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O jovem e a mediunidade

“Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato,
médium. (...) Raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois,
dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns.
Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se
mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que
então depende de uma organização mais ou menos sensitiva.(...) .” Allan Kardec (LM,
XIV ,item 159 de O Livro dos Médiuns, ed. FEB)
Há momento específico para o
despertar das atividades mediúnicas
no indivíduo?
Há limitações ou efeitos colaterais no
desenvolvimento da mediunidade?
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Há indícios /sintomas de que um jovem possa ser um médium ostensivo?

A princípio, surge como sensações estranhas de presenças psíquicas ou físicas


algo perturbador, gerando medo ou ansiedade, inquietação ou incerteza. Em
alguns momentos, turba-se a lucidez, para, noutros, abrirem-se brechas
luminosas na mente, apercebendo-se de um outro tipo mais sutil de realidade.
(Momentos de Consciência, Cap. 19, Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco –
LEAL)

Às vezes, quando do aparecimento da mediunidade, surgem distúrbios vários,


sejam na área orgânica, através de desequilíbrios e doenças, ou mediante
inquietações emocionais e psiquiátricas, por debilidade da sua constituição
fisiopsicológica. (Médiuns e Mediunidades, Cap. 7, Vianna de
Carvalho/Divaldo P. Franco – LEAL) 5
“O adolescente deve
enfrentar os desafios de
natureza parapsicológica e
mediúnica com a mesma
naturalidade com que
atende as demais
ocorrências do período de
transição, trabalhando-se
interiormente para crescer
moral e espiritualmente,
tornando a vida mais digna
de ser vivida e com um
significado mais profundo,
que é o da eternidade do
ser” FRANCO, Divaldo
Pereira. Capítulo 20: O
adolescente e os fenômenos
psíquicos. In: Adolescência
e Vida, Pelo Espírito Joanna
de Ângelis.
As Irmãs Fox – Hydesville, EUA 1848

Três personagens muito importantes na


história do espiritualismo foram as
irmãs Fox: Kate, Maggie e Leah. Quem
nunca ouviu falar dessas meninas?
Meninas mesmo, pois as duas primeiras
tinham menos de 15 anos de idade, em
1848. Inicialmente, apenas Margareth e
Kate tomaram parte nos acontecimentos.
Posteriormente, Leah juntou-se a elas .
Foram as responsáveis por trazer ao
conhecimento do mundo, pela
tiptologia, a história de Charles Rosma,
apelidado de Pé Rachado. Esse fato é Irmãs Fox - 1848
considerado um marco para o Kate 1837 11 anos
estabelecimento de um novo
pensamento no mundo. Maggi 1833 14 anos
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Lea 1814 34 anos
Caroline(1840) 16 anos e Julie(1842) 14 anos
Foi em 1856, com as duas filhas do
senhor Baudin, as médiuns Caroline,
de 16 anos, e Julie, de 14 anos, que
teve início e se desenvolveu grande
parte de o Livro dos Espíritos. Eram
médiuns psicógrafas nas reuniões,
prestando-se à produção de uma
grande variedade de manifestações
dos Espíritos.
Caroline era médium passiva, de
escrita mecânica, não perdia a
consciência, porém desconhecia
completamente o que estava
escrevendo, por uma “cesta-de-bico”
e, depois pela psicografia direta.
Havia uma seleta e numerosa
assistência, nas reuniões na casa do
Sr. Baudin.
Ruth-Céline Japhet(1836) - 15 anos
Ainda em 1856, no mês de abril, na casa do Sr. Roustan,
Kardec recebeu a primeira revelação positiva de sua
tarefa: missionário-chefe de uma doutrina que
revolucionaria a ciência, a filosofia e a religião. A
médium que ditou a mensagem assinada pelo “Espírito
da Verdade” foi Ruth-Céline Japhet(1836), aos 20 anos.
A Srta. Japhet contribuiu muito com Allan Kardec,
como médium psicofônica e psicógrafa, na revisão de
“O Livro dos Espíritos” e do “Evangelho Segundo o
Espiritismo”. Por 5 anos, um grupo de estudiosos reuniu
50 cadernos
de comunicações, principalmente oriundas da Srta.
Japhet, que psicografava desde os 15 anos.
Ermance Dufaux(1841) – 14 anos

Filha de família abastada, Ermance (1841), aos 12 anos, foi vitima


de uma nevropatia, definida por um médico como "mediunidade",
contagiosa (sic) importada da América. Uma semana depois um
pesquisador e magnetizador, Marquês de Mirvile, visitando sua
família, convenceu Ermance a se preparar para escrever e provocou
na jovem o transe mediúnico. Sob a evocação e os questionamentos
de Mirvile, Ermance recebe sua primeira mensagem psicográfica,
assinada por São Luís IX, Rei de França, canonizado pela Igreja em
1297, espírito ligado a Mirvile, seu antepassado, que viria a ser um
dos principais orientadores espirituais dos trabalhos de Kardec na
SPEE.
A família se acostumou, Em 1855, aos 14 anos, já totalmente
reequilibrada e com a mediunidade integrada em sua vida, Mlle.
Dufaux publicou, o livro A HISTÓRIA DE JOANNA D’ARC
DITADA POR ELA MESMA. A “médium historiadora” conheceu
Kardec no lançamento do Livro dos Espíritos. Foi por meio dela,
aos 15 anos, que se deram muitas comunicações, inclusive as
orientações para criar a Revista Espírita. Seu pai auxiliou na
autorização para criar a SPEE, da qual Ermance teria participado
até 1859, principalmente na revisão do Livro dos Espíritos.
Yvonne Pereira(1906) – 05 anos
Nascida espírita, aos 4 anos de idade já registrava a presença dos espíritos pela vidência.
Entre os espíritos mais frequentes, Charles, a que considerava pai, e Roberto de
Canalejas, médico espanhol no século XIX. Morou com a avó paterna até os 10 anos,
devido a “incomodativos complexos de outras vidas”, e da mediunidade atormentada
que dificultava a mãe a cuidar dos outros 6 irmãos.
Aos 8 anos teve o primeiro contato com um livro espírita. Aos 12, o pai lhe presenteou
com a obra “O Evangelho Segundo o Espiritismo” e “O Livro dos Espíritos”.
Semanalmente, seu pai conduzia reuniões de estudos doutrinários com os filhos e foi
dele que recebeu as primeiras lições sobre mediunidade e Evangelho. Desde os 13 anos
frequentou as sessões práticas de espiritismo, grande oportunidade de aprendizado,
segundo ela.
Foi médium psicógrafa, receitista (Homeopatia), passista de incorporação, de
desdobramento e até de efeitos físicos.
Ainda na juventude, escrevia textos literários para vários jornais.
Por determinação do mais alto, deu passividade ao Espírito Camilo Castelo Branco, aos
20 anos, escreveu “Memórias de um Suicida”, obra prima do Espiritismo, só publicado
30 anos depois, como várias de suas obras. Escreveu mais de 20 livros. Um dos
aspectos marcantes de sua atuação mediúnica foi a sua independência, pois questionava,
com fundamento, os entraves burocráticos que algumas casas espíritas impunham aos
seus mediuns.
Chico Xavier (1910) – 04 anos

Já via e ouvia espíritos desde os 4 anos. Por volta dos 11 anos, escrevia composições escolares sob inspiração dos
espíritos, mas ninguém lhe acreditava. Uma de suas redações deu-lhe menção honrosa em um concurso estatual.
Começaram a lhe acusar de plágio e, até, foi desfiado pelas escola a redigir de improviso, o que realizou com êxito.
Sofreu muito na infância, sem a mãe e longe do pai, aos cuidados de uma madrinha. Assustado com a mediunidade do
jovem, o seu pai cogitou até em interná-lo. Como “tratamento, recomendaram-lhe o trabalho, e a família o colocou num
fábrica de tecidos, onde trabalhava das 15h às 2h da manhã.
Era católico convicto. Conheceu o espiritismo aos 17 anos, com a obsessão de uma de suas irmãs. A família recorreu ao
casal de espíritas, Sr. José Hermínio Perácio e dona Carmem Perácio, que após algumas reuniões e o esforço da família
do Chico, viu-se curada. Tornou-se espírita. No mesmo ano abre o CE Luiz Gonzaga e dá início às reuniões de estudo
da doutrina e à sua prática
psicográfica que, só em 31 diria estar mais clara e segura Aos 18 anos, já publica mensagens nos periódicos O Jornal,
do Rio de Janeiro, e Almanaque de Notícias, de Portugal. Em 1931, Emmanuel, seu mentor espiritual, lhe aparece e, no
ano seguinte, aos 22 anos, publica pela FEB seu primeiro livro psicografado, escrito por 56 poetas desencarnados,
compreendendo brasileiros e
portugueses. Foi o primeiro de mais de 400 livros. A par da mediunidade, realizou
belíssimo trabalho de filantropia, que permanece ativo até hoje.
+1 23 987 6554
karolina@email.com

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