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REFORMA ÍNTIMA

PERFEIÇÃO MORAL

TRABALHANDO O EU DE AGORA
É um processo contínuo de autoconhecimento,
modelando-nos progressivamente na vivência
evangélica, em todos os sentidos da nossa existência.
É a transformação do homem velho, carregado de
tendências e erros seculares, no homem novo, atuante
na implantação dos ensinamentos do Divino Mestre,
dentro e fora de si.
É o meio de darmos nova direção aos valores que já
possuímos e corrigir deficiências cujas raízes
ignoramos ou não temos motivação para mudar. É
aquisição da consciência de si para aprender a ser , a
existir , a se realizar como criatura divina que somos.
Nossa ideia de perfeição ainda é frágil, e o maior
exemplo do que talvez seja próximo da perfeição,
foi Jesus Cristo. Através de seus ensinamentos e
exemplos, sabemos o que evitar e no que
progredir. A perfeição traz a felicidade perfeita,
não no sentido de alegria, mas no sentido de
plenitude, e a medida que pode ser usada é cada
pequeno sucesso que atingimos na reforma
íntima, que já causa um sentimento benéfico em
vários aspectos (...)”

(O Céu e Inferno, Capítulo VII, item 2)

Jesus, Nosso Mestre não se serviu de condições excepcionais no mundo para exaltar a luz da verdade e a bênção do amor.
Em razão disso, não aguarde renovação exterior na vida diária, para ajudar. Comece imediatamente a própria sublimação.
Jesus não tinha uma pedra para recostar a cabeça. Se você dispõe de mínimo recurso já possui mais que Ele [...]. Jesus não
encontrou ninguém que o amparasse na hora difícil. Se você recebe o apoio de alguém nos momentos críticos, saiba ser
grato. [...]. Jesus segue à frente de nós. Se você deseja acertar, basta apenas segui-lo. Sigamo-lo, pois.

André Luiz (Livro “O Espírito da verdade”)


Dizem os Espíritos Superiores que, de todos os vícios aquele que se pode considerar
radical é o egoísmo. [...] Daí deriva todo mal. Estudai todos os vícios e vereis que no
fundo de todos há egoísmo. Por mais que lhes deis combate, não chegareis a extirpá-los,
enquanto não atacardes o mal pela raiz, enquanto não lhe houverdes destruído a causa.
(Questão 913 do livro dos espíritos)

Não há progresso possível sem observação atenta de nós mesmos. Necessário vigiar
todos os nossos atos impulsivos para chegarmos a saber em que sentido devemos dirigir
nossos esforços para nos aperfeiçoarmos. Primeiramente, regular a vida física, reduzir
as exigências materiais ao necessário, a fim de garantir a saúde do corpo, instrumento
indispensável para o desempenho de nosso papel terrestre. Depois disciplinar as
impressões, as emoções, exercitando-nos em dominá-las, em utilizá-las como agentes de
nosso aperfeiçoamento moral; aprender principalmente a esquecer, a fazer o sacrifício
do eu, a desprender-nos de todo o sentimento de egoísmo. A verdadeira felicidade neste
mundo está na proporção do esquecimento próprio”
(O problema do Ser do Destino e da Dor)

Qual o meio prático mais eficaz para se melhorar nesta vida e resistir ao arrastamento do mau ? “Um sábio da
Antiguidade vo-lo disse: ´Conhece-te a ti mesmo´” (Livro dos Espíritos – questão 919)
Autodescobrimento é um parto impondo coragem aos homens (O Homem Integral)
O primeiro passo para a Reforma Íntima é
a vontade de melhorar moralmente.
VONTADE É a disposição, a força
interior, a coragem que nos impulsiona a
conquistarmos o que desejamos.

O segundo passo é a observação e a


identificação do que se passa dentro de
nós. ATENÇÃO PLENA

O terceiro e o mais importante dos passos


é a ação, a prática, a atitude.
TRANSFORMAÇÃO
Muitas aspirações do ser humano começam a ser materializadas pela ação do pensamento, e em
todas as fases, desde o planejamento até a conclusão final de qualquer projeto, o ato de pensar
se faz presente.
Cumpre ao homem pensar em coisas úteis e arquitetar
planos que tragam benefícios aos seu semelhantes, pois
somente dessa forma estará trabalhando para o seu
aperfeiçoamento espiritual.
O aperfeiçoamento moral exigirá um profundo trabalho
na forma de pensar e agir de todo aquele que o deseje,
objetivando educar sua mente e disciplinar sua
vontade.
A mente voltada para o bem e trabalhando no desenvolvimento
de ideias sadias para seus semelhantes é o melhor exemplo de
disciplina do pensamento.
TRISTEZA CULPA ANSIEDADE VINGANÇA RAIVA
ÓDIO IMPIEDADE MELANCOLIA CIÚME
ORGULHO
ANGÚSTIA DESESPERO FALSIDADE DESPREZO
PREGUIÇA COMODISMO
INTOLERÂNCIA INVEJA
GANÂNCIA TEIMOSIA VAIDADE
PREPOTÊNCIAARROGÂNCIA MATERIALISMO
ANTIPATIA
IRRITAÇÃOAMARGURA DESLEALDADE MÁGOA
PESSIMISMOINDIVIDUALISMO ESTRESSE
INGRATIDÃONARCISISMO MEDOINFLEXIBILIDADE
IRRESPONSABILIDADEMALDADEINSENSIBILIDADE
BENEVOLÊNCIA CARIDADE BONDADE BRANDURA
CORAGEM DISCIPLINA CARINHO SIMPLICIDADE
DESPRENDIMENTODOÇURA COMPREENSÃO
SIMPATIA
TERNURA PACIÊNCIA
SOLIDARIEDADE MISERICÓRDIA GENEROSIDADE

INDULGÊNCIA OTIMISMO RESPONSABILIDADE

BEM-QUERER LEALDADE MODÉSTIA PERDÃO


ABNEGAÇÃOPUREZA HUMILDADE MANSUETUDE
AMOR AFABILIDA JUSTIÇA FÉ GRATIDÃO
O homem de bem
O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou
essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que
desejara lhe fizessem.

Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas.
Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais. Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as
aceita sem murmurar.

Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus
interesses à justiça. Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu
primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas
decorrentes de toda ação generosa.

O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus.
Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam. Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que
prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à ideia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que
ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor.

Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver
perdoado. É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: “Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem
pecado.”

Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal.
Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera.

Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros.
Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado.

Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas
paixões. Se a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e
não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram. O subordinado, de sua parte, compreende os deveres da
posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente. (Cap. XVII, nº 9.)

Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus. Não ficam assim enumeradas todas as
qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz.

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