405 nm (azul) a 940 nm (infravermelho). Os dispositivos
de terapia de LED de cor azul são amplamente conhecidos na área da estética
e utilizados em processos de melhora de tecidos, devido à sua interação direta
com as mitocôndrias das células. Eles apresentam maior intensidade de luz,
valor mais acessível e de fácil aplicabilidade, possibilitando tratamentos mais
efetivos por um baixo custo.
A luz do LED é monocromática e emitida através de um cristal que passa
por um processo de dopagem na fabricação. O LED emite uma radiação
infravermelha — quando se utiliza de fósforo, a emissão de luz pode ser
vermelha ou amarelada e, quando se utiliza de fosfeto de gálio e nitrogênio, a
luz emitida pode ser verde ou amarela. Outros componentes são desenvolvidos
atualmente, ocorrendo emissão de luz azul, violeta e até ultravioleta.
O LED, diferente do laser, não emite luz coerente, porém ela é bastante
eficaz, indolor e não invasiva. A luz azul tem comprimento de onda em torno
de 470 nm e ação bactericida, aumenta da hidratação e age em manchas. O LED
âmbar chega a 590 nm, atingindo a derme, e é muito utilizado em disfunções
deste tecido, como flacidez, rugas e estrias, modulando e estimulando células
de colágeno e elastina.
Recursos eletrotermofototerápicos aplicados à estética capilar 13
https://goo.gl/gAEfgi
Leituras recomendadas
AGNE, J. E. Eu sei eletroterapia. 3. ed. Santa Maria: Pallotti, 2011.
BORELLI, S. Cosmiatria em dermatologia. São Paulo: Roca, 2007.
Recursos eletrotermofototerápicos aplicados à estética capilar 16
[ill]
7illI8J
SOLUt;OES
EDUCACIONAIS
INTEGRADAS
Dica do professor
É reconhecida a eficácia das luzes empregadas na utilização de LEDs e lasers e dos inúmeros efeitos
fisiológicos atrelados ao uso dessas técnicas. As propriedades físicas da luz são amplamente
estudadas e, atualmente, é conhecido o efeito causado nas células específicas, chamado de
cromóforo, para cada comprimento de onda projetado pelos equipamentos.
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Na prática
Os protocolos de alopecia são os mais procurados em terapia capilar, por acometerem grande parte
da população, predominantemente entre os homens. Entretanto, há um número crescente entre as
mulheres, causando um desconforto social que faz o indivíduo buscar recursos para reversão do
quadro patológico. Existem muitas possibilidades de tratamentos que utilizam eletroterapia para
obtenção de resultados positivos. Porém, na maior parte das vezes, o profissional não sabe como
iniciar um tratamento para recuperação do crescimento das hastes que, além de promover o
estímulo inicial, é efetivo para recuperar a saúde do tecido do couro cabeludo.
Observe, neste Na Prática, como funciona o protocolo para alopecia, navegando no material.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Tratamento da alopecia
Artigo que relata um estudo de caso, utilizando técnicas ópticas de diagnóstico e de tratamento da
alopecia. Foram realizadas higienização, esfoliação do couro cabeludo, microagulhamento e
fototerapia (com luzes azul, vermelha âmbar e infravermelha) durante 4 meses, em clínica e em
programa home care padronizado, além da aplicação de loção capilar.
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Terapia capilar
Matéria sobre o uso de eletroterapia no tratamento de disfunções do couro cabeludo, apresentada
pelo programa Vida Melhor.
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Técnicas avançadas de cílios
Apresentação
O mercado da beleza encontra-se em grande ascensão, e, com esse crescimento, novas técnicas
surgem constantemente. Como as extensões de cílios fazem parte do mercado da beleza, novas
técnicas estão sempre aparecendo, a fim de conquistar e fidelizar mais clientes. Por isso, o
profissional deve estar sempre atualizado, buscar se anteceder ao seu cliente e trazer novas
tendências, utilizadas até mesmo em outros países.
Bons estudos.
No Infográfico a seguir, confira informações sobre o cálculo da área do cone aplicado às extensões
de cílios.
Aponte a câmera para o
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Conteúdo do livro
É importante que o profissional da área das extensões de cílios compreenda a personalidade do seu
cliente, de modo a expressar na sua imagem a personificação da sua identidade. Com isso, as
técnicas de extensão de cílios auxilia o profissional, pois abrangem um público muito diversificado
em relação a personalidade, desde pessoas que desejam uma técnica mais clássica e que não seja
tão marcante, até pessoas que desejam ousar e utilizar de técnicas como o mega volume ou cílios
coloridos. Portanto, ao conhecer a personalidade do cliente e a técnica correta, o profissional
obterá resultados positivos.
No capítulo Técnicas avançadas de cílios, da obra Design de Cílios e Sobrancelhas, base teórica desta
Unidade de Aprendizagem, você conhecerá sobre as técnicas avançadas das extensões de cílios
e analisará a importância que o cálculo do volume cone exerce nas extensões de cílios. Por fim,
compreenderá sobre as evoluções esperadas dentro do mercado de extensão de cílios.
Boa leitura.
DESIGN DE CÍLIOS
E SOBRANCELHAS
Introdução
O público-alvo de determinada área é composto por consumidores
que têm um perfil semelhante. Com base no perfil do seu público-alvo,
os profissionais moldam o seu trabalho. Para conhecer o perfil do seu
público-alvo, o profissional especializado em extensão de cílios deve
realizar uma série de pesquisas. A ideia é que, a partir disso, ele compre-
enda a personalidade dos seus clientes e conheça as características que
eles desejam expressar.
Buscando abranger perfis diferentes de consumidores, as técnicas de
extensão de cílios vêm passando por vários avanços. Cada uma dessas
técnicas tem o intuito de agradar a um público distinto e, com isso, pro-
porcionar um resultado final positivo e satisfatório.
Neste capítulo, você vai conhecer técnicas avançadas de extensão
de cílios, além de verificar a importância do cálculo do volume do cone
nas extensões de cílios. Por fim, você vai ler sobre as evoluções que são
esperadas no mercado de extensão de cílios.
vez mais notoriedade. Desde 2016, os cílios vêm sendo adaptados de acordo
com a evolução do mercado da beleza, e as pessoas estão mais suscetíveis aos
cuidados, produtos e técnicas variadas de extensão de cílios. Entre as técnicas
avançadas de extensão de cílios, destacam-se: volume russo, megavolume,
perfect line e técnica híbrida. A seguir, você vai estudar cada uma delas.
Volume russo
O volume russo foi desenvolvido pela russa Olga Dobronravova. Devido à
grande beleza e ao volume que essa técnica proporciona ao olhar, ela ganhou
notoriedade pelo mundo e chegou ao Brasil trazida por profissionais da área,
que sempre buscam inovações para seus clientes. A técnica já passou por várias
lapidações e continua em crescente desenvolvimento, sempre buscando mais
aprimoramento e qualidade.
Nessa técnica, é necessário formar e acoplar fans de maneira que fiquem
perfeitos e não pesem no fio do cílio natural. Para a montagem do fan, são
utilizados dois ou mais fios de extensão superfinos, de modo que formem um
leque. Por serem muito leves, esse fios de extensão não prejudicam os cílios
naturais. Na extensão de cílios fio a fio, são acoplados de 100 a 150 fios; já
no volume russo, esse número pode variar de 200 a 800 fios. Na Figura 1, a
seguir, veja a aplicação da técnica de volume russo.
Figura 2. Acima, fans com suas respectivas quantidades de fios de extensão; abaixo, tipos
de abertura do leque.
Fonte: Adaptada de Paper Teo/Shutterstock.com.
4 Técnicas avançadas de cílios
Quanto mais aberto for o fan (wide fan), mais acentuada será a aparência
de cílios macios. Essa é uma opção para pessoas que possuem poucos fios
de cílios naturais ou fios que apresentam falhas, pois auxilia na cobertura.
Os fans mais estreitos (narrow fans) são indicados para proporcionar uma
aparência mais estruturada e densa, ideal para pessoas que possuem muitos
fios de cílios naturais.
a dia. Se você observá-la de cima, vai notar que ela fornece um vínculo
semelhante ao de um fio natural. Além disso, essa acoplagem facilita a
escovação dos fios.
ferente em uma linha diagonal, o que proporciona uma transição muito mais
suave (em comparação com a transição de curvaturas ao lado uma da outra e
diretamente em cada camada).
Wriggle
Rolling
O método push & pop é simples, mas depende da qualidade dos fios de extensão
adquiridos e de sua retirada inicial da tira. Ao final, tenha certeza de que a base está
completamente unida.
Speedy
Perfect line
É uma técnica que proporciona uma aparência mais escura e uniforme aos
cílios. Essa técnica surgiu na Rússia e vem sendo utilizada cada vez mais no
Brasil. Ela utiliza diferentes comprimentos de fios nas camadas dos cílios. A
perfect line pode ser usada junto às técnicas de volume russo e megavolume.
Essa técnica é muito utilizada para competições, pois indica o quão habilidoso
e preciso é o profissional.
Megavolume
Essa técnica utiliza fios de extensão ultrafinos, com espessura de 0,03 a 0,05
mm. As espessuras são escolhidas pelo profissional para criar um leque ou
buquê ( fan) com a extensão. Geralmente, são utilizados oito fios para cima
na construção do fan, e esses fios são aplicados aos cílios naturais. É possível
Técnicas avançadas de cílios 9
Figura 5. Megavolume.
Fonte: Aliaksandr Barouski/Shutterstock.com.
Para a técnica clássica, você pode utilizar fios com espessura de 0,15, 0,18
ou 0,20 mm. Já no volume russo, utilize fans com fios de 0,05 ou 0,07 mm.
Na Figura 6, a seguir, veja a aplicação da técnica híbrida.
V: vértice do cone.
g: geratriz do cone (é um segmento de reta).
r: raio do cone (também é o raio da circunferência da base).
h: altura do cone.
onde:
V é o volume do cone;
π é a constante, que equivale a aproximadamente 3,14;
r é a medida do raio;
h é a altura do cone.
Fio de extensão:
Corta-se os elementos iguais das fórmulas, como você pode ver a seguir.
Fio de extensão:
Assim, sobra somente o raio do cílio natural (D) e o do fio de extensão (d).
Desse modo, a fórmula final é:
Nesse exemplo, quatro fios podem ser utilizados para a montagem do fan.
No Quadro 1, a seguir, veja valores que vão ajudá-lo na aplicação prática
das extensões.
14 Técnicas avançadas de cílios
0,10 2D 0,15
4D 0,20
0,07 2D 0,10
3D 0,12
4-5D 0,15
6-7D 0,20
0,06 3D 0,10
4D 0,12
6D 0,15
9D 0,20
0,05 4D 0,10
6D 0,12
9D 0,15
13D 0,20
0,04 6D 0,10
9D 0,12
14D 0,15
20D 0,20
0,03 11D 0,10
16D 0,12
25D 0,15
36D 0,20
grandes chances de obter sucesso em sua carreira, pois ele caminha junto ao
mercado e busca sempre as maiores e melhores novidades para oferecer aos
seus clientes, mesmo que essas novidades não o agradem tanto.
Quando o profissional da área da beleza escolhe sua profissão, ele busca
entregar ou reaver ao cliente sua verdadeira essência e beleza. Ele trabalha
muito próximo ao seu cliente, e esse contato é indispensável, além de gerar
muitas experiências e conhecimentos, visto que o profissional lida com pessoas
que possuem características distintas. Como atua em uma área que presta
serviços de beleza, o profissional deve sempre manter a compostura, sabendo
escutar, estar presente e se atualizar, para que desse modo consiga entregar
ao cliente o melhor serviço.
Em síntese, o bom profissional sempre busca as novas tendências e procura
oferecer um atendimento diferenciado a seus clientes, atualizando-se e pres-
tando um serviço de qualidade. O mercado sempre caminha a passos rápidos,
e sua evolução é intensa e constante. Por isso, sempre busque as novidades e
não deixe que o mercado passe à sua frente: esteja sempre um passo adiante
e ofereça ao cliente um trabalho baseado em qualidade e segurança.
Referência
Leituras recomendadas
D’ALLAIRD, M. et al. Milady: maquiagem. São Paulo: Cengage Learning, 2016.
DAWBER, R.; VAN NESTE, D. Hair & scalp disorders. London: Martin Dunitz, 1995.
GERSON, J. et al. Fundamentos de estética. São Paulo: Cengage Learning, 2011. (Orien-
tações e Negócios, v. 1).
GERSON, J. et al. Fundamentos da estética. São Paulo: Cengage Learning, 2011. (Estética,
v. 4).
HALLAWELL, P. Visagismo integrado: identidade, estilo e beleza. 6. ed. São Paulo: Senac,
2017.
IFOULD, J.; FORSYTHE-CONROY, D.; WHITTAKER, M. Técnicas em estética. 3. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2015. (Série Tekne).
KAMIZATO, K. K. Imagem pessoal e visagismo. São Paulo: Érica, 2014.
LOPES, F. M. et al. Introdução e fundamentos de estética e cosmética. Porto Alegre: SA-
GAH, 2017.
MOLINOS, D. Maquiagem. 11. ed. São Paulo: Senac, 2010.
TRINKA, C. M.; FONTES, E. Imagem pessoal: visagismo. Canoas: Ulbra, 2011.
Dica do professor
O profissional pode proporcionar ao seu cliente, por meio das extensões de cílios, mais volume,
definição e preenchimento das falhas que as vezes causam desarmonia na região do olhar. Com o
mercado dessa área em alta, várias técnicas vêm surgindo para abrir ainda mais o leque de
atendimento do profissional e proporcionar ao cliente novas formas de elevar a autoestima. Uma
dessas técnicas é o volume russo, destinada a pessoas que desejam chamar mais atenção para a
região dos olhos.
Confira, na Dica do Professor, a realização da técnica de volume russo. Saiba mais sobre
a anamnese do cliente, a higienização dos olhos, a montagem dos fans, o isolamento dos cílios
inferiores e o mapping, além da aplicação dos fans e o antes e depois da técnica.
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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
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As técnicas existentes e a diferença entre cada uma delas
Neste vídeo, você confere as diferentes técnicas de extensão de cílios e a diferença entre cada uma
delas.
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Lash lifting e suas aplicações
Apresentação
É possível perceber que, a partir do surgimento e da propagação
de conceitos e conhecimentos relacionados à região dos cílios,
já não existe mais um padrão que sirva como modelo. Assim, hoje temos algo individual e
personalizado, considerando a harmonia,
a simetria e as proporções do rosto de cada pessoa em relação à imagem que se pretende
transmitir. Com isso, chega ao mercado
do embelezamento do olhar a técnica do lash lifting, que possibilita transformação, coloração e
também o tratamento de cílios, proporcionando um novo olhar ao paciente.
Bons estudos.
No capítulo Lash lifting e suas aplicações da obra Design de cílios e sobrancelhas, base teórica desta
Unidade de Aprendizagem, conheça a história, as aplicações e as indicações do lash lifting, bem
como entenda a diferença entre essa nova técnica e o permanente de cílios. Além disso,
compreenda como se realiza a aplicação de coloração em cílios e sobrancelhas.
Boa leitura.
DESIGN DE CÍLIOS
E SOBRANCELHAS
Introdução
Neste capítulo, você vai conhecer a história, as indicações e as aplicações
da técnica de lash lifting. Também vai verificar qual é a diferença entre o
lash lifting e o permanente de cílios em relação à técnica, aos produtos
utilizados e às finalidades de cada um. Por fim, você vai ver como é
realizada a aplicação de coloração em cílios e sobrancelhas.
1 Lash lifting
Os cílios formam a moldura natural dos olhos. Eles são projetados pelo próprio
corpo para fornecer proteção aos olhos, impedindo a passagem de agentes
estranhos, como poeira, microrganismos e até mesmo radiação ultravioleta
(UV). Mas, além de proteger, os cílios representam um importante atributo
de beleza: eles são reconhecidos por sua importância estética para mulheres e
homens. Por isso, é comum que se busque destacar e valorizar os cílios — e,
consequentemente, o olhar — por meio de alongamento, maquiagem e, mais
recentemente, tratamentos de lifting (SHIMIZU, 2017).
Quando se fala na história da beleza, o primeiro local que vem à mente
é o Antigo Egito. Por volta de 3.500 a.C., Cleópatra representava o auge da
beleza e dos cuidados com o corpo. Na época, não existiam os recursos de hoje,
então mulheres e homens improvisavam suas maquiagens e desenvolviam seus
2 Lash lifting e suas aplicações
bonita e sensual, uma vez que o olhar fica mais aberto e levantado. A técnica
de lash lifting consiste em alongar, tratar e curvar de forma mais natural os
cílios, por isso ela é muito indicada para quem tem cílios retos e muito lisos e
deseja obter um olhar mais marcante. A tintura de cílios é um procedimento
que visa a pintar a região, deixando os cílios mais escuros, como se estivessem
permanentemente com máscara de cílios, o que pode ser muito conveniente
para quem tem uma rotina agitada.
solução permanente;
solução neutralizante;
removedor de cola;
cola;
loção demaquilante;
loção tônica;
soro fisiológico;
palitos de madeira;
bastonetes de algodão;
protetor de pálpebra (patches);
xampu de limpeza;
luvas;
algodão;
tesoura;
álcool 70%;
Lash lifting e suas aplicações 5
toalha;
cubeta;
micropor;
molde (pad/shield) em tamanho pequeno, médio e grande.
Estrutura do fio
Assim como os cabelos e outros pelos do corpo, os cílios possuem três cama-
das: cutícula, córtex e medula, como você pode ver na Figura 5. A superfície
externa e protetora dos fios é a cutícula, não pigmentada e formada por escamas
recobertas diversas vezes umas pelas outras. Ela é constituída por três partes:
epicutícula (membrana que envolve as escamas), exocutícula (região medial e
frágil) e endocutícula (região interior e muito resistente).
A parte mais volumosa da haste do fio é o córtex, constituído por células
fusiformes queratinizadas formadas por macrofibrilas e microfibrilas, nas quais
estão os grânulos de pigmento (melanina), responsáveis pela cor dos fios. A
última porção da haste dos fios é a medula, formada por células anucleadas;
sua função não é clara com relação às propriedades físicas e químicas dos
fios (TORTORA, 2016).
Lash lifting e suas aplicações 9
Já no lash lifting, ocorre uma leve curvatura dos cílios, de modo que a
técnica levanta e alinha os cílios, proporcionando um aspecto de alongamento
natural. Para a realização da técnica, utiliza-se um molde de silicone em
formato mais natural e anatômico, o que facilita a execução e leva à obtenção
de um bom resultado. Na Figura 9, veja o resultado de um lash lifting; note a
curvatura do fio e a coloração mais forte.
Lash lifting e suas aplicações 13
Nenhuma das duas técnicas causa dor ou desconforto, mas cada paciente deve ser
avaliado de forma individual. Você deve buscar sempre o melhor resultado, indepen-
dentemente da técnica realizada.
14 Lash lifting e suas aplicações
Leituras recomendadas
ABBAS, A. K.; KUMAR, V.; FAUSTO, N. Robbins e Cotran patologia: bases patológicas das
doenças. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
BECKMANN, H.; RAWLINGS, K. The city and guilds textbook: level 2: beauty therapy for
the technical certificate. London: Hodder Education, 2017.
BRAVO, M. P.; BARBOSA, L. S. Moda e embelezamento. Londrina: Editora e Distribuidora
Educacional, 2017.
EXTENSÃO de cílios X lifting de cílios: saiba qual é mais indicado para você. Marie
Claire, 23 abr. 2018. Disponível em: https://revistamarieclaire.globo.com/Beleza/noti-
cia/2018/04/extensao-de-cilios-x-lifting-de-cilios-saiba-qual-e-mais-indicado-para-
-voce.html. Acesso em: 27 jul. 2020.
GOMES, A. L. O uso da tecnologia cosmética no trabalho do profissional cabeleireiro. São
Paulo: SENAC, 2006.
GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
RIBEIRO, C. J. Cosmetologia aplicada à dermoestética. 2. ed. São Paulo: Pharmabooks, 2010.
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
Dica do professor
Os pelos dos cílios têm grande importância na saúde do olhar, pois são responsáveis pela proteção
dos olhos, podendo, inclusive, servir como barreira para que poeira e microrganismos não entrem
nos olhos. Além disso, no visagismo, eles podem indicar traços marcantes e individuais para cada
pessoa. Por esse motivo, não há tamanho ou espessura ideal: o modelo ideal é aquele que melhor
transmite a imagem que o indivíduo busca. Baseada nesse conceito, surge a inovadora técnica
do lash lifting.
Nesta Dica do Professor, saiba mais sobre a aplicação da ficha de anamnese, o teste de contato, a
relação do visagismo com os cílios,
a escolha de molde e os avisos importantes ao paciente.
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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
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Anatomia e fisiologia das pálpebras
Neste vídeo, aprenda mais sobre a anatomia e a fisiologia das pálpebras, conhecendo
profundamente as estruturas que as compõem.
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