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22ª Aula - A VIDA DE FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

Francisco Candido Xavier, mais conhecido por Chico Xavier, considerado o


médium mais importante do século XX e o maior psicógrafo de todos os tempos,
nasceu em Pedro Leopoldo, Minas Gerais, no dia 2 de abril de 1910.
Foi o oitavo filho de João Candido Xavier, operário, e de Maria João de Deus,
lavadeira, que faleceu quando Chico tinha apenas cinco anos de idade. Todos os
nove filhos do casal foram distribuídos para vários familiares e amigos, como era
o costume.
Chico, órfão de mãe em tenra idade, sofreu na casa de pessoas de precária
sensibilidade, sobretudo com sua madrinha, que o maltratava frequentemente
por qualquer razão.
Nos momentos mais penosos de angústia era assistido por Maria João de Deus,
que fora sua mãe na Terra e que lhe rogava paciência. O menino, então, aprendeu
a sofrer com resignação.
Com sete anos o seu martírio terminou; seu pai casou novamente e sua madrasta,
boa e caridosa, recolheu todos os irmãos.
Aos nove anos começou a trabalhar. Pela manhã frequentava a escola primária
pública, depois ia para a fábrica onde trabalhava e lá permanecia até as 2h da
madrugada. Mal pode aprender a ler e escrever.
Em 1927, uma de suas irmãs adoeceu e um casal de espíritas vizinhos reunia-se
com seus familiares. Com eles teve o primeiro contato com o Espiritismo.

Atividades mediúnicas em Pedro Leopoldo


Em maio de 1927, foi realizada a primeira sessão espírita na casa de Chico, em
Pedro Leopoldo e, em julho, Chico realizou a sua primeira atuação publica no
serviço mediúnico. No fim do mesmo ano, nascia o Centro Espírita Luiz Gonzaga.
O Centro era bem frequentado, com reuniões as 2ªs e 6ªs feiras. Depois a sede
passou para a antiga casa da mãe de Chico.
A mediunidade de Chico manifestou-se de maneira extraordinária. Ele era
clarividente, clariaudiente e psicógrafo mecânico. Via e ouvia os Espíritos como
se fossem homens normais do plano físico. Também apresentava outras formas
de mediunidade, porém, dedicou-se mais a psicografia como missão.
Seu primeiro livro psicografado foi “Parnaso de Além Tumulo”, lançado em julho
de 1932.
Em 1950, Chico Xavier havia recebido mais de 50 obras e já era conhecido no
Brasil e no mundo inteiro.
Psicografias mais conhecidas
Chico Xavier psicografou 412 livros e jamais admitiu ser o autor de nenhuma
dessas obras; reproduzia mecanicamente, sem conhecer o conteúdo, o que os
vários Espíritos lhe ditavam. Não aceitou qualquer verba arrecadada com a venda
dessas obras.
Os direitos autorais dos mais de 20 milhões de exemplares dos livros por ele
psicografados, foram cedidos para organizações espíritas e instituições de
caridade.
O livro “Nosso Lar”, pelo Espírito André Luiz, é o de maior tiragem, ultrapassando
1.500.000 cópias vendidas.

Os Espíritos Emmanuel e André Luiz


Falar de Chico é falar de Emmanuel. Esse venerando Espírito foi o seu protetor
espiritual e manifestou-se pela primeira vez, de forma ostensiva, em 1931. Desde
então acompanhou-o sempre.
Emmanuel propôs ao jovem Chico, então com 21 anos, três condições
obrigatórias para com ele trabalhar: disciplina, disciplina e disciplina.
Dentre as obras de autoria de Emmanuel, destacam-se cinco de teor histórico do
Cristianismo. São eles os romances mediúnicos baseados em fatos reais: “Há
2000 Anos”, autobiografia de Emmanuel, na época encamado como o senador
romano Publio Lentulus; “50 Anos Depois”; “Ave Cristo”; “Renúncia” e “Paulo e
Estevão”, a história de Paulo de Tarso.
André Luiz apresentou-se a Chico em 1943. Autor da série “Nosso Lar”, foi médico
em sua última encarnação no Rio de Janeiro, no início da década de 1930.

Movimento Espírita
O mais conhecido e famoso dos espíritas brasileiros contribuiu para expandir o
movimento espírita brasileiro e encorajar os espíritas a revelarem a sua adesão
ao Espiritismo.
Chico destacou-se também nos trabalhos de assistência espiritual. Consolou
incontáveis mães e pais de filhos que haviam desencarnado, além de pessoas que
sofriam pelo desencarne de entes queridos, através de mensagens espirituais
psicografadas recebidas no Grupo Espírita da Prece, em Uberaba.
Além do intenso trabalho mediúnico, promoveu intensamente obras sociais,
auxiliando pessoas carentes com a verba de seus livros psicografados.

Desencarne
Chico Xavier desencarnou no dia 30 de junho de 2002, com 92 anos de idade,
vítima de parada cardíaca. Conforme relato de parentes próximos, Chico teria
solicitado aos benfeitores espirituais para deixar este plano num dia em que os
brasileiros estivessem felizes, para que ninguém ficasse triste com o seu
desencarne. E assim aconteceu: nesse dia o Brasil festejava a conquista de seu
quinto título da Copa Mundial de Futebol.
Foi eleito o Mineiro do Século XX, seguido por Santos Dumont e Juscelino
Kubitscheck.

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